POV Nico

Ajudei Annabeth a colocar Saphira em cima da cama de casal. Saphira não parava de gritar e nos três estávamos encharcados pela chuva. Mais o pior era Saphira ela estava sangrando e isso é um péssimo sinal.

– Ela vai ficar...

Não terminei de falar porque já sabia o que ia acontecer com ela. Eu sentia isso, coisa de filhos de Hades e essa é uma coisa nada agradável. Saphira apertou minha mão forte e me deu um sorriso encorajador.

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– Percy, precisa da sua ajuda. – disse ela com dificuldade.

– Vai Nico. Eu cuido dela. – falou Annabeth pondo a mão no meu ombro.

Assenti e sai da cabana. Assim que sai para fora – para dentro é que não foi, não é – dei de cara com duas Harpias horríveis vindo em minha direção.

Tipo elas estavam HORRIVEIS mesmo. Pareciam galinhas molhadas. Na verdade, pra mim, elas são galinhas que tem a forma do corpo parecida com a de pessoas, mais ainda possuem seus bicos, penas e tudo mais que uma galinha tem. Isso foi desnecessário.

Elas precisam de um tratamento de beleza. Apesar de que tratamento nem um que exista nesse mundo e em outros, caso existam, tenham vão dar um jeito nessas coisas feias e penadas. O criaturas feias são essas Harpias. Todos os monstros são feios na verdade, mais deixa quieto. Voltando.

Apertei meu pingente em forma de espada que deixo preso na cinta da minha calça. Só para saberem, Annie deu a ideia de transformar minha espada em um pingente e colocar no cinto e todas as vezes que eu for usa-la é só apertar o pingente que minha espada aparece em sua bainha. Foi o que aconteceu agora.

Tirei a espada da bainha e apontei para as duas feiosas na minha frente que pararam na hora. Mais logo me atacaram. Fechei a porta da cabana e fiz as Harpias irem mais para trás.

E cara eu estou em plena forma. Via todos os movimentos que elas faziam e os desviava com extrema facilidade. Deu a te para ver a luta do Percy.

Uma Harpia raivosa estava batendo freneticamente no escudo dele com uma haste. Outra estava se esgueirando para ataca-lo por trás.

Se me lembro bem eram cinco Harpias atrás da gente depois que a Annie meteu balas nelas. Nossa por pensar nisso, a Annie arrasou atirando nelas. Ela vai ter que me ensinar a usar uma dessas.

– Esta fora de forma Percy? – gritei para ele. É claro que eu não ia perder uma oportunidade dessas.

Parece que ele não gostou muito do que eu disse. Rapidinho ele acabou com a Harpia que estava tentando ataca-lo por trás, isso foi depois que ele acertou seu escudo no bico da oura Harpia que batia nele com aquela vareta.

Estava ficando cansado de lutar com essas duas Harpias. Girei o corpo para me esquivar de um ataque de uma delas e a acertei em dois movimentos rápido com minha espada.

Uma dica. Nunca fique contando vantagem sobre uma coisa que você é melhor do que outro, você vai aprender isso do jeito bom e do jeito mal. Eu aprendi, foi do pior.

Assim que a Harpia desapareceu a outra apareceu na minha frente e acerto meu braço me fazendo soltar minha espada. Depois ela chutou minha espada para longe. Meu braço estava sangrando muito.

Pressionei o lugar para ver se conseguia fazer parar de sangrar, estancar essa porcaria. Só para saberem isso dói pra caramba. A galinha que voa fez um barulho esquisito que parecia que seria um riso. É ela ia acabar com a minha vida sombria de filho de Hades.

Mais se eu fosse ela não contava com a vitória antes da hora. Eu não iria desistir só porque perdi minha espada e meu braço estava mal pra caramba.

Ouvi um baque ao meu lado. Mais não olhei para ver o que era. Qualquer distração minha eu poderia ter uma morte rápida e só saberia quando chegasse ao reino do meu Pai e ai confirmar que eu tinha morrido.

– Ei, penacho ambulante. – ouvi Percy gritar. Ele deveria estar perto pelo som de sua voz.

A Harpia feia, que nem um tratamento de beleza poderia dar um jeito nessa sua cara feia, olhou mortalmente para o Percy.

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Foi ai que eu vasculhei o lugar com os olhos a procura da minha espada, ela não estava muito longe. Não pude ir ate lá pega-la. A Harpia parecia que usava a massa cinzenta, se for cinzenta, que tem na cabeça.

Ela não deu importância para Percy e se virou novamente para mim. Ela ergueu mais um pouco sua espada e desferiu um golpe sobre mim. Percy foi rápido e entrou na minha frente e bloqueou o ataque dela.

Vi minha oportunidade. Corri até minha espada e a peguei. Meu braço estava doendo muito, mas não me importei. Ataquei a Harpia e mais uma se foi para os confins do Tártaro.

Eu e Percy no viramos para a outra Harpia que levantava com dificuldade, coberta de lama desde os pés de galinha até a ultima pena que tinha na cabeça.

Ela fechou a cara e ficou mais feia ainda. A Harpia tentou voar mais não conseguia. A chuva e a lama no corpo dela a impediam.

Pensei em dar um passo a frente e ir enfrentá-la mais trovões cortaram o céu e um raio caiu em cima dela. Pronto fim da Harpia.

Acho que Zeus queria por um fim nisso logo e ele parecia feliz, talvez. Mais trovões cortaram o céu depois que não restava mais nem uma Harpia.

Fiquei olhando para o céu. Zeus deve presar muito seu filho, para estar fazendo tudo isso para ele. Acho que todos os Deuses se importam com seus filhos. Só fingem que não ligam muito.

De repente um silencio se instala. Nem um som é ouvido. Um choro de bebê quebra esse silencio e novamente o barulho da tempestade preenche esse silencio se unindo ao choro do bebê. Em uma frase só apareceu muito silencio.

Percy e eu não pensamos muito e fomos para dentro da cabana. Annabeth e Saphira não estavam em lugar nem um.

A cama de casal a onde eu ajudei Annie à por Saphira estava vazia e arrumada.

– Annabeth. – ouvi Percy a chamar.

Olhei para o lado do banheiro e ela estava lá com um embrulho nos braços. Ela estava sorrindo para Percy, mas quando seus olhos pousaram em mim seu sorriso se desfez.

– Nico o que aconteceu? – perguntou preocupada vindo ao meu encontro.

– Nada de mais. – disse com indiferença. Mais estava doendo para caramba.

Annie foi até Percy e lhe deu um selinho.

– Segura ele, amor. – disse para ele e entregou-lhe o embrulho. Que esta mais que na cara que é o filho da Saphira.

Percy o pegou meio desajeitado e ficou olhando para o bebê. Só isso. Ficou olhando para ele.

Annabeth foi ate o armário e tirou uma maletinha de primeiro socorros e veio ao meu encontro.

– Fica quieto. – ordenou ela. Fiz o que ela pediu e fiquei quietinho. – E segura isso. – me entregou à maletinha.

Annie examinou meu braço com cuidado e pegou algumas gazes na maletinha e tirou o excesso de sangue do meu braço. Depois ela pegou um vidrinho e molhou uma gaze com o liquido que tinha dentro dele.

Instantaneamente meu braço parou de sangrar, mais vi que ele estava mal. Demoraria alguns dias para ele ficar 100% de novo.

– Onde esta Saphira? – perguntou Percy.

– Ela esta em um lugar melhor. – respondeu Annie indo para perto dele e ficou olhando para o bebê nos braços dele.

Fiquei curioso para ver o filho da Saphira e olhei sobre os ombros do Percy. O bebê parecia um joelho, mais um joelho bem bonitinho.

– Assim que ele nasceu... – Annie se engasgou.

Foi de encontro a ela e a abracei. Ela se arrepiou quando fiz isso. Também não é para menos eu estava todo molhado. O Percy era o único que estava seco. Sortudo.

– Só deu tempo de Saphira ver o bebê e logo ela desapareceu. Os Deuses disseram que iam cuidar desse assunto. – completou Annie e se afastou de mim. – Vai tomar um banho, Nico, preciso cuidar melhor do seu machucado para você se recuperar bem.

Concordei e fui para o banheiro. Nem entrei quando lembrei que minhas coisas estavam no carro do Percy.

– Qual é o nome que ele vai ter? – perguntou Percy.

Me virei e vi Annie lhe dando um beijo. Será que esses dois só ficam se beijando. Como não queria atrapalhar me escorei no batente da porta. Annie se separou dele e olhou para o bebê.

– Esse é Damon Bronwen.

POV Annabeth

Nico saiu pela porta e eu não sabia o que fazer. Na verdade eu sabia o que deveria ser feito, já li em alguns livros sobre isso, mais isso não quer dizer que eu já tenha feito isso. Essa é a pior parte.

Você sabe o que fazer, mais na hora, parece que tudo some.

– Fique calma Annie. Sei que você...

Saphira gritou de novo. Isso não estava ajudando nem um pouquinho.

Respire fundo, Annie. Pulei de susto para trás. Olhei pela cabana e não vi ninguém.

Sou eu, Ilitía. Vou te ajudar, mais tem que ficar calma ela precisa de você.

Assenti e respirei fundo. Você é filha de Atena. Você é Annabeth Chase. Você consegue. Falar comigo mesmo é muito esquisito, mais me deem um desconto, ajudar uma mãe a dar a luz não é brincadeira não.

–O que eu faço? – sussurrei baixinho lembrando o que eu tinha lido sobre partos normais em casa. Isso não estava nada fácil com Saphira gritando sem parar.

Tem uma cesta nos pés da cama. Tudo que vai precisar esta nela. Ouvi a voz de Ilitía na minha cabeça e corri para os pés da cama.

Tinha um cesta lá, como ela disse. Peguei na cesta e coloquei em cima da cama. Dentro tinha um lençol e algumas toalhas e duas tesouras em volta de um plástico protegidas. Respirei fundo.

Peguei o lençol e joguei por cima das pernas de Saphira cobrindo de sua cintura para baixo. As próximas cenas prefiro não dizer o que vi. Isso já me traumatizou, não quero isso para vocês, então pulamos essa parte.

– Faça força. – falei a encorajando.

Saphira começou a gritar mais e espero que isso signifique que ela esteja fazendo força. Foi até rápido e vi a cabecinha dele. Peguei um atoalha aberta entre minhas mãos. Saphira gritou mais uma vez e o bebê saiu. Foi até rápido.

Ele não chorou o que eu achei estranho. Mais o seu peitinho subia e descia rapidamente mostrando que ele estava vivo.

Peguei as tesouras e tirei o plástico. Uma era para cortar e a outra para segurar o cordão. Cortei o cordão umbilical e deixei a outra tesoura presa no cordão.

– Deixa... Eu...

Saphira estava muito pálida e fraca. A cama estava coberta de sangue. Meu coração se apertou e lagrimas vieram aos meus olhos. Levei o bebê ate ela que olhava com muito carinho e amor.

– Cuide... Dele pra mim. – disse Saphira com dificuldade e beijou a testa de seu filho.

Minhas lagrimas caiam sobre o colchão. Va ate o banheiro e lhe de um banho. Disse-me Ilitía. Não se preocupe com ela, vamos dar um jeito. Ouvi a voz de Apolo e assenti.

Peguei Damon nos braços enrolando ele na toalha e fui em direção ao banheiro. Saphira havia me dito que esse era o nome que ela queria dar ao seu filho. Nada mais justo do que atender ao seu pedido.

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Escutei o barulho de um raio caindo perto daqui. Me virei para trás e Saphira já não estava mais na cama. A cama estava arrumada, como se ninguém a tivesse usado.

Entrei no banheiro e lá tinha uma pequena banheira. Fui até ela e que ela estava com agua morna. Tirei a tesoura que prendia no coto e coloquei um grampo no lugar que estava em cima da pia com mais algumas coisa. Primeiro eu liguei a mangueira do chuveiro e joguei um pouco sobre Damon para tirar o excesso de sangue depois lhe dei um banho na banheira. Fiz tudo isso e parecia que o tempo tinha parado enquanto isso. Pareceu que foi segundos. Esquisito.

– Droga. – praguejei.

Tinha esquecido de trazer a bolsa dele que tem as fraldas e tudo que eu precisava para cuidar da higienização do que sobrou do cordão umbilical.

Damon começou a chorar. O que me aliviou bastante. Estava ficando preocupada com ele. Ele ficou o tempo todo quietinho, seu peito subia e descia. O único sinal de que ele estava vivinho.

Peguei-o com cuidado e instantaneamente ele ficou quieto. Sorri com isso e sai do banheiro.

– Annabeth. – ouvi a inconfundível voz do meu namorado me chamando.

Olhei para ele e abri um pequeno sorriso, mais logo se desfez quando vi Nico com um enorme machucado no braço direito.

– Nico o que aconteceu? – perguntei preocupada indo ao seu encontro.

– Nada de mais. – disse com indiferença.

Parei na frente de Percy e lhe dei um selinho.

– Segura ele, amor. – falei e entreguei Damon para ele. Tem uma maletinha de primeiro socorros dentro do armário. Ouvi Apolo e foi até o armário e peguei a maletinha. Voltei para perto do Nico.

– Fica quieto. – ordenei e ele obedeceu. – E segura isso. – lhe entreguei a maletinha.

Examinei o braço dele, mais tinha muito sangue. Peguei algumas gazes e limpei o local. Estava bastante fundo e ia demorar para ficar melhor. Peguei outra gaze e um vidro de néctar e passei no seu braço e logo parou de sangrar.

– Onde esta Saphira? – perguntou Percy de repente.

– Ela esta em um lugar melhor. – respondi chegando perto dele e instantaneamente meus olhos caíram sobre Damon nos braços dele e como Percy ficou muito fofo segurando ele. – Assim que ele nasceu... – engasguei senti as lagrimas caindo pelo meu rosto. Acabei de ver tudo acontecer e esta mais difícil do que eu pensava que seria.

Nico foi meu lado e me abraçou reconfortantemente. Senti um arrepio quando ele fez isso. Ele estava muito molhado, eu também não estava diferente, mais estava mais seca. Percy tem muita sorte.

– Só deu tempo de Saphira ver o bebê e logo ela desapareceu. Os Deuses disseram que iam cuidar desse assunto. – completei e me afastei de Nico. – Vai tomar um banho, Nico, preciso cuidar melhor do seu machucado para você se recuperar bem.

Nico assentiu e foi para o banheiro. Cheguei mais perto do Percy e ele me passou Damon e depois me abraçou por trás.

– Qual é o nome que ele vai ter? – perguntou.

Olhei para ele e lhe dei um beijo. Estava precisando muito disso e ele, parece que também estava. Me afastei dele e sorri. Abaixei meus olhar para Damon.

– Esse é Damon Bronwen.