Poison & Wine

Capítulo 12 - Possibility


Sinto o meu corpo pesado, e embora eu tente, não consigo abrir os olhos. Onde estou? Esforço-me, ao máximo, para sair desta escuridão, mas o meu corpo não me obedece. Até que escuto palavras sussurradas e começo então a me concentrar nelas.

–Eu fiquei com tanto medo Damon, se eu não tivesse chegado a tempo.

–Calma Alice, o que importa que ela está bem agora.

–O que será que aconteceu? Por que ela faria uma coisa dessas?

–Eu tenho uma suspeita, mas é melhor esperar ela acordar, não quero tirar conclusões precipitadas. Você avisou pra alguém o que aconteceu?

–Ainda não, a única coisa que eu tive na cabeça na hora era estacar o sangue e chamar a ambulância, e depois que cheguei aqui no hospital meu celular descarregou.

–Acho que é melhor assim Alice, até a Bella acordar não avise pra ninguém o que aconteceu.

Alice? Damon? Tento chama-los, mas é em vão, até que a inconsciência me chama mais uma vez.

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Tudo continua pesado; meus membros, minha cabeça, minhas pálpebras, não consigo mover nada. Meus olhos continuam determinados a manter-se fechados, apesar dos meus esforços, e eu só posso ficar ali, almejando escutar novamente a voz do Damon e da Alice, e assim conseguir me acalmar.

–Ela vai ficar bem?

Quem é? Não estou reconhecendo esta voz.

–Os médicos disseram que sim, acham que ela sofreu um choque muito grande pra tentar se suicidar e que só vai depender dela escolher o melhor momento pra acordar.

Suicidar? De onde tiraram isso? Eu só queria acabar com aquela dor.

–É estranho, depois que você me contou sua história com a Bella eu deveria sentir ciúmes e até não simpatizar com ela, mas não sinto nada disso, na verdade eu sou grata a ela por tudo o que ela fez por você. Espero que ela fique boa logo.

–Nada menos disso eu poderia esperar de você Elena.

Elena? Mas não consigo prestar atenção mais em nada pois a névoa da escuridão me toma outra vez.

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Estou me sentindo menos pesada, mas mesmo assim meu corpo ainda continua não me obedecendo, e já até perdi a noção do tempo.

–Já faz dois dias e nada de ela acordar Damon, eu acabei tendo que contar ao Jasper o que aconteceu, de tanto ele perguntar porque eu estava nervosa, mas fiz ele me prometer que não contaria nada para ninguém. Ele não gostou, disse que se meu pai descobrir vai ficar irritado, ainda bem que a ambulância não nos levou pro hospital que ele trabalha.

–Você fez bem Alice, é melhor a gente preservar o que aconteceu, se o estado emocional da Bella estiver mesmo muito alterado, quanto menos pessoas souberem melhor, acho que ela ia gostar assim.

–Também acho Damon.

Quero escutar mais, mas aquela irritante névoa aparece mais uma vez e me puxa novamente para a inconsciência.

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–Bella acorde amiga, estou preocupada com você – diz uma Alice chorosa.

Eu tento, mas meu corpo ainda não me obedece, e acabo dormindo mais uma vez.

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Abro os olhos e ao tentar me mover estranho o fato de ter no meu braço uma intravenosa ligada no interior do meu cotovelo, tento me concentrar para saber onde estou, até que percebo que parece o quarto de um hospital, mas o que eu faço aqui? Tento lembrar de algo, mas minha cabeça dói tanto que acabo desistindo. Viro meu rosto e percebo que alguém está sentando na poltrona que há do lado, e só depois de forçar muito minha vista, consigo reconhecer aquela silhueta.

–Damon?

Estranho minha voz, e é neste momento que percebo que minha boca está seca e que eu faria de tudo pra ter um copo de água agora. E apesar de minha voz ter sido apenas um sussurro, ele acaba despertando e me olha surpreso.

–Bella? Oh meu deus, você acordou. Baby você não sabe como me deixou preocupado…

Ele não parava de falar o que só me deixava confusa e acho que ele acabou percebendo isso.

–Oh desculpa! Você deve ainda está grogue, quer alguma coisa?

–Água – falo com dificuldade.

–Espere aqui Baby, irei chamar uma enfermeira.

Ele sai do quarto e logo depois aparece uma enfermeira toda sorridente.

–Como está se sentindo Senhorita Swan?

–Com sede.

–Iremos resolver isso logo.

E para a minha alegria ela traz um copo cheio de água.

–Beba com calma.

Assim que bebo o copo todo, sinto-me um pouco melhor, só minha cabeça que ainda doí um pouco.

–Sente alguma dor?

–Minha cabeça.

–Irei te aplicar um remédio e já já a senhorita se sentirá melhor.

–Bella – digo.

–O que? – pergunta ela confusa.

–Meu nome é Bella.

–Está certo, Bella, bonito nome.

Quando ela está aplicando algo no meu soro, o que eu presumo que seja algo para melhorar essa minha dor na cabeça, o Damon volta pro quarto.

–Estava ligando pra a Alice, a tampinha me ameaçou de morte se eu não ligasse caso você acordasse – explica ele.

–Ela pode ser baixinha, mas bota medo em todo mundo quando contrariada – digo sorrindo.

–Pronto Bella, daqui à alguns minutos sua dor de cabeça irá melhorar.

–Obrigada…

–Enfermeira Anne.

–Obrigada Anne.

–De nada querida, precisando de algo é só me chamar.

Ela sai do quarto e o Damon volta a sentar na poltrona do lado.

–Como está se sentindo? – pergunta ele.

–Um pouco melhor, acho que o remédio está começando a fazer efeito.

–Bella…

–Eu sei que você quer saber o que aconteceu Damon – suspiro – Mas deixa eu contar quando a Alice chegar, não quero relembrar daquele momento duas vezes – digo tentando segurar minhas lágrimas.

–Calma Baby, não se pressione.

Mas eu acabo não conseguindo me controlar, ao conseguir finalmente me lembrar o porquê de eu estar naquele hospital, minhas lágrimas voltam com tudo, Damon vendo o meu desespero me abraça e eu me aperto forte nele. E a única coisa que sinto, antes de ser levada novamente para a escuridão, é uma picada no meu braço.

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–Ao que tudo indica ela pode está evoluindo para um quadro depressivo, mas vamos esperar ela acordar novamente para que eu possa examiná-la e assim dar um diagnóstico preciso.

–Obrigada doutor.

Ao escutar vozes, consigo abrir os olhos.

–Bella?

–Vejo que acordou Senhorita Swan – diz um homem idoso, que ao que tudo indica é meu médico – Como se sente?

–Melhor – digo.

E estava mesmo me sentindo melhor, minha cabeça já não doia e meu corpo já não estava tão pesado.

–Que ótimo, irei chamar a enfermeira Anne para me ajudar a fazer alguns exames na senhorita.

–Bella, por favor.

Oh que mania irritante que esse povo tinha de me chamar de senhorita.

–Certo, Bella – diz ele sorrindo.

Assim que a enfermeira Anne chega ele começa a me examinar, projeta uma luz nos meus olhos, fazendo-me tocar os dedos, logo em seguida então meu nariz, fechar primeiro um olho e depois o outro, pra poder assim verificar todos os meus reflexos. Escuta os batimentos do meu coração, mede a minha pressão, verifica as ataduras que estavam no meu pé e toca nele suavemente. Nossa, acho que essa foi a primeira vez que me examinaram tanto.

–Você teve muita sorte em não ter infeccionado seu pé, senão ele não estaria mais aqui pra contar história.

Engulo em seco, de fato eu fui uma idiota.

–Mas tarde a Doutora Irina irá vim conversa com você.

–Eu preciso fazer mais exames?

–Por enquanto não, se você continuar assim, amanhã mesmo posso te liberar, mas antes você precisa conversar com ela, mais tarde eu volto pra te ver, tchau meninas.

Ele e a enfermeira Anne saem, e só fica eu e Alice no quarto.

–Estou tão feliz em te ver finalmente acordada Bellinha.

–Eu fiquei desacordada por quanto tempo? – pergunto.

–Por três dias.

–Nossa – respondo surpresa.

–Você não sabe o meu sofrimento em não te ver acordando, estava amedrontada, em minha cabeça eu só me perguntava, será que eu não consegui chegar a tempo? – diz ela chorando.

–Desculpa Alice.

–Nunca mais faça mais isso Bella.

–Desculpa.

Acho que de tanto chorar minhas lágrimas já haviam se secado completamente, pois apesar da tristeza, não consigo derrubar mais nenhuma, só me restando, agora, ficar ali submersa na minha dor.

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Mais tarde a Doutora Irina chega e eu descubro que na verdade ela é uma psicóloga.

–Se você não quiser me contar o que aconteceu Bella tudo bem – diz ela enquanto tenta novamente me instigar a falar algo.

Tenho que aplaudir o esforço dela, pois se fosse eu que ficasse ali falando sem que ninguém me respondesse, eu já tinha ido embora. E vendo que ela não ia mesmo desistir, suspiro, é melhor falar logo o que aconteceu, pra ver se assim eu tiro um pouco desse peso do meu coração.

–A senhora pode chamar minha amiga Alice e meu amigo Damon? Eles devem está lá fora, eu não quero repetir o que eu vou falar aqui, e eles merecem uma explicação.

Ela prontamente se levanta e chama os dois, sem falar nada eles entram e ficam esperando eu me preparar a começar, a em fim, narrar o que me aconteceu.

–Primeiro quero deixar claro que apesar daquela loucura que fiz eu não estava pretendendo me suicidar – digo rapidamente.

–É muito bom saber disso Bella, respire e fale aos poucos, narre pra gente o que aconteceu à três dias atrás, desde o começo – diz a voz calma da Doutora Irina.

–Depois de pensar muito eu finalmente tomei coragem e fui ter uma conversa franca com o Damon, a nossa conversa me fez tão bem que assim que eu cheguei em casa eu só queria relaxar na minha banheira e tomar um bom vinho, mas a campainha tocou.

–Quem era? – pergunta ela.

–Era Edward.

–Quem é Edward?

–Ele é meu melhor amigo e também o cara que eu sou apaixonada – falo, decidida em ser franca com ela.

–Vocês namoram?

–Não, não, só amigos, Edward nem imagina que eu amo ele, e ele vai casar – digo triste.

–E o que ele foi fazer na sua casa?

–Ele trouxe comida e cerveja, queria conversar, relembrar os velhos tempos.

–Vocês fizeram algo mais?

–Edward inventou um jogo e eu acabei aceitando.

–Que jogo?

–Ele intitulou de jogo das perguntas, cada um fazia uma pergunta ao outro e caso um não quisesse responder tinha que tomar um copo de cerveja, no meu caso eu preferir minha taça de vinho.

–E o que aconteceu depois?

–Nós acabamos ficando muito bêbados e para a minha surpresa do nada ele me beija.

Percebo a cara de choque da Alice, mas a Doutora Irina faz eu prestar atenção novamente nela.

–E o que você sentiu quando ele te beijou?

–Eu senti que meu mundo finalmente havia se tornado completo.

–E vocês ficaram só no beijo?

–Não, o desejo falou mais alto e nos tornamos um só no chão da sala do meu apartamento.

–E o que aconteceu no outro dia?

–Eu estava tão radiante que fui preparar um café da manhã caprichoso pra nós dois, mas...

E se eu pensava que minhas lágrimas finalmente haviam se esgotado eu estava completamente enganada.

–Mas? –incentiva ela.

–Ele acordou e me chamou desesperado querendo saber o que havia acontecido, o porquê dele está nu no meio da minha sala, e eu só via pânico no seu olhar e no mesmo ele implorava pra que eu dissesse que nada havia acontecido, então eu menti, eu menti – digo desesperada.

Assusto-me com o som de um barulho e vejo que foi o Damon que havia esmurrado a parede.

–O que foi que você disse Bella? – pergunta a Doutora Irina, querendo que eu volte a prestar atenção nela novamente.

–Eu disse que ele estava tão bêbado que brincou de fazer um strip tease na minha sala.

–E ele acreditou?

–Acreditou – digo desesperada.

–Calma, respire Bella.

Tento fazer o que ela diz, mas era difícil.

–E depois o que aconteceu?

–Com medo de que ele me visse chorando eu corri até o banheiro e fiquei aliviada quando ele foi embora.

–E o que você fez?

–Eu estava me sentindo horrível – digo encolhendo-me toda – comecei a quebrar tudo que eu encontrava no caminho, até que eu piso sem querer num caco de vidro de um frasco de perfume que eu havia derrubado e começo a me sentir aliviada porque aquilo estava fazendo eu esquecer da minha dor – digo desesperada – então sem pensar em nada, só querendo não sentir mais a dor sufocante no meu coração eu pego um caco e corto o meu pulso e só lembro que alguém gritava desesperadamente o meu nome antes de cair na completa escuridão.

Relembrar tudo aquilo era sufocante, eu só queria agora cair novamente naquela profunda inconsciência que eu estava antes de acordar, e para a minha felicidade parece que haviam me escutado, pois só foi eu sentir mais uma vez aquela picada no meu braço que a névoa me levou outra vez para a escuridão.

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–A minha vontade é a de esmurrar aquele idiota do Edward até não poder mais.

–Calma Damon.

–Você diz isso porque ele é seu irmão.

–Ele pode até ser meu irmão, mas a Bella é minha melhor amiga. Você acha que eu também não tenho vontade de apertar o pescoço dele? Mas precisamos ser racionais e não deixar nosso sentimentos falarem mais altos, pelo bem da Bella. Não escutou o que a Doutora Irina falou Damon? Bella está desenvolvendo um quadro depressivo, precisamos cuidar dela.

Não quero acordar e só fico ali escutando o que eles estão falando, até que o cansaço me vence.

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Possibility - Lykke Li

Fazia três semanas que eu havia saído do hospital, e como eu ainda não estava me sentindo muito bem, e não tinha vontade nenhuma de sair da minha casa, pedi no trabalho minhas férias que já estavam há muito tempo pendentes, e para o meu alívio, foram de pronto concedidas.

Há uma possibilidade

Há uma possibilidade

Tudo o que eu tinha, era tudo o que eu vou conseguir

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

Alice havia se mudado completamente para o meu apartamento, o que eu achei um absurdo e o motivo para eu ter constantes brigas com ela, mas a baixinha não ligava e continuava lá me perturbando, sendo que a única coisa que eu queria era ficar sozinha e um pouco de paz.

Há uma possibilidade

Há uma possibilidade

Tudo o que eu vou conseguir vai ser seu também

Tudo o que eu vou conseguir vai ser seu também

O Damon todo dia vinha me ver e numa dessas visitas ele trouxe a Elena, vi que ele estava apreensivo, mas acabei tranquilizando-o, e para a minha surpresa nós duas acabamos nos dando muito bem, o que era estranho, pois o Damon havia me dito que contou toda a verdade do nosso relacionamento para ela e eu pensando que ela ia me odiar e acabo tento essa surpresa.

Então me avise quando você ouvir meu coração parar

Você é o único que sabe

Me avise quando ouvir meu silêncio

Há uma possibilidade de eu não saber

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

E para o meu alívio nenhum dos dois citou o nome de Edward na minha frente ou fez qualquer tipo de pergunta relacionada àquele dia, pedi pra a Alice inventar que eu havia viajado aproveitando que há muito tempo eu não tirava férias, assim nenhuma visita inesperada poderia aparecer novamente na minha casa. E o meu celular eu desliguei, não queria falar com ninguém, só queria ficar reclusa no meu mundo.

Saiba que quando você partir

Saiba que quando você partir

Pelo sangue e por mim, você anda como um ladrão

Pelo sangue e por mim, eu caio quando você se vai

Ultimamente eu não dormia muito bem e também não conseguia ingerir nada, tudo o que eu comia meu estômago colocava para fora; estava me sentido péssima, nem conseguia me ver no espelho; meu rosto, meu cabelo, meus olhos, tudo estava sem vida, e era assim mesmo como eu me sentia por dentro.

–Bella você não comeu nada – reclama Alice.

–Não consigo…

E sem que eu possa falar mais nada saiu correndo até o banheiro e vomito sem nenhum controle dentro da minha privada.

–Bella o que está acontecendo? – pergunta uma Alice preocupada.

Depois de eu finalmente despejar tudo na privada, levanto-me com dificuldade e vou lavar minha boca e só paro quando não sinto mais o gosto horrível do vomito, e assim arrasto-me até minha cama.

–Eu vou chamar meu pai pra ver você.

–NÃO! - grito desesperada, não queria que Carlisle visse o meu estado, senão Edward iria acabar descobrindo.

–Mas Bella..

–Não Alice – corto logo ela – amanhã eu vou fazer uns exames, não se preocupe, eu só preciso agora descansar um pouco.

E assim que termino de falar sou transportada para o mundo dos sonhos.

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Então me avise quando você ouvir meu coração parar

Você é o único que sabe

Me avise quando ouvir meu silêncio

Há uma possibilidade de eu não saber

Mesmo eu insistindo que não precisava, Alice me acompanha, e depois de várias perguntas o médico pede pra eu fazer alguns exames. Resolvo fazer eles logo, assim ela parava de encher o meu saco, ter uma tampinha em casa era muito estressante, pois o que lhe faltava de altura ela compensava sendo irritante.

–Quando sai os resultados? – pergunta Alice.

–Só depois de amanhã – respondo.

–Tudo isso! Desse jeito eu vou ter um treco, quero que você melhore logo – diz ela preocupada.

E é nessa hora que percebo como eu estava sendo injusta com ela, e a abraço bem forte.

–Desculpa Alice, por brigar com você todos estes dias, por te chamar de chata e tampinha irritante, estou descontando tudo em você - digo chorando.

–Não chore por favor, parte o meu coração só te ver chorando todos esses dias, eu só quero o seu bem e sua felicidade e eu nem ligo quando você briga comigo porque eu sempre ganho nossas discussões mesmo.

Essa tampinha não tinha jeito mesmo, e eu começo a rir como há muitos dias eu não fazia e ela fica radiante ao me ver sorrindo, eu só tenho que agradecer a Deus por ter me dado essa amiga mais que especial.

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Então me avise quando meu silêncio terminar

Você é o motivo pelo qual me fechei

Então me avise quando me ouvir caindo

Há uma possibilidade de isso não se mostrar

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

Os exames, para a alegria da Alice, e também, segundo ela, para o bem do não aparecimento dos seus cabelos brancos, estavam prontos, e apesar da insistência dela de abri-los, prefiro esperar minha consulta com o médico, eu não iria entender mesmo nada do que estava escrito ali.

E já fazia um tempo que o Doutor lia eles e não falava nada, o que já estava me deixando preocupada, será que eu estava com algum problema sério de saúde?

–Então doutor? – pergunta uma Alice já impaciente.

–Parabéns Isabella, você está grávida.

–O que? – pergunto surpresa.

–Pela sua cara, nem passava pela sua cabeça essa possibilidade – diz o médico rindo.

Mas ele estava rindo do que? Meu deus isso não pode ser possível.

Pelo sangue e por mim, eu cairei quando você se for

Pelo sangue e por mim, eu seguirei sua liderança

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

Mmmmmmmmmmm

Olho pra Alice e ela também está em choque.

–Estou grávida de quanto tempo? – pergunto.

–De três semanas.

Três semanas atrás, aquela noite que eu quero desesperadamente esquecer. Toco a minha barriga, não acreditando ainda, dentro do meu ventre estava o filho de Edward.