O líder dos guerrilheiros acompanhava Jason e Pyro no mesmo Camerupt; Margot e Sasha foram acompanhadas por um guerrilheiro (que estava com Chandele no colo). E assim seguiram com a caravana pelas areias do deserto da parte sul de Sahaarian.

Às 8 horas, o sol começou a esquentar tanto que Jason retirou a jaqueta. Suava. Mesmo assim, nenhum Camerupt demonstrou cansaço.

O Numel acompanhava a sua mãe quando sentiu que algo estava estranho no caminho. Preferiu ficar perto do que ser pego em alguma armadilha de algum predador.

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— E esse tal Scorpion. Que tipo de pessoa ele é? — perguntou Jason.

— Ele é enérgico e às vezes assusta. Mas é uma pessoa boa. Já foi guerrilheiro, mas o sonho dele era ser líder de ginásio. Como a Liga Pokémon rejeitou a sua candidatura a líder durante o período na guerrilha, ele decidiu sair. Hoje vive em Omã, porque o atual governo proíbe o treinamento dos pokémons.

— Nossa! Essa é uma verdadeira história de vida. Ele deve amar ser um líder, pois renunciou à guerrilha. Eu também gosto de ser treinador pokémon. E como pode esse governo proibir o treinamento? Eles são idealistas ou algo assim?

— Idealistas? — Guedara riu. — Que nada. Ai se fosse! Eles proibiram o treino para evitarem que civis pudessem derrubar o governo e o poder das forças armadas. Não se esqueça de que pokémons são armas poderosas se bem treinados.

A caravana continuou entre as dunas do deserto. O sol já era forte o suficiente para fazer suar todas as pessoas ali.

Enquanto isso, Numel ficou com medo. Algo havia saído debaixo da areia e seguia os Camerupts. De repente, algo deu um pulo e atacou os Camerupts, que pulavam com medo. Alguns guerrilheiros caíram na areia e viram que o causador daquele tumulto era um pokémon que parecia uma bola de espinhos.

— O que houve lá atrás? Pyro?

Charmander deu um pulo e saiu correndo. Jason seguiu o seu parceiro.

O pokémon misterioso se preparou para usar os seus espinhos contra os guerrilheiros caídos. Charmander apareceu e soltou uma rajada de fogo.

— O que é aquilo? Enfim, não importa. Se for um pokémon, capturarei.

Havia uma última bola para Jason utilizar contra o pokémon agressor.

O pokémon abriu os braços. Era um par de braços sem dedos e com espinhos. Havia uma flor amarela no que parecia ser a cabeça dele.

— Vai, Pyro!!

O pokémon foi com tudo para cima de Charmander. A luta provavelmente seria intensa e equilibrada, mas Charmander venceu em poucos segundos. O pokémon em forma de cacto estava nocauteado. Jason jogou a bola e capturou.

— Esse é meu!!

Nome: Cacnea

Designação: Pokémon cacto

Número: 331

Tipo: Planta

Sexo: Macho

Grupo de ovos: planta / parecido com humano

Peso: 50,3 kg

Altura: 0,40 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Ataque Especial

Não era muito comum um Cacnea aparecer diante dos humanos e atacar livremente.

A caravana continuou a sua jornada rumo a Omã. Por volta das 10 horas da manhã, sob um sol escaldante, os guerrilheiros chegaram ao destino.

— Finalmente chegamos — avisou Guedara.

Havia grandes cactos que eram pequenas bases onde os guerrilheiros se escondiam e guardavam canhões de laser contra aviões do exército governamental. Também havia bases espalhadas por dentro de dunas.

Cidade de Omã

A caravana chegou a um precipício com mais de vinte metros acima do nível da cidade. Dali era visível uma boa parte de Omã.

A primeira coisa que Jason testemunhou foi a presença de uma pirâmide enorme com quase 50 metros no meio das casas. Havia plantas e um belo verde da natureza. Também era visível um rio que cortava a metade de Omã.

— Que bonita! Eu jurava que era só areia.

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— Não, Jason. Omã é o nosso último bastião de resistência, por isso que cuidamos dela com muito carinho.

A caravana desceu uma trilha que dava até o nível da cidade.

As casas eram de alvenaria e pedra. As pessoas se vestiam com roupas esvoaçantes como túnicas e mantos. Jason viu alguns outros Camerupts caminharem pelas ruas da periferia.

— Omã possui 20 mil habitantes. Nenhum ser vivente aqui passa fome ou é negado o direito a assistência médica. Queremos levar essa forma de governo para todo o distrito.

Pessoas olharam curiosas nas janelas de suas casas. Havia uma feira ao ar livre em que muitos produtos eram vendidos.

Moradores elogiaram os guerrilheiros, principalmente Guedara.

— E aí?! — falou Simon.

Jason deu um pulo e correu até o ruivo. Ambos se cumprimentaram.

— Cadê o pirralho de antes? Quem é você?

— Hehehehe... depois eu te conto. Simon... olha só — Jason mediu as alturas deles com a mão. — Agora estou um pouco maior do que você.

— Aff... cê vai me explicar direito como envelheceu!

— Tá bom.

Guedara perguntou o porquê de Simon estar ali. O ruivo explicou que Pell Scorpion havia sido preso pela guarda municipal.

— Como é? Impossível.

— Eu vim com...

— Oi, amigo — Um outro guerrilheiro surgiu diante de Guedara. Era o segundo em comando. Um homem barbudo de estatura mediana.

— Anubisio?

— O Pell e a sua gangue atacaram o centro de comando do bairro central. Eu dei a ordem para prendê-lo.

— Mas Anubisio, o que fez com que o Pell atacasse assim sem mais nem menos?

— Sei lá. Ele está preso.

Jason ficou desmotivado quando soube que o líder do ginásio fora preso. Seria a sua chance de obter a quarta insígnia.

...

Na delegacia do bairro central...

— Ei! Cadê o almoço? Detentos precisam comer também.

— Só cumpro ordens, Pell. Você jogou uma bomba no quartel sem vê nem pra quê. Vai passar uns dias preso pra deixar de ser safado.

— Safado és tu. Cachorrinho do Anubisio. E também é gordo. Como pode um policial ser gordo? Hauahuahau.

O policial saiu da parte das celas.

Pell Scorpion ficou deitado na cama da cela, aguardando o seu amigo chegar. Não tinha medo de ficar preso. Fez o que achou ser o certo. E o certo era explodir o local onde havia um potencial traidor que estava dando informações confidenciais ao Marechal Rosé. Guedara precisava ficar sabendo disso.