Serena POV

- Sirius, seu idiota! – gritou Al, com o rosto vermelho e fervendo de raiva.

- Foi sem querer Sev! – gritou ele de volta.

- Calma, gente! Vai funcionar! – tranqüilizei-os. – É certeza absoluta. Lembra que funcionou com o Hugo? Só vamos ter um pouco menos de tempo. Só isso.

- Tá. A Serena tá certa. É melhor a gente parar de brigar e começar a interrogar o Goyle. – Al coçou a cabeça envergonhado.

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- Não dá. – Tiago apertou os olhos e franziu o nariz enquanto bagunçava o cabelo. – ele tá estupeficado.

- O que mais uma vez é culpa sua. – fuzilei Al com o olhar quando ele disse isso. – não que eu esteja brigando nem nada.

- Daqui a pouco vai passar o efeito. – argumentou Tiago em sua defesa.

- É. Também vai passar o efeito do veritasserum. – falou Ella, decepcionada.

- Gente, não é culpa dele. De que outro jeito ele ia dar a poção se não estupeficasse o Goyle? – defendi-o. Naquele momento, Goyle se mexeu e todos nos entreolhamos.

- Bryan, você está conseguindo falar? – arriscou Ella.

- Sim. – respondeu ele com o olhar vago com o qual já havíamos nos acostumado.

- Você é o culpado de tudo isso? Foi você quem lançou a imperius sobre o Hugo? – perguntou Tiago, afastando-se um pouco.

- Sim. – repetiu.

- Porque fez isso?

- Para a cerimônia de iniciação.

- Que cerimônia de iniciação? – perguntou Tiago, conferindo.

- Dos comensais da morte.

- Como é essa cerimônia, caramba!? – estressou-se.

- Todo comensal menor de idade que ingressar entre nós deve matar alguém por motivos egoístas, para então ser aceito como um igual. – continuou vagamente, como se fosse um discurso decorado.

- E quais foram seus motivos egoístas? – perguntou Ella, com uma expressão confusa.

- Matar quem roubou o coração de Serena Terrence. – falou, para minha surpresa, e de todos os outros também.

- Ah, eu devia...! – Tiago levantou seu punho e encarou Goyle com repulsa.

- Não faz nada! Vai que acorda ele? – disse Ella.

- Mas eu não entendo. Naquela época a Se e eu nem estávamos juntos. – disse Al, com o cenho franzido (de um jeito muito sexy).

- Mas você já tinha roubado seu coração. – disse Goyle vagamente. Eu abri um sorriso meigo e Al fez o mesmo, enquanto Thi desviou o olhar, com decepção. O rosto de Alvo ficou vermelho e ele bagunçou os cabelos. Com a mão que estava livre, segurou a minha. Nos entreolhamos e sorrimos.

- É. É mesmo um momento lindo. – disse Tiago irritado. Mas será que podemos deixar isso para mais tarde? O efeito da poção já vai passar!

- Mas não tem mais nada para perguntar. – justificou Ella.

- Na verdade tem uma coisa. – disse Al, passando a mão por meu rosto, me encorajando. Eu sabia o que fazer.

- Vocês comensais tem uma espécie de líder?

- Sim. – continuou com o olhar vago.

- Foi o comensal que sugeriu essa cerimônia de iniciação? – conferiu Al, antes que eu pudesse abrir a boca novamente.

- Sim.

- E qual... – comecei, envergonhada, sem saber como reagir ou o que dizer. Meu coração estava acelerado. Eu estava prestes a descobrir de uma vez por todas quem foi o comensal que matou meu pai. – qual é o nome dele?

Antes mesmo que eu conseguisse acabar a frase, o olhar de Bryan mudou. Ele deixou de ser o retardado sem cérebro que estávamos interrogando para tornar-se o retardado sem cérebro brutamontes que não deve satisfação a ninguém novamente.

- O que vocês pensam que estão fazendo, seus malucos? – perguntou, e nós nos entreolhamos assustados. É. Definitivamente o efeito da poção havia acabado.

O clima ainda estava inexplicavelmente pesado e nublado, mesmo sendo um dia típico (e antes bonito) de primavera. Estava muito mais frio do que antes. Era como se estivesse ventando. O vento era cortante e a atmosfera era triste.

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- Eu fiz uma pergunta, seus retardados! O que pensam que estão fazendo? – perguntou Goyle, mas todos nós estávamos boquiabertos. Na verdade, nenhum de nós sabia quanto do que tinha acontecido ele iria lembrar. – vocês vão estragar tudo.

- O que você está fazendo aqui, Goyle? Se não quer a honra da nossa companhia, vai embora! – disse Tiago, finalmente.

- Quem você pensa que é para me dar ordens, Potter? Só porque o seu papai... – ele se interrompeu e abriu um sorriso malicioso que não era nada bom. – Na verdade, Potter, eu ia adorar que vocês ficassem.

- Acha que vamos ficar agora que sabemos de tudo? – perguntou Thi, corajoso. – pois não vamos.

- Que medo, Potter. – disse ele, sarcástico. – pode fugir, então. Se conseguir.

- Você não ouviu, Bryan? Nós sabemos tudo. – provocou Tiago. – absolutamente tudo. Você sabe o que isso significa, não é?

- Vocês sabem de... – Goyle pareceu menos confiante por um instante, mas recuperou a pose. – tudo? Tudinho?

- Tudinho. – repetiu Al, assustado.

- Duvido, Potter. – fingiu ele.

- Você duvida, é? – provocou. – Sabemos que você é um comensal. – começou ele, e Goyle instintivamente escondeu o braço esquerdo atrás de seu corpo enorme. – sabemos que lançou a imperius no Hugo e que tentou nos matar. Nós sabemos tudo.

- Se vocês sabem... – abriu o mesmo sorriso de antes, de quem teve uma idéia. – então não vai fazer mal se eu calar vocês... digamos... para sempre. – levantou sua varinha. – Avada Kedavra!

Goyle estava muito nervoso, e aparentemente era muito inexperiente, para lançar o feitiço naquele momento. Apontou a varinha levemente voltada para a parede. Suas mãos estavam tremendo, e acho que o feitiço não teria forças para matar alguém nem se ele mirasse direito.

- Bela tentativa, Goyle. – debochou Tiago. Ele tinha um instinto de pensar que estava sempre certo que seria capaz de matá-lo.

- Está tão confiante assim, Potter? – perguntou. – pois veremos como você vai reagir quando eu fizer... Isso. – ele levantou a manga esquerda e tocou a marca negra.

Vários momentos de silêncio se seguiram. Era assustador, pois não sabíamos se os comensais realmente viriam, não sabíamos se eram muitos, e não sabíamos exatamente o que estava acontecendo. Eu tinha quase certeza de que ele ainda não era um comensal. E comecei a pensar como ele teria a marca negra já que Voldemort morrera há anos. Mas estávamos todos assustados. Nos entreolhamos pensando no que aconteceria a seguir e instintivamente pegamos nossas varinhas. Tiago estava mais assustado do que jamais eu o vi antes. E Alvo parecia querer me proteger acima de tudo.