Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra

02 - A Ponta de Esperança


02 – A Ponta de Esperanc

Na noite em que Annabeth havia sido pega foi um caos generalizado no Acampamento.

Atena estava disposta a ir até a base de Tártaro confrontá-lo e ter sua filha de volta. A deusa havia suplicado à Annabeth que parasse de andar à noite pela floresta. Mas a garota relutava em ficar vagando desarmada em solo hostil.

Muito depois dos portões terem sido fechados, a busca por Annabeth não cessou. Grupos de batedores do chalé de Hermes sondavam os restos da floresta atrás da filha de Atena.

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Em vão.

As buscas só cessaram depois da meia-noite. Quando o último conselho de guerra ainda era discutido.

—Os autômatos de Hefesto são a defesa final.

Ela apontava para o mapa do Acampamento e movia estátuas de madeira pela mesa. A tenda estava lotada, todos os semideuses e criaturas mágicas se reuniam ali, poderia ser aquela a última reunião deles. Atena suspeitava de um ataque na manhã seguinte.

“Filhos de Apolo nos postos avançados. Apolo e Ártemis, junto comigo e Poseidon na entrada principal.

Chalé de Hefesto. Armadilhas e fogo grego. Caçadoras, na outra parte dos postos avançados. O mar será defendido pelos seres de Poseidon. O resto de vocês, defendam os muros. Usem as balistas. Defendam este lugar a qualquer custo.”

Atena soava muito sombria. Nem a deusa da guerra acreditava que eles poderiam vencer.

Após a reunião se encerrar apenas Quíron e Rachel permaneceram na tenda. Atena ainda mexia estátuas e fazia cálculos sobre a mesa.

—A senhora também deve descansar – o centauro soou tranquilizante – Mesmo sendo uma deusa.

—Você também – ela não tirou os olhos do caderno e do mapa.

—A senhora precisa saber que não venceremos. Não sem o garoto.

—Ele é apenas um...

—Rachel, venha cá – a garota estava quieta na beirada da tenda, analisando os pés.

Ela se postou ao lado de Quíron.

—Conte-nos o que houve com o espiríto de Delfos.

Rachel limpou a garganta.

“Eu estava dormindo em minha caverna quando o espírito veio até mim. ME acordou e ordenou minha ida até o sotão. O lar do antigo oráculo.

Andei pelo Acampamento sozinha durante a madrugada. Passei pela Casa Grande e quando abri a porta do sotão vi algo.

A antiga múmia que abrigava o espírito de Delfos estava sentada em sua cadeira de três pernas. Mas seu espírito não estava morto. Era como se ela tivesse voltado a vida.

Uma cadeira idêntica a dela estava disposta à sua frente. Eu me sentei.

Quando ela falou, a voz saiu entrecortada e rouca. Mas pude ouvir. Os versos que ela proferira eram de uma profecia. Eu não tinha conhecimento destes versos.

…Quando a morte não mais perseverar…

E força antiga da terra despertar.

Um herói se erguerá com o brilho da faísca;

Colocando fim a uma era esquecida….

Os versos fizeram o chão estremecer e o vento sibilar. Uma profecia. Atena estava atônita e olhava para Quíron. Olhares significativos foram trocados.

Rachel viu uma pontada de melancolia nos olhares dos dois.

—Obrigado, minha querida, pode se retirar – Quíron soou definitivo.

“Agora você entende?

Não podemos ganhar a guerra sem ele, e se for verdade, se Percy Jackson estiver realmente morto, temo que o tempo dos deuses chegou ao fim”

***

O dia estava terrivelmente sombrio. Mesmo com o sol raiando no céu azul Percy não se sentia bem. Algo estava errado.

Ele, Luke e Beckendorf já estavam voando à 12 horas sem parar.

Durante a viagem eles apenas enfrentaram alguns monstros. Passaram por Toronto e voaram acima das catarátas do Niágara. Algumas harpias e grifos do mal os atacaram no caminho, mas não eram ameaça relevante.

Sobrevoaram desde campos verdejantes e florestas até arranha-céus de New Jersey.

Quando passaram por Manhattan Percy se admirou com os edifícios. O Empire State prendeu sua atenção por um tempo. Então esse é o Olimpo, ele pensava.

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O Brooklyn e o Hempestead ficaram para trás quando ele começou a ver do alto os campos agrícolas de Long Island.

Uma parte da floresta estava em cinzas mais à frente.

Quando ele viu o Acampamento Meio-Sangue seu coração falhou uma batida. Ainda era mais perturbador ao vivo. Algo estava acontecendo. Uma batalha estava sendo travada.

Os três soldados cortaram o e descreveram um rasante. Ele podia ver hordas inteiras de monstros correndo em direção à enorme muralha que circundava o vale.

O portão estava destruído e muitos campistas feridos estavam deitados no chão.

Percy viu algumas figuras imponentes lutando em par. Os deuses.

A mancha negra esvoançante fez um arrepio descer na espinha do garoto. Tártaro apenas observava.

Os monstros eram muito numerosos. Os meio-sangues estavam encurralados.

Quanto mais os garotos se aproximavam pelo céu, mais monstros pareciam surgir da floresta.

Assim que passaram pelas muralhas voando Gryphion deu um grasnado ameaçador que ecoou no vale. Todos ficaram aturdidos. Olhavam para as três figuras no céu com as bocas abertas. Até mesmo Tártaro se assustou.

O garoto ordenou deslizou o corpo para o lado da sela e deixou os pés saírem do estribo.

Percy cortou o ar por alguns segundos como um míssil.

Ele aterrisou primeiro. Gryphion logo depois. Todos arregalaram os olhos. O grande herói havia retornado.

E ele se colocou entre Tártaro e os meio-sangues. Percy torceu o nariz e fechou a cara. Analisou o deus e estalou o pescoço. O primordial riu.

Luke e Beckendorf chegaram logo após.

Seus pégasos descreveram círculos no ar e aterrissaram ao lado de Percy.

—Ajudem os meio-sangues. Eu cuido disto – Percy disse.

Todos ainda estavam aturdidos. Os meio-sangues gritavam vivas. Era uma nova onda de força e esperança materializada no filho de Poseidon.

Percy jogou a caneta para o ar. Quando seus dedos se fecharam no cabo de Contracorrente todos ficaram em silêncio.

O garoto não olhava Tártaro. Ele analisou a lâmina de bronze.

—Acha mesmo que pode me vencer? – o deus gargalhou.

—Não acho— ele cuspiu – Eu tenho certeza.

A espada de Tártaro se materializou imponente. Os espíritos da tempestade faziam a lâmina negra tremular com raios amarelos.

—Eu tenho um exército, Percy Jackson.

Tártaro se divertia. Percy não esboçou resposta.

“E mais uma coisa.”

O primordial riu. Ele balançou a mão para frente e a névoa tremulou.

Percy viu uma cela com barras negras. Deitada no chão, desacordada, estava a garota loura que ele havia visto no telão na cidadela de Caos.

—Eu a tenho! – ele gritou, seus generais brandiram as espadas, assim como os monstros e os semideuses traidores.

—Eu vou libertá-la, mesmo não sabendo quem é, irei proteger todos os meio-sangues.

Tártaro vacilou o sorriso vitorioso.

—Ela é Annabeth!

Percy não respondeu. O nome ele tinha. E algo martelava em sua mente dizendo que esse nome era familiar.

—Renda-se, e eu a libertarei – ele ofereceu sinistro.

—Nunca! – Percy brandiu Contracorrente – O destino de um não vale o de todos.

“Vou te destruiu agora mesmo!”

—E como fará isso? – ele gargalhou e a imagem de Annabeth desapareceu no vento.

—Eu tenho a Centelha.