Por Obra do Acaso.

Capítulo 5- Um pouco de romance, ou não...


Os olhos verdes de Tiranus observavam o enorme banquete que providenciara enquanto esperava Kouki. Tinha algo muito importante a contar.

— que milagre você me chamar para jantar! A loira brincou sorrindo assim que entrou no apartamento. Usava um lindo vestido vermelho longo e com uma abertura lateral, combinando com seus scarpins altos também vermelhos.

O moreno sorriu beijando-lhe enquanto enlaçava os dedos em suas madeixas sedosas e macias.

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— não seja malvada! Brincou guiando-a até a varanda passando pelas portas de vidro onde as cortinas brancas balançavam. - sabe que vez ou outra eu tento ser romântico!

— certo! Retiro o que eu disse! Kouki murmurou surpresa ao ver o que Tiranus preparara, a lua parecia cada vez mais próxima e ao fundo músicos tocavam numa pequena orquestra. Sentaram-se e lhes foi servido um vinho caríssimo, e em seguida o jantar foi por um garçom.

— sabe, faz três anos que estamos juntos! Começou levando a mão ao bolso do paletó e de lá tirou uma pequena caixinha de veludo vermelho, levou-a em frente ao rosto de Kouki e abriu amostrando um anel com um rubi enorme fazendo os olhos dela brilhem ao ver a joia e depois os desviou para ele com lágrimas escorrendo por suas bochechas.

— quer se casar comigo? Perguntou e sentiu um nó se formar em sua garganta quando Kouki abriu a boca e permaneceu silenciosa por alguns minutos.

— é claro que eu quero! Depois de dizer isso abraço-lhe forte, sorriram e continuaram a programação romântica, agora com um motivo mais especial.

— quero que venha morar comigo! Pediu olhando-o sério e a beijou novamente enquanto a apertava em seus braços. - não quero mais que fique um minuto longe de mim!

Ao acordar no dia seguinte, o moreno olhou para o lado e notou que Kouki não estava ao seu lado. Sentou-se na cama e a viu na varando observando o nascer do sol.

— já viu o nascer do sol aqui? Ela questionou ao sentir seu corpo sendo abraçado por trás. - você anda dorminhoco hein?

— Acho que é a primeira vez que faço isso! O moreno resmungou com o rosto enfiado em seus cabelos. - e faz três dias que eu não durmo direito...

— ah... entendi...

— onde quer que seja a lua de mel? Questionou mudando de assunto vendo-a observar o anel em sua mãe esquerda ainda sem acreditar que se casariam realmente.

— acho as ilhas caribenhas legais... - Ela finalmente falou virando-se para ele. - ouvi dizer que são lindas...

— então já sabemos onde será! Tiranus sussurrou em seu ouvido. - que tipo de cerimônia você quer?

— uma simples, em car...- Antes que Kouki terminasse a frase uma forte tontura tomou-lhe a aos poucos tudo escureceu fazendo-a desmaiar nos braços de Tiranus.

— meu Deus! Ele sussurrou pegando-a nos braços e levou-a até a cama. - Sam, traga a médica agora! Gritou e rapidamente pode ouvir passos rápidos do lado de fora do quarto. Sam nem sequer entrara para ver do que se tratava saindo apressadamente para fazer o que lhe fora mandado.

Não foi difícil para sem encontrar a loirinha caminhando pelas calçadas praticamente arrastando os sapatos, estava uma pilha, não ter notícias de Dylan estava a enlouquecendo, principalmente depois que a polícia encontrou seis corpos em uma vala próxima a Petersburgo.

E, novamente, viu-se sendo arrastada pelos cabelos por Sam, debateu-se irritada olhando-o com raiva enquanto se perguntava se aquilo se tornaria rotineiro.

— A sua sorte é que o chefe parece gostar de você, ou já teria te enchido de porrada...- ele resmungou se segurando pra não lhe bater, ao invés disso, pressionou um pano em seu rosto fazendo-a aspirar o sonífero e logo estava desacordada em seus braços.

Ao acordar, quase uma hora depois, sentou-se no sofá vendo e percebeu que não estava no mesmo lugar que fora levada antes. Quando Sam a notou, começou a arrastá-la novamente pelos cabelos até um quarto luxuoso onde uma mulher estava deitado sobre a cama e parecia pálida, seus cabelos curtos e loiros arruivados cobria parte de seu rosto.

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Aproximou-se lentamente e parou estática, ela era simplesmente sua cópia idêntica, até nos mínimos detalhes.

" desde quando tenho uma irmã gêmea?" Se perguntou segurando-se para não acordá-la e perguntar o que estava acontecendo.

— chama-se Kouki! Ouviu a voz de Tiranus atrás dela. - ela desmaiou agora a pouco...

— sabe... nós somos idênticas! Celly começou olhando-o sentindo-se indignada. - isso é um saco! Ficar sendo arrastada pelos cabelos por aí... Vou te dar meu número aí toda vez que alguém levar um tiro você me liga! Brincou achando que deveria ter perdido o juízo por estar comentando daquele jeito com ele.

— é por isso que eu gosto de você! Tiranus permitiu-se rir baixinho. - é louca e não pensa no que vai falar, exatamente como a Kouki...

— acha que somos gêmeas? Ela questionou enquanto examinava sua cópia, tinham até a mesma mancha esquisita e escura no antebraço.

— é perfeitamente plausível! Kouki foi adotada! Tiranus murmurou sério sem tirar os olhos da noiva. - já sabe o diagnóstico?

— tenho ideia do que pode ser! Celly respondeu sem olhá-lo, suas orbes azuis estavam fixas no lugar onde apertava, havia um pequeno inchaço no ventre da outra mulher tão parecida consigo.

— quem é você? De repente, a atenção dos dois voltou-se para o rosto de Kouki que despertara e parecia confusa. - o que aconteceu?

— sou médica, você desmaiou e parece que somos gêmeas! A loira contou enrolando-se vez ou outras com as palavras. - ainda precisamos de alguns exames clínicos, mas...

— já sei o que tenho! Kouki a cortou sentando-se na cama com uma cara de cansaço. - gravides de 3 semanas...

— serio? Nossa...- Tiranus quase gaguejava aproximando-se dela, sentou-se na cama e a abraçou com força. - eu vou ser pai...