Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói

10 – Vamos Navegar Na Direção De Dois Monstros


Sentei na areia da praia do acampamento bem perto da agua. Olhei paras as aguas do mar que brilhavam com a luz da lua. Sra. O’Leary deitou ao meu lado fechando os olhos imediatamente quando fiz carinho em sua cabeça.

Depois da reunião fui visita-la nos estábulos. Ela estava bem machucada e muito cansada, não só por causa da batalha há horas, mas também pelo fato dela estar prenha. Sim, minha cadela infernal de estimação estava esperando filhotinhos.

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Era impossível não sentir um pouco de felicidade com isso mesmo com tudo que estava acontecendo. Sra. O’Leary estava construindo sua própria família e isso era algo para se sentir feliz e se orgulhar.

Fechei os olhos respirando fundo seguindo o exemplo da minha cadela infernal e foi inevitável os acontecimentos de algumas horas atrás vieram a minha mente.

– Quíron, desde quando você sabe dessa profecia? – perguntou Will estreitando os olhos na direção do centauro. Todos olhavam atentamente para Quíron depois da profecia que ele havia acabado de nós contar.

– Essa profecia Rachel proferiu quando vocês voltaram da batalha em Northerly Island Park ano passado. – começou Quíron. – Não sei para quem ela é, ou o que ela realmente significa.

Pelo jeito que Quíron estava me olhando acho que ele sabia mais do que estava nós contando.

– Essa profecia parece ser bem fácil de descobrir o significado para mim. – contra-argumento sarcasticamente Connor encarando Quíron. – Imagina para você, Quíron.

– Como todos vocês já devem saber, uma profecia somente mostra seu real significado quando ela acontece. O que adiante achar que sabe o significado de algo sendo que na realidade pode ser outra coisa bem diferente? – falou Quíron calmamente. Alguns abaixaram a cabeça. – Sendo assim, vamos nós focar em algo que vai acontecer.

Senti algumas gotas de agua gelada do mar baterem contra o meu rosto me despertando dos meus pensamentos. Abri os olhos rapidamente ficando de pé em posição de luta levando uma mão ao bolso a onde sempre estava Anaklumos. Sra. O’Leary levantou rosnando em direção ao mar, mas ao vermos quem era a nossa frente relaxamos um pouco.

Tyson estava todo sorridente enquanto descia de um hipocampo que eu logo percebi ser Arco-Íris com um grande bastão pendurado em suas costas.

O relaxei um pouco que citei antes se deve ao fato que ao lado de Tyson dois caras robustos desceram de outros dois hipocampos maiores que Arco-Íris, também pudera os caras que estavam montados neles eram maiores e mais musculosos que Tyson, com os rostos expressando não muita felicidade.

– Não gosto de andar neles. – resmungou um dos brutamontes que usava um boné.

– Nem eu. – concordou o outro que tinha uma tatuagem grande no braço esquerdo.

Não dava para ver bem os rostos deles direito por ambos estarem de lado e olhavam em direção ao mar, para os hipocampos.

“Meu senhor” disseram os hipocampos fazendo uma leve reverencia a mim enquanto Tyson vinha correndo em minha direção feliz.

– Percy. – gritou Tyson me pegando em um de seus costumeiros abraços de urso.

– Ei! E ai, grandão. – minha voz saiu fraca e falhando por falta de ar nos pulmões. Quanto mais velho Tyson fica, mais forte ficam seus abraços. – Preciso de ar irmãozinho. – para minha felicidade e a dos meus pulmões, ele me soltou.

A Sra. O’Leary latiu alto olhando para os dois brutamontes, mas ao contrario do que eu pensei – achei que ela iria ataca-los – ela correu até eles e pulou em cima dos dois lambendo os rostos deles. Ato esse que achei bem estranho, mas o que eu podia fazer, deviam ser os instintos dela falando.

– Ei cachorrinha, você é mais forte do que eu pensava. – disse, acho eu pelo fato da Sra. O’Leary estar cobrindo os rostos deles, o de boné pelo tom de sua voz. – Mas mesmo assim, pare de me lamber. – o pedido dele não foi atendido.

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Sorri um pouco desanimado vendo eles me lembrando quando a Sra. O’Leary conheceu Damon e vivia lambendo a cara dele e o meu filho só ficava rindo não se importando com o imenso cachorro que poderia come-lo com uma única mordida.

– A gente vai salva-los, irmão. – disse Tyson dando uns tapinhas desajeitados de conforto em meu ombro. Me perguntei como ele sabia que eu estava pensando nos meus filhos.

– Não faz ideia de como eu rezo para isso. – falei suspirando pesarosamente olhando para o céu. – Não faz ideia.

– A gente vai. – falou o grandão careca tirando a Sra. O’Leary de cima dele e do outro brutamonte. – É por isso que viemos aqui a pedido do senhor Poseidon. – ele e o outro bateram punho com punho sorrindo enquanto vinham para perto de mim e de Tyson com a Sra. O’Leary vindo atrás deles.

Espera. Estreitei os olhos na direção dos dois brutamontes. Agora que eles estavam mais perto dava para ver seus olhos, ou olho devo dizer. Cada um tinha um, ambos eram ciclopes.

– Irmão, esses aqui são meus amigos-irmãos. – disse Tyson apontando para os dois ciclopes que levantaram um pouco um braço fazendo força, pareciam aqueles lutadores de Smack Down exibindo seus musculos. – Esse é o Happy. – ele apontou para o ciclope de boné. – E esse é o Phanterlily.

– Para os amigos é Lily e como você é nosso irmão também, pode me chamar de Lily se quiser já que é a primeira vez que nós conhecemos. – disse o careca, o tal de Lily. E eles tinham razão, a maioria dos ciclopes era filhos de Poseidon com um espirito da natureza.

Pendi a cabeça para o lado. Já tinha ouvido esses nomes antes, mas não conseguia me lembrar de onde. Cara, eu odeio não conseguir lembrar de coisas assim.

Sorri balançando a cabeça negativamente. Se eu odiava isso, imagina Annabeth. Se bem que ela tem memoria de elefante, acho que ela deve ter memoria fotográfica também para lembrar de tudo com tanta perfeição.

– E não somos só nós não. – disse Happy apontado para o mar ao horizonte.

Avançando pelo mar em nossa direção vinha um navio de mais ou menos 50 metros de comprimentos que me deixou impressionado. Os cascos de madeira do navio estranhamente brilhavam como se fossem de prata. Tinha três mastros com as velas abaixadas.

O navio atracou alguns metros longe da praia lançando duas ancoras da proa ao mar. Os hipocampos mergulharam sumindo entre as aguas do mar depois de se despedirem.

– Vocês sabem quem esta vindo naqueles botes? – perguntei curioso vendo três botes ser lançados ao mar com varias pessoas dentro deles.

– Caçadoras de Ártemis e um filho de Hermes que eu não me lembro o nome. – respondeu Happy colocando uma mão fechada em punho debaixo do queixo parecendo pensativo. Isso me lembrou de uma estatua famosa.

– As Caçadoras de Ártemis? – falei chocado olhando para o mar tentando enxergar melhor as pessoas que vinham nos botes. A maioria das pessoas a bordo não tinham o porte físico de um adulto, homem ou mulher.

– A Caçadora mor te explica depois. – disse Lily abanando uma mão de forma indiferente.

Se caçadora mor ele estava se referindo a Thalia que é a Tenente das caçadoras ele deveria agradecer aos Deuses por ela estar longe o suficiente para não ouvir o que ele tinha acabado de falar sobre ela.

– NAVIO Á VISTA! – gritou um campista ao longe, Quíron já havia intensificado as defesas do acampamento não era de se admirar que já tivessem visto a embarcação no mar.

Em poucos minutos aqui estaria cheio de campistas.

– Chame Annabeth aqui, garota. – falei para Sra. O‘Leary vendo os botes a poucos metros de distancia de nós.

Ela latiu e saiu em disparada em direção ao acampamento. Quando os botes chegaram perto da praia Tyson, Happy e Lily correram até eles puxando os botes até a praia.

– E ai nemo. Sentiu saudades? – saudou Thalia descendo do bote. Ela ainda usava a tiarinha que simbolizava sua “patente” como Tenente das caçadoras e uma camisa vermelha sangue da banda 3 Doors Down.

Os três botes estariam cheios de Caçadoras se não fosse pelo fato de ter um homem no meio delas e isso me assustou. Como um homem estava tranquilamente sentado ao lado de caçadoras que não pareciam desagradadas com a presença de um homem entre elas?

– Fala, papai. – disse Neal Scott, filho de Hermes e o único homem no meio das caçadoras descendo do bote e ajudando uma caçadora de mais ou menos onze anos a descer do bote. – Recepção magnifica, não? – ele apontou com a cabeça para trás de mim.

Olhei para trás e vi vários campistas, sátiros e ninfas correndo em nossa direção, todos armados. Annabeth vinha da Casa Grande em cima da Sra. O’Leary que pulava sobre os campistas fazendo alguns caírem e reclamarem para a minha cadela infernal.

– São as caçadoras! – gritou um sátiro admirado, dava para ver os olhos dele brilhando ao ver as caçadoras. Todos pararam a onde estavam e o falatório começou.

– Ai. – resmunguei ao sentir uma leve voltagem atravessando o meu braço. Olhei emburrado para a Thalia. – Isso é jeito de saldar alguém?

– Eu te cumprimentei e você nem se quer falou nada para mim, tem certeza que sou eu que não esta fazendo como manda a etiqueta? – perguntou ela sorrindo sarcasticamente.

– Oi para você, Cara de Pinheiro. – falei e sorri ao ver o sorriso da minha prima desaparecer.

– Você quer mesmo enfrentar uma das poucas pessoas que pode acabar com você sem se preocupar em achar seu ponto de Aquiles? – perguntou Thalia me olhando ferozmente. Seus olhos pareciam lançar faíscas.

– Ei, Thalia, não ameace a vida dele. – disse Neal me defendendo se postando entre Thalia e eu. – Ele tem uma família para tomar conta. E estamos aqui para ajuda-lo e não mata-lo.

Meu semblante logo ficou triste ao me lembrar que Nina nem Damon estavam mais comigo.

– Tem razão. – disse Thalia e colocou uma mão sobre o meu ombro. – Depois que ajudar a salvar Nina, Damon e os outros eu penso em uma forma bem dolorosa de te punir. – ela abriu um sorriso macabro no rosto que me fez sentir arrepios.

– Thalia. – gritou Annabeth descendo da Sra. O’Leary e indo até Thalia lhe dando um forte abraço. Neal acabou me empurrando para o lado para escapar do abraço entre as duas – Que bom te ver. – Engoli em seco ao ouvir a voz de Annabeth soar embargada ao falar isso.

Desde que ouve a reunião Annabeth pediu para ficar sozinha e pela cara que ele fez ao me falar isso eu não podia negar a ela. Faz horas que eu a vi e todas as vezes que eu perguntava a algum campistas se a tinham visto eles não sabiam.

Queria saber a onde ela ficou essas horas todas desaparecida.

– Também é bom te ver. – disse Thalia abraçando Annabeth com mais força. Ela cochichou algo para Annabeth que eu não consegui ouvir.

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– Dispersando pessoal. – a voz de Quíron soou atrás de mim. Ele vinha cavalgando entre os campistas. – É hora de irem jantar. – assim que ele falou isso a concha soou anunciando a hora do jantar. – Vamos, é só as caçadoras.

– Que vieram em um navio logo depois de uma reunião em que descobrimos a onde o inimigo esta justamente com o que precisávamos para ir até eles. – disse Travis com os olhos semicerrados olhando para o navio.

– Tem toda razão, irmão. Isso é suspeito. – Connor estava ao lado de seu irmão também olhando para o navio. – Muito suspeito.

– Cheguem vocês dois. – Quíron colocou uma mão sobre o ombro de Travis e outra no de Connor. – Esse não é o momento para isso.

Depois de alguns minutos Quíron conseguiu fazer a maioria dos campistas irem para o refeitório. Somente Annabeth, Neal, Jason, Piper, Thalia e mais duas caçadoras – uma eu conhecia, era a irmã de Nico, Astrid e a outra eu não fazia ideia – na praia junto com Quíron, até Tyson, Happy e Lily tinham ido para o refeitório.

– Parece com a reunião que ocorreu mais cedo. – disse Piper quando viu que estávamos sozinhos. – Espero que agora tenhamos melhores noticias que antes.

– E temos. – disse Neal serio.

– Bom, vamos resumir nossa historia antes de perguntarem alguma coisa. – começou Thalia. – Durante nossa ultima caçada acabamos encontrando Neal que estava tempo problemas com alguns monstros.

– Devia ter me dedicado mais aos treinamentos. – murmurou pesarosamente o filho de Hermes. – Nunca me senti tão fora de forma quanto hoje cedo.

– Isso aconteceu hoje? – perguntou Jason curioso e ambos, Thalia e Neal assentiram.

– Eu havia conseguido descobrindo a onde estavam todos os sequestrados e Luke. – respondeu Neal. – Mas tive alguns problemas para escapar e nem queiram saber como eu descobri a onde eles estão. – Neal passou uma mão pela barriga e a outra pelas costas. – É doloroso só de lembrar.

– Depois que ajudamos Neal a escapar ele nós contou tudo. – interviu Thalia. – Enquanto deixamos Neal falar com Annabeth, Lady Ártemis chamou nós três... – ela apontou para si e para as outras duas caçadoras. – ... para uma conversa.

–Lady Ártemis disse que deveríamos ir à esse missão junto com vocês. – Astrid tomou a palavra e apontou com a cabeça para mim e Annabeth.

– E que as outras caçadoras deveriam ficar no acampamento para ajudar a protegê-lo. – disse a outra caçadora. Ela era a mesma que Neal havia ajudado a descer do bote e completamente diferente do que eu tinha dito ela não tinha onze anos e sim era bem baixinha do tamanho de uma menina de onze anos. Acho que ela deveria ter uns 16 pelo formato do seu rosto.

– Lady Ártemis, junto com Hermes nós deram esse navio para irmos até eles e impedir Oceano e Anfitrite. – Thalia terminou de dizer.

– Com ele podemos chegar lá em mais ou menos 15 horas na entrada mais próxima. – falou Neal surpreendendo e assustando a todos ao mesmo tempo.

A entrada mais próxima era entre dois monstros. Da primeira e única vez que passamos por lá nosso meio de transporte explodiu e alguns fantasmas viraram lanche.

– Meu pai deu um jeito de aumentar a velocidade dele, mas só vai funcionar até a entrada, depois ele vai ter a velocidade diminuída drasticamente. – continuou Neal. – Vamos levar mais algumas horas para chegar até a ilha deles.

– Isso é uma boa noticia. – disse um Quíron pensativo.

– Quanto mais rápido partimos, mas rápido podemos resgatar Nina, Damon e os outros e acabar com os planos deles. – falei sorrindo confiante. – Se partimos agora vamos chegar na entrada amanhã antes das onze da manhã.

– Sim, mas não podemos sair assim tão depressa sem pensarmos um pouco. – contra argumentou Jason. – Nessa ilha em que eles estão deve estar cheio de monstros.

– Além deles teria também Oceano, Anfitrite, Luke, Calipso e sabe se mais qual adversário poderoso com eles. – Piper reforçou as palavras de Jason.

– “Em busca daquilo que lhe foi tirado ira... Para o destino incerto amigos levará.” – recitou Annabeth olhando para Quíron que lhe abriu um pequeno sorriso.

– Vocês têm amigos leais. – começou Quíron colocando uma mão em cima do meu ombro e a outra no de Annabeth. – Que iram acompanhar vocês independente do destino incerto que esta a frente. Porque isso é o certo.

“Não vai ter problema nem um levar seus amigos mais velhos e de confiança com vocês, encham esse navio de amigos e isso vai ser bom porque vocês passaram por muitas coisas juntos e não será difícil para vocês pensarem em um bom plano juntos.”

“Afinal 15 horas é mais do que um bom tempo para se pensar em um plano, principalmente se você sabe do que seu companheiro é capaz.”

– Mas Quíron, o acampamento também precisa de proteção. – falei entendendo o que ele estava querendo dizer. Na segunda guerra contra os Titãs, Cronos queria aniquilar os semideuses primeiro do que os Deuses. – Se for muitos...

– Nossas defesas vão ficar bem. – o velho centauro deu tapinhas amistosos em meu ombro. –Eu estou aqui. Temos Argos, Peleu, temos todas essas caçadoras aqui agora com a gente e eu ainda posso fazer mais para reforçar as defesas do acampamento. Se preocupem com a missão de vocês que eu me preocupo em proteger a nossa casa.

– Hum, fazia tempo que eu não ouvia o calmo e sábio Quíron falar assim. – disse Neal sorrindo.

– É bem difícil contradizer o que ele diz quando fala assim. – emendou Jason.

– Como dizem, sempre devemos ouvir os mais velhos. – falou Piper.

– Escutou essa né, Cabeça de Alga? – Thalia veio para o meu lado e cutucou a minha barriga com o cotovelo me fazendo olhar bravo para ela. Não gosto nem um pouco que outra pessoa além de Annabeth me chame de Cabeça de Alga. – Sempre escutar os mais velhos. Trate de fazer o que eu lhe mandar.

– Piper. – me virei olhando para a namorada de Jason ignorando Thalia. Eu sei, algo estupido de se fazer, mas eu queria irritar um pouco minha prima, isso sempre melhora um pouco meu astral e ela também estava me irritando. – Isso nem sempre é verdade.

– Pateta. – Thalia deu um forte tapa carregado com uma descarga elétrica em meu braço.

– Ai, isso dói muito. – falei por entre os dentes.

– Fico feliz com isso. – disse ela sorrindo.

– Agora, que já esta decidido. Temos que nós preparar para o que nós já sabemos que nós espera na entrada. – falou Astrid voltando a atenção para a missão.

– Pois é, vamos navegar em direção a dois monstros só para come...

Uma explosão interrompeu Thalia de forma brusca. Todos olhavam assustados para os lados a procura de onde tinha vindo esse som.

– É do refeitório. – gritou a outra caçadora apontando para o local de onde estava saindo uma fumaça preta. Sons de algumas coisas se quebrando e uma gritaria dava para ser ouvida.

Corremos em disparada em direção ao refeitório com Quíron a nossa frente. O Sr. D ainda não havia voltado para o acampamento, assunto muito importante no Olimpo, e isso não parecia um bom sinal.

Quando chegamos lá me dei conta de que estava enganado e isso foi graças a um prato com comida, purê de batata com molho, que acertou a minha cabeça se despedaçando e lambuzando meu cabelo.

– Abaixem-se! – gritou Jason fazendo uma parede de ar na nossa frente impedindo que comidas, talheres e louças acertassem-nos mais.

– Mas o que esta acontecendo aqui? – gritou Quíron batendo os cascos no chão silenciando todo o refeitório imediatamente. – O que estão fazendo?

– Eu duvido que eles vão ter uma boa explicação para isso. – disse Astrid com um olhar severo direcionado aos campistas.

A situação que se encontrava o refeitório indicava que estava ocorrendo uma guerra violenta de comida entre os campistas. Até os filhos de Atena estavam participando, surpreendente não é?

A maioria dos campistas estavam todos sujos de comida incluindo Tyson, Happy e Lily. Happy e Lily estavam segurando dois filhos de Deimos pela gola da camisa e ainda tentava enfiar comida goela a baixa dos dois.

Não havia nem um sinal das caçadoras de Ártemis até que as meninas entraram no refeitório armadas pensando o mesmo que nós antes de chagarmos aqui. Que estávamos sendo atacados novamente.

– Isso só pode ser brincadeira, vocês também? – Annabeth olhava aguerrida para seus meios-irmãos do chalé de Atena que imediatamente soltaram o que estavam em suas mãos.

– O que causou aquela explosão? – perguntou Piper confusa.

– Foram eles. – disseram todos e como se tivessem ensaiados apontaram para a mesa de Hermes a onde Connor e Travis Stoll estavam segurando algo pequeno e redondo nas mãos que fizeram questão de esconderem imediatamente.

– Somos inocentes. – disseram os irmãos juntos.

– Como se acreditássemos. – falou Jason tirando as palavras da minha boca.