Por Você

Surgem as Ideias


Rony estava deitado fitando o teto. As mãos cruzadas sob a cabeça, assim como suas pernas sobre o colchão. Finalmente estava sozinho naquele dia. A mãe estava cada vez mais presente e a frequência na qual via Hermione estava cada vez menor.

Uma semana sem vê-la e ele já estava aflito. A morena era como uma droga na qual ele viciava mais a cada nova pequena dose recebida. Ao menos agora tinha notícias. Gina tinha o número do celular da garota e Harry o estava ajudando como podia.

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Hoje ela estava de folga, era o momento perfeito para encontrá-la, mas a mãe o alugou o dia inteiro e ele percebeu quando Gina se afastou um pouco e fez uma ligação. Provavelmente estava avisando para que ela não aparecesse. A ruiva parecia tão irritada quanto o irmão quando voltou da ligação e o clima estava tenso até então.

– Boa noite, Ronald.

A Dra. Fals acabara de entrar no quarto do ruivo fazendo com que o rapaz se acomodasse melhor sobre a cama. Com ela entraram Harry, Gina e Molly Weasley.

– Boa noite, Dra. Fals. Dr. Potter – ele cumprimentou, a mãe se aproximando e lhe dando um beijo carinhoso na testa.

– Como se sente? - a médica perguntou com seu familiar sorriso maternal.

– Um pouco deprimido – falou sincero.

– Não tem porque ficar deprimido, meu amor – Molly interrompeu afagando os cabelos do rapaz.

– Mas é assim que me sinto.

Molly beijou sua cabeça novamente, enquanto o ruivo observava a irmã e o novo amigo discretamente. A cena foi interrompida apenas quando a Dra. Fals continuou a falar.

– De acordo com os relatórios do Dr. Potter, você está muito bem - todos sorriam, inclusive ele – E a partir de agora, ou melhor, de amanhã, permitirei que saia um pouco de seu quarto.

– Como assim? - Rony perguntou curioso.

– Poderá sair. Só isso – ela continuou sorrindo – Vai caminhar, poderá fazer pequenos passeios e esticar as pernas. Você está enclausurado aqui.

– Mas ele tem condições para isto? - Molly Weasley interrompeu preocupada.

– Sim, sim... Sra. Weasley, o Ronald está ótimo. Ele está muito bem e passeios serão muito bem-vindos. Tendo em vista que ele gosta da natureza, de respirar o ar puro, isso tudo será ótimo!

– Então está tudo bem – a voz da senhora repercutiu no quarto e Gina sorria para o irmão maquinalmente.

– Estou muito satisfeita com você, Ronald. Se não tivesse novamente se interessado em continuar o tratamento, nada disto seria realmente possível. Está de parabéns.

– Obrigado, doutora.

– Agora vou indo, tenho uma cirurgia para participar, mas mais uma vez, parabéns Ronald. Tudo isto é consequência de seus esforços.

– Doutora? – ele perguntou rápido – Posso mesmo sair?

– Sim, pode sim. Está bem, meu querido. Caso esteja acompanhado, não haverá problemas.

– Obrigado.

– Boa noite a todos.

Depois de ser saudada por todos, a doutora se afastou e saiu. Gina e Molly se aproximaram de Rony enquanto Harry fazia todos os procedimentos necessários no paciente.

Molly ficou próxima a cabeceira da cama e Gina sentou na cadeira ao lado do ruivo, em silêncio, observando o Dr. Potter em seu trabalho enquanto ouvia a mãe recomendado o filho antes de sair.

– E por favor, querido, não é porque agora poderá sair que deve ficar como um louco correndo por ai a toda hora.

– Como se eu pudesse sair a toda hora e correr, mamãe. - respondeu ranzinza – Sou mais vigiado que condenado á prisão perpétua.

– Não exagera, Rony – a mulher irritou-se um pouco.

– É a verdade, mamãe. A senhora parece um general. Não posso ficar nenhum segundo em paz sem ter a senhora me falando o que tenho ou o que posso fazer.

– Falando desse jeito parece que sou uma megera na sua vida – ela se entristeceu.

– Não é isso, mamãe – Gina se meteu – O problema é que o Rony fica sem respirar com a senhora sempre o impedindo de fazer tudo, lhe dizendo sempre o que fazer...

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– Eu entendo que posso ser um pouco protetora...

– Um pouco demais, mamãe – Gina falou e sorriu para o irmão.

– Sim, tudo bem. Demais... - ela mesma sorriu - Mas eu faço isto para seu bem, meu querido – falou acariciando o rosto do filho.

– Eu sei, mamãe – ele disse cansado observando Harry verificar seu prontuário, espreitando – Mas para mim é complicado – suspirou.

– Eu te entendo – ela falou compadecida – E me desculpa, eu sei que sou espaçosa demais na maioria do tempo.

– É sim - ele concordou prontamente.

– Tudo bem, tudo bem! Eu já vou, seu pai está me esperando em casa. Gina, por favor, cuide de seu irmão.

– Sempre cuido do Ron, mamãe - a garota respondeu revoltada.

– Não há necessidades da Gina dormir aqui. Estou bem – falou irritado.

– Eu fico, meu irmão. Não tem problemas.

Ela sorriu e ele percebeu que tramava. Harry a olhou condescendente enquanto a senhora beijava os dois na testa e se despedia deles. Minutos depois, Gina relaxou sobre a cadeira e começou seu discurso.

– Pensei que a mamãe não fosse embora nunca. E você quase melou tudo. - falou olhando para o irmão.

– O que está tramando? - Rony perguntou aflito.

– Nada demais. Estou com meu celular aqui – ela balançou o aparelho enquanto sorria maquinalmente para o irmão.

– E daí?

– Como você é lento, Ronald – ela rebateu e Harry sorriu. Rony o ameaçou com o olhar – Vou ligar para Hermione e você conversa com ela. Eu combinei com o Harry e ele vai me emprestar o carro dele...

– Você é corajoso, cara... - Rony atrapalhou a irmã.

– Cala a boca, Gengibre dos infernos, estou tentando ajudar! - a ruiva falou irritada e Harry riu ainda mais – E eu sou habilitada.

– Meu carro não é lá grandes coisas – Harry pontuou a interrompendo também – Não teria como sofrer muito dano.

– Ah... Vocês dois são uns idiotas. - ela constatou relaxando as costas na cadeira e observando os dois, cruzando os braços sobre os seios – Você quer saber ou não?

– Claro que quero - sorriu para ela.

– Enfim. Vou buscar a Hermione e a trago pra te ver.

– Não precisa. Ela tem moto. Pode vir aqui.

– Sim, inteligência rara – Gina girou os olhos – Mas a Hermione não pode vir de moto, ela está de folga e sabe muito bem que é um risco.

– Faz sentindo...

– Sim, faz todo sentido porque sou inteligente e penso muito bem antes de falar asneiras – o sorriso debochado da ruiva fez Harry rir novamente – Então você avisa para ela que eu vou buscá-la em sua casa.

– Não. Melhor não – Rony falou pensativo e os dois se surpreenderam – Não é bom que ela venha aqui, é perigoso.

– Mas como vão se ver? - Gina perguntou arqueando a sobrancelha.

– Vocês dois estão realmente dispostos a me ajudar? - Rony perguntou marotamente.

– Eu sim – Gina falou prontamente.

– No que eu puder – Harry completou.

– Então, eu já sei o que vou fazer e... vou precisar da ajuda de vocês.