Pode Tentar Entender?

Capítulo 10 - A friend shoulder...?


Elena:

Acordei cedo naquela manhã. Era segunda-feira, o que significava... escola.

-Como se eu estivesse com vontade de aparecer lá. - resmunguei sozinha, dando um soco no meu travesseiro.

Ele ainda estava um pouco molhado pelas minhas lágrimas. Sonhei com Damon naquela noite. Sonhei que ele ainda estava comigo.

-Elena, para o seu próprio bem, é melhor esquece-lo. Certamente está com outra garota nesse momento. - eu só podia estar ficando louca falando sozinha daquele jeito.

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A verdade é que era assim que eu me sentia. Não tinha mais Damon nem Stefan. E não sabia qual seria a reação de Bonnie quando descobrisse a verdade sobre o queeu sou agora. Jeremy e eu quase não nos falavamos mais. Assim como Caroline. E Matt, bom ele nunca iria aceitar isso. Ou talvez sim.

Só achava que ainda não estava pronta para voltar para escola. Ia ser cômico: \"-Elena, o que fez nesse final de semana?\" \"Eu? Nada demais. Só morri e me transformei em uma vampira. Depois terminei o meu namoro com Stefan para ficar com o irmão dele, que eu encontrei no bar... Beijando outra garota.\"

Stefan. Eu teria que reencontrá-lo hoje. Tínhamos praticamente todas as aulas juntos. O que eu diria à ele? O que eu faria quando o visse?

-Elena? Já está acordada? Vai se atrasar para a escola. - tia Jenna chamava delicadamente do lado de fora do quarto. Mal sabia ela que a coisa que eu menos temia era me atrasar para alguma coisa. Afinal, poderia chegar na escola antes de dizer o seu nome.

Me arrumei lentamente. Ou numa velocidade que eu considerava lenta.

Droga, ainda tenho muito o que aprender. Como me passar por humana, por exemplo. Essa era a minha maior preocupação. Se ao menos ele estivesse ali para me ajudar...

-Ah não. Não vou pensar mais nele. - é incrível como eu adoro mentir pra mim mesma.

Tia Jenna insistiu em levar a mim e Jeremy até a escola, então acabei chegando um pouco atrasada. Bonnie me esperava na entrada.

-Elena, você ainda não...- Bonnie parou de falar assim que eu cheguei perto dela. A expressão no seu rosto me assustou.

Ela havia sentido.

-Bonnie, precisamos conversar.

-Vo... Você é um deles agora?

-Sim. - seu tom era de reprovação - Eu não procurei por isso. Simplesmente aconteceu.

-Quando?

-Há dois dias. Fui salvar Stefan, mas acabei caindo numa cilada. Se Da - paralisei ao lembrar dele. Ao lembrar daquela noite. Respirei fundo - Se Damon não tivesse aparecido e me transformado, eu estaria morta.

-Mas você está. Está morta Elena. - dizendo isso, Bonnie se virou e entrou correndo no prédio. Pude sentir o cheiro de suas lágrimas.

E das minhas. Imaginei que ela fosse reagir assim, afinal os vampiros vem causando problemas a sua família há séculos. E Bonnie é uma bruxa. Quase como uma inimiga mortal de vampiros. Mas Emily continuou leal à Katherine, mesmo ela sendo vampira.

-Talvez ela só precise de um tempo.- a voz dele me despertou dos meus pensamentos. Ele estava atrás de mim.

-Stefan! - meu abraço o pegou de surpresa.

-Oi. Está tudo bem? - ele perguntou retribuindo o abraço.

-Acho que sim. Na verdade nada bem. Stefan, me sinto mais sozinha do que nunca.

-Por causa de Bonnie? Logo tudo se acerta.

-Não só por isso. Achei que você não fosse mais falar comigo.

-Por que? Elena, eu sei aceitar uma derrota. E eu te amo. Nunca vou te deixar sozinha.

Ainda estavamos abraçados. Stefan sempre conseguia me deixar mais tranquila. Mas o frio, esse ainda estava comigo. Apesar disso, não queria solta-lo. Não queria que ele fosse embora e me deixasse sozinha.

-Melhor irmos para a aula.

-Aula? Sério? Depois de tantos séculos não se cansou da escola? - perguntei brincando. Nós rimos juntos.

-Sabe que só estou aqui por sua causa, né? - ele perguntou, segurando meu queixo delicadamente.

-Sim, eu sei. E eu o agradeço infinitamente por isso.

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-Mas não precisa. Vou estar sempre aqui por você.

Continuamos abraçados assim. Nenhum de nós fazia questão de ir para a aula.

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Damon

Nem precisa ser dito que eu não dormi durante toda a noite. Estava com fome, mas sem vontade de \'comer\'. Na verdade foi essa fome que atrapalhou tudo.

Mas isso não duraria muito mais. Pretendia falar com Elena ainda naquela manhã. Ficaria esperando por ela na frente da escola.

Stefan já havia saido quando eu levantei. Peguei sangue na geladeira. Nunca foi tão ruim beber sangue humano.

-Parece mais um daqueles bichos que meu irmão chama de comida. - reclamei comigo mesmo.

Me arrumei sem muita pressa. Afinal ainda faltavam horas para Elena sair da escola. Apesar que poderia ter a chance de encontrá-la no intervalo das aulas.

Nunca estive tão entusiasmado assim. Se dependesse de mim, aquela angustia só duraria mais algumas horas no máximo. A verdade é que nunca precisei tanto do calor de alguém como o de Elena. Precisava dela e isso não era novidade.

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Tudo parecia melhor agora que estava com Stefan. Ele era um grande amigo. Acabei chorando em um minuto que ficamos em silêncio, porque esse tempo foi suficiente para me lembrar dele. Nunca pensei que Damon fosse tão essencial em minha vida.

Tão importante a ponto de me levar a loucura. Nunca amei a alguém tanto quanto a Damon. Nem Stefan. Nem Matt.

E agora via tudo acabado. Em um dia. Talvez não fosse mesmo para nós ficarmos juntos.

-Elena? Está chorando?

-Desculpa, não é nada.

-Escuta, eu não gosto de ver mal. Faz mal a mim também. É pelo...- ele parou. Aparentemente falar sobre ele também não era fácil para Stefan.- Pelo Damon?

-Ah, Stefan...

-Elena, não queria te ver assim, por isso aceitei que você ficasse com ele numa boa, mas se é para ser assim... Olha só, mesmo com tudo isso, eu estou aqui. E vou estar sempre quando precisar.

Naquele momento eu chorava tanto, que cheguei a um ponto de não reconhecer mais nada. Estava tão fraca que se viessem pra cima de mim com uma estaca de madeira em câmera lenta, eu não ofereceria resistência alguma.

Mas eu podia sentir. Estávamos muito perto. Podia sentir o seu hálito gelado e doce no meu rosto. Não ofereci resistência alguma. Não podia. Primeiro porque era Stefan. A última coisa que eu queria era magoa-lo. Justo a ele, que era o único que estava me apoiando naquele momento.

E segundo porque não tinha forças. Estava tudo embaçado na minha mente. Senti seus lábios tocarem os meus suavemente. E ouvi uma voz. Ela chamava por mim.

Bem longe no começo, mas depois tomando conta de toda a minha mente. Era a voz dele. Era ele.