POV Terceira Pessoa

A guerra chegara ao mar

Poseidon ergueu o tridente com pesar, suas três pontas se iluminaram e de lá partiu um raio esverdeado, a onda de poder atravessou todo o seu reino e atingiu uma lagosta gigante, nos limites de Atlântida. O monstro de dez metros de altura se contorceu e rugiu, em poucos segundos explodiu numa nuvem de peixes-palhaço

O senhor dos mares havia pedido ajuda a deusa da sabedoria, a rixa pela cidade posta em lado, quando a mesma concordara ajudar o deus. Com a ajuda de quatrocentos guerreiros atlantiânos, Poseidon e Atena partiram em busca do que causava tamanha devastação no oceano. Desceram em cada fenda, na mais profunda escuridão, procuraram até suas energias se exaurirem, quando por fim encontraram

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A besta era enorme, possuía um corpo longo e esguio, onde deviam haver nadadeiras, existiam tentáculos de polvo, seus dentes pareciam espadas e se enroscava em torno de algo. No local a água era turva e parecia ferver, nem mesmo a presença dos deuses intimidou a criatura. Atena elaborou um ótimo plano de ataque, a vitória era certa

Foi uma carnificina

Os guerreiros atlantiânos foram dizimados, a frota que antes possuía quatrocentos guerreiros, agora possuía menos que cinquenta. Poseidon queria continuar e lutar, mas a voz da sabedoria adentrou sua mente e o convenceu de que a batalha teria de esperar. Retornaram ao lar do senhor do mar derrotados e mal tiveram tempo de se preparar, quando um exército de monstros marchou sobre o local, atrás dele a enorme criatura se projetava, horrenda e doentia. Ficava rondando aquém dos limites da cidade, sem atacar ao menos uma vez, era astuta, à espera de uma única oportunidade

—Meu senhor?- Poseidon se virou vagarosamente para sua esposa, Anfitrite era bela, possuía longos cabelos castanhos escuros e olhos de mesma cor, trajava uma armadura de combate completa e ao em vez de pernas, possuía uma longa calda, como uma sereia

—Sim?

—Lady Atena formulou dois planos de ataque e três de defesa, ambos estão a sua espera no salão principal, a escolha deve ser sua. A deusa da sabedoria também acaba de partir

—Como?!- fúria tomou a voz rouca do deus, mas sua esposa não se deixou intimidar, mesmo com os olhos verde turbulentos de seu marido, a mesma falou calmamente

—Ela disse que não havia chances de vencemos esta guerra sozinhos e partiu em busca de aliança com outros deuses, disse que retornaria no mais tardar em dois dias

Poseidon se ergueu um pouco mais a frente em uma das varandas de seus aposentos, os malditos monstros não o deixavam em paz, um minuto sequer, mesmo com Delphim, Tritão e Anfitrite atrasando o máximo que podiam o exército inimigo. Se metade de seus súbditos não estivessem incapacitados de lutar, talvez a luta fosse mais branda. O deus suspirou, adentrando em seus aposentos, seguido por sua esposa, só então percebeu o quanto fora negligente nos últimos dias, parou, olhou em seus olhos e lhe beijou, os lábios travados e gélidos da deusa se entreabriram em surpresa, fazendo com que o senhor seu marido aprofundasse o beijo, suas mãos subindo até a nuca de Anfitrite e acariciando seu cabelo afetivamente

—Como você está?- Sussurou com os lábios ainda colados aos da esposa, distribuindo rápidos selinhos na mesma. Anfitrite se surpreendeu com a súbita melhora de humor, mas apenas sorriu, segurando a mão livre de seu esposo, e o guiando para fora

O rei e a rainha de Atlântida atravessaram uma infinidade de corredores, alguns totalmente destruídos, os deixando completamente expostos, passaram pela enfermaria e puderam ver as nereidas correndo desesperadas em busca de ervas, algas e poções curativas.

Cidadãos Atlantiânos agonizando em macas improvisadas ou até mesmo no chão, ferimentos de batalha cobrindo seus corpos, alguns abriram um sorriso ao ver seu soberano, os olhos brilhando com a esperança, outros se detiveram a simples burburinhos. Atravessaram a sala dos tronos, onde um enorme assento feito de pedras marinhas, conchas e pérolas e outro menor feito de mesmo material se encontravam, a sala era feita inteiramente a partir do mármore branco e azul, enormes cortinas verdes claras pendiam nas paredes, o estandarte de um cavalo galopando sobre as ondas, com o tridente partindo de seu dorso se encontrava pendurado atrás dos tronos, uma enorme janela explodira a pouco tempo e os estilhaços ainda estavam no chão

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—Desculpe a desordem, mas estamos focados em nosso ataque e defesa- disse sua esposa com a voz branda, fazendo o marido assentir e dispensar mais explicações com um aceno de mão

Por fim, chegaram ao pátio, o lugar era aberto, espadas, lanças, adagas, e arcos se empilhavam para qualquer um que desejasse uma nova arma, alguns disparos de com catapultas feitos pelos inimigos formara enormes crateras em todo o local. No centro havia uma pequena tenda, onde algum tempo atrás, a deusa da sabedoria se esforçara para formular as táticas oferecidas aos atlantiânos. Poseidon adentrou o local encontrando Delphim e Tritão, analisando os pergaminhos, com os olhos arregalados de espanto

—Algo errado?- falou espantando ambos, sua voz grave retumbando por todo o local, os pergaminhos caindo de suas mãos e flutuando até encostar o chão, porém a água não parecia afeta-lo

—Lorde Poseidon, essas táticas de guerra são simplesmente...- Começou Delphim

—Incríveis- completou Tritão- Atena é sem duvida a melhor estrategista que eu já vi, quebrou a cabeça para fazer isso, presenciei o momento, ela desejou saber cada passagem, cada segredo de nosso reino

—Você falou?- perguntou Anfitrite estupefata, o rosto de seu marido se contorcendo em incredulidade

—Apenas algumas, as mais conhecidas, ela pareceu não engolir que eu havia dito tudo, mas falou algo como "Não me surpreende tão pouca defesa, no reino do velho barba de Cracas"- Poseidon arregalou os olhos, então riu estrondosamente, surpreendendo a todos, abaixou-se e viu um dos planos

—Incrível! Não esperava menos da deusa da sabedoria e estratégia em batalha!

Um a um, os cinco pergaminhos foram analisados, dois jogados de imediato ao chão, sobre os resmungos do deus, "Não temos soldados o suficiente para isso". Por fim, apenas dois restaram. Um foi entregue a Anfitrite e o outro a Delphim, ambos partiram apressados, gritando ordens para os soldados se reunirem e irem para seus postos. O estrondo abalou toda a estrutura do palácio, Poseidon bateu o cabo do tridente no chão e um mosaico se ergueu, nele, toda a Atlântida era representada e nos limites da cidade uma criatura se erguia, destruindo tudo em seu caminho

—Chegou a hora- suspirou o deus dos mares, seus olhos verdes adquirindo o brilho que antes possuía, uma armadura completa recobriu seu corpo

Com Tritão em seus calcanhares o rei de Atlântida marchou para a batalha, as três pontas de seu tridente brilhando e o mar fervendo a sua volta, enquanto o mesmo expelia poder. Ergueu o tridente a cima de sua cabeça no mesmo momento que uma gigantesca serpente marinha se preparava para abocanha-lo, um raio azul-esverdeado atingiu o monstro que se dissolveu na água. Tritão a muito já desaparecera, a batalha explodindo ao seu redor, um esquadrão de golfinhos e tubarões passou apressado na sua frente, virando em uma bifurcação e desaparecendo de sua vista, um pouco mais a frente viu Delphim lutando contra três Leviatãs, alguns guerreiros mortos abaixo de si

Quando por fim chegou a uma pequena praça, onde antes uma fonte termal podia ser encontrada, a besta o alcançou. Seu corpo esguio e seus enormes pescoços juntamente com seus tentáculos faziam a fera parecer aterrorizante, os olhos negros e desprovidos de qualquer emoção fitavam o senhor dos mares. Ambos pararam e se entreolharam a alguns metros de distância, tentando se avaliarem

O deus fez o primeiro movimento, rápido como um raio o deus atravessou a curta distância que os separava e tentou fincar seu tridente no peito da criatura, a mesma se desviou se jogando para o lado e se chocando com uma construção atlanteana, novamente o tridente desceu sobre uma das cabeças da besta, dessa vez perfurando seus olhos e seu crânio, um dos pescoços pendeu para o lado, sem vida. O deus ergueu o tridente novamente, luz verde jorrando dele em ondas, tentou desferir mais um golpe, porém um dos tentáculos do monstro se enroscou no tridente, enquanto o outro se prendia aos pés de Poseidon, arrastando o deus pelos destroços do que antes fora uma bela cidade

Delphim foi atirado brutalmente contra o solo oceânico, alguns guerreiros o ajudaram a levantar quando o mesmo rosnou, o rugido virando um guincho e a pesada armadura caiu aos seus pés, ou melhor, nadadeiras. O deus acabara de virar um golfinho, até mesmo o último dos Leviatãs acima de ci pareceu perplexo, o golfinho-deus se atirou para cima e atravessou o peito do monstro que se desfez em poeira, guinchou mais uma vez com sua vitória e voltou a forma humana. Olhou estupefato ao seu redor, fogo grego queimava alguns pontos do que restara da cidade, uma nuvem de poeira se erguia de onde seu senhor iniciara uma luta contra o mestre dos inimigos, nadou o mais rápido que pôde até o local

Tritão se viu encurralado por um enorme bando de telquines, os monstros ganiam numa mistura de grito humano e latido de cachorro, o maior deles era uma cabeça menor que o filho de Poseidon que riu divertido, os olhos brilhando enquanto portava sua espada, uma onda de adrenalina atravessando seu corpo quando se atirou contra as criaturas. Chutou o focinho de um ao mesmo tempo que espetava a espada no peito de outro, agarrou um terceiro com a mão livre que se fechou em seu pescoço quase inexistente o torcendo, quando algum estava próximo de atingi-lo seu corpo brilhava e uma corrente antes inexistente surgia, arrastando os seus inimigos para longe de si. Girava e dava pulos se impulsionando para cima, suas duas caldas de peixe atingiam alguns dos monstros como marretas, os esmagando. Quando deu por si, todos os inimigos haviam sido derrotados, restando apenas poeira dourada que recobria todo o seu corpo

Anfitrite suspirou pela milésima vez desde que a batalha começara, o plano de defesa distribuiu arqueiros e lanceiros pelas construções abandonadas próximas ao palácio de Atlântida, onde agora, aqueles que não podiam lutar se refugiavam. Guerreiros atlantiânos foram divididos em grupos de três e se distribuído ao redor de toda a cidade submarina, deviam impedir que novos monstros invadissem o que restara do local e auxiliar Tritão, Delphim e Poseidon quando necessário, tubarões, golfinhos e baleias foram divididos em esquadrões de seis animais e enviados e divididos por toda a cidade, mas ela, a poderosa Anfitrite ficara encarregada de guardar os portões do palácio e até o momento não ocorrera absolutamente nada, seria lembrada como a deusa que ficou sentada em quanto Atlântida ruía. A explosão no centro da cidade a tirou do chão, fazendo-a rodopiar várias vezes na água antes de se estabilizar novamente, desembainhou uma lança, pronta para abandonar seu posto, quando uma onda de ciclopes e telquines chegou aos portões do palácio, seis Leviatãs os lideravam, flechas choveram sobre eles, mas pareciam não ter fim, alguns soldados chegaram para ajudá-la em quanto praguejava em grego antigo, com seus olhos repletos de fúria, abria um caminho de destruição entre as criaturas

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Poseidon atirou o tridente mais uma vez, na velocidade de um raio a arma disparou em direção ao inimigo, seus quatro longos pescoços se afastaram uns dos outros, a arma atravessou a brecha formada, mas na metade do caminho mudou de trajeto retornando paras as mãos do deus, a besta rugiu se jogou contra uma fonte, evitando ser rasgada ao meio, seus tentáculos se lançaram em direção ao deus mais uma vez, que por sua vez bateu o cabo de sua arma no chão, a água fervendo ao ser redor quando disparou para cima revelando sua verdadeira forma divina. Seus machucados desapareceram por um instante, assim como o cansaço deixou de se fazer presente, uma aura esverdeada tomou conta do lugar quando o senhor dos mares se jogou contra seu inimigo

A batalha já durara um dia inteiro, todavia deus e monstro continuavam numa luta ferrenha. Poseidon em sua forma divina tentava agarrar os tentáculos de seu rival, as cabeças ora lutando em conjunto, ora lutando entre si, numa batalha para descobrir quem daria a primeira mordida, dois tentáculos se enroscaram nos braços do deus, que usando puramente força bruta girou a criatura atingindo algumas construções, para em seguida lhe arremessar contra o solo oceânico. Após alguns segundos de silêncio a risada venenosa e horrenda do monstro pôde ser ouvida, primeiro como um rosnado que se tornou cada vez mais suave, quando a voz do ser penetrou os ouvidos de Poseidon

Nada mau senhor dos mares, és digno de seu título e de lutar contra mim— dentre a poeira e destroços se erguia a besta alterando sua forma, seus membros se esticando ao máximo, quando a mesma se tornou uma gigantesca serpente marinha, suas escamas brancas e acizentadas emitiam um brilho opaco, de seu dorso algo semelhante à espinhos surgia, a coloração era escura e parecia pingar veneno. As quatro cabeças sibilando para o deus, seus olhos brilhando com diversão

O senhor dos oceanos ergueu o tridente acima de sua cabeça, as três pontas brilharam em luz azul-esverdeado por um momento e uma onda de puro poder maciço partiu em direção a criatura, que num impulso com seu longo corpo, se impulsionou para cima, quando a rajada do tridente estava prestes a lhe atingir seu corpo se contorceu se espiralizando, esquivando rapidamente do ataque de Poseidon. As quatro mandíbulas se abriram ao mesmo tempo, o corpo se impulsionando contra o deus. Não havia tempo para desviar. Dois vultos surgiram detrás do senhor dos mares e se chocaram contra a criatura, a fazendo atingir o solo oceânico, uma cratera se abrindo com o choque. Tritão e Delphim se prostravam ao lado do seu senhor, as expressões férreas quando a voz da criatura atingiu suas mentes

MALDITOS!- rosnou a besta se erguendo, seus olhos negros repletos de fúria quando se atirou para cima mais uma vez- IREI DEVORA-LOS E REDUZIR ESTE LUGAR A ENTULHOS E DESTROÇOS, POLUIREI O MAR E CADA DIA POSEIDON FICARÁ MAIS PRÓXIMO DA MORTE, ENTÃO AO FINAL DO DIA IREI CURA-LO, NUM CICLO ETERNO DE DOR— Se impulsionou mais para o alto, a água fervendo e virando veneno ao seu redor, Tritão e Delphim atacaram, tentando derrubar a fera mais uma vez, os três se chocaram e se repeliram, Delphim atirou uma lança mirando uma das cabeças, que se desviou num impulso para o lado. Poseidon arremessou o tridente e a besta não teve tempo de revidar, o tridente atravessou um de seus longos pescoços que tombou para o lado, os olhos negros e frios ainda possuídos pela raiva, porém sem vida

Anfitrite tombou para o lado, seu braço esquerdo vertendo icor dourado, os dois soldados que antes a ajudavam a muito haviam sido mortos, as flechas e lanças continuavam a voar sobre o exército que tentava invadir o palácio, mas a cada dez que caiam, trinta apareciam para tomar seus lugares. A ajuda de outros guerreiros não havia chegado, deveriam estar ocupados nas fronteiras ou no interior da cidade, explosões vindas do centro da cidade e raios de luz verde à faziam querer abandonar o lugar para ajudar, mas cidadãos indefesos dependiam de sua rainha. E ela não iria falhar. Os olhos da senhora dos mares brilharam em azul, ergueu a lança para os monstros a sua frente, seu corpo começara a brilhar em energia divina. Se fosse cair, que fosse lutando

Por um breve momento, em meio ao caos da batalha, Poseidon se permitiu olhar a calamidade que seu reino se encontrava, belos edifícios haviam sido destruídos e reduzidos a pó, jardins de algas e corais das mais diversas cores queimavam com o fogo esverdeado, crateras abertas em diversos pontos do solo rochoso oceânico, a água se tornava venenosa por todo e qualquer local que o líder das forças inimigas passasse, o mesmo continuava a investir contra Delphim e Tritão, dois pescoços pendendo para o lado, ao contrário dos outros monstros que vertiam areia dourada de seus ferimentos, aquele vertia um líquido estranho de coloração negra

Poseidon foi arrancado de seus devaneios quando a cauda da serpente atingiu seu peito o atirando para trás, rodopiou por cima da cidade até alcançar as fronteiras de Atlântida, conseguiu estabilizar seu corpo e quando se preparou para regressar a batalha, o cansaço finalmente o atingiu, sua cabeça parecia explodir em uma dor enorme, diversos e pequenos cortes se projetavam em seus braços e pernas, um ferimento mais profundo se localizava em seu peito, onde a cauda da criatura o atingira, talvez um de seus espinhos tivesse perfurado sua armadura e rasgado sua pele de onde vertia icor dourado, todos os seus músculos e ossos estalavam implorando por descanso, seus joelhos cederam e o deus tombou pra frente, fincando o tridente no chão para se manter em pé. Seus olhos faiscaram, a fúria brotando de dentro de si e lhe repondo as energias, seu reino precisava de si, seus súditos precisavam de si, Delphim e Tritão precisavam de si, seu corpo começou a piscar, a mesma luz verde de antes voltou a rodear seu corpo quando o deus revelou sua verdadeira forma, sua divindade, ergueu o tridente e se impulsionou com os pés, seu grito de guerra ecoou pela cidade, o oceano rugiu por seu mestre, quando o mesmo voltou a batalha

Quando se aproximou novamente da luta, o senhor dos mares percebeu o quanto seria era situação, Delphim em sua forma de golfinho estava desmaiado no solo, seu corpo recoberto de cortes de onde vertiam icor, Tritão fora capturado pela besta, que se preparava para o engolir, novamente as cabeças brigavam pela carne a sua frente

—Largue meu filho, fera imunda!

Estupido senhor dos mares, seu general foi derrotado, seu filho está prestes a ser engolido por mim e o próximo será você!— rosnou a criatura, mesmo sem abrir nenhuma de suas bocas, era algo assustador, sua voz simplesmente invadia a mente de seus adversários, como se arrombasse as portas de seu cérebro e revelasse seus mais profundos segredos

A cabeça central da fera se abaixou como um raio, a mandíbula aberta pronta para arrancar a cabeça do deus das ondas. Rápido como um raio o tridente foi arremessado e a fera se esquivou, a cabeça da esquerda desceu, mas se esticou para o lado ao ver o tridente regressando as mãos de seu mestre e quase transpassar seu pescoço e por fim a cabeça da direita desceu, o deus não teve tempo de arremessar a arma mais uma vez, a mandíbula se esticou pronta para engolir Tritão, congelado pelo pânico. O deus arregalou os olhos. Um flash prateado atingiu um dos olhos da besta que rosnou atirando o filho dos Mares para o lado. Poseidon se virou vagarosamente, onde três figuras de prostravam majestosamente. Atena conseguira.

A ajuda havia chegado