Percy Jackson e os Olimpianos 6

Capítulo 12: A Felicidade da Delinqüência


Capitulo Doze

A Felicidade da Delinqüência

Tinha muitas perguntas a serem respondidas, mas a principal era: Thalia havia enlouquecido?

- Você ficou maluca? – perguntei descrente.

- Eu concordo! – responderam Travis e Connor ao mesmo tempo, com um sorriso imenso.

- É claro que concordam! Filhos de Hermes, Deus dos ladrões, te faz pensar alguma coisa? – perguntou Annabeth, contrariada.

- Parem de frescuras! Eu sei o que muitos de vocês vão dizer: é errado, e nós já andamos muito mais do que isso! – Thalia disse isso olhando para mim e Annabeth. – Eu sei que é errado! Mas eu não quero andar QUATRO QUILOMETROS!

- Mas eu não concordo! – falei, cruzando os braços.

- Eu também não! – Falou Annabeth, ainda contrariada.

Sabe, quando se têm pais Olimpianos, a não ser que seu pai seja Hermes, qualquer roubo, até mesmo uma bala da padaria da esquina, vai contra todos os princípios (Não que para humanos seja muito diferente).

- Eu concordo – disse Karen, com um sorrisinho no rosto.

- Vocês estão loucos? – perguntou Nico. – Não podemos fazer isso!

- Ah! Por favorzinho, pessoal! Vamos! – ela pediu, fazendo uma cara muito... Como posso dizer? Não sei! Só sei que seus olhos estavam brilhando de um jeito estranho e tinha um sorriso “pidão”.

- Não, não! Não vamos fazer isso! E estou falando sério! – brigou Brina.

- Ah! Mais um detalhe: alguém aqui sabe dirigir? – perguntou Clarisse.

- Eu sei! – Respondi.

- Eu também! – respondeu Thalia.

- Mas da ultima vez que você dirigiu foi o Carro do Senhor Apolo, e você não se deu tão bem! – respondeu Phoebe.

- Hey! Não fale assim! – repreendeu Thalia.

- Vamos fazer uma votação! Quem prefere “pegar um carro emprestado” ? – perguntou Connor, fazendo aspas.

Thalia, os Stoll, Karen, Alan e Clarisse levantaram a mão.

- Ótimo! – falou uma feliz Thalia.

Bufei e andei até o estacionamento, que tinha uma placa escrita alguma coisa de OMS’E CROARS.

- O que está escrito naquela placa? – perguntei para Annabeth.

- E eu sei? – ela disse. – Mas não estou gostando NADA disso!

Ela estava bem nervosa.

Quando chagamos mais perto do local, consegui ler a placa: Moe’s Carros.

A loja concessionária estava fechada, e esse era um grande problema. Mas quando se tem dois filhos de Hermes ao seu lado, não era tão difícil assim.

Travis e Connor pegaram um tipo de fio de metal e o encaixaram no vão entre as portas, e em menos de dez minutos estava aberta. Eles entraram, mas quando estavam á uns dois metros da porta, Connor disse:

- Thalia, ou Percy, e Annabeth, eu sei que você sabe dirigir ta, - ele disse olhando para minha namorada – Algum de vocês poderia vir com a gente para tirar o carro?

- Ahn... Não! – respondeu Annabeth.

- Eu também não! Não gosto nem um pouco de dirigir! – respondeu Thalia.

- E você Percy? – perguntou Travis olhando para mim.

- Nem pensar! Nem adianta olhar pra mim com essa cara!

Todos olharam para mim.

- Ta bom! Di immortales! – praguejei.

Entrei e o estabelecimento estava totalmente vazio. Os irmãos foram na minha frente e eu estava me sentindo péssimo por estar no meio de tudo isso.

- Fica calmo Percy! Nós devolvemos o carro depois! – Travis tentou me acalmar.

- Claro que se ainda estivermos vivos quando tivermos a chance de devolve-lo! – sussurrei.

- Às vezes você é tão pessimista! – reclamou Connor.

Eles foram até uma van Volkswagen e fizeram o mesmo que na porta. Assim que conseguiram abrir a porta, eles fizeram uma ligação direta e me mandaram dirigir. Entrei relutante e pisei no acelerador.

Assim que já estávamos na estrada, todos embarcaram e eu disse olhando pelo retrovisor.

- Vocês ainda me pagam por me fazerem dirigir um carro roubado!

Dirigimos em silencio durante dez minutos, que foi quebrado por Clarisse.

- Não vão me dizer que estão chateadinhos por não irmos andando?

Ninguém respondeu, o que fez ela bufar e cruzar os braços. Passamos mais um tempo calados até que Nico me deu um susto, gritando...

- Vira ali! – ele gritou. O pior é que ele estava sentado bem atrás de mim.

Virei bruscamente, numa entrada que deu para uma trilha deserta.

- Nossa, faz anos que não vou ao acampamento dos Feiticeiros. Também, tinha apenas quatro anos! – falou Annabeth, com os olhos brilhando.

- Você já esteve nesse acampamento não sei das quantas? – perguntei.

- Sim. Meu pai já me trouxe aqui, por que Atena pediu. Não me pergunte o porque. – acrescentou ela rapidamente, antes de fazer a pergunta que ela sabia que eu... Ah! Deixa pra la!

- É melhor seguirmos a pé daqui. – anunciou Nico.

Todos descemos do carro e fomos andando. Andamos uns dez minutos e ouvimos um barulho de passos. O único problema era que parecia que os passos vinham de todas as direções.

Olhei para todos ali e todos, menos Nico e Annabeth, pareciam perturbados. Ouvi uma risadinha feminina vindo de um dos lados, e instantaneamente olhei para Karen, e percebi que todos faziam o mesmo. Ela deu de ombros, e me virei novamente para frente.

- Olha quem veio nos visitar! – ouvi duas vozes falando ao mesmo tempo, vindo das árvores.

Coloquei a mão no bolso da calça e apertei Contracorrente. Eu não sabia se era apenas alguém querendo fazer gracinha, mas se não fosse, eu estava preparado.