No capítulo anterior:
[...]
– Mas fazer o que? - Questionou Alice.
Assim que ela disse isso, uma fumaça verde começou a sair da boca de Rachel. Era uma profecia, parece que teríamos de sair em missão.

P.O.V Annabeth Chase

Onde as 13 se libertaram
Os 13 a luz encontrarão
Metades de um coração juntas vão estar
A enciclopédia segredos esconderá
E um sacrifício, em vão ocorrerá.

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Assim que Rachel disse isso, todos pararam de falar e se entreolharam, até Percy, que só olhava baixo até então, tentando esconder que estava a ponto de desabar em lágrimas olhou para cima e me olhou. Aproveitamos que todos deviam estar imersos em pensamentos e tivemos uma conversa silenciosa, trocando apenas alguns olhares e chegamos na conclusão de que era melhor não falar nada do beijo para ninguém.
Eu fui a primeira a falar:
– A profecia foi bem clara quanto ao fato de que treze estarão na missão.
– Alguém poderia repetir a profecia por favor? - Perguntou Rachel - Nunca me lembro do que digo quando o oráculo fala por mim.
– Onde as 13 se libertaram/Os 13 a luz encontrarão/Metades de um coração juntas vão estar/A enciclopédia segredos esconderá/E um sacrifício, em vão ocorrerá. - Disse Percy.
– Então está mais clara ainda, os treze são vocês - Disse Rachel apontando para nós, que agora formávamos um círculo a sua volta.

–Ah. Está bem, eu mereço - Disse Jú, dando de ombros, virou-se para o Percy e continuou - Ela é minha melhor amiga e se alguma coisa de ruim acontecer com ela: A culpa é toda sua! Idiota!

Percy arregalou os olhos, até eu fiquei meio assustada. Eu conversei com ela uma vez e me surpreendi com o fato de que ela é exatamente o contrário de Thalia, mas é muito poderosa, ainda assim.

Ela deu as costas, mas gritou:

–Carol, vem comigo.

–Carol, quem é Carol? - Perguntou Connor Stoll, meio confuso.

–Eu sou Carol - Respondeu a menininha, que estava no meio da roda.

–Ah, que fofinha - Respondeu Connor.

–Não sou fofinha! Posso ter só oito anos, mas já devo ter matado mais monstros na minha pequena vida que você nos seus 25 anos! - Respondeu ela meio brava

–Ela odeia que a chamem de fofinha, falo por experiência própria - sussurrou Percy para mm.

–Eu não tenho 25, tenho 18! - Respondeu o filho de Hermes, incrédulo.

–Percy, vou indo tchau. A gente se vê mais tarde? - Perguntou a menininha olhando para cima, tentando encarar o Percy.

–Na praia? - Ele perguntou.

–Na praia - Confirmou-a.

Assim que Jú e Carol saíram, eu disse:

– Então acho que temos de falar com Quíron.

– Sim, vou eu, você, Rachel e Thalia, pode ser? – Questionou Percy.

–Pode ser - respondi, engolindo seco.

Thalia saiu de sei lá de onde estava na roda e ajudou Rachel a ir para a casa grande, já que ela ainda estava meio grogue por causa da profecia.

–E lá vamos nós de novo. Quantas vezes a gente ainda vai ter que ir pra casa grande falar com o Quírion sobre alguma missão? Umas trezentas? - Perguntou Thalia para ninguém em especial

– É eu não sei - respondi.

Fui à direção da casa grande, torcendo para que aquela missão fosse igual a todas as outras e terminasse mais ou menos bem.

–Precisamos falar com você Quíron, uma profecia foi dada - disse eu.

Isso geralmente era papel do Percy, mas sem ele, tínhamos que fazer alguma coisa. Agora ele estava de cabeça baixa, muito quieto.

–Que profecia? - Perguntou o centauro.

– "Onde as 13 se libertaram/ Os 13 a luz encontrarão/ Metades de um coração juntas vão estar/ A enciclopédia segredos esconderá/ E um sacrifício, em vão ocorrerá." - Recitou Rachel.

–É bem complicada. - Falou Thalia

–Já sabem os 13? - Perguntou Quíron.

–Sim - Eu disse – São: Percy, eu, Thalia, Lidiane, Connor, Carol, Nico, Alice, Patrícia, Kathleen, Broks, Jú e Josh. Eram os treze presentes na hora que a profecia foi dada.

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–Quem será o líder? - Perguntou Quíron.

–Percy. – Eu disse, mas ele permaneceu imóvel, sem dizer uma palavra - Percy?

– Chamei por sua falta de resposta.

–Ah, oi? - Perguntou ele, levantando a cabeça.

–Você vai liderar a missão, não vai? - Perguntei bem devagar.

–Ah, vou sim. Pela Megan.

"Pela Megan”, aquelas duas palavras foram como uma faca no meu coração, mas continuei firme.

–Então está bem. Podem partir amanhã de manhã. Conversamos quando partirem - Anunciou Quíron, obviamente preocupado.

–Está bem então - Respondeu Thalia - Percy vem. - Disse ela puxando o Percy, que estava no mundo da lua.

– Vou para o meu chalé, tenho que arrumar as coisas para amanhã. – Disse Percy, com uma voz triste. – Até mais meninas.

– Percy? – Eu disse.

– Sim Annie? – Ele respondeu se virando para mim.

– É... Será que... Eu posso passar no seu chalé depois para conversarmos? – Perguntei, tenho que admitir, estava totalmente envergonhada.

– Claro! Vou te esperar. – Disse, dando um leve sorriso e saindo em direção ao seu chalé.

– Você me deve explicações. – Disse Thalia, assim que Percy saiu de vista.

– Claro, onde podemos conversar? – Perguntei, pensando em qual lugar poderíamos conversar em paz, sem ninguém para ouvir.

– Huuum... Ééé... Eu não sei! – Disse a filha de Zeus. – Em todos os lugares que penso tem alguém para ouvir!

– Talvez tenha uma ideia de um lugar. – Eu disse. – Venha comigo. – Puxei minha melhor amiga pela mão até chegar onde queria: O Arsenal.

– Annie, você é uma gênia completa! – Falou Thalia.

– É que sei que ninguém vem aos arsenais além dos novos campistas que precisam de armas, mas eles praticamente sempre estão acompanhados por filhos de Atena, e, 99,9% das vezes, a filha de Atena sou eu! – Disse sorrindo.

– Então, vamos começar a falar? Antes que você me enrole por todo o tempo e sintam nossa falta. Desde quando o Percy voltou?

– Faz pouco tempo, não prestei muita atenção, mas cerca de uma ou duas semanas. – Eu respondi. – Qual a próxima pergunta do interrogatório, Dra. Thalia? – Questionei rindo um pouco agora.

– Então, Senhorita Annabeth Chase, gostaria de saber também quem são esses novos campistas? – Ela disse mudando um pouco a voz e tentando parecer uma juíza ou algo do tipo.

– São amigos do Jackson, parece que ao fugir daqui ele encontrou um grupo de semideuses que seguiam uma deusa, grupo dos Greco-romanos, onde conheceu Josh, Jú, Lídiane, Carol e Megan e na faculdade conheceu Patrícia. – Eu respondi. – Próxima pergunta, por favor.

– E Megan é namorada do Percy. Você deve estar péssima. – Disse Tha, e, como se lesse meus pensamentos me abraçou. Isso era uma das coisas que precisava: um abraço de uma “irmã”. – Eu reparei os olhares que você e Percy trocaram quando a Dare falou a profecia. – Disse me mandando um olhar acusador. – Poderia saber o que vocês estão escondendo?

– Desculpe Thalia, mas isso é uma coisa que eu realmente não posso contar.

– Annie, você sabe que não contarei para ninguém! – Ela disse. – Por favor, fala logo! Você sabe que não consegue esconder nada de mim! Eu juro pelo Rio Estige que ficarei quieta seja o que for!

– Tudo bem, tudo bem, mais cedo ou mais tarde você vai acabar sabendo, já que, como você mesma disse, eu não consigo esconder nada de você. É que, eu havia ido visitar Sally com Percy e Megan, que iria conhecer a mãe do namorado pessoalmente. Sally estava estranha, ela costuma ser tão simpática, mas não disse uma palavra e praticamente ignorou Megan, nem com Percy ela falou direito! Então, assim que acabamos de comer fomos à varanda, mas o cabeça de alga resolveu mostrar o quarto para Meg, eu fiquei onde estava mesmo, não queria ficar segurando vela! Quando Percy voltou, ele estava sozinho, sua namorada havia passado no banheiro, então, começamos a conversar, até que eu tive mais um daqueles surtos de choro e ele acabou me beijando! – Eu soltei tudo num fôlego só. – Depois disso, Megan desapareceu.

Thalia ficou totalmente surpresa, acho que isso é uma coisa que ela não esperava.

– Uau Annie! Você tem razão em ficar quieta! – Ela falou. – Mas uma coisa que me incomoda: você tem alguma teoria do porque de Sally estar tão estranha?

– Não. – Respondi. – Mas assim que tiver uma te digo. Agora, é melhor irmos, Percy deve estar me esperando e vão começar a sentir nossa falta, já está escurecendo.

– Você tem razão – Ela disse e depois murmurou - Você sempre tem.

– Vamos logo Tha! – Disse empurrando-a para fora do arsenal.

– Nos vemos no jantar? – Ela perguntou.

– Claro! – Respondi.

Depois disso me dirigi ao chalé três. Já ia bater na porta quando ouvi a voz de Jú, ela dizia algo sobre saber que Percy fez alguma coisa e que a culpa era dele por sua melhor amiga ter sumido, o que era totalmente errado, já que a culpa foi inteiramente minha.

Resolvi intervir, daqui a pouco os dois iriam se matar lá dentro! Dei duas batidinhas e abri a porta.

Os dois se viraram para mim e eu disse:

– Desculpem interromper, mas, Percy, eu acho que nos esquecemos de falar com sua mãe. Nem nos despedimos dela e saímos correndo mais cedo. – Eu disse, recebendo um olhar de gratidão dele em retribuição.

– Tem razão Annabeth, pega uma dracma ali na fonte, por favor. – Ele disse apontando para uma pequena fonte de água salgada no canto do chalé.

Fui andando até ela, depois joguei um dracma no arco íris que tinha ao seu lado e disse:

– Ó Deusa Íris, mostre-me Sally Jackson, a mãe do Percy. – Não sei porque disse que ela era a mãe do Percy, mas, nem pude pensar nisso pois a névoa começou a tremeluzir e de repente uma casa de praia aparece em minha frente.

– O que? – Perguntou Percy – Mas essa é a casa onde minha mãe conheceu Poseidon, íamos lá sempre, mas minha mãe está em casa, porque está aparecendo Montawk? (N/A Não sei se é assim que escreve...).

– Percy? – Ouvi a voz da Sra. Jackson, que vinha em direção a M.I. – Quanto tempo meu filho! Nunca mais mandou notícias. Desde quando está no acampamento? – Ela perguntou observando o chalé e depois parando o olhar em mim – Annie! Mas quanto tempo! Nunca mais tem ido nos visitar! Estou com saudades! Mas o que os leva a mandar essa mensagem?

– Mãe, o que.. – Começou Percy, mas eu o interrompi, com certeza, aquela que vimos hoje não era a verdadeira Sally, então quem seria ela?

– Sally, também estou com saudades! O cabeça de alga está aqui porque temos uma missão e ele foi convocado. Jú, uma amiga dele dos Greco-romanos também veio – Disse puxando Jú, que acenou para a mãe de Percy. – E estamos entrando em contato só para isso: para dizer que Percy está bem e avisar sobre a missão, para não se preocupar. Agora temos de ir, já estamos atrasados para o jantar. Beijos e saudades. – Disse passando a mão para a mensagem antes que Percy falasse algo e preocupasse a mãe.

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– Não vamos preocupar nem a Sally nem ninguém, estamos entendidos? – Disse olhando para os dois, que assentiram. – Vamos jantar, sem comentários sobre a mensagem de íris nem nada relacionado a ela.

– Claro. – Respondeu Percy.

– Por que eu te ouviria? Todos tem o direito de saber! – Me afrontou Jú, eu não sou fã dessa menina! Mandei um olhar de assunto encerrado e faça o que disse se quiser viver e saí do chalé.

Jantei e depois fui arrumar minha mochila para a missão com: uma blusa extra, inseticida anti aranhas, um rolo de corda, alguns biscoitos, uma garrafa de água, fósforos, um prendedor de cabelo, meu celular no fundo da bolsa, alguns dracmas, cerca de 200 dólares, o notebook de Dédalo e mais algumas coisinhas.

Logo após fui dormir, e, por incrível que pareça, não tive sonhos nem pesadelos. Isso mesmo, nada!



05:30 a.m o despertador toca. Levanto-me, tomo banho, coloco a blusa do acampamento, uma calça jeans clara e tênis e saio do chalé com minha mochila em direção à colina, onde Argos nos espera na van. Despeço-me de Quíron e de vários campistas. E, junto com os outros doze da profecia parto para mais uma missão, sem nem saber por onde começar!