Pelo Outro Lado

Capítulo 10 – Volterra


Capítulo 10 – Volterra

“Imagine que o travesseiro que você chorou fosse o meu peito

E que o pano que você limpou seu rosto fosse minhas mãos

Imagine que se você precisasse de conselhos sobre alguma garota,

Fosse eu quem estivesse em seus pensamentos

Não estou tentando ouvir você dizer aos outros que eu sou só uma amiga

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Apenas tentando ter certeza de que eu sou aquela garota que você chama de sua mulher

E em qualquer momento que você precisar de um ombro,

Você terá, seja noite, ou seja, dia.

Bem... O que eu estou tentando dizer é

Eu quero ser o último número que você liga tarde da noite

A primeira que você pensa quando abre seus olhos

Quero ser aquela pra quem você corre...

Ser a única que não vai te magoar

Eu quero ser... Quero ser...

Ser a mulher que vai fazer seus amigos terem inveja

Não importa o que você precise, está tudo em mim.

Sua empregada, sua amiga, seu amor garoto.

Eu quero ser

Seria legal?

Você se importaria se eu te chamasse de meu amor?

E se a próxima blusa que você tirasse fosse uma que eu comprei pra você?

Você pensou nisso?

Talvez você devesse guardar um tempinho chamar seus amigos e falar sobre isso

Porque eu já decidi

Não preciso de mais tempo algum pra saber que eu quero ficar com você

Eu quero ser a única por quem você chora

Quero ser seu bem, seu mal, seu amor, seu ódio!

Em meu coração a esperança de morrer, em tudo é boa,

Eu estou te fazendo bem, te mostrando o certo, deixar tudo esclarecido?”

O vôo foi tranqüilo, dormi praticamente o tempo todo. Confesso que chorei bastante, e pensei até em desistir, mas fui forte. Antes de entrar no avião, olhei para trás e disse a mim mesma que aquela vida tinha acabado, e que eu seria feliz. Engoli as lágrimas e entrei no avião.

Eu ia de avião até Roma, de onde eu pegaria um táxi até Volterra. Quando o avião pousou em Roma, eu relutei em descer, mas respirei fundo e me levantei da poltrona. Saí do avião aos tropeços e soluços, todos me encaravam, mas eu não liguei. Afinal, eu não devia nada a ninguém mesmo. Dei de ombros e fui pegar minhas malas.

Depois de pegar um carrinho para por minhas várias malas, fui até o ponto de táxi. Eu ainda tinha dinheiro guardado comigo, mas era pouco. Acho que daria para pagar a corrida, se não... Bem, se não eu dava um jeito.

Depois de um tempo e muito estresse, um táxi parou e uma mulher desceu, me ajudando a colocar as malas no porta-malas. Eu agradeci e entrei no carro. Mas só depois de um tempo percebi que aquilo não era um táxi, e antes que eu pudesse questionar ela começou a falar.

- Você deve ser a Letícia, certa? – Eu gaguejei um sim e fiquei com medo. Como ela sabia quem eu era? – Meu nome é Heidi... Sou uma Volturi. Ouvi falar muito de você. – Ela deu um sorriso sinistro e olhou para mim. Percebi que ela tinha os mesmos olhos vermelhos de Alec.

- Ah, entendi. Como sabia que eu ia chegar hoje? – Ela apenas riu.

- Nós sabemos de tudo... – Depois desse nosso curto diálogo, continuamos viagem sem dizer mais nada, e depois de umas duas longas horas, vi uma placa escrita “Volterra”.

Ela dirigiu até o centro da cidade, e passamos por uma praça, e depois por uma igreja, ambas bem bonitas. Logo após, chegamos até um lugar com muros muito altos, e logo ela parou o carro.

Ela desceu e eu a acompanhei, ela abriu o porta malas e tirou minhas malas, e eu a ajudei a carregá-las. Ela abriu o portão enorme que tinha naquele muro e entramos dentro. Era enorme, e parecia um castelo. Ela viu minha surpresa, e me levou até lá dentro. Era fantástico, parecia realmente um castelo daqueles que só se vê em filmes, eu estava boquiaberta quando ela começou a rir e eu a encarei.

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- Bem-vinda ao seu novo lar... O Palácio Volturi... – Eu sorri como criança boba e ela me puxou para dentro. – Venha conhecer... Vou te levar até seu quarto. – Ela sorriu e eu assenti. Então nós passamos por uma bancada como uma mulher que parecia ser uma secretária trabalhava.

- Olá Gianna... Esta é a famosa Letícia. – A secretária com certeza era humana, e sorriu calorosamente a me ver.

- Fico feliz que tenha aceitado o convite e esteja aqui! Sou Gianna, prazer! – Ela estendeu a mão e eu apertei sorrindo.

- O prazer é todo meu! Puxa, é bom saber que não sou a única humana por aqui... – Eu disse aliviada e ela concordou.

- Ah! Felix, que bom te ver! Leve estas malas até o quarto novo para mim... – Heidi disse a um homem que passou por ali. Na verdade ele parecia mais um guarda roupas do que um homem. Ele apenas pegou as malas e subiu as escadas, por onde eu e Heidi fomos também.

Ela me guiou até um quarto, e Felix colocou minhas malas lá e saiu. E entrei e amei o quarto, era exatamente como um quarto de época, mas parecia muito com o quarto da minha casa.

- Tentamos deixar parecido com o seu... – Ela sorriu e eu agradeci.

- Está perfeito, obrigado! Poderia me deixar um pouco sozinha? Preciso... Pensar um pouco. – ela assentiu e deixou o quarto.

Eu fechei a porta e abri minha bolsa, tirando minha foto com Jacob e a abraçando forte enquanto deitava na cama e chorava. Então eu ouvi uma voz surrar.

“Mesmo estando longe, estarei sempre ao seu lado... Eu nunca te abandei nem vou te abandonar, estou aqui, e sempre que fechar os olhos irá me ver... Sempre que precisar de mim poderá me ouvir... Porque eu te amo e para sempre com você eu quero estar... Vou te proteger para sempre...”.

- Eu sei Jacob, eu sei... – Eu sorri e continuei abraçando a foto. Era como se ele estivesse realmente ali, e eu não pude deixar de sorrir.

Eu sabia que meu amor por Jacob não ia passar nunca, mas talvez eu conseguisse amenizá-lo um pouco. Quem sabe. Até agora, todos que encontrei tinham sido muito amigáveis comigo, e com eu tempo eu sei que eu poderia chamar aquilo de família.

Alec ainda não tinha aparecido, então eu fiquei deitada por cerca de meia hora abraçada com o retrato de Jacob, e depois decidi arrumar minhas coisas no lugar de uma vez.

Tirei as roupas da mala e coloquei todas no guarda-roupa, arrumei meus porta-retratos em cima do criado mudo e deixei meus remédios e afins na gaveta do mesmo. Arrumar todo o quarto e guardar minhas coisas me consumiu quase toda tarde. Reparei no quarto e vi que realmente se parecia com o meu.

Eu sabia que mesmo que parecesse meu lar, ainda não era. Parecia que era mais uma viagem, e que logo eu estaria em casa. Eu tinha que me acostumar com a idéia de que este agora era meu lar.

Então alguém bateu na porta, e eu despertei dos meus pensamentos. Corri e abri a porta, me deparando com um Alec sorridente.

- Que bom te ver por aqui... – Ele sorriu e eu o deixei entrar.

- Só fiz o que era melhor para mim... – Ele riu e concordou.

- Quer dizer então que aceita minha proposta? – Ele disse beijando meu pescoço.

- Aceito a proposta de ficar aqui... Mas só isso por enquanto Alec. Ainda não estou pronta para ter um relacionamento. – Eu tentei sorrir e ele assentiu.

- Eu entendo... Mas vou te esperar. Esperei muito tempo para te encontrar... E não vou desistir de você fácil assim. – Ele sorria malicioso para mim.

- Eu não quero que desista. – Eu sorri maliciosa também e ele me puxou para fora do quarto.

- Venha, agora vou te mostrar o castelo e te apresentar a todos... – Ele foi me puxando e eu fui rindo.