Percy Jackson e a Espada Lendária

14 – Amnésia? Sei


Annabeth veio para meu lado e olhava curiosa para o tal de Jason assim como eu. Então esse era o filho de Zeus que “pertencia” a Hera como oferta de paz?

Ele deve ter quase a minha idade, como ele ainda não foi para o acampamento? E mais, ainda tem esses dois. Pelo que vejo são meio sangues também e parecem ter a mesma idade que o Jason e nem um deles foi reclamado.

Essa é a primeira vez que eu sei desde o acordo que eu fiz com os Deuses que eles não reclamaram seus filhos na idade combinada. Deuses, fazer o que hein?

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– Só Jason? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

– Eu... – ele colocou a mão na cabeça e fechou os olhos como se estivesse tentando se lembrar de alguma coisa. – Eu não sei. Eu não me lembro.

– Como não se lembra? – perguntou Annabeth se aproximando dele.

– Ei, calma ai. Ele esta com algum tipo de amnésia não adianta forçar a barra. – disse Piper ficando ao lado de Jason que parecia estar sentindo dor e sentou.

– Fique tranquila Piper só queremos saber o que esta acontecendo para ajudar vocês. – disse Annabeth.

– Poderiam falar seus nomes também. – disse Leo. Reparei que ele não parava de se mexer, ele é muito inquieto.

– Sou Percy Jackson, filho de Poseidon Deus dos Mares. – falei.

– Eu sou Annabeth Chase, filha de Atena Deusa da Sabedoria e aquele é Butch, filho de Íris Deusa do Arco-íris. – disse Annabeth apontando para Butch.

– Sua mãe é a Deusa do Arco-íris? – perguntou Leo.

– Tem algum problema com isso? – retrucou Butch.

– Não, não. Arco-Íris, muito macho. – esse garoto está pedindo pra morrer.

– Butch é o nosso melhor equitador. – disse Annabeth dando de ombros. – Ele se dá bem com os pégasos.

– Arco-íris, pôneis. – pronto, esse Leo vai morrer.

– Eu vou lhe jogar dessa carruagem. – alertou Butch.

– Você esta bem? – perguntou Annabeth se agachando na frente de Jason e isso com certeza chamou minha atenção que eu nem estava mais afim de saber se Butch ia ou não ia jogar Leo da carruagem. Estiquei o pescoço par ver o que ela estava fazendo. – Esta sentindo alguma dor?

– Dor de cabeça. – disse Jason parecendo um sussurro.

Percebi que Piper olhava estranhamente para Annabeth por estar tão perto de Jason, acho que ela deve ser a namorada dele para estar olhando desse jeito para a minha namorada.

– Espero que eu vou...

A carruagem deu um solavanco me jogando para frente, mas me segurei bem a tempo e não cai. Piper cambaleou e só não caiu por que o tal do Leo segurou ela, sorte dela porque se ela caísse ela talvez caísse da carruagem pela parte de trás ser aberta.

Annabeth, para a minha total falta de sorte, caiu no colo do carinha loiro, não que eu preferisse que ela caísse da carruagem, mas ele tinha que cair justo no colo do carinho.

Mas Annabeth não pareceu se importar com isso, ou não demonstrou. Ela se levantou rapidamente, assim como o garoto loiro, e olhou para os lados seria.

Olhei para os lados e vi que a tempestade estava nós seguindo. Formas escuras começaram a se formar nas nuvens, pareciam com cavalos e eles estavam nós rodeando.

– Porque? Eles estão diferentes. – disse Piper.

– Os anemoi podem aparecer em diferentes formas. Ás vezes humanas, ás vezes garanhões, depende do quão caótico eles são. Butch, nós tire daqui. – disse Annabeth vindo para o meu lado e se segurando junto comigo.

– Se segurem firme. – gritou Butch e foi o que todos fizemos.

E novamente tive aquela sensação do meu estomago indo a minha garganta e minha visão escureceu quando os pégasos aumentaram a velocidade. Quando minha visão voltou ao normal olhei para os lados para tentar saber a onde estávamos e percebi que estávamos sobrevoando uma cidade.

– A onde nós estamos? – perguntou Piper olhando para a cidade.

Annabeth foi até o aparelho de bronze verificando alguma coisa e fez uma careta, se virou para Butch e lhe deu um tapa na cabeça.

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– Não te elogio mais. – disse ela brava e Butch encolheu os ombros.

– Foi mal, calculei mau as coordenadas. – se justificou Butch. – Mas não estamos longe podemos...

– Não. – gritou Annabeth. – Desce agora.

Butch fez exatamente o que ela pediu e desceu a carruagem. Annabeth estava com uma mão na testa e outra na barriga como se estivesse passando mal. Fui para o seu lado e a abracei protetoramente.

– Você está bem, sabidinha? – perguntei rente ao seu ouvido. Ela chacoalhou a cabeça negativamente e eu a abracei mais forte segurando ela quando a carruagem aterrissou.

– Droga. – murmurou Annabeth antes de se desvencilhar dos meus braços e correu para algum lugar me deixando preocupado.

– Ei, o que ela tem? – perguntou Leo.

– Não faço ideia. – falei e desci da carruagem pronto para seguir ela, mas uma mão tocou meu ombro impedindo que eu fizesse isso. Olhei para trás e o cara loiro me encarava. – Se incomodaria de soltar meu ombro para ir atrás da minha namorada? – perguntei tentando não ser rude e acho que falhei completamente nessa tentativa.

– Quando ela passou por mim ela disse para não seguir ela. – disse ele soltando o meu ombro.

– E porque eu não escutei? – perguntei e ele deu de ombros.

Bufei e me virei para seguir o caminho que ela havia corrido, mas não precisei. Ela vinha caminhando devagar em nossa direção com uma mão na barriga. Corri até ela, mas ela levantou a palma da mão para mim me pedindo claramente para parar.

– Depois. – murmurou ela e entrou na carruagem.

Ela começou a vasculhar a sua mochila e de lá tirou um cantil, o seu cantil de néctar, e bebeu um pouco. Depois ela pegou um saco hermético a onde estavam os quadradinhos de ambrosia. Ela tirou um quadradinho e estendeu para Jason.

– Coma, vai lhe fazer bem. – disse Annabeth com a voz fraca.

Jason não hesitou em pegar a ambrosia e comê-la. Leo e Piper arregalaram os olhos quando ele fez isso e eu achei extremamente estranho que ele nem se quer tenha hesitado em fazer isso, nem desconfiou de nada, o normal é se desconfiar quando um estranho lhe oferece coisas.

– Jason. – ralhou Piper. – Não deveria ter comido isso.

– É só ambrosia. Para semideuses ambrosia é muito bom, te ajuda a se recuperar mais rápido. – disse ele normalmente. Esse cara é muito estranho.

– Como você sabe disso? – perguntei curioso. Como ele pode saber tanto sobre os semideuses? Que tipo de amnésia é essa que ele sabe sobre semideuses, mas não sabe quase nada de si mesmo?

– Eu não sei. Eu não me lembro. – disse ele fazendo uma careta.

– Vamos indo, ou vamos ficar aqui? – perguntou Butch olhando para Annabeth.

– Eu não vou de novo, não estou me sentindo bem. – disse Annabeth e foi até o aparelho de navegação. – Você leva Piper e Leo para o acampamento enquanto que Percy, Jason e eu vamos até Chicago de carro, não estamos longe mesmo.

Depois que ela falou isso ouve um tremendo falatório de protestos vindos por partes daqueles três. Eu e Butch ficamos calados, sabíamos que não ia adiantar nada discutir com Annabeth. Se ela decidiu, está decidido.

– Parem de falar. – gritou Butch e os três se encolheram. – Ótimo, que tal um de cada vez falar.

– Porque Jason tem que ir com você e a gente tem que ir com esse cara ai? – perguntou Piper visivelmente irritada. – E principalmente porque deveríamos confiar em vocês?

– Porque eu preciso que o Jason vá com a gente e vocês dois precisam ir para o acampamento em segurança. – disse Annabeth. – Não precisa confiar em mim, eu não confio em nem um de vocês, mas preciso dele para salvar meu filho.

– Você já tem um filho? – perguntou Leo olhando atentamente para Annabeth. – Ne...

– Nem ouse em terminar essa fala, Valdez. – disse Annabeth encarando ele.

– Mas você nem sabia o que eu ia dizer. – falou ele inocentemente.

– Ah, ela sabia sim. – dissemos Butch e eu juntos sorrindo.

– Como? – perguntou Piper e eu podia jurar que ela esta tremendo.

– Ela lê pensamentos. – assim que terminei de falar os olhos de Piper se arregalaram. Annabeth riu sem humor.

– Relaxe, McLean. Não vou contar nada e nem me meter em sua decisão, mas vou logo avisando que não vou hesitar se você tomar a decisão errada. – disse Annabeth sombriamente.

– Então, vamos ficar aqui nesse parque por quanto tempo? – perguntou Butch com tedio.

Só agora eu havia reparado que estávamos em um parque. Podiam ver algumas construções além do parque e um pequeno lago ao nosso lado.

– Butch pode voltar ao acampamento, eles vão com a agente até Chicago. Esses dois não vão deixar Jason ir com agente assim na boa e eu não estou afim de ficar discutindo. – disse Annabeth pegando sua mochila e a minha. – Vamos, desçam.

Assim fizemos o que ela pediu. Peguei a minha mochila e a da Annabeth e quando todos desceram Butch logo levantou voou e desapareceu com a carruagem.

– Será que alguém viu isso? – perguntou Leo olhando para os lados.

– Não se preocupe. A nevoa encobre tudo que é anormal, vamos dizer assim. – falei dando de ombros.

– O que é nevoa? – perguntou Piper. – O que são exatamente os semideuses? O que esse acampamento?

– Depois explicamos tudo para vocês com mais calma. – falei antes que ela começasse a fazer mais perguntas.

Olhei para Annabeth e vi que ela parecia fraca e estava pálida seria uma boa fazer ela descansar um pouco.

– Vamos procurar um hotel. – falei e vi que Annabeth ia protestar. – Nem começa. Você não esta bem e uma hora de descanso não vai fazer mal a ninguém. Além do mais a gente precisa ligar para a Ashley para saber como está o Damon e depois para o Nico para ver como está o plano.

– Tudo bem. – disse ela sorrindo.

– E porque a gente iria com vocês? – perguntou Piper chamando nossa atenção.

– É. Você é bonita, mas já tem namorado e eu não quero me meter nessa confusão. – disse Leo cruzando os braços em frente ao peito.

– Vamos fazer o que vocês decidiram, mas vão ter que nós dar explicações e dizer o que realmente esta acontecendo. – disse Jason e Leo e Piper olharam interrogativamente para ele. Não sei por que, mas não gostei dele ter aceitado numa boa vir com a gente. – Pode começar dizendo a onde estamos.

– Columbu Park, na aldeia de Oak Park se não me engano. – disse Annabeth olhando ao redor.

– Como você sabe disso só de olhara para o lugar. – disse Leo olhando curioso para Annabeth. – Não me diga que você é vidente?

– Não, tonto. – disse Annabeth rindo fracamente. – Eu vi no mapa de navegação antes de pousarmos.

– Então, vamos procurara um hotel. – falei passando um braço sobre os ombros de Annabeth e começamos a caminhar. Olhei para trás para ver se eles estavam nós seguindo e vi que eles estavam conversando pertinho uns dos outros falando baixinho, acho que eles esqueceram que Annabeth pode ler pensamentos. – Vamos logo.

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– Tudo bem, mas eu escolho o carro e eu vou dirigir. – disse Leo começando a andar em nossa direção e os outros dois logo seguiram ele.

– Vai sonhando, Valdez. – falei sorrindo e voltando a andar junto com Annabeth. – No meu carro você só vai sentar no banco de trás.

– Que carro? – perguntou ele arqueando uma sobrancelha quando chegamos à rua. – Por um acaso um dos carros que estão parados aqui é seu? Você sabia que ia vir aqui e tinha um carro já reservado...

Leo continuou a falar e eu só sorria enquanto tirava a miniatura de Maserati e apertava o símbolo e Hefesto e colocava ela no chão. Em segundos meu carro estava ocupando a vaga e Leo parou de falar.

– A tá esse carro. – disse ele olhando admirado para o meu Maserati. – Por favor me deixa dirigir?

– Nem pensar cara. – falei abrindo o porta malas e colocando minha mochila e a da Annabeth dentro e depois a fechei.

– Por quê? – perguntou Leo parecendo uma criancinha.

– Ninguém dirige o meu carro a não ser eu ou minha namorada. Então esquece Valdez. – falei abrindo a porta do passageiro. – Agora entra.

– Poxa, isso é muito injusto. Já tenho 16 anos, posso muito bem dirigir e o cara que foi comigo disse que eu dirijo muito bem por sinal. – reclamou Leo entrando no carro sendo seguido por Piper e depois por Jason.

– Vou ter que aturar isso? – perguntei olhando para Annabeth que riu da minha cara.

– Vai ter sim. Somente pense positivo. – disse ela antes de entrar no carro.

– Pensar positivo. – murmurei fechando a porta e indo para o outro lado do carro entrando no lado do motorista.

– Sabe pra onde ir? – pergunta Piper.

– Com certeza. – falei apertando o botão no painel do carro e o painel do GPS apareceu. Digitei o nome do local a onde estávamos e depois digitei a procura de um Hotel ou pousada.

Pois é pessoal, eu li aquele manual. Foi difícil, cansativo e chato, mas eu realmente li aquele manual inteirinho e tem cada coisa nesse carro que eu estou louco para usa-las.

– Cara esse carro é demais. – disse Leo entusiasmando. – Quero um desses para mim, com certeza.