Percy Jackson E Os Semi-titãs

Capítulo 13 ~ O câncer de um titã.


Acordei na maca da enfermaria do Acampamento Meio-Sangue, minha visão estava meio turva, me sentei e esfreguei os olhos, a visão melhorou e olhei em volta.

- Finalmente. - disse a caçadora ruiva que seguia Thalia. -

Ela marchou para fora e voltou com Thalia a sua frente.

- Oque ouve? - perguntei, logo me recobrando dos últimos acontecimentos. -

- Você durmiu por dois dias. - disse Thalia. - Seu amigo acordou a cerca de 16 horas.

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Drako acordou antes de mim? Em que mundo eu estava?

- Só vou dar alguns avisos, devido aos recentes problemas com a recepção de vocês, Quiron ordenou que um dos chalés ficasse.. escoltando vocês em suas atividades, portanto nenhum chalé se prontificou, e nós, as caçadoras de Ártemis faremos a escolta. - disse ela não tirando os olhos dos meus. - Não entenda mal, ordens superiores.

- Ordens superiores? Os deuses mandaram? - perguntei só para confirmar. -

- Zeus ordenou, sendo meu pai, e deus dos deuses ele achou que sua filha daria conta. - disse a ruiva olhando mau encarado para mim. -

- Qual é o seu problema? Oque eu te fiz? - perguntei, já estava enchendo o saco, aquela garota era pior que Victoria. -

- Você nasceu. Pior, nasceu homem! - rosnou ela. -

- Não leve pro lado pessoal, já deve ter ouvido de nós, as caçadoras não tem um histórico favorável aos homens. - disse Thalia. -

- Sim, claro, virgindade e tal.. - resmunguei. -

Me levantei e percebi que a ruiva aproximou a mão a sua adaga na cintura.

- Assim vai fica difícil... - falei olhando pra ela. -

Ela botou a mão nas costas e ergueu para mim uma coleira, com um sino.

- Não. - respondi automaticamente. -

- É a condição dela. Tânia é uma de nossas melhores atiradoras, ela ficara encarregada de fazer a sua escolta, essa é a condição dela. - falou Thália, entendi o recado, eu não tinha opção. -

Dei um sorrisinho e peguei a coleira, coloquei no pescoço, só pra ironizar a idéia dela, assim que coloquei eu parei de respirar, e logo o tempo parou junto. caminhei pelo local, coloquei minha jaqueta, e minha sandália de couro, depois fui para trás de Tânia, que mantinha o olhar fixo aonde deviam estar meus olhos, pensei em dar um beijo em sua bochecha, tendo ela feito voto de virgindade e odiando garotos, tenho certeza que daria um piripaque,

Decidi que não, não queria traumatiza-la, mas antes de fazer o tempo retornar eu peguei a adaga de bolso dela e me dirigi a porta do aposento, tendo feito o tempo voltar ao normal, cravei a adaga do lado da saída.

- Um ótimo método, pena que comigo não seja muito conveniente. - disse e sai. -

Queria encontrar Drako e Morna, dois dias se passaram, até onde eu sei, eles já poderia ter virado troféus do chalé de Apolo ou Ares...

- Veon! - ouvi Drako. - Durmiu bastante hein!

- Eai... - falei apertando sua mão. - Oque aconteceu com Morna?

- Ela ta viva. - disse Morna pulando de uma arvore. -

O pessoal tava vivo, urfa! Um peso a menos. Drako me disse que o chalé de Ares foi punido a tomar banho frio todos os dias durante duas semanas, engraçado, no Acampamento Titânium não conhecíamos banho quente.

- Achamos vocês. - disse Thalia aparecendo atrás de mim. - Não se esqueça Veon, vocês estão sob nossa escolta.

- Sim, claro.. - respondi desmotivado. -

Morna me jogou uma maçã, e e me sentei nos degraus do chalé de Poseidon, que era onde nos encontrávamos. Um silencio horroso se tornou a nossa volta, Drako e Morna já estavam acostumados a se manterem calados perto de mim, mas Thalia e Tânia pareciam desconfortaveis.

- Esse é o chalé daquele garoto da profecia certo? Perseus... - decidi puxar assunto. -

- Como conhece a profecia? - perguntou Thalia. -

- Fomos treinados para ela, lembra-se? - respondeu Morna. -

- Sim, é o chalé do Percy... - disse ela com um olhar sonhador. -

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- Vocês eram amigos? - perguntei. -

- Sim. - respondeu ela, Tânia virou o rosto, parecia desconfortável com a declaração, mas acredito que era muito leal a Thalia para deixar claro. -

- Hum... E porque não foi com ele? Você poderia ser muito bem uma dos sete... Conhece as leis do Oraculo.. Se um sai outro entra, mais um filho de Zeus na missão e eu diria que as chances seriam melhores... - disse, era verdade, aquela filha de Afrodite provavelmente pesaria na missão, mas é claro, que depois que Circe relatou a Cronos o ocorrido no seu covil, todos deixaram de subestima-la. -

- É poderia ser, mas eu escolhi um caminho diferente. - respondeu ela. -

- Veon, Quiron disse que era para mim encontra-lo na arena, ele quer ver meu nível com uma espada. - comentou ele com um sorrisinho besta no rosto. -

- Ok, essa eu quero ver. - disse. -

- Eu não vou, estou indo para a aula de Grego Antigo, gosto dos filhos de Atena, parecem ser mais sensatos e mais compreensíveis. - disse Morna se levantando e pondo-se a caminhar. -

- Eu fico com ela. - disse Thalia andando em direção a Morna. - Tânia vai com eles dois, Quiron disse que Clarisse ficara de olho no ampulheta.

Ampulheta? Fala sério...

Fomos até a arena, o local era cercado de armas de todos os tipos, e no centro estava Clarisse lutando com quatro de seus provavelmente irmãos ao mesmo tempo, e é claro ela venceu. Suas habilidades com sua lança elétrica eram assustadoras, não lembro de qualquer filho de um titã que utilizava uma lança com tanta habilidade.

- Quiron.. - ia dizendo quando um raio me atingiu. -

- Veon. Drake. Morna. - disse Zeus no centro do Olimpo. -

- Com todo respeito senhor, isso já esta irritando, não pode simplesmente enviar convites? - disse Drako recebendo uma cutuvelada de Morna. -

- Desculpe-o Zeus, ele não esta muito bem da cabeça... - murmurou Morna. -

Os deuses se entreolharam.

- Tomamos nossa decisão. - disse uma deusa com olhos prateados que se levantou e olhou para Zeus, que se levantou tambem.

- Vocês ficarão vivos, permanecerão no Acampamento Meio-Sangue como semideuses, quanto aos seus cômodos, vocês terão permissão para se hospedarem no chalé de Hera. - disse Zeus olhando para Hera que assentiu em afirmação. - Para que não causem problemas no chalé de Hermes.

- Mas, posso saber oque mudou tanto a decisão de vocês da morte para a mordomia? - perguntei, aquilo me eixou curioso, e preocupado. -

Zeus olhou para Hades, que se levantou.

- Crianças, tem certeza que querem saber? - perguntou Hades. -

Nos entreolhamos, Morna parecia preocupada. -

- Sim. - respondi. -

Hades olhou para o irmão, que assentiu. O deus do Submundo ergueu a mão em nossa direção, e a metros a nossa frente um buraco negro se fez no chão. Dele saiu uma forma , um anjo. Thânatos, Deus da Morte, com suas asas negras, cabelos loiros. Oque o deus da morte tinha haver com a nossa vida?

- Thânatos, Deus da Morte. Nos diga quanto tempo de vida tem a criança filho de nosso pai. - ordenou Zeus. -

Thânatos olhou para Zeus, depois para Hades, que assentiu em afirmação, e depois virou seu olhar para mim. -

- 73 anos de vida. - disse Thânatos. -

73! Eu realmente não esperava viver tanto!

- Agora, Veon, peço que utilize seus poderes. - disse Hades. -

Demorei alguns segundos para absorver a mensagem, mas obedeci, parei o tempo, e dei alguns passos pra la e pra cá, e acabei parando alguns metros de Thânatos. Deixei o tempo rolar.

- Agora nos diga Thânatos. - disse Hades. - Quantos anos?

Thânatos olhou para mim e franziu o cenho.

- 69 anos... - disse Thânatos. -

Captei a mensagem, eu ia morrer.