O jantar estava na mesa. Todos estavam sentados. Sobraram apenas duas cadeiras, uma do lado da outra. Alice se sentou primeiro e Caleb teve de sentar ao lado dela. Eles estavam suados e ofegantes. Todos se serviram de água, carne e salada. Havia uma tigela de molho bem em frente dos dois. Ambos ergueram o braço e pegaram cada um num lado da tigela.

Ambos ficaram olhando nos olhos um do outro por vários segundos. Não escutavam mais nada. Não demonstraram nada. Nem mesmo raiva. Eles olharam fundo de seus olhos e puderam ver eles brilharem intensamente como os raios de Alice ou as claras águas do rio de almas, no submundo do pai de Caleb. O silêncio deles dois foi interrompido por Alice sussurrando envergonhada:

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– Desculpa.

– Não foi nada. Também passei dos limites.

Christopher começou a falar em voz alta com Percy, o que fez eles desviarem o olhar. O resto do jantar foi quieto. Logo depois que Will foi para a cama, bem de noite, Caleb estava sozinho na biblioteca. Ele estava a ler livros de métodos de invocação de armas. Escutou um barulho. Eram as portas da biblioteca se abrindo. Era Alice. Ela olhou para os olhos verdes de Caleb e novamente ambos puderam ver os olhos do outro brilharem. Alice se aproximou, sentou na mesma mesa de Caleb e disse:

–Lendo de novo?

– Sim, mas posso dar uma parada.

Ela sorriu. Um vento noturno entra pela janela e Alice se encolhe de frio. Então Calab rapidamente tirou seu casaco e cobriu-a. Ela abriu novamente um pequeno sorriso. Caleb se aproximou dela lentamente, e ela fazia o mesmo. Alice sentiu um calafrio ao se beijarem. Por alguns segundos ficaram ali. Até Alice se levantar e dizer com as bochechas rosadas, mas sorrindo de leve.

– Boa noite.

Ela saiu. Mesmo um tanto envergonhada, ela tivera feito aquilo.