Por Jashin-sama!

Capítulo 8: Ego


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Acordei de uma maneira bem... Peculiar, vamos dizer assim. E irritante. O Hidan, berrando, já tinha se levantado, juntamente com o Kakuzu, com sua expressão irredutível.

Levantei mal humorada, sacudindo meus cabelos, sujos de terra. Bem, melhor do que contrair alguma doença dormindo dentro daquela casinha.

Depois de me arrumar, juntei-me aos dois, que já tinham começado a cansativa caminhada, em busca da recompensa. Alcancei-os, sem dirigir a nenhum dos dois, apenas andando. Era estranho, mas aquele silêncio era natural, e nem me incomodava. Geralmente, com outras pessoas, quando acabava o assunto, surgia um silêncio esmagador, e a vontade de sumir no mundo. Mas aqui não. Tudo fluía normalmente.

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- Dormiu bem no chão, baixinha? – o Hidan se pronunciou, sorrindo, sem me olhar de frente.

- Muito melhor que você, eu garanto.

- Olha aqui-! – ele já havia se virado para mim, irritado. Pavio tão curto...

- HIDAN! Deixe de ser tão infantil. E você Yume, pare de dar corda pra ele. Isso apenas infla seu ego já enorme. – o Kakuzu falou, apartando o início de briga.

Sim, ele tinha razão. Eu, retrucando o Hidan, ficava nivelada com ele, no quesito de infantilidade. Tudo bem, não iria me rebaixar a tanto. De agora em diante, iria ignorá-lo. Concordei com a cabeça, olhando novamente para frente.

- Quando não se há o que falar, o melhor é abaixar a cabeça e seguir a ordem dos outros, não é, bai-xi-nha? – aquele maldito falou pausadamente a última palavra, quase cantando. Fechei os olhos com ódio, mas não iria ceder. Suspirei fundo e retomei a caminhada.

Era estranho esse aparente clima de diversão e descontração. Era pra estar um clima tenso, nada amigável. Mas não estava. Era como se meu lugar fosse ali, embora preferisse não estar. Confuso, mas é o que eu sinto.

- Prefiro te ignorar, Hidan.

Percebi a sua cara de malícia para mim, mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa, senti cheiro de ninjas. Dois, para ser mais exata. Peguei meus leques. Hidan e Kakuzu perceberam na mesma hora que eu, já se posicionando para lutar.

- É a recompensa? – perguntei, olhando para o Kakuzu.

- Sim.

A folhagem atrás de nós os denunciou. Um barulho quase imperceptível, mas ainda assim, o suficiente para nós, shinobis atentos. Corri na direção deles, mesmo sabendo que eram ninjas extremamente poderosos. Concentrava meu chakra nos meus leques, pronta para atacar sem piedade, quando o Hidan me impediu, aparecendo na minha frente.

- Aprenda com o mestre. – ele sorriu, com o rosto bem próximo do meu. Corei, ainda com chakra em meus leques. Em seguida, ele e Kakuzu já estavam lado a lado, o Hidan com a foice empunhada.

Sem ver outra saída, os dois alvos saíram do arbusto, revelando dois homens, diria de 25 anos, sem bandana de nenhuma vila aparente. Devem tê-las tirado, pois não havia sombras de dúvida de que eram dois ninjas.

Atendendo ao pedido, fiquei parada e fiquei apenas observando a luta. De fato, os dois ninjas eram bons, mas não chegavam nem aos pés do Kakuzu e do Hidan.

A cada esquiva dos ninjas desconhecidos, haviam dois ataques vindo de meus ‘aliados’. A luta já estava mais do que definida. Por fim, o Hidan retirou uma boa quantidade de sangue do inimigo, e começou aquele ritual que tanto me intrigava. Em um minuto o shinobi desconhecido estava morto, e o outro também (não pude ver qual técnica o Kakuzu usou, estava entretida observando o Hidan).

- He, esses dois foram fáceis! Mais fáceis que aquele bijuu de duas caudas, que molengas! – o Hidan gritou, deitando em cima do círculo que ele fez com seu sangue. Tudo bem, já percebi que ele gosta, e muito, de sangue... Mas a adoração é tanta que precisa deitar em cima daquele círculo?

E-espera aí! Bijuus? Aquelas forças monstruosas e supremas? Eles derrotaram o bijuu de duas caudas?!

- Você fala demais, Hidan. – o Kakuzu pegou os dois corpos, carregando um de cada lado. – Vamos, precisamos entregá-los agora.

Suspirei. Mais chão pela frente. Guardarei minhas indagações para depois.

- Ei ei, espere Kakuzu! Preciso terminar meu ritual, porra! – o Hidan gritou, ainda deitado no círculo. Olhei-o com curiosidade. Terminar seu ritual? – O que tanto me olha, hein baixinha?

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Arregalei os olhos. Não tinha percebido que estava encarando-o tanto assim. Desviei o olhar, resmungando algo como ele era idiota.

- Pra que esse ritual idiota, Hidan? – perguntei, não agüentando de curiosidade.

- Por quê? Está interessada em saber, baixinha? – seu sorriso malicioso iluminou-se novamente, e eu apenas neguei, não querendo mais provocações por parte dele. Iria seguir o conselho do Kakuzu. (se eu conseguir agüentar por muito tempo mais)

O Hidan ainda continuava o ritual, enquanto o Kakuzu já estava lá na frente carregando os corpos, e eu o acompanhei. Estava bem curiosa hoje, e com o Kakuzu eu não tinha vergonha de perguntar.

- Kakuzu... – comecei.

Ele não fez nenhuma mudança em sua expressão, mas continuei, como se ele tivesse me dado uma abertura.

- Como é esse ritual? E quem é Jashin-sama? – olhei ansiosa para ele. Ainda viriam mais perguntas, mas essas me satisfaziam temporariamente.

- Pouco me importa. Se quiser saber sobre isso, pergunte diretamente ao Hidan. Isso é problema seu, não meu. – sua expressão era vazia.

- ...

Tudo bem, Yume, relaxa. Respirei fundo para não quebrar algo. Deixei o filho da pu... Opa, Kakuzu, prosseguir caminho, enquanto fiquei parada no mesmo lugar. Esperaria o Hidan chegar. Não demorou muito, logo já escutei seus gritos e xingamentos.

- Porra! Me largaram aqui?! – ele gritava, aproximando-se de mim. – Não resistiu e resolveu me esperar?

Ignorei sua provocação.

- Não, apenas achei que no momento, você era melhor que o Kakuzu.

- Sério? – seus olhos me observaram dos pés à cabeça. – Hm.

- Então, vamos andando. – falei, começando a caminhar.

- Não quer aproveitar esse tempo livre do filho da puta do Kakuzu? – seus olhos me secaram novamente, seu sorriso mais pervertido que nunca. Estremeci.

- Idiota. – resmunguei, tentando ignorá-lo. Algo me diz que ele não se deu por vencido.

- Não sabe o que está perdendo, baixinha. – ele sussurrou em meu ouvido. Arrepiei, corei, tudo ao mesmo tempo. Reação exagerada. Xinguei meu corpo mentalmente por agir daquela maneira.

Virei para ele, fazendo a cara mais debochada possível. Ele me encarava de cima. Bem de cima. Ah, como eu odiava ser tão baixa. Arqueei uma sobrancelha e dei costas a ele. Comecei a andar – ritmada – procurando o Kakuzu.

- Ei, espera aí, baixinha! – no mesmo instante, ele agarrou meu braço, puxando-me para perto de si. Ele, em um movimento rápido, colocou a boca em meu ouvido, e sussurrou: - Eu vou te pegar, baixinha... Espere só pra ver. – sua boca agora roçava em minha pele, brincando comigo... Seu hálito quente entorpecia completamente e absolutamente minha mente...

- ME SOLTA!! – gritei, socando a cara dele, recuando imediatamente dois passos.

- Q-que?! Que porra é essa?! – ele gritou, sem entender nada, passando a mão onde eu o soquei, atordoado.

- Me agarra de novo pra você ver, eu te MATO! – gritei, dando meia volta e em busca – novamente – do Kakuzu.

Um Hidan furioso me seguiu, xingando nomes que eu nem imaginava que existiam.

*

- Chegamos? – perguntei ansiosa, ao perceber não muito longe dali, uma construção.

- Sim. – o Kakuzu falou, ainda carregando os dois corpos inertes nas costas. – Vamos.

O prédio era modesto, mas muito grande. Uma escadaria branca possibilitava a entrada, e o local era bem escondido, rodeado por grandes árvores.

Era pra entrar junto com ele? Aquele lugar, se for o local de entrega de recompensas, provavelmente deve feder a defunto.

- Eu não vou entrar de novo nesse lugar fedendo a bosta! – o Hidan falou, sentando-se ao pé de uma escada. Olhei para a atitude dele, então minhas suposições estavam certas. Era fedorento.

Apressei-me a acompanhar o Kakuzu, teletransportando-me para seu lado. Se o Hidan ia ficar do lado de fora, não era eu que iria ficar sozinha com ele. Não depois do que houve lá depois do ritual. Eu o soquei, mas a verdade é que estava bem gostoso. Ele sabe seduzir, embora eu não queira admitir. Aliás, não vou admitir.

Adentramos o local, e meu Deus. Fedia mais que... Mais que qualquer coisa que eu pudesse imaginar. Meus olhos ardiam e não conseguia nem respirar direito. Não aguentei. Tapei minha boca com minha blusa e saí correndo daquele lugar fedorento. Eu iria ficar a sós com o Hidan, mas estaria melhor do que lá dentro (eu acho).

Voltei tossindo e cambaleante, tamanho o nojo que senti. O Hidan percebeu e logo fez uma piadinha a respeito.

- Não conseguiu ficar lá? Tinha que ser minha baixinha...

- Sua uma ova! Você não recebeu um soco a toa aquela hora, seu-! – comecei, com faíscas de ódio saindo de meus olhos. Convencido.

- Pode ter me socado, mas sei que gostou. – seu sorriso alargou-se mais uma vez, declarando suas segundas intenções.

Eu iria retrucar, batê-lo, xingá-lo, algo do gênero. Mas algo mais importante mereceu minha total atenção. Em meio às árvores, meio distante, mas visível, avisei algo brilhante. Uma bandana? Sim, estava no topo da cabeça de um pequeno cachorro. Uma bandana ninja. Arregalei os olhos de pavor. O Hidan percebeu, e olhou na mesma direção que eu.

- Que foi agora, baixinha? – ele perguntou, levantando-se e ficando a meu lado.

- Fomos... – peguei fôlego. – Descobertos pelo inimigo.

Mais uma vez.

-

YEP! Mais um capítulo pra vocês!

Eu tinha programado algo totalmente diferente pra esse capítulo, mas acabou ficando assim.

Ah, vale a pena acrescentar:

Senju Mikari: \"[...] Eu só quero ver quando ele der uns pega bem pegado nela! *¬* Imagine a cena... Ele, com aqueles quase dois metros de altura, chega para Yume, com aquela cara de quem tá a fim, põe a boca no ouvido dela e sussurra... \"Eu vou te pegar, baixinha...\"\"

Sim, a idéia de colocar isso nesse capítulo foi idéia da nossa preciosa leitora Senju-chan, em uma review! Palmas pra ela, gente! Muuuito obrigada pela idéia, Senju-chan, encaixou como luva na fic!

Muito obrigada novamente pelas reviews, não sabem a força que elas dão pra continuação da fic ^^

Até próximo capítulo, e lembrem-se... Cada review que você não manda é uma idéia que o autor não tem! (não lembro onde li isso...)

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.