Inuyasha estava embaixo de um enorme cedro, tentando recuperar as forças. Esperava que aquele dia terminasse logo e que o sol saísse lhe devolvendo os poderes de Youkai. Lembrou-se ali, sobre o céu estrelado o quanto desejava aquela mulher e começou a se dar conta que não ´podia nem ao menos cogitar a hipótese de viver sem ela. Com certeza a encontraria, a traria pros seus braços em segurança e quando o fizesse lhe faria um pedido especial. Algo que mudaria suas vidas para sempre, para o bem ou para o mal, dependendo da resposta.

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Quando ela foi tirada dele, ele descobriu o que já havia desconfiado, que a amava com tanta loucura que chegava a doer. Amava-a ferozmente com seu lado youkai e docemente com seu lado humano, mas em uma coisa, ambos os lados concordavam: que era com ela que queria estar para o resto de suas vidas e que era aqueles olhos que queria ver ao acordar e que eram aqueles lábios que queria beijar todas as noites antes de dormir. Aquele corpo seria o seu refúgio nas horas de amargura e o seu alento no cansaço.

Um trovão ressoou ao longe e Inuyasha se deu conta de que enquanto estava ali, devaneando sobre seus sentimentos, o céu límpido dera lugar a nuvens baixas e carregas. O ventou comeu a fustigar as árvores ao redor e relâmpagos cruzavam os céus, riscando-os com uma costura luminosa em um véu negro e denso.

*Maldição! Era tudo o que me faltava!*

A chuva tornaria mais difícil seguir o cheiro dela no dia seguinte, pois se misturaria ao cheiro de terra molhada. E ainda naquele dia, do jeito que estava, não poderia correr no meio da noite tentando encontra-la. Humano e fraco, qualquer outro youkai era um risco, e para salvar Kagome, antes precisava manter-se vivo.

A chuva despencou forte sobre a região, o cabelo e as roupas do hanyou gotejavam.

_ Está apreciando o tempo hanyou? – uma voz profunda e gutural faz com que Inuyasha se virasse de repente.

Quando aquele homem havia chegado? Inuyasha não tinha sequer ouvido ninguém se aproximar.

_ Quem é você? – perguntou desembainhando a tesaiga, mesmo que essa não se transformasse.

_ Ora meu caro, supus que as essas horas já saberia quem sou eu. – o homem caminhou elegantemente a sua volta, rodeando-o com olhar de desprezo. Seus longos cabelos gotejavam e suas presas brancas estavam a mostra em um sorriso de escárnio.

_ Foi você! Foi fosse que levou ela de mim! – rosnou.

_ Desista da mulher, ela é minha agora. – Hayato parou, encarranco-o de forma superior.

_ Se é poder que você deseja, leve a mim, mas deixe-a em paz!

Hayato soltou uma gargalhada.

_ Você! E de que você me serviria hanyou?

_ E de que ela serve pra você? – perguntou Inuyasha, já com medo da resposta.

_ Ela é minha mulher. Será a mãe do meu herdeiro!

Inuyasha não conseguiu se conter. Mesmo humano e fraco do jeito que estava partiu para cima do Youkai a sua frente, com a velha e enferrujada tesaiga em riste.

_ Desgraçado! Se você encostar um dedo nela!

Com um único movimento harmônico de tronco e braço, Hayato deteve o golpe e prendeu Inuyasha ao chão. Sua força foi tanta que fez com que sangue saísse-lhe pela boca.

_ Não teste minha paciência hanyou! Estou sendo benevolente, não ataco humanos covardemente e por isso não revidarei, mas se é tão bravo e deseja tanto morrer por minhas mãos, venha me encontrar quando já tiver recobrado suas forças. – ele abriu um sorriso cético, face a face com meio-youkai caído a sua frente. Um relâmpago iluminou a área onde eles estavam dando aos olhos de rayato um brilho branco espectral.

Inuyasha tossiu mais sangue, quando por fim Hayato o soltou. Tão rápido quanto sugira, havia desaparecido novamente, deixando-o no chão, com nada além do gosto de seu próprio sangue e o amargo sabor da humilhação. Agradecia aos céus pela chuva daquela noite, pois ao menos assim, podia chorar sem sentir vergonha. Chorou compulsivamente, sua alma estava rasgada pelo ódio, pela derrota e pela falta dilacerante que ela fazia. Mas jurou a sí mesmo, que Hayato pagaria caro, por ter lhe humilhado daquele jeito e mais ainda, por ter tocado no que lhe pertencia.

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