Point Of View

Capítulo 1 - Can't Back Down


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Capítulo 1 - Can't Back Down ( Não pode recuar)

-Silena, querida – disse a mãe, Afrodite, enquanto corria para abraçar a filha.

-Mãe – ela disse, largando a mala para abraçá-la.

-Que saudades que eu sentia. Ainda bem que voltou.

Afrodite era uma senhora muito saudável para sua idade. Havia tido sua filha aos dezessete anos, e agora aos trinta e cinco parecia ter dez anos a menos. Os cabelos castanhos claros encaracolados eram bem cuidados e brilhantes. Sem nenhuma ponta dupla. Os olhos azuis como os da filha estavam sempre cheios de paixão, e sempre exibia um sorriso no rosto.

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-Mãe, está me amassando.

-Ah, querida, desculpe – disse Afrodite soltando a filha – Queria poder lhe apresentar meu marido, Hefesto, mas ele está trabalhando. Suponho que já conheceu Charles, não é?

-Sim – ela disse com um fio de voz, arrumando os cabelos bagunçados.

-Isso é ótimo, vocês vão se dar bem e... Charles – chamou Afrodite, fazendo o garoto se virar nas escadas para ouvir o que a madrasta tinha a dizer – Percy ligou hoje a tarde e pediu para você ligar de volta.

-Vou ligar – resmungou o garoto, fazendo Afrodite revirar os olhos.

-Vamos filha, levar essas coisas para seu quarto...

A mãe foi tagarelando com a filha até a porta do quarto, onde pararam. Silena soltou uma exclamação de surpresa, e a mãe sorriu satisfeita.

As paredes do quarto eram pintadas de um roxo claro, quase lilás. As cortinas eram prateadas, reluzindo a luz do sol que entrava pelas janelas. Os móveis do quarto eram de uma cor branca. Havia duas portas do fundo do quarto e Silena supôs que fossem o banheiro e o closet.

-Ah, mãe. É perfeito – falou abraçando a mãe.

-Sabia que ia gostar querida. E ah – ela continuou com um sorriso – No closet há umas bolsas Louis Vuitton da última coleção.

-Sério? – perguntou Silena com os olhos arregalados.

-Claro querida.

-Ah, mãe. Você é demais – ela disse, abraçando novamente a mãe.

-Ah, querida – disse Afrodite – Agora vá aproveitar suas roupas. Tenho que fechar a edição da revista...

-OK. Vou dar umas voltas por aí depois...

-Claro, claro. Tome um banho primeiro, a viagem da Flórida até aqui é longa...

-Certo. Tchau mãe – disse Silena dando um beijo na bochecha da mãe.

Afrodite deixou a filha no quarto e voltou para seu escritório, a fim de agendar algumas provas de roupas para o ensaios fotográficos. Enquanto isso, a garota fechava a porta atrás de si e levava a mala até o armário. Tirou as poucas roupas que levava, afinal sabia que a mãe teria um armário cheio para ela, e as guardou conforme as cores.

Depois tirou seus sapatos e os pos ao lado da cama, deixando a bolsa sobre a mesma. Começou a se despir a caminho do banheiro. Enquanto deixava a banheira encher de água, pegou o remover de maquiagem para tirar o blush, rimel e sombra. Ela riu ao ver o rimel borrado, mas logo tratou de limpá-lo.

Deitou na banheira e suspirou aliviada. A viagem havia sido longa e ela quase não havia conseguido dormir. Depois de vários minutos na banheira, começou a se banhar com aágua quente. Quando saiu, pos música no celular do modo aleatório. A música que começou a tocar foi Thunder, do Boys Like Girls. Ela ainda lembrava quando encontrou os garotos da banda no camarim, com uma pequena ajuda da sua mãe.

Começou a cantar enquanto secava o corpo. Assim que pos o roupão, pegou o secador para secar o cabelo. Assim que terminou, foi ao closet para pegar uma outra muda de roupas.

Pegou uma calça jeans Dolce & Gabana e uma bota Alexander McQueen. Uma blusa cinza Calvin Klein e um casaco preto Armani. (http://i28.tinypic.com/2cd9yep.jpg)

Prendeu os cabelos em um coque no alto da cabeça, borrifou seu Chanel nº 9 e começou a se maquiar. Passou um corretivo, a base da cor da sua pele e o blush. Pegou a sombra rosa clara e passou fracamente na pálpebra superior. Antes de sair, porém, passou o lápis e o rimel e uma das bolsas Louis Vuitton da última coleção.

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Quando passou na frente do escritório da sua mãe, ela não estava mais lá. Era assim que costumava ser. Afrodite sempre estava ocupada. Ou com o trabalho, ou com compras ou com outra coisa qualquer. Suspirando ela começou a descer a escada, e começou a ouvir vozes na sala.

-E aí, cara? – ouviu a voz de Charles.

-E aí nada. Annabeth ta puta comigo.

-Por quê? – Charles perguntou desentendido.

-Ela acha que a Rachel e eu temos alguma coisa.

Beckendorf riu.

-É, mas aquela cena do carro...

-Cala a boca – disse Percy – Aquilo, bem... Não foi nada.

-A Rachel te beijar não é nada?

Percy suspirou, ia dizer alguma coisa, mas os garotos ouviram passos na escada. Silena começou a descer os degraus, tentando fazer menos barulho possível. Ouviu os garotos pararem de falar e foi até a sala.

O garoto, Percy, tinha os cabelos escuros e os olhos verdes. Era alto e usava um casaco preto por cima da blusa do Green Day.

-Charles – disse Silena – Se minha mãe perguntar, pode dizer que eu vou dar uma volta?

-Claro – ele resmungou, observando a garota dar as costas e bater os saltos em direção a porta de entrada. Assim que se fechou, ele suspirou.

-Quem é essa? – perguntou Percy.

-É a filha da minha madrasta, Silena.

-Ela é bonita – disse Percy ainda fitando a porta.

-É muito fútil. Devia ouvir os assuntos que ela e Afrodite estavam falando: “Último editorial de moda, bolsas Louis Vuitton...”

-São garotas, claro. Annabeth e Thalia também falam sobre isso.

-Mas não tanto quantos elas, suponho. Você viu as roupas que ela estava usando? Era tudo de marca. Aquelas bolsas Louis Vuitton, na calça tinha a etiqueta da Dolce & Gabana...

-Hm, Beckendorf hein? Sabendo de moda?

-Cala a boca – disse Beckendorf jogando uma almofada no amigo – Quando Grover, Luke e Nico virão aqui?

-Grover e Luke vão vir daqui a pouco, e o Nico tá tentando cantar a Thalia.

Os dois começaram a rir.

-O Nico e a Thalia? Fala sério!

-Sim, ele me contou e a Annie disse que a Thalia também tá afim dele.


-Imagina esses dois, são como água e vinho.

-Já consigo ver os dois...– riu Percy.

Longe dali, no Central Park, Silena caminhava por uma trilha calma. O silêncio era contestado apenas quando um corredor passava por ali correndo depressa. Ela prestava atenção no som que as folhas das árvores emitiam, ignorando o som das buzinas de automóveis que soavam ao fundo.

Ao chegar próxima de um lago, pagou por um saquinho de pipocas que estavam sendo vendidas e sentou em um banco, apreciando a vista.

-Silena? – perguntou um voz confusa as costas da garota, que se virou para encarar duas garotas.

Uma era menor que a própria. Tinha longos cabelos loiros encaracolados e grandes olhos cinzentos. A outra tinha os cabelos pretos repicados que chegavam até os ombros e olhos azuis elétricos que brilhavam como pequenas fontes de energia.

-Ahn, olá? – perguntou franzindo as sobrancelhas.

-Silena, não lembra de nós? – perguntou a loira – Annabeth. E Thalia!

Um pouco surpresa, ela abraçou as duas.

-Annie, Thalia – disse quando se soltou – Quanto tempo.

-Faz uns bons anos. Você cresceu, Lena – disse Thalia.

-E a Annie continua igual – disse a garota, rindo da cara fechada que a amiga fez.

-Ha-ha. Vocês são tão engraçadas!

-Ah, Annie – disse Silena, abraçando novamente a amiga – Vamos, me contem as novidades...

Depois de algumas horas conversando e caminhando, elas se despediram e cada uma foi para a sua casa. Thalia e Annabeth iam para o lado oeste da ilha de Manhattan e Silena, para o leste. Quando chegou em casa, abriu silenciosamente a porta e tirou os sapatos, caminhando com os pés descalços até a escada. Antes de chegar lá, porém, ouviu vozes novamente na sala.

-Você é um idiota, Luke – ouvia a voz de Charles.

-Você que é, Beckie.

-Beckie? – perguntou Charles raivoso.

Percy riu, assim como outro cara que Silena nunca havia notado antes. Observando pela fechadura da porta, viu Charles e Percy no sofá com as pernas esticadas em cima da mesa de centro. Um outro garoto alto e loiro de olhos azuis estava sentado no chão escorado em uma almofada. Ele era extremamente bonito. Um outro garoto que estava com eles tinha a pele morena, olhos castanhos e cabelos castanhos cheios de cachos e que estava sentado em uma poltrona. Ele e o loiro tinham controles de vídeo game na mão.

-Exatamente, Beckie – zombou o loiro, e Silena supôs que fosse o tal do Luke que Charles havia mencionado.

-Vocês ainda vão naquela festa no Queens hoje? – perguntou o baixinho que deveria ser o Grover.

-Claro – disse Luke, sem olhar para Grover, apenas prestando atenção na televisão a sua frente.

-Eu vou – disse Percy – Vou convidar a Annie também.

Annie?” se perguntou Silena “A Annabeth?.

-Normal – disse Luke emburrado.

-Luke só ta assim porque perdeu a mina pro Percy – riu Grover com um ronco e Luke jogou uma almofada no rosto dele.

-Vou dar um jeito de ir – disse Charles e Silena prestou atenção ao que ele estava dizendo – Meu pai me deixou de castigo, mas vai estar tão animado ao ver a filha da minha madrasta que nem vai notar.

-Aquela mina que vocês estavam comentando? – perguntou Grover mastigando a ponta da almofada.

Mastigando a ponta da almofada?” perguntou-se mentalmente Silena, largando os sapatos na beira da escada.

-Ela.

-A garota é gata – disse Percy.

-Olha que se a Annie souber disso... – comentou Luke rindo.

-Você só está esperando uma chance, hein? – perguntou Percy irritado.

-Calminha aí – disse Charles – Talvez ela chegue logo.

-Quero ver a mina – disse Grover.

-Será que dá pra parar com essa merda de “mina”, Grover? – indagou Luke irritado, o que fez Grover rir descontroladamente.

-É divertido! – defendeu-se.

-Grover aprendeu a gíria no Bronx e agora ta usando geral pra pegar mina, taligad? – zombou Charles, e recebeu um soco no joelho de Grover – E a propósito, doeria mais se um mosquito tivesse me socado.

-Idiota – resmungou Grover e os outros riram.

Silena pegou os sapatos e começou a subir as escadas cuidadosamente, mas ao chegar ao terceiro degrau, o mesmo fez um barulho e tanto. Ouviu as risadas pararem e voltou a subir normalmente a escada.

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-Silena? – ouviu a voz de Charles e se virou, vendo-o parado no pé da escada.

-Sim? – perguntou despreocupada.

-Ahn, nada – ele disse desconfortável – Só queria ver se você tinha chegado.

-OK. E, Charles. Quando é a hora do jantar?

-As 07h30min – ele disse.

-E que horas você vai para aquela festa? – perguntou dando um sorriso maroto.

Ele ficou branco.

-Como soube?

-Devia ter mais cuidado ao planejar as coisas quase berrando a plenos pulmões.

-Por favor, não conte.

-Não vou contar – ela disse revirando os olhos – Só quero saber a hora.

-Começa as 11h00min.

-Certo, e obrigada Charles – ela disse dando um sorriso com todos os dentes, voltando a subir as escadas.

Logo começaria a se arrumar, porque afinal, tinha um festa para ir.