Por Toda Minha Vida

Capítulo 12 - A Festa


[Edward]

- “Você não vai e ponto.” – rosnei bravo para ela enquanto Bella descia despreocupadamente do carro e caminhava para sua casa. Eu nunca corria atrás de mulheres, geralmente elas que corriam atrás de mim. Por que com Bella tinha que ser diferente?

- “Se eu soubesse que você iria ficar gritando comigo o caminho inteiro não teria aceitado sua carona.”

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- “Não seja dramática, eu não gritei com você.”

- “Não.” – ela rolou os olhos. – “Agora você já pode ir. Estou em casa sã e salva, como você mesmo disse.”

Quero que chegue em casa sã e salva. Essa tinha sido minha desculpa para levá-la embora e convencê-la de que ela não iria à festa.

- “Já está me mandando embora?”

- “Você não tem nada para fazer aqui.”

- “Tenho sim, tirar essa idéia idiota da sua cabeça linda e teimosa.”

- “Eu vou naquela droga de festa e você não manda em mim.” – ela falou, demorando-se a cada palavra, como se explicasse para uma criança e entrou rapidamente na casa.

- “Não se eu puder impedir.” – ameacei sorrindo. – “E, Bella... não precisa agradecer tanto assim! Foi um prazer ter sua companhia.”

- “Pare de me incomodar.” – ela fechou a porta. Segurei-a antes que se encostasse ao batente.

- “Eu só quero deixar bem claro que está festa com você não vai rolar.”

- “Você não manda em mim.”

Ela tinha razão. Eu não mandava nela, mas eu não admitiria isso. Não em voz alta pelo menos. Ela correu pelas escadas, provavelmente indo ao seu quarto. Não foi difícil alcançá-la.

- “Quer parar de fugir de mim?” – pedi, segurando seu braço. – “Eu não mordo...” – sorri torto. - “Só mordo se você pedir, é claro.” – murmurei divertido, rindo da expressão de descrença que se formava em seu rosto.

- “Você é sempre tão idiota assim?”

- “Não, baby, só você sabe me deixar assim.” – avancei para juntar seus lábios voluptuosos aos meus, mas ela desviou, para minha infelicidade.

- “Então acho melhor você parar de andar comigo.” – ela se desvinculou de mim e me empurrou casa a fora, batendo a porta na minha cara de novo.

Chocado, sim eu estava.

Não só com ela, mas também comigo mesmo.

Por que raios eu ainda estava atrás dela? Por que ela conseguia ser a atração perfeita para meu corpo? Eu me sentia como um vampiro atraído por sua presa. Uma presa extremamente deliciosa e apetitosa, no qual prendia minha atenção como nenhuma outra havia feito. Por que ela tinha que ser tão boa e tão difícil ao mesmo tempo? E por que eu estava como um louco, me questionando, parado em frente a uma porta enquanto as pessoas da rua passam e me olham como se fosse tal?

Caminhei em passos largos para o carro. Talvez, somente talvez, eu estivesse realmente enlouquecendo. E tudo por culpa dela.

(...)

- “Cara, eu não estou gostando nada da idéia de Rosalie ir naquela festa.” - dei ombros, tentando não prestar atenção. – “É, cara, mas há essa hora era já deve estar se arrumando para ir. Ela é teimosa feito uma porta! O que acha que eu devo fazer, cara? Ir lá?”

A repetição de palavras faladas por Emmett teria me irritado como em qualquer ocasião, mas eu já estava irritado demais para ter outra irritação.

- “Cara, você está me ouvindo?”

Ou não.

- “Para de repetir cara, cara, cara. Que merda, Emmett!” – falei alto o bastante para atrair a atenção de algumas pessoas que estavam ao nosso redor. Agradeci por a música no bar ser alta e voltei minha atenção para o idiota que me encarava assustado.

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- “Por que você está assim, ca...” – ele se interrompeu, provavelmente notando a raiva em minha expressão. – “Edward?”

- “Estou normal.” – resmunguei, acabando com o líquido que estava em meu copo. O álcool fez minha garganta arder.

Lógico que eu não estava normal. Curiosamente hoje não tinha nada para fazer na cidade; justamente hoje, onde quase todas as garotas da cidade estariam saindo para aquela festa idiota – incluindo Bella – enquanto eu, provavelmente terminaria a noite bêbado e acordaria na cama de uma garota qualquer, tentando mais uma vez apagar minha frustração de não poder ter Bella na minha cama.

Ou não.

- “Emmett, lembra de quando a gente era criança e brincava de espião? Então, vamos fazer algo parecido essa noite.” – sorri maroto, enquanto Emmett se aproximava de mim, parecendo interessado no assunto.

[Bella]

- “Eu realmente não estou a fim de ir.” – contrariei, como estávamos fazendo a uma hora.

- “Vamos, Bella! Eu sei que você vai ceder porque posso até ver seu traseiro embaçado no modelito mais maravilhoso de todos daquela festa! E posso te sentir também você vagamente entrando naquela festa com os olhos de todos em cima!” Alice declarou vitoriosamente.

- “Não, não.” – cruzei meus braços em frente do peito.

- “Vai mesmo deixar Edward vencer?”

Suspirei, olhando para Alice enquanto ela sorriu convencida.

- “Ok, Alice. Me deixe no ponto para festar.”

(...)

Eu me movi mais uma vez no meu assento, puxando o vestido que Alice me tinha forçado a usar. Era de uma cor azul clara com alças fininhas como espaguete e um decote profundo na frente (o que Alice tinha com toda essa exposição de decote? Meu Deus…). Ele vinha até aproximadamente a metade da coxa e havia uma dobra leve na parte inferior dele. Ele aderia à minha pele justamente como outra camada de pele, quase me fazendo sentir como se eu estivesse nua - meus olhos continuaram baixando rapidamente para me assegurar que eu ainda usava roupas. Alice tinha prendido a metade do meu cabelo para cima com alguns fios moldurando o meu rosto. Eu realmente sentia mais como se estivesse indo a um baile de escola do que uma festinha em casa.

- “Pare de se mover tanto” - ordenou Alice no assento do motorista do carro amarelo faiscante em que nós no momento estávamos.

Tentei parar meus movimentos, mas falhei.

- “Alice!”- gemi desconfortável.

- “Você está linda, e você vai a essa droga de festa sim. Agora feche essa linda boquinha eu que eu faça isso” – ameaçou docemente.

Alice moveu suas mãos rapidamente pelo volante e estacionou o carro. Nós duas podíamos ouvir a batida da música emitida do interior junto com o murmúrio de conversas. Parecia alto o suficiente que até as pessoas da rua de baixo podiam captar. Gemi derrotada.

- “Está pronta para deixar todos os go go boys literalmente sem ar?” – murmurou divertida. Eu não via diversão naquela frase.

- “Não.” – resmunguei.

- “Ótimo, então vamos descer” – ela sorriu e desceu do carro, enquanto eu a seguia.

Havia inúmeras pessoas na frente da casa – todas garotas -, umas gritando outras bebendo e algumas até dançando com homens com corpos magníficos trajando somente uma boxer.

Minha atenção foi desviada por algum barulho vindo dos arbustos atrás de nós, mas não havia nada lá. Encarei-o por mais alguns segundos, pensando realmente ter visto algo ou alguém lá.

- “Bella, vem!” – Alice gritou, olhei para ela e para o arbusto novamente.

Balancei a cabeça. Era só minha imaginação, defini. Segui atrás de Alice para o grande tumultuo de pessoas, onde homens e até algumas mulheres se esfregavam em nós.

- “Você é a melhor dessa festa, gatinha.” – um go go boy murmurou em meu ouvido e se afastou, passando a língua pelos lábios e pressionando meu corpo contra o seu.

Sim, ele era terrivelmente sexy, mas nada que se comparasse com ele.

- “Rola?”

- “Quem sabe mais tarde...” – falei e desvinculei-me dele rapidamente, seguindo para dentro da casa.

Pra quê? A situação estava pior lá dentro, se é que dava para piorar. O cheiro de cigarro misturado com bebida invadiu minhas narinas e imediatamente eu senti como se minha bile fosse sair pela garganta. Inúmeros go go boys e até algumas garotas me abordaram e logicamente eu dei fora em todos. Meu foco agora era procurar Alice e ir embora, pois pelo visto nós duas havíamos nos enganados. A noite estava sendo um fracasso total, pelo menos para mim.

- “Isabella?” – ouvi alguém gritar no meu ouvido, virei-me para ver quem era e sorri.

- “Jacob!” – um grito escapou por meus lábios e eu o abracei. Pelo menos havia alguém conhecido.

- “Eu sei que você me ama, mas o meu negócio é outro.” – ele bateu em meus ombros. “Então tire suas mãos femininas e não-masculas de cima de mim, por favor.” – e me empurrou para longe. Deu um sorriso falso.

- “Desculpe.” – falei envergonhada.

- “Não peça desculpas, uma diva como você não pede desculpas.” – ele piscou para mim. – “E que modilito é esse, meu bem? É ma-ra-vi-lho-so! Vai ter que me emprestar um dia desses.” – ele jogou seus cabelos excessivamente grandes para trás e piscou pra mim.

Por um minuto achei que fosse melhor não ter encontrado.

- “E...” – ele pegou em meus cabelos, fazendo uma careta. – “Seus cabelos estão precisando de hidratação urgente, baby.” – rolei meus olhos e puxei a mecha de suas mãos.

- “Claro.” – falei forçando sorrindo.

Afinal era melhor ter alguém por perto que não estava bêbado nem descontrolado...

- “AH. MEU. DEUS!” – ele gritou pausadamente.

Ou não.

- “Jesus, apaga a luz... Não, não, não! Deixa acesa pra eu continuar vendo!” – continuou gritando, e se jogou nos meus braços, colocando a mão dramaticamente na testa.

- “O que aconteceu?” – perguntei preocupada, chacoalhando seus ombros. Ele apontou para frente e eu segui seu dedo com o olhar e assim que os encontrei minha boca caiu.

Mas o que...?

[Edward]

- “Descemos agora ou eu vou mais para frente?” – perguntei. Emmett franziu a testa.

- “Acho melhor irmos a pé a partir daqui. Não podemos ser vistos se não...” – sua voz minguou.

- “Ok.”

Estacionei o carro em frente de uma casa qualquer, a uma quadra de onde estava a festa. Nós já podíamos ouvir a música que vinha de lá. Desci do carro acompanhado por Emmett e nós começamos a caminhar.

Bem, eu comecei a caminhar, já Emmett se arrastava pelas paredes olhando para todos os lados.

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- “Quando eu fiz a comparação da brincadeira de espião com meu plano, eu não quis dizer no sentido literal.” – recordei-lhe enquanto o idiota saía correndo de trás de um poste e se jogava atrás dos arbustos de uma casa desconhecida.

- “Cala a boca, eles podem estar ouvindo.” – ele falou, em um sussurro gritado, correndo agachado pelo quintal da casa.

Eles quem, meu Deus?

- “Quer, por favor, agir como uma pessoa normal e andar pela calçada?”

- “Está bem, mas se nós fomos pegos a culpa será sua.”

- “Me diga, qual é o problema se nós fomos pegos, Emmett? Um cidadão não pode sair a noite para andar?” – expressei meus pensamentos.

- “Cara, você é tão chato! Quer entrar no espírito da coisa, por favor?”

- “Fingir que nós somos as panteras?” – falei ironicamente, ele sorriu.

- “Não é uma má idéia.” – bufei e olhei para frente, a ponto de ver o carro de Alice sendo estacionado a poucos metros de onde nós estávamos. Sem pensar, me joguei em cima de Emmett, afim de que fossemos parar atrás de um monte de mato existente ao nosso lado.

- “Que merda, Edward! Quando você for agir como uma pantera avise pelo menos.” – ele resmungou, massageando o braço.

- “Silêncio.” – pedi e apontei o carro de Alice e ele sorriu.

- “Entendi”

As portas foram abertas e, literalmente, minha boca caiu.

Sim, ela deveria ser considerada o oitavo pecado capital vestida desse jeito. Deus! Aquele vestido – ou blusa – se encaixava perfeitamente bem, valorizando tudo o que ela tinha de melhor.

- “MAS EU VOU MATAR ESSA GAROTA!” – Emmett gritou, levantando e atraindo a atenção de Bella para nós. Puxei-o para baixo antes que ela nos visse.

- “Você é idiota ou o que?” – falei, segurando-me para não matá-lo. – “Quase estragou TUDO!”

- “Você está vendo a roupa que ela vestida?” – ele falou. Uma atração maior fez minha cabeça girar e seguir para onde Bella estava. Analisei-a de cima a baixo, repetidas vezes, demorando-me em suas pernas perfeitamente torneadas que estavam expostas, enquanto ela ainda olhava para o arbusto de onde estávamos. Sorri involuntariamente.

- “Sim.” – passei a despi-la com os olhos, imaginando seu corpo por trás daquela ‘roupa’... e Emmett me socou no braço. – “Aí! Por que fez isso?” – esbravejei.

- “Limpe a baba, idiota.” – sua expressão não era das melhores. – “Escuta, ele é minha irmã, ok? E se você fizer alguma coisa com ela, eu juro que...”

- “MAS O QUE ELA ESTÁ FAZENDO?” – e eu, bancando o idiota, levantei-me quando vi Bella agarrada com um idiota de cueca.

- “Edward, você está louco?”

- “Você viu o que ela está fazendo?” – gritei novamente. Ele levantou.

- “Eu mandei você se abaixar aqui, comigo, AGORA! Eu quero acabar com isso logo, Edward!” – voltei-me para o outro idiota que estava de pé ao meu lado, pronto para discutir com ele, quando eu vejo duas garotas na calçado fitando-nos com os olhos arregalados.

Isso não é bom; não é bom!

- “Não é o que vocês estão pensando...” – falei, tentando apaziguar a situação. Tudo o que eu não precisava agora era ficar com fama de gay pela cidade.

- “Tudo bem.” – uma falou rindo. – “Nós sabemos o guardar segredo.”

- “Mas não...”

- “Porque sempre os mais bonitos são gay?” – as duas riram e se afastaram.

- “VIU O QUE VOCÊ FEZ?” – gritei para Emmett, que praticamente rolava no chão de tanto rir.

- “Cara...elas acharam... que eu e você...?” – e mais risadas por sua parte.

Irritado, resolvi deixá-lo para trás e colocar o plano em ação. Saí de trás do mato e fui para essa festa estúpida.

- “Espere por mim!” – Emmett gritou, imitando uma voz feminina ridícula e correndo atrás de mim.

Continuei andando quando uma idéia veio a minha cabeça. Parei abruptamente e Emmett se chocou contra minhas costas.

- “Caralho, Edward, você...”

- “Emmett, liga para todos os caras. Essa festa não vai ser nada se não tiverem homens de verdade.” - murmurei, pensando em meu plano.

[Bella]

Eu não acreditava no que via. Simplesmente não dava.

Vindo a minha direção e na Jacob, estavam nada mais nada menos que Edward e todo o seu time de futebol.

- “Não. Pode. Ser.” - sussurrei quase que inaudivelmente. Me libertei dos braços de Jacob, eu precisava sair dali o mais rápido possível. Me virei de costas tentando ao máximo me afastar de Edward ou pelo fazer com que ele não me visse.

Procurei por Alice, e foi um tremendo alívio a encontrar.

- “Alice!” -gritei, chacoalhando-a. – “Alice, você tem que me ajudar!”

- “O que foi?” - perguntou assustada.

- “Ele está aqui Alice! Ele e todos os outros!”

- “De quem você está falando, Bella?”

- “Do Edward!” - respirei fundo, tentando me controlar. – “Do Edward, do Emmett, do Jasper...”

- “Jasper está aqui?” - ela sorriu.

- “Alice, se concentra! Eu disse que Edward Cullen está aqui!”

- “E o que você está fazendo aqui? Você devia estar lá colocando seu plano em ação!”

Dito isso, Alice me puxou para a pista de dança apesar dos meus protestos. Começamos a dançar apenas nós duas. A pista bombava e agora, era fácil ver muitos garotos espalhados por aí.

- “Vem Bella!” - falou sorrindo e jogando as mãos para o ar.

Começamos a dançar conforme a batida e eu deixei meu corpo guiar a situação. Eu queria extravasar, queria apenas libertar a Bella que ainda estava presa dentro de mim. Dancei como nunca dançara na vida. Alice colou se corpo no meu e dançamos até o chão e... sinceramente? Estávamos arrasando, visto que todos os homens tentavam se aproximar e as meninas tentavam imitar.

Senti um corpo terrivelmente familiar colar no meu e meu sangue ferveu.

- “Que pecado, Isabella...” - ele falou em meu ouvido. Senti meus pelos arrepiarem e um frio correr todo minha coluna.

Não parei para falar com ele, simplesmente continuei a dançar. Suas mãos foram para meu quadril e ele me puxou de encontro a seu corpo.

Lentamente começamos a nos mexer em conjunto. Eu seguia Edward, seguia seu corpo. Ele dançava atrás de mim e conforme a batida começamos a nos movimentar de uma maneira que realmente deveria ser chamada de pecado.

Edward virou meu corpo para frente e eu olhei pela primeira vez em seus olhos verdes. Eles ardiam de desejo. Sorri pra ele e colei meu corpo no seu.

Edward me conduzia naquela dança erótica e frenética. Seu corpo junto ao meu rebolava sem nenhum pudor. Não havia espaço entre nós, não havia nada, apenas seu rosto a centímetros do meu. Então, como estava previsto, Edward colou nossos lábios. Suas mãos me apertando possessivamente e as minhas se enroscaram entre seus cabelos os trazendo pra mim.

Nosso beijo era urgente, era violento. Eu nunca houvera experimentado nada assim na vida! Seu gosto em minha língua, sua língua em contato com a minha, explorando minha boca freneticamente, suas mãos percorrendo meu corpo, e as minhas, possessivas, fazendo o mesmo com ele... Não havia experiência melhor do que beijar Edward Cullen.

Quando tive que nos separar para respirar, um sorriso perverso ecoou por minha face. Eu estava conseguindo!

Edward colou nossas testas e sorriu maliciosamente pra mim. Suas mãos deixaram meu corpo e colei nosso quadril. Senti certo volume crescendo ali e sorri.

- “Ah, Bella...” - sussurrou em meu ouvido.

Lacei seu pescoço e começamos a dançar com olhos nos olhos. A conexão estabelecida ali era inquebrável... Por um momento, vi certo sentimento no fundo de seus olhos.

- “Edward...” – sussurrei em seu ouvido. – “Eu... estou com sede.” - ele me olhou especulativo.

- “Eu já volto.” - Edward se desvencilhou de mim e foi na direção do bar. Soltei minha respiração com uma lufada de ar. Céus, há quanto tempo a estava prendendo?

Sai um pouco da pista e encostei-me perto de um balcão. Sentei-me em uma cadeira e esperei minha respiração voltar ao normal.

Depois de certo tempo aqui, regulando minha respiração e meu coração, fui atrás de Edward afinal, ele tinha sumido.

Abri caminho no meio das pessoas atrás dele, porém foi inútil. Edward não estava em nenhum lugar que eu procurasse. Fui até o bar ver se ainda estava lá, mas não. Que diabos! Como ela havia sumido assim?

- “Com licença...” – mumurei, vendo Jessica Stanley perto de mim.

- “Oi Bella!” - ela falou feliz e levemente emocionada. Emocionada, por que? Por falar comigo? Franzi minha testa.

- “Ér... Jéssica, você viu o Edward por aí?”

- “Ah, vi sim!” - ela falou mais alto que a música. – “Ele acabou de subir com a Lauren pra um quarto.”

Ele não pode ter feito isso! Ele não pode ter ido para cama com ela. Meu coração se apertou e minha garganta fechou. Eu já não via nada, meus olhos estavam extremamente embaçados.

- “Eu sinto muito, Bella...” - a garota falou vindo me abraçar. Me esquivei rapidamente e dei as costas a ela.

Sai ali mais rápido possível e tentei me dirigir à porta. Meus olhos estavam marejados, meu coração estraçalhado e minha respiração irregular.

Burra, burra! Mil vezes burra! Como eu pude acreditar nele? De novo? Repetidas vezes Edward havia me magoado e repetidas vezes eu o havia perdoado.

Eu não enxergava nada a minha frente, olhava para o chão e esperava sair desse lugar o mais rápido possível... Era dor de mais.

Esbarrei em alguém, mas não pretendia pedir desculpas. Parei ao ver que a pessoa que me chamava era David.

- “Bella?” - ele perguntou sorrindo e vindo me abraçar. – “Como está, princesa?”

- “Dave.” – murmurei, tentando ao máximo forçar um sorriso. – “Bem... e você?”

- “Melhor agora.” - sorriu docemente. – “Então... quer dançar comigo?”

- “Me desculpe Dave, mas eu já estava de saída...”

- “Bom, sendo assim. Eu te levo.” - declarou colocando os braços ao meu redor.

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- “Não!” - falei me afastando. – “Quer dizer... não quero que perca a festa por minha causa. Eu vou andando e...”

- “Nem pensar! Eu não vou deixar.” – falou brusco.

Suspirei pesadamente. Eu não queria ir embora com David, mas se não fosse, iria embora com quem?

- “Não vou te atrapalhar mesmo?”

- “É claro que não, meu anjo.” - respondeu gentilmente.

Ele colocou o braço em meus ombros e começou a me conduzir para fora daquele lugar barulhento. Por que raios eu não me apaixonava por ele? David era cavalheiro, gentil, respeitoso... Por que eu tinha que me apaixonar justo por Edward? Haviam tantos garotos nessa cidade e eu fui me apaixonar pelo cara errado.

David ia me conduzindo até seu carro enquanto eu estava perdida em pensamentos. Ele parou apenas para cumprimentar a rodinha de meninos que pertenciam a seu colégio. Apresentou-me e eu apenas sorri. Não conhecia nenhum daqueles caras, nenhum deles freqüentava minha escola...

- “Bella!” – um gemido de desgosto escapou por meus lábios. Não, por favor, não!

Senti David enrijecer ao meu lado e um sorriso de desafio escoar por sua face. Ele nos virou para o som da voz e eu assisti Edward vir em nossa direção rapidamente. Sua expressão não era nada agradável.

Edward parou de frente a David e ambos se fuzilavam com os olhos.

- “Aonde você estava?”- ele perguntou desviando seus olhos pra mim. – “Te procurei por toda parte e você...”

- “Ela estava comigo, Cullen.” - David se intrometeu. Vi Edward se retesar, sem perder a pose.

- “Na verdade, Edward...” – murmurei tentando não transparecer minha tristeza. – “David se ofereceu para me levar para casa, já que você depois que me deixou sozinha para ir atrás da Lauren.” – deixei todo meu ódio transparecer na minha voz. Edward apertou os olhos para mim.

- “Eu o que?”

- “Não venha se fazer de desentendido! A Stanley me disse que você saiu com aquela biscate!” - um sorriso perverso atravessou seu rosto, apesar dele não chegar ao seus olhos.

- “Ciúmes, amor?” – deu um passo em nossa direção. Travei meu maxilar por puro ódio.

- “Dave, será que podemos ir embora? Eu estou cansada...”

- “Claro, meu anjo.” – concordou sorrindo e abraçando meu corpo.

- “Tire suas mãos dela!” - Edward rosnou.

- “Ou o que, Cullen?” - David me largou e deu um passo a frente.

- “David, não!” – puxei-o de volta. – “Vamos embora, ok?”

- “Viu?” - David laçou meu corpo e suas mãos foram descendo... – “Ela vai comigo, Cullen...” - suas mãos percorriam minha coluna.

Vi o olhar de Edward nas mãos de David e seu queixo travar.

- “Tire suas mãos...!”

- “David!” - gritei o empurrando bruscamente. – “Seu idiota!” - dei-lhe um tapa e me afastei do mesmo.

- “Bella, eu...”

- “Você...” - eu estava sem palavras. Ele ia mesmo descer a mão por minha bunda?

- “Bella, me desculpe!” – ele tentou se aproximar, mas Edward me puxou para suas costas, assumindo uma posição protetora.

- “Desculpas?” - falou irônico. – “Desculpas você vai ter agora, seu idiota!”

Não sei direito o que aconteceu direito, só me dei conta quando Edward já tinha partido para cima de David.

A vantagem de Edward era clara. E por mais que eu pedisse para ambas pararem, era como se eu não estivesse ali.

Vi os amigos de David tirar Edward de cima do mesmo. Eles o seguraram e David lentamente se levantou do chão. Um sorriso zombeteiro ecoou por sua face, e ele preparou-se para bater em Edward enquanto este era segurado por dois caras.

- “David não!” - colocando-me na frente de Edward.

- “Saí daqui, Bella!” – Edward rosnou atrás de mim.

- “Bella, meu amor, sai daí.” - David falou sorrindo. Sua boca estava sangrando – “O negócio é entre mim e o Cullen...”

- “Amor o caramba, David! Pare agora com isso!”

No mesmo instante Edward conseguiu se soltar e me tirou da sua frente, porém foi atingido por um soco do David. Um grito desesperado escapou por minha garganta, apesar dele nem ao menos ter cambaleado pra trás.

- “É a única coisa que sabe fazer, Watson?” – Edward zombou, com um sorriso maroto no rosto.

- “Parem!” – eu implorei mais uma vez.

- “O que está acontecendo aqui?”

Vi Emmett chegar acompanhado de todos os meninos do time. Era clara a rivalidade entre os dois grupos, todos se encaravam de uma maneira assustadora. De um lado estava David e seus amigos, - em desvantagens devo dizer - e do outro, todos os seguidores de Edward.

Todos já pretendiam partir para a briga, mas David deteve antes, para meu alivio.

- “Ei, ei, ei...” – murmurou levantando os braços. – “Sem brigas, galera.”

- “Uma ova, seu viado!” - Emmett falou. – “Você mexe com a minha irmã e depois vem querendo sair com o rabo entre as pernas?”

- “Emmett.” – falei, entrando no meio dos dois grupos. – “Deixe-os ir.” - suspirei frustrada. Emmett olhou mais uma vez pra eles e retesou sua posição ofensiva.

- “A próxima vez que ver você tentar mexer com um dos meus você irá se ver comigo me ouviu? E não terá a Bella para te salvar não, seu viadinho.”

- “Não será preciso, Emmett.” - Edward disso, se colocando ao meu lado. Eu ainda estava nervoza, minhas pernas tremiam. – “Eu mesmo farei isso.”

- “Ok...” - David falou, sem se deixar abater. – “Vamos, Bella?” – deu um paço em minha direção e pegou minha mão.

- “Tire suas mãos dela!” - Edward rosnou, puxando-me para trás de seu corpo. Agarrei sua mãe com toda minha força. – Ela é minha!

- “Sua?” - falou em desafio. – “Desde quando? Por acaso ela vai embora com quem, Cullen?”

- “Com qualquer pessoa, menos com você” – murmurei séria. Tentei não deixar o nervosismo em minha expressão. Edward passou o braço em minha cintura e me puxou pra perto dele. Senti-me ridículamente tranquila.

- “Como é?” - ele me perguntou incrédulo.

- “Você era meu amigo. Eu nunca esperaria tal ato desrespeitoso de você... acho que infelizmente nós...”

- “Não, Bella!” - ele veio em minha direção, mas parou ao ver Emmett e Edward avançarem. – “Me perdoe! Eu juro que isso não se repetirá! É só que o Cullen...”

- “Isso não tem nada a ver com o Edward, David!”

- “É claro que tem!” - ele se revoltou. – “Por que ele pode beijá-la, pode tocá-la e eu não?”

- “Talvez por que a minha relação com ele seja muito diferente do que eu tenho com você!” - ouvi Edward gargalhar e olhar sinicamente para David.

- “Ela é minha, Watson.”

- “Bella... vocês...” - David ficou sem palavras.

Aliás, nem houve tempo para respostas. Edward, em um movimento rápido, colou nossos lábios em um beijo avassalador. Era brusco, era violento. Suas mãos me agarravam possessivamente, porém, com respeito.

Eu sabia que era errado. Eu não devia, ajudar Edward a provocar David. Mas era sempre assim. Quando nossos lábios se tocaram, quando eu sentia sua língua buscar a minha, quando eu senti seu gosto, toda a razão se dispersou.

Era simplesmente impossível parar. E eu sabia que eu havia com esse beijo, dado a vitória a ele. Apesar dele ter ido para a cama com a

Cessei o beijo quando esse pensamento me invadiu. Edward me olhou confuso, mas depois me abraçou, virando-nos para David.

- “Provado, Watson?”

- “Isso ainda não acabou, Cullen...” - David falou um pouco abalado. – “Você não irá ganhar Edward. Ela vai ser minha.”

- “É o que veremos.”

Eu sabia que o olhar de desapontamento de Emmett estava sobre mim, mas eu o evitei. Deixei Edward me levar para onde quer que fosse.

O vento ricocheteava em meu corpo e eu tremia involuntariamente. Edward abraçou-me mais forte enquanto andávamos e passou as mãos por meus braços, fazendo atrito.

Ele desativou o alarme e abriu a porta pra mim. Entrei no carro, ainda meio desorientada e quanto me situei Edward já saia de lá.

- “Tome.” - ele falou colocando gentilmente o casaco em meu colo. Pus e me embrulhei nele, sentindo o cheiro de Edward me invadir. – “Está tudo bem, Bella?” – tentei ignorar a preocupação em sua voz.

- “S-Sim.” - falei batendo meu queixo.

Chegamos na minha casa rapidamente. O caminho foi silencioso, um silêncio desconfortável.

- “Obrigada” - murmurei sem graça, evitando olhar em seus olhos. Eu ainda estava magoada com ele.

- “Não tão rápido.” - ele travou as portas do carro. Continuei olhando para meu colo, esperando ele começar o discurso. – “Pode me explicar o porquê de você querer ir embora com o...” – ele de interrompeu, seu maxilar travou. - “David?” – a fúria pairava em sua voz.

- “Eu não lhe devo explicação!” - falei entre dentes.

- “É claro que deve!” – ele puxou meu queixo, pela primeira vez olhei em seus olhos. – “Eu saio um minuto e quando volto sou comunicado por um idiota que vai saiu com o Watson!”

- “Pois é, né?!” – sorri cinicamente – “Eu não teria saído com ele se você não tivesse ido para cama com a Lauren!” – o choque passou por seu rosto.

- “Do que você está falando?”

- “Não se faça de idiota! A Stanley me contou que você foi para o quarto com a vadia da Lauren...” - dito isso Edward começou a gargalhar. Gargalhar alto.

Com meus nervos a flor da pele, e muito chateada, tentei abrir a porta vão. Queria sair dali e me enterrar em meu quarto sem o ter por perto.

- “Me deixa sair, Edward.” – falei. Sentia as lágrimas se acumularem em meus olhos. Minha voz estava chorosa e meu coração estraçalhado... Sim, ele havia ido para cama com ela. Isso era óbvio.

Quando Edward ouviu minha voz, sua risada imediatamente parou. Eu apenas senti sua mão puxando meu rosto para sua direção; agora as lágrimas desciam sem permissão. Vi seus olhos se estreitarem e ele me puxou para seu colo. Numa tentativa inútil de esconder minhas lágrimas idiotas, enterrei minha cabeça em seus ombros.

- “Acha mesmo que eu faria isso com você, neném?” – sua voz estava calma, era quase uma voz de veludo. Sua mão fazia um carinho gostoso no meu cabelo.

- “A-Acho.” - gaguejei.

- “Sinceramente? Desde que você entrou na minha vida, eu já não consigo ficar com nenhuma sem pensar em você.” – por mais que fosse idiota, eu ri.

- “Você é um grande mentiroso, sabia?” - levantei meu rosto e sorri pra ele. Edward retribuiu-me com seu sorriso gloriosamente torto.

- “Era esse sorriso que eu estava esperando” – mumurou, se inclinando com em minha direção e com muita delicadeza. Beijou minhas bochechas, minhas pálpebras, minha testa e meu nariz...

- “Não gosto de vê-la assim...” – ele desceu seu dedo por minha face, limpando todo os vestígios de lágrimas. Seus lábios foram para meu pescoço. - Não parece a Bella que eu conheço...” – ele sorriu contra minha pele, eu me arrepiei – “Aquela Bella que me deixa completamente louco...”

Suas mãos começaram a correr livres por minhas costas, e eu sabia que não resistiria a seus carinhos por muito tempo...