— Hmm... dia... — Olha ao redor e não encontra ninguém, apenas a luz ofuscante do sol entrando pela janela.

Já passava das oito horas quando Marjorie finalmente acorda, e observando com mais atenção não reconhece o lugar.

— Aah! O que houve?! Onde estou?! Raaalts!

Sai do chão bruscamente e se altera gritando mais. Ralts que dormia ao seu lado desperta assustado, e num súbito movimento já estava de pé e de guarda na frente da garota preparado para defende-la.

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Que foi? Um bandido? Onde? Cadê?

Como Ori, esse também pode se comunicar por telepatia. Seus olhos vermelhos brilham alerta pelo local até ver que na verdade está tudo bem. Nada tinha mudado na sala desde o dia anterior além da ausência de seus dois anfitriões.

Ah... não tem nada acontecendo... por que estava gritando? — Ele esfrega seus olhos ainda cansado.

— Desculpa... dormi tão pesadamente que tinha esquecido onde estávamos... — Ri envergonhada.

Estamos na casa do Aren... vamos viajar com ele para “Carlos”...

— É “Kalos”... — Preguiçosamente e quase voltando a dormir começa a arrumar onde tinha ficado no chão.

Ficaram os quatro no centro da sala tomando o lugar da mesinha que tinha sido posta de lado num canto. Colchonetes e lençóis foram o suficiente para improvisar um "dormitório".

Elinor, mãe de Aren, aparece na sala momentos depois dos gritos. Aparentemente sabia não ser nada sério pelo ritmo despreocupado que surge. Ela agora está sem avental, e no lugar do vestido amarelo do dia anterior usa uma jardineira azul com bordado de Poké Ball no peito sobre uma camisa branca.

— Você está bem? Ouvi seus gritos da cozinha...

Ela tinha se esqueci... Hm!? — Ralts é agarrado pela garota para que ficasse quieto. Ela não queria dizer que tinha se esquecido onde estava.

— Ah, err... e-estou beeem... só tive um sonho ruim. — Marjorie responde toda sem jeito ainda com o pequeno entre seus braços.

— Mesmo? Que bom que foi só isso então. — Sorri parecendo imaginar qual tinha sido o deslize da garota. — Bom, é melhor se apressar em tomar seu café senão vai acabar ficando para trás, viu?

Elinor sai da sala, e olhando-a por trás seu rabo-de-cavalo agora está trançado.

— Que horas são? ... — Marjorie puxa sua bolsa e procura pelo relógio de pulso que sabia ter por ali. Talvez... possivelmente tinha um. De dentro de um dos bolsos internos apanha o objeto desejado e já mirando em seus ponteiros leva outro susto. — Ai, meu Arceus! Quase nove horas?! É agora de manhã que saímos e eu aqui! Assim aquele garoto me dispensa por achar que sou um atraso!

Se levanta e sai correndo da sala, voltando na sequência para levar Ralts junto. Se arruma rápido e na pressa anda pela casa meio descabelada procurando por Aren, mas esse não estava, e nem o Lucario. Os dois saíram para comprar o que não puderam no dia anterior deixando-a na paranóia de ter sido deixada para trás.

{...}

— Já temos tudo, certo? — Olha para Ori esperando confirmação, mas esse dá de ombros confuso. Não entendia dessas coisas para responder. — Certo! Então já podemos voltar e partir para Kalos!

Ori revira os olhos esboçando um pequeno sorriso. O garoto guarda sua última compra dentro da mochila ainda dentro da loja de conveniência, ela fica próxima ao Pokémon Center que é a poucos minutos de sua casa. Fora, voltam a se aquecer com os raios de sol matinais, o clima perfeito animava ambos que agora caminham ansiosos, até Ori se mostrava mais animado do que normalmente é.

— Mestre... você pensa em levar outro Pokémon na jornada?

Toda aquela empolgação de Aren se esvai num piscar de olhos com aquela palavra dita pelo chacal. “Mestre”... era tão jovem e inexperiente que soava ridículo ser chamado assim.

— Já disse que não precisa me chamar de mestre... me chame pelo nome mesmo... — Se recupera respondendo à pergunta de Ori. — Hm! E sim, será bom ter um outro acompanhando.

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Fica um pouco pensativo escolhendo mentalmente qual levar, mas não pondera por muito tempo.

— Em Kalos ligo para Juniper pedindo um dos que eu deixei com ela em seu laboratório, porque agora não dá mais tempo de visita-la...

Encerram aquela conversa e continuam o resto do caminho calados. De volta, são recebidos com broncas por Marjorie e Ralts que não gostaram nada de serem deixados para trás. Já tinham comido e estavam prontos para sair, e sem mais delongas partem para o aeroporto de uma cidade próxima.

{...}

Em algumas horas de vôo chegam em Lumiose City, Kalos. Uma das regiões mais bonitas e abundantemente florida onde mais se encontra Pokémon do tipo fada. Também é o local de estudo da recente descoberta conhecida simplesmente como Mega Evolution, onde alguns poucos Pokémon carregando uma pedra única para cada espécie podem temporariamente mega evoluir durante a batalha, e apenas durante as batalhas, e mais tarde voltando ao que eram antes. Para tal transformação o treinador tem que carregar a Key Stone, que em sincronia com a Mega Stone de seu Pokémon desencadeiam a mega evolução. Essa que só desperta se a amizade entre os dois for muito forte.

O quarteto caminha por pouco tempo do aeroporto de Lumiose até o Pokémon Center local para Aren se registrar e começarem a explorar Kalos. O Pokémon Center dessa região não diferia muito dos que Aren já visitou em sua terra natal, e como em todas as outras regiões mantem o teto vermelho e enfermeiros com seus assistentes Pokémon. — Com Wigglytuff sendo as mascotes de Kalos: “Pokémon balão”, são bípedes e todo cor-de-rosa com a barriga branca, corpo oval, longas orelhas e grandes olhos azuis. Têm essa definição por incharem e flutuarem sempre que querem. Ainda na novidade que é o Pokémon Center, seu balcão de atendimento é muito chamativo, tem um painel acima dele onde mostra uma imagem de cada Pokémon em sua respectiva Ball quando energizados e/ao avaliados ali mesmo. Para rápidos atendimentos onde só se precisa recuperar a energia dos monstrinhos, há sempre uma máquina para encaixe das Poké Ball que os deixam revitalizados em instantes — além de identificar quais precisam de algum atendimento médico real.

— Tudo pronto, vou contatar Juniper agora. — Diz Aren para o trio que o acompanha.

Um pouco além da sala de espera há um corredor com alguns telefones, dos comuns encontrados na maioria das regiões. O telefone é acoplado a uma espécie de computador com monitor por onde se conversa cara-a-cara.

Feita a ligação, não demora muito para alguém do outro lado o atender. E assim que a imagem se forma na tela começa a conversa.

— Olá, Aren. Iniciando sua jornada em Kalos?

A cientista de Unova é a Professora Juniper. Do que se pode ver dela pelo monitor, não mudara nada desde a última visita do garoto. Continua com seu habitual cabelo castanho claro preso num tipo de coque e jaleco branco sobre roupa típica de escritório.

— Oi, Juniper. Sim, comecei hoje e eu queria pedir algum dos Pokémon que ficou com você...

Aren entra em dificuldade para conversar direito com Juniper, seus companheiros de viajem grudaram nele antes mesmo de terminar o pedido.

— Ooi! Sou Marjorie, nova companheira de viagem! — Pula na frente do monitor com uma das mãos em aceno. — Por acaso ele tem algum Pokémon fofo aí? — Vira-se para Aren a sua direita, sacudindo-o pelo ombro. — Pega um fofo, por favoor!

De preferência fada! ­— Ralts completa agarrando o braço livre do garoto.

Fada não... é melhor que seja lutador para treinar comigo. — Ori não queria ficar de fora e comenta também.

— Aproveitando o embalo, posso sugerir algum também? — Juniper abafa um riso com uma das mãos.

— Até você? ... — Aren parecia ligeiramente desapontado com até mesmo sua Professora dando pitaco sobre que Pokémon pegar com ela.

Começa a afastar os outros três para voltar a conversar tranquilamente. Os três expulsos decidem espera-lo em outro lugar.

— Sim, até eu. Um de seus Pokémon parece estar entediado, bastante ocioso em ficar no laboratório... seria bom se o levasse com você. Ele me evita quando o chamo ou tento alimenta-lo, me dando as costas na maioria das vezes.

Juniper fala em tom preocupado. Pede um minuto para Aren e se estica para a janela que tem ao seu lado a procura do Pokémon onde normalmente fica durante o dia. E lá está ele, desolado.

A área verde onde os Pokémon ficam é enorme, contendo um lago central e muitas árvores e arbustos frutíferos, algumas grutas para os cavernosos e pequenos morros mais secos, o preferido dos terrestres e flamejantes. Mas esse Pokémon em especial não se interessava por nada ali e nem por nenhum dos outros monstros, ficando inerte o dia todo e se movendo pouco durante a noite.

— Parece infeliz... se eu pudesse andava com todos, mas não tenho como... — Suspira lamentando por sua incapacidade. Um breve momento em silêncio e volta a falar decidido. — Chame ele, vou leva-lo.

— Já imagina de quem falo, não é? — Abaixa a cabeça para ler uma de suas anotações sobre o Pokémon num caderno, logo depois volta a falar sorrindo, contente em seu pupilo não ter mudado sua preocupação com as criaturas. — Creio que deva ser seu espírito nômade falando alto para sair daqui.

O dito cujo é chamado para dentro da sala da Juniper onde se anima com o convite do próprio garoto através do telefone, e quando absorvido para sua Ball é entregue de imediato através da máquina de transporte feito exclusivamente para levar Poké Ball’s de um laboratório a outro e Pokémon Centers. Ambos, Professor e aluno, se despedem e Aren vai ao encontro dos outros três que o aguardavam de volta a sala de espera do Pokémon Center. Marjorie folheava com tédio uma revista sobre cuidados da alimentação dos insetos quando nota o retorno de seu primo, não tarda também em manifestar sua curiosidade em conhecer o Pokémon novo.

— Ei, ei, Aren! Que Pokémon você pegou com sua Professora?

Marjorie pergunta com muita ansiedade olhando para a esfera diferente nas mãos do garoto. A parte de cima é listrada preto e amarelo enquanto na parte de baixo continua o comum branco.

— Depois te apresento ele, agora deve ter voltado a dormir... era o que fazia quando foi chamado. — Fica pensativo mirando a Ball, esperando por alguma resposta de seu morador, mas nem uma sacudida.

— Hm? Como assim?

— Ele é noturno, quando não está em jornada, treinando e competindo, passa maior parte do dia dormindo.

— Preguiçoso... mas vamos nos dar bem, também adoro dormir maior parte do dia! — Ela diz encantada recebendo um olhar de censura de Ralts que ficou com ciúme.

— É, percebi... — Dá um risinho lembrando-se do relato dela sobre sua manhã na casa desconhecida.

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Ele comprime a Ball para menos da metade do tamanho pressionando o botão na linha negra que divide a esfera em duas partes iguais, e a guarda na mochila.

A caminho do laboratório do Professor Sycamore que fica ali mesmo perto de onde estão, andam admirados com tudo que viam. Pessoas, casas, lojas, cafés e confeitarias, prédios e principalmente, Pokémon! Pokémon incomuns de encontrar noutros lugares. Muitos com seus companheiros humanos viam e iam por todo o plaza e os poucos sozinhos são pequenos pássaros coloridos que sobrevoam os tetos das casas, e outros que também flutuam, mas que não souberam identificar que animal seria. De terrestres há cães e felinos interessantes, e o que mais chama atenção passeando entre os carros é um que serve de transporte, muito grande e de longos chifres curvos.

Saindo dos devaneios da cidade nova, finalmente chegam ao laboratório do Professor Sycamore, que os convida para um chá na sala de visitas.

Começando pela entrada do prédio, sua fachada é convidativa por sempre estar com os portões abertos (ou só na maioria das vezes talvez). Da entrada a todo o resto do andar térreo, o chão é de um verde escuro brilhoso e sobre ele um tapete vermelho que segue até a escadaria central, se dividindo ainda para os lados cobrindo maior parte do chão. Nas paredes azuis retratos de Pokémon e o pessoal do laboratório, e encostadas na mesma tem várias estantes cheias de livros até o limite. Pode-se ver dentro de algumas salas por terem como parte da parede um vidro espeço, são algumas das salas ondem fazem pesquisas e estudam os Pokémon.

Na sala os dois jovens e seus Pokémon estão no sofá de três lugares e o Professor do outro lado da mesinha central está num sofá duplo. A conversa centralizava na novidade que é Kalos, Aren fazia várias perguntas sobre o que o levara a sua segunda jornada nessa região e tudo mais.

— Acho muito bom que tenha interesse na misteriosa Mega Evolution, mas... eu estou no começo de minha pesquisa e não tenho informações suficientes para lhe dar. Fora as que já deve ter visto em algumas reportagens e revistas. — O Professor está muito tranquilo, responde às perguntas sem mostrar qualquer falta de atenção.

Sycamore é alto, com quase um metro e oitenta de altura, cabelos negros e rebeldes, olhos azuis, pele clara, e ainda em seu rosto, tem uma barba bem rala destacada como riscos em cada lado da face. Como roupa usa o comumente jaleco branco que todos os professores usam, este sobre uma camisa social roxa toda abotoada com exceção dos últimos botões no pescoço, e calça social preta que se mescla aos sapatos do mesmo tipo e cor.

— Tudo bem, mas... tem algum lugar aqui na cidade ou outra onde eu poderei aprender mais sobre o assunto? — Insistia Aren em querer se aprofundar. Mal dava atenção ao seu chá que esfriava na mesinha junto dos bolos que eram devorados por Marjorie e Ralts.

— Você vai coletar as Badges para a liga, não? Em Shalour City onde tem um ginásio, encontrará mais informações a respeito, e com sorte, talvez assista alguma batalha com Mega Evolution. — O Professor nota o olhar ansioso do garoto e continua. — Não deixe de visitar a Tower of Mastery quando passar pela cidade, ok?

Um discreto brilho invade os olhos do Professor, ele encara Ori por um momento e sorri. Os quatro presentes, Aren, Marjorie, Ralts e principalmente Ori, se entreolham inquietos com aquilo, mas antes que pudessem perguntar qualquer coisa Sycamore já mudara de assunto contando mais sobre os lugares onde poderão aproveitar suas visitas.

{...}

Com o mapa de Kalos em mãos, Aren começa a marcar as cidades onde desafiará os ginásios e os Pokémon Center onde poderão pernoitar na maioria das vezes. Está ansioso em conhecer Shalour City, mas ali mesmo em Lumiose descobre ter um ginásio do tipo elétrico. Passará por ele primeiro.

— Agora posso conhecer aquele seu outro Pokémon?

Marjorie que não esquecera do combinado nenhum instante, chama a atenção de Aren para de volta a realidade com suas cobranças.

Estão num restaurante chamado Le Nah, não muito longe do laboratório. Escolhem uma das mesas externas do estabelecimento, ela era toda preta e de forma quadrada e suas cadeiras semelhantes. Sentados um de frente para o outro aguardando os pedidos com seus Pokémon sentados um de frente para o outro também. Imitando a garota, Ralts examinava o cardápio (mesmo não sabendo ler) virando-o para todos os lados quando ouve a pergunta e se mete no meio.

Também quero conhecer! — Ralts levanta seus braços jogando para trás sem querer o objeto que segurava. — Ops!

O pequeno bailarino sai de seu lugar para pegar de volta o cardápio.

— Digo... nós podemos conhecer ele agora? Por favorzinho! — Ela pergunta piscando várias vezes os olhos com as palmas de suas mãos juntas na frente do rosto.

— Claro, foi mal esquecer. — Aren pega sua mochila que estava no chão do lado de sua cadeira e tira de dentro a Ultra Ball. A expande e estende a mesma para a garota que pega muito ansiosa. – Mas não sei se a aparência dele entra no seu padrão de “fofo”, ele é meio... “intimidador” à primeira vista.

— Se dorme muito deve ser super de boa como eu. Yeah! — Levanta para o alto, a esfera quase do tamanho de sua mão, numa pose triunfante. — Agora quem será que está aqui dentro? — Ela se levanta e toma uma pequena distância da mesa, posicionando a Ball para sua frente e sacudindo-a chama por seu morador. — Vem cá, vem cá!

Os três presentes assistem atentos a garota que parecia estar se divertindo muito com algo tão simples.

O raio azul da esfera libera um Pokémon quase da altura dela, robusto de forma humanoide. É inteiramente verde, usa um chapéu triangular de folhas e possui espinhos ao longo de seus braços, pernas e pescoço. No seu corpo há um padrão de manchas desenhadas como losangos verde mais escuro que se estendem de um pequeno no pescoço e vão aumentando de tamanho à medida que desce a altura de suas pernas, o último dá início a uma estria que segue em linha reta para as costas e termina na nuca com um solitário e pequeno losango. O Pokémon humanoide se parece muito com os típicos espantalhos cuidando de plantações, mas feito de cactos: um Cacturne! Esse espécime é do tipo planta, como sua aparência mesmo sugere, e sombrio, é um predador noturno dos desertos e normalmente andam em grupos.

O Pokémon libertado de costas para a garota vira-se para encará-la. Quando feito fica meio aturdido, esperava encontrar um humano de cabelos brancos e não uma de longos negros e olhar energético. Mesmo sua face não contraindo muitos músculos parecia preocupado.

Seu rosto é simples, composto de um largo sorriso fixo feito de sete orifícios bem alinhados e um olhar penetrante. Um par de pequenos íris amarelos sob uma pele cava negra. Se olhar bem, sua cabeça lembra a lanterna de abóbora, por isso olhos e boca como se alguém tivesse furado e os olhos brilhantes como a vela que fica dentro.

O Cacturne emite um tipo de rosnado baixo e grave. Em seu olhar, ansiedade, procura por seu humano quando o avista atrás de Marjorie ainda sentado no mesmo lugar e recebendo um aceno dele. Agora mais tranquilo em saber que não fora trocado ou simplesmente dado, o Pokémon volta a encarar a estranha para descobrir de quem se trata.

— Awnn, que Pokémon é você? Você tem um rosnado tão fofinho! — Se recompõe e chega mais perto do Cacturne que a estranha para se apresentar. — Hm-Hm! Oi, eu me chamo Marjorie. Prazer! E você é....?

O espantalho permanece calado sem entender muito bem que diferença faz ele responder.

— Não seja tímido. Vamos, qual o seu nome?

Mesmo não vendo sentido responde à pergunta da garota com um de seus rosnados.

— Que nome diferente... “Scare”... Você nem assusta, é fofo! — Sorri esperando a reação do Pokémon.

Ele se arrepia surpreso. Até parece sorrir de verdade, mesmo ainda não movendo o rosto em nada, feliz em conversar pela primeira vez com algum humano tão diretamente. Ela ri e faz uma pose fofa segurando o rosto, ele a imita empolgado; talvez soubesse Mimic ou apenas queria brincar de imitar.

Aren pasma boquiaberto, diferente de Ori que permaneceu indiferente, não entendia como ela soubera o apelido de seu Pokémon sem ele mesmo ou Ori terem dito algo, ou até mesmo Ralts ter traduzido para ela o que o Cacturne respondera.

— E-espera aí, Marjorie! V-você o entendeu? Pode endente-los?

Ele quase cai da cadeira na pressa de ir falar com a garota mais de perto. Como se não fosse entender o que ela dissesse naquela pequena distância...

— Err... Eu não contei? Posso conversar com os Pokémon normalmente... bom, eu me entendo melhor com eles que com pessoas...

— Isso é muito legal! Desde quando faz essa parada? — pergunta ansioso.

— Ah, desde sempre eu acho... nasci assim. — Ela sorri meigamente.