Percy Jackson e o Torneio Semideus

Por favor não me beije


Todos gritavam meu nome euforicamente, exceto os filhos de Atena que foram para seu Chalé em modo de vergonha. Annabeth provavelmente me odiava agora, mas eu não estava me importando com os pensamentos daquela loira metida. Simplesmente aproveitei enquanto era cortejada. Sorria sem parar, ainda abraçando meus novos melhores amigos. Sorri ainda mais, quando vi o dono dos olhos azuis mais perfeitos do mundo sorrindo e também comemorando. Aquilo me surpreendeu um pouco, levando em conta que a namorada dele havia perdido em uma luta.

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–Você mandou muito bem Bella. –Dizia Connor sorrindo e comemorando.

–Concordo, acabou com a Annabeth. Ninguém nunca tinha conseguido vencê-la, isso é uma honra. Você é incrível! –Travis disse depois do irmão, também sorrindo.

–Eu arrasei mesmo... –Nós rimos- Ela estava precisando disso, seu ego enorme estava subindo a cabeça. Alguém tinha que colocá-la em seu lugar. –Novamente rimos e continuamos a comemoração.

Ficamos pulando e gritando por um bom tempo, até Quíron aparecer e mandar todos para as próximas Atividades do dia. É... A festa tinha acabado, mas eu nunca me esqueceria do dia em que venci Annabeth Chase, a garota que era invencível. Travis e Connor foram para a Esgrima, e eu decidi ir na Parede de Escalada. Fiquei na fila, atrás de Jason. Ele era filho de Zeus, o deus dos deuses, o mais poderoso. Imaginei como ele devia ser importante, filho de um deus como Zeus. Travis havia me dito que Jason vivia sozinho no Chalé 1 porque depois do juramento dos Três Grandes, Zeus só teve dois filhos: Thalia e Jason Grace. E depois que Thalia virou Caçadora de Artemis, Jason ficou sozinho.

–Oi, você é a Bella né? –Jason disse puxando assunto enquanto sua vez não chegava na Parede de Escalada.

–Ah sim. E você é o Jason –Eu disse com um sorriso bobalhão- Deve ser legal ser filho de Zeus, né?

–É bem legal. Mas é muito perigoso, porque Zeus é o maior deus do Olimpo, então muito mais monstros me atacam. –Ele riu, mas não parecia ter achado graça.

–Nossa... –Ele assentiu com um sorriso fraco- Deve ser bem difícil pra você, principalmente depois que a sua irmã se foi né...

Jason me olhou com lembranças tristes refletindo sobre seus olhos. Ele abaixou o olhar, quase deixando uma lágrima escapar. Percebi que não devia ter falado aquilo.

–Ah me desculpe eu não... –Jason me interrompeu antes que pudesse completar as desculpas.

–Tudo bem, já me conformei. –Ele deu um fraco sorriso e me encarou.

–Desculpa mesmo... –Eu franzi as sobrancelhas com o olhar arrependido. Não devia ter falado aquilo.

–Ta tudo bem Bella. Esquece isso. –Ele disse agora com um sorriso maior e respirando fundo. Jason estendeu a mão, para que eu cumprimentasse-o e assim o fiz- Amigos?

Quando ele disse aquilo franzi ainda mais a testa. Mas agora tinha sido em sinal de dúvida. Então nós não éramos amigos antes? Acho que não... Mas não fui mal educada e apertei a mão dele. Sorrimos ao mesmo tempo e eu logo assenti, mostrando que minha resposta era positiva. Jason sorriu e se virou para a fila que agora andara bastante. Nós dois éramos a próxima dupla a subir na Parede de Escalada.

Eu já tinha subido em várias Paredes de Escalada, em festas de aniversário e quando eu tinha 13 anos minha mãe e eu fomos a uma Arena de esportes onde tinha uma Parede enorme de Escalada. Depois daquele dia nunca mais voltamos lá. Mas eu não tinha perdido o costume de escalar. A Parede de Escalada do Acampamento Meio-Sangue era bem alta e com pedras em poucos lugares da parede. Acho que quem colocou essa parede não queria facilitar nem um pouco a vida dos semideuses. Pelo menos tinham bastantes equipamentos de segurança e cordas. Logo Nico e Piper desceram da parede e Jason e eu colocamos os equipamentos.

–Pronta? –Jason disse me encarando. Até parece que eu estava com medo. Nunca tenho medo. Nunca.

–Nasci pronta. –Eu disse certa de que estava totalmente pronta, e então começamos a subir.

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Jason era rápido e ágil. Subia a parede como se já soubesse o caminho certo, provavelmente já havia subido ali umas trezentas vezes. Eu não estava indo tão mal assim, mas não alcançava o filho de Zeus. Logo ele chegou até o topo da parede, e lá paralisou. Acho que ele estava me esperando, mas... Por quê? Ele não tinha motivos pra fazer isso. Continuei subindo e assim cheguei ao topo. Parei ao lado de Jason e o olhei confusa. Os semideuses que estavam na fila para serem os próximos nos olhavam também confusos.

–Por que parou? –Eu perguntei franzindo a testa e cobrindo o rosto do sol.

–Queria que nossa competição fosse justa. Quando eu contar três, você desce rápido, vamos ver quem chega primeiro. –Jason disse rindo. Também ri. Quanta infantilidade. Mas até que era legal. Assenti ainda aos risos e Jason começou a contagem- Um... Dois... Três!

Assim que ele gritou eu disparei parede a baixo. De cara Jason me ultrapassou, mas não me contive e me joguei com tudo. Acabei por passá-lo no último segundo, e cai de bunda no chão. Jason parou em pé, quase se desequilibrando, e ria sem parar. Todos os semideuses que estavam na fila riram. Foi uma humilhação total. Eu acabei por dar uma risadinha sem graça.

Jason estendeu a mão, em sinal de ajuda. Eu segurei nela e assim me levantei com a roupa completamente suja de areia. Passei a mão nos lugares sujos, mas não adiantou muita coisa. Jason riu e depois me puxou até um lugar.

–Onde está me levando menino? –Eu disse aos risos e ao mesmo tempo tentando limpar minha calça.

Ele me levou até a praia. Sorria sem parar.

–Por que estamos aqui? –Eu disse curiosa.

–Pronto, limpe sua roupa. Se não vou acabar explodindo de tanto rir.

–Seu idiota. –Eu dei um tapinha no ombro dele, que logo reclamou. Rimos daquilo- Valeu Jas... –Eu ia terminar de dizer seu nome, mas na hora inventei um apelido fau fau pra ele- Jay.

–Jay? Sério? –Eu ri. Jason me olhava com cara de troll.

–É, seu novo apelido tosco. Parabéns Jay.

–Você é louca.

Assenti com um sorriso bobo no rosto. Fui até a água e mergulhei de roupa mesmo. Claro, antes tirei a ‘armadura’ de proteção. Jay me olhou com cara de quem não estava acreditando e em seguida riu.

–Eu... Tenho que ir Bella. –Eu reclamei. Ele ia me deixar ali sozinha?- É sério, tenho esgrima agora. Marquei com o Valdez pra disputarmos. Depois a gente se vê, tá? Tchau Swan.

Eu assenti ainda desanimada em ficar sozinha. E com raiva por ele ter me chamado pelo sobrenome. Odeio isso. Suspirei mergulhando novamente na água. Nadei por vários lugares, e me afastei um pouco das margens da areia.

Vi alguma coisa chegando perto de mim. Fui me afastando para trás, com medo de ser alguma criatura sombria que vivia no mar. E a coisa foi se aproximando, e eu ia chegando para trás. E de repente, uma decepção... Eu bati em uma pedra que estava atrás de mim. Não tinha mais pra onde correr agora. A coisa chegou tão perto de mim que logo comecei a ver o que era. Uma pessoa. Era uma pessoa. Fiquei mais aliviada. A tal pessoa se aproximou ainda mais de mim e ficou a centímetros de distância do meu rosto e corpo. Consegui sair daquela pedra que me prendia e então subi para respirar. Por pura coincidência, a pessoa subiu na mesma hora que eu, e então levantamos juntos. Assim que minha cabeça saiu da água, vi ao vivo e em cores quem era. Aproximava-se mais de mim novamente. Pude sentir sua respiração calma e ofegante ao mesmo tempo. Paralisei. Estava a ponto de beijar Percy Jackson. Sim, era ele quem estava a minha frente. E eu tinha que sair dali o mais rápido possível.