Continuação

Estávamos andando pela rua conversando, ambos cansados e tristes. Jake e eu saiamos todos os dias e íamos a todos os hospitais que existiam perto do hospital que Alice estava em busca de informações e procurando doadores. Mais um mês se passou e fomos ao hospital vê-la, ficamos praticamente o dia todo La, Jake estava sentado em uma cadeira ao lado Alice segurando a mão dela e eu estava sentado perto da janela olhando as arvores, havia uma arvore com folhas vermelhas Alice adorava daquela arvore, e olhava todos os dias para ela, ela dizia que era a única coisa que ela gostava de ver no hospital a arvore com a cor favorita dela, Vermelho.

Levantei-me para pegar um copo de água e no corredor do hospital vi um homem de macacão com uma serra elétrica, volto para o quarto de Alice e fico em pé em frente da janela olhando a arvore, e vejo o homem com a serra elétrica andando em direção as arvores. Ele vai até um pinheiro olha e muda de direção, ele anda ate a arvore de folhas vermelhas, largo o copo e saio correndo Jake me olha assustado e se levanta, corro ate a parte da frente do hospital gritando

— EI, SAI DE PERTO DESSA ARVORE! – eu empurro o homem no chão

— Oliver – Jake me segura – Por que esta fazendo isso?

— VOCÊ NÃO VAI DERRUBA-LA! – continuo gritando e todos no hospital me olham

— Fique calmo garoto - o homem com a serra elétrica diz

— Não derrube essa arvore, essa arvore é dela, Ela ama essa arvore. – caio de joelhos no chão e começo a chorar – por favor... Quero que... Esteja ai quando ela acordar, por favor.

— Tudo bem, eu não vou derrubá-la. – ele responde

Jake estava em pé atrás de mim, ele se vira e entra no hospital, vai ate o quarto de Alice, eu me levanto e vou atrás logo em seguida. Ele se ajoelha ao lado da cama dela, e diz alguma coisa no ouvido de Alice, não consigo ouvir, ele se levanta com os olhos cheios de lagrimas.

— O Dr.Phill disse que... Se Alice não fizer o transplante ate o final desse mês... eles vão desligar os aparelhos.

— O que? - Pergunto angustiado.

— Eu preciso fazer alguma coisa. Ela não pode morrer.

Então Jake saiu andando, não disse nada, simplesmente sumiu por dois dias. Uma madrugada ele foi ate a minha casa, eu estava acordado às três da manhã por que não estava conseguindo dormi. Ele estava de nervoso, e disse que havia feito uma loucura e que precisava de ajuda. Ele me levou ate um deposito abandonado, e me explicou tudo no caminho, fomos no carro dele, e no banco de trás havia uma chave de fenda e estava suja de sangue, eu fiquei nervoso mais deixei que ele me contasse tudo e não acreditei no que ouvi. Quando chegamos no deposito, que fica perto de um penhasco, havia uma mesa velha, e em cima da mesa tinha um homem apagado e com um corte na cabeça bem no centro do deposito e do lado esquerdo havia um homem amarrado em uma cadeira com as mãos para trás, a cabeça coberta por um pano preto. Jake andou ate ele e tirou o pano preto depois ele começou a falar.

— Esse homem é cirurgião, ele vai remover o coração daquele homem que vai doar para Alice.

— Jake, isso é doentio. Você não pode fazer isso

—é o único jeito Oliver, se não ela morre. Aquele cara deitado não tem família, ele mora sozinho, eu entrei em um hospital ontem de madrugada e achei a ficha dele, o coração dele é compatível, e então eu procurei o endereço dele.

— Você esta louco, deixa eles irem embora Jake.

—Me ajude, por favor. – cara amarrado na cadeira diz quase sem voz – Por favor, você não quer que eu participe disso, eu imploro! Eu sou cirurgião, eu tenho muito dinheiro, por favor me ajude! – ele diz olhando para mim

— Cala essa boca – Jake coloca uma fita na boca dele

— Oliver, é o único jeito. Eu não durmo a dias pensando nela – ele começa a chorar – eu preciso que ela fique viva, Alice fez tanta coisa por mim, eu preciso agradecê-la de alguma forma, por favor. Nós dois a amamos mais do que tudo, precisamos fazer alguma coisa.

— Tudo bem – eu respondo