Percy Jackson e o Filho de Zeus

11 – Chegando a Orlando


Nico ficou mais pálido do que o normal quando Annabeth disse que ele iria encontrar seu futuro sogro, parecia um zumbi, ainda bem que ele já tinha comido antes. Não falamos mais nada depois disso, Annabeth me prometeu que contaria no caminho quem é Anthony.

Depois de tomarmos o nosso café da manhã, que mais parecia um almoço BEM reforçado, pagamos a conta na lanchonete, sem sinal daquela garçonete, voltamos para o hotel e pegamos nossas coisas.

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Enquanto Annabeth foi para a recepção do hotel entregar as chaves, Nico e eu a esperamos no meu carro. Eu estava, claro, no banco do motorista e Nico estava no banco de trás, muito pensativo.

–Então preparado para conhecer seu futuro sogro? – perguntei o olhando pelo retrovisor interno.

Nico se remexeu desconfortável e me lançou um olhar mortal, puxa vida só estou recebendo olhares mortais ultimamente. Mais ele não me respondeu.

Esperamos mais um pouco, em completo silencio, Annabeth chegar. Não demorou muito e ela logo apareceu

– Vamos? – perguntou Annabeth colocando o sinto.

– Sim. – respondi e liguei o carro.

Em poucos minutos estávamos de volta à auto-estrada indo para Orlando.

– Então, quem é Anthony? – perguntei quebrando o silencio que se instalou no carro.

– Pai da Ashley. – respondeu Annabeth.

Nico bufou no banco de trás e ganhou um olhar reprovador de Annabeth.

– Eu não te apresentei ela direito. O nome dela inteiro é Ashley Baron.

– Espera. Esse não é o sobrenome do professor que te ligou um dia desses para sei lá o que? – perguntei a interrompendo.

Em um final de semana, Annabeth e eu resolvemos ficar o dia inteiro no apartamento dela, já que ambos tínhamos muito trabalhos de escola para entregar. Quando Annabeth saiu para comprar uns ingredientes para fazermos o jantar o telefone tocou e o cara do outro lado da linha se identificou como Professor Baron.

Ele queria falar com a Annabeth sobre alguma coisa que eu não lembro agora, quando eu disse que ela não estava, ele disse que ligaria depois. Assim que minha Sabidinha chegou falei do telefonema e ela disse que depois resolvia. Não dei muita importância pra isso.

– Sim, era ele. – disse Annabeth olhando sugestivamente para Nico.

– O que ele queria? – perguntou Nico der repente interessado na conversa.

– Saber quem era o namorado da filha para mandá-lo direto para Hades da pior forma, porque a fez chorar. – disse Annabeth seria e com a voz gélida encarando Nico ferozmente.

Nico engoliu em seco olhando assustado para Annabeth e eu provavelmente não estaria diferente, nunca ouvi Annabeth ser tão dura assim com ele.

– Annabeth. – sussurrei seu nome calmamente.

– Brincadeirinha, gente. – disse ela rindo piscando para mim.

Nico suspirou de alivio e deitou no banco de trás com a mão no coração.

– Porque fez isso comigo, Annie? – perguntou Nico.

– Não sabia que você era o namorado dela, Nico. – disse minha Sabidinha ainda rindo.

– Annie, por favor, pode parar com isso. – disse Nico se levantando do banco e encarando Annabeth.

– Por quê? – perguntou fingindo de inocente.

Certo agora não estou entendendo nada. Eles devem ter inventado algum tipo de código e sinceramente adoraria saber o que eles estavam falando.

– Só... Por que... Eu não... – tentou dizer Nico. Colocou as mãos na cabeça e olhou suplicante para Annabeth. – Me ajuda Annie. Eu quero fazer isso, mas eu... Eu não consigo nem se quer dizer uma palavra coerente.

– Nico, deixa eu te falar uma coisinha bem simples. – disse Annabeth soltando o cinto e se virando para Nico. Tomou-lhe o rosto em suas mãos e olhou diretamente nos olhos dele.

Já deu para perceber que eu não estou mais prestando atenção na estrada né?

–Palavras nem sempre serão necessárias quando a ação valer por mais de mil delas. – disse Annabeth delicadamente. – Não precisa dizer nada a ela simplesmente mostre. Se não consegue falar, escreva. Se não consegue escrever, use a imaginação. Agora se não consegue fazer nada, deixe que seu corpo faça por você. Porque ai...

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– Você da à desculpa que foi por impulso. – disse interrompendo ela.

Eu deveria ter ficado quieto, mais, isso literalmente foi mais forte do que eu, não deu para não falar isso.

– Percy. Seu... – já imaginava Annabeth pulando no meu pescoço por tela interrompido, mais fui salvo por Nico.

–Pisa no freio Percy. – gritou Nico. – Coloque o cinto Annie.

Não me pergunte por que mais fiz o que ele pediu assim que vi Annabeth colocar o cinto rapidamente pisei no frio. Quando olhei para frente não vi nada, não tinha nada ali. Somente um carro vindo em sentido contra-rio ao nosso. Também deveria ser umas 7 horas da manhã, poucas pessoas dirigem a essa hora.

– Aprende a dirigir moleque. – gritou o motorista do outro carro e logo sumiu de vista.

– O que foi Nico? – perguntou Annabeth preocupada.

– Vocês tinham que ter visto. Tinha uma calda, tipo de serpente gigante, no meio da pista. – disse Nico com os olhos arregalados.

Olhei de novo para a pista e para todos os lados até que vi alguma coisa se mexer em um arbusto no canto direito da pista.

– Viram? – perguntei apontando para o arbusto.

– Não. – responderam os dois juntos.

– Vamos lá checar e...

– Não. – falei impedindo Annabeth de completar a frese.

– Melhor irmos tem um carro chegando atrás de nós. – disse Nico.

Olhei para trás e vi um carro se aproximando. O mais estranho é que o carro estava muito devagar para uma auto-estrada, devia estar no maximo a 20 km/hr, ou nem isso e a cada, mais ou menos, dez metros o carro freava bruscamente e depois voltava a andar. Esquisito.

– Vamos. Não deve ser nada e já estamos atrasados. – falei voltando a dirigir.

– Mais, Percy...

– Ele tem razão Annie. Vamos terminar essa missão logo. Chega de bancarmos os heróis. – disse Nico se recostando no banco e pegando seu iphone.

Annabeth e eu rimos do nosso amigo que não estava nem ai se aquilo era um monstro, ou... Sei lá uma anaconda perdida.

– Tudo bem, mais pisa fundo. Se for um monstro, espero estarmos bem longe dele. – disse Annabeth pegando um livro no porta-luvas e começou a ler.

– Tudo bem. – disse eu.

Tenho certeza que nem um dos dois estava prestando atenção em mim agora. Acelerei o carro. Olhei para o retrovisor interno e vi o carro “tartaruga que esta aprendendo a dirigir” sumir de vista.

Fizemos mais uma parada depois de mais ou menos 3 horas de viajem, dessa vez não troquei de lugar com a Annabeth. Alem de ela estar entretida de mais com aquele livro, eu não tinha nada de mais para fazer, então preferi dirigir o resto da viajem.

Chegamos a Orlando 1: 30 da tarde e já estávamos com fome. Parei em frente à primeira lanchonete que vi. Olhei para o lado e vi que Annabeth estava pegando seu celular. Nico estava dormindo com os fones no ouvido.

–Alô... Oi Anthony tudo bem?... Esta tudo bem sim... Já chegamos, estamos em frente a uma lanchonete... Sim... Não... Entendi... Não tudo bem, eu uso o GPS do carro para achar o endereço daí... Serio não tem problema... Nos encontramos ai então... Beijos, tchau. – falou Annabeth e desligou o celular.

Ai me lembrei de uma coisa.

– Você não terminou de me dizer quem é Anthony. – falei.

– Desculpa. Anthony Baron é professor de uma Universidade em Nova York. Ele é o pai da Ashley como já avia dito antes. Quando conheci a Ashley no verão passado e ficamos muito amigas. Ela me contou que morava em Nova York com o pai dela. Ai quando voltamos das férias ela me apresentou ao seu pai e como ele é professor de historia antiga mais focado, atualmente, no mundo Grego antigo, nos tornamos bons amigos também, ele é muito divertido. Às vezes ele me liga para saber mais sobre os Deuses Olimpianos e outras histórias para completar suas idéias para apresentar em sala de aula.

– Porque nunca me falou dele? – perguntei magoado.

– Porque prefiro fazer outras coisas com você. – disse ela me beijando.

– Nem comecem o agarramento estou com fome. – reclamou Nico no banco de trás.

Eu juro que se o Nico não parar de me atrapalhar com a Annabeth eu vou mandá-lo fazer uma visitinha ao seu pai sem garantia de volta.

– Então... Hã... Vamos? – perguntou Nico vendo que Annabeth e eu lhe direcionávamos olhares mortais.

– Não, Niquinho. – disse Annabeth docemente, mais posso jurar que algo mais estava por trás disso. – Lembra que eu te falei sobre conhecer seu futuro sogro?

Há, agora entendi aonde a Annabeth quer chegar, tive que fazer um esforço enorme para não rir da cara que o Nico fez. Nico estava com o rosto vermelho, não sei se de raiva ou vergonha, se remexendo constante mente no banco e balançou a cabeça freneticamente assentindo para Annabeth.

– Pois então, vamos almoçar com ele. – disse Annabeth rindo.

Nico parou de respirar na hora que Annabeth disse isso. Não agüentem e comecei a rir descontroladamente. O Nico está no mesmo barco que eu. Pai mortal, ainda bem que meu sogro compreende essa coisa de meio-sangue – só espero que o do Nico também compreenda –, e mãe Olimpiana que odeia os pretendentes das filhas, se bem que Atena odeia o meu pai, ou seria odiava? Já que... Esquece, deixa pra lá.

– Almoçar? – perguntou Nico depois que Annabeth deu-lhe um chacoalham.

– Sim, no Brazil 24 hour. – disse minha Sabidinha rindo.

– Comida brasileira? – Annabeth assentiu confirmando. – E a onde fica isso? – perguntei animado.

Já ouvi dizer que a culinária brasileira é muito boa e gostosa. Isso está me dando água na boca só de pensar.

– Vamos nos guiar pelo GPS do seu carro até lá. – disse Annabeth.

– Meu carro tem GPS? – perguntei espantado.

Serio pessoal. Eu nunca tinha pensado que meu carro tinha um GPS, nunca usei, ta legal isso já deu pra notar. Mais me dêem um desconto o carro não vem com um manual de instruções, ou veio e eu joguei fora?

– Fala serio que... Deixa pra lá. Sim seu carro tem um GPS. – me respondeu Annabeth.

Annabeth apertou um botão que fica na frente do cambio e uma tela fina saiu por uma fenda logo acima do botão. Ela apertou mais alguns botões e um mapa apareceu indicando o caminho para um ponto em vermelho, que não é nada difícil de entender que mostra a onde é o Brazil 24 hour.

– Vamos.

Liguei o carro e segui as orientações do GPS. Nico ficou tirando sarro de mim o tempo todo, sobre como EU não sabia que no MEU carro tinha um GPS. Acho que depois de uns 20 minutos chegamos ao Brasil 24 hour.

Assim que estacionei Annabeth saiu do carro e foi de encontro a um cara que estava acompanhado de um garoto na porta da frente da lanchonete. Nico e eu saímos do carro e a seguimos.

– Que bom te ver Annie. – cumprimentou o cara a abraçando.

Ele é alto, encorpado, usa óculos, tem a barba rala e olhos azuis. O garoto ao seu lado tem a mesma altura que ele olhos e cabelos pretos, bronzeado e esta secando minha namorada descaradamente.

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– Também é bom te ver Anthony. – cumprimentou Annabeth depois do abraço.

Nico ficou rígido do meu lado. É nessas horas que eu gostaria de saber ler mentes e saber o que ele está pensando.

– Este é Daniel Tasso, meu primo de segundo grau que veio fazer uma visita com a família por aqui. – apresentou Anthony.

– Prazer, Annabeth. – se apresentou Annabeth esticando sua mão direita para ele.

–“O prazer é todo meu gatinha.” – falou ele, eu acho, sorrindo de canto. Apertando a mão e depois deu um beijo no rosto da minha namorada.

Certo, o que ele disse não entendi nada, mais me pareceu familiar, e não fui o único já que Nico estava com uma cara engraçada. E como esse cara se atreve a beijar, mesmo que no rosto, a MINHA namorada.

–“Sorte sua que meu namorado não entende o que você esta dizendo.” – falou Annabeth no mesmo idioma que o outro garoto.

– “Entende português?” – perguntou ele com os olhos arregalados.

– “Muito bem.” – disse Annabeth sorrindo.

– Daniel é brasileiro vejo que você esta falando fluente mente português, Annie. – disse Anthony parabenizando Annabeth que ficou vermelha com o elogio.

A então eles estão falando português. Quando Annabeth se mudou para o colégio interno, a colega de quarto dela é uma brasileira, mais nunca a conheci. Annabeth deve ter aprendido a falar português com ela. Serio Percy? Certo, esquece isso.

– Fica fácil quando você tem com quem conversar. – disse Annabeth. – Esses são Percy, meu namorado e Nico. – falou apontando para mim e depois para o Nico.

O tal do Daniel fez cara de desgosto quando Annabeth disse que é minha namorada. Perdeu Play Boy.

– Anthony. Prazer em te conhecer Percy. – disse Anthony me cumprimentando. – E você é o famoso Nico Di Angelo que minha filha tanto fala?

Nico parou de respirar.