Passado

Hans Part 1 - O décimo terceiro


“O décimo terceiro”

Era assim que sentia. Até porque sempre fora tratado desta forma… Hans Westergaard, príncipe mais novo da família real das Ilhas do Sul, era só mais um dos treze filhos de seu pai. Mas, como ele queria que não fosse assim. Queria ser notado, queria que seus semelhantes o olhassem de igual para igual, e até mesmo..Que o amassem. Porém, a realidade era muito diferente. Tudo o que recebia era olhares de desprezo, pena e até mesmo de ódio. Tanto que uma vez quando era mais novo, chegou a pensar que quando nascera o médico havia dito a todos “ Sinto muito, mas este nasceu com defeito. Será um grande fardo em suas vidas” E talvez fosse isso mesmo.

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“ O que será que eu fiz para ser tratado assim?” Costumava pensar sozinho, em seu quarto. Observava os flocos de neve que pousavam gentis e delicados no chão. “ Simples meu caro. Você nasceu” Havia sido a resposta que recebeu de Danillo, o sétimo filho, quando perguntou. As vezes pensava se era isso mesmo. Mas, ele não tinha culpa de ter nascido, simplesmente nasceu e pronto! Todos alí naquele castelo destacavam-se por algum feito, excerto ele é claro…

Primeiro havia Augustus. “O favorito de mamãe e papai” O jovem pensou. Ele sempre conseguia o que queria, era o exemplo do castelo.” Ele é bonito, gentil, se dá bem com todos.” Todas as moças do reino gostariam de estar no lugar de Francesca, a noiva do futuro rei. Augustus era forte, tinha os cabelos negros assim como a barba, e olhos castanhos. O rapaz parecia que seria um excelente rei.

Havia Thomas. O segundo filho, que possivelmente seria o braço direito do futuro rei. Ele era excelente em equitação, e apesar de meio grosseiro, era uma boa pessoa também. Thomas era o tipo de garoto que não levava desaforo pra casa, e que por isso era considerado o mais corajoso, bravo e valente do reino. Que inclusive chegou a lutar na guerra entre as Ilhas do Sul e Vantirlle que era um reino “rival” em muitos aspectos. Apesar de que hoje em dia, ambos assinaram um tratado de paz, e todos vivem bem. Thomas tinha o rosto vermelho e redondo, era um pouco acima do peso, e seus cabelos ruivos ficavam espessos em sua cabeça. Possuia olhos castanhos e leves sardas.

James e Edward eram muito amigos e sempre viviam juntos, também, ambos tinham pouca diferença de idade. Edward era o tipo de pessoa que sempre tinha um propósito. nunca ajudava alguém simplesmente por caridade, e apesar disso as pessoas realmente gostavam dele.Ele administrava as finanças das Ilhas do Sul, e apesar de ser um pouco egoísta, era muito correto neste aspecto e nunca roubara uma moeda que seja. James, por outro lado era o oposto de Edward. Era gentil, educado,e gostava de escrever poemas. James sempre ajudava quem precisava, e era um dos poucos que davam um mínimo de atenção ao mais novo, Hans. James tinha cabelos castanhos, e olhos cor de âmbar que as vezes pareciam amarelo meio verde. O corpo esbelto, e apesar de ser mais velho que Edward, aparentava ser mais novo. O outro era ruivo de olhos azuis muito perceptivos, com várias sardas sobre o rosto que era triangular que era coberto pela barba.

Charles era o mais inteligente. Era especialista em qualquer coisa. Se tivessem dúvida em algo, era só perguntar ao Charles, ele sabia de absolutamente tudo. Era ótimo também e manipular as pessoas. Hans odiava isso nele, pois sempre acabava cedendo as suas manipulações de um jeito ou de outro. Por outro lado, era péssimo em mentir.. Tinha cabelos pretos e óculos que faziam seus olhos parecerem duas vezes maiores do que realmente eram. Os mesmos eram azuis.

George e Danillo eram os “pegadores” do castelo. De acordo com Geoge o tempo máximo que ficou sem uma garota foi por uma semana. Viviam na aldeia, ou em outros reinos, quase nunca paravam no castelo. George era loiro e Danillo tinha cabelos negros, ambos ondulados, e meio rebeldes. George tinha uma barba rala, e Danillo usava cavanhaque.

Willian era “o senhor corretíssimo” exemplo para todos, e sempre politicamente correto, o que as vezes era um pouco chato. Tinha cabelos que alcançavam os ombros, normalmente presos elegantemente para trás com uma fita. Os mesmos eram pretos, e tinha olhos cinzas tempestuosos.

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Louis fez sua carreira na marinha. Era um dos poucos filhos que realmente recebiam atenção de seus pais. Era o prodígio que com apenas dezanove anos já havia feito coisas incríveis, era muito próximo de Thomas, e pelo incrível que pareça, um dos poucos já comprometidos. Louis era ruivo, usava costeletas, tinha olhos castanhos e seu cabelo era um pouco comprido atingindo o pescoço. Era forte, e aparentava ter o nariz torto por causa de uma briga na infância...

Henry e Harry eram os “anjinhos” do Castelo, sempre pregando peças nos outros, a relação deles com Hans? Não era tão ruim assim. Os três eram semelhantes em alguns aspectos ( Não que isso impedisse Henry e Harry de pregar peças no irmão mais novo) Também conheciam cada cantinho do palácio, o que facilitava na hora de perturbar a todos. Eram ruivos também, de olhos castanhos, rosto pálido e coberto de sardas.

Já Henrique, sempre sabe de tudo no palácio, qualquer coisa que acontece ele uma hora ou outra fica sabendo. E é por isso que o mesmo costuma manipular os outros, ameaçando contar os mais assombrosos segredos se não receber algo de seu interesse em troca. Henrique tinha o cabelo castanho e olhos meio azulados

“ Todos são bons em alguma coisa. Todos tem algum “talento especial”… E quanto a mim? Sou apenas mais um. Todos tem o seu mundinho particular e se eu não for bom em algo, não fará diferença. Pois quando se tem treze irmão, ninguém liga se você não é bom o suficiente como os outros, ou se você não fez nada de especial, porque de qualquer forma, já fizeram antes de você.

Sempre se fica com as sobras.

Eu sou como o botão reserva guardado em uma gaveta, que nunca vai chegar a ser usado. Ou a ferradura pendurada na parede de um celeiro, esperando que o cavalo crie uma quinta perna para poder ser usado."

Era um dia comum nas Ilhas do Sul. O sol nascia para os jardins bem cuidados do Palácio e iluminava pouco a pouco toda a vegetação.Penetrava sorrateiro o quarto do príncipe mais novo, que em seus plenos dez anos, continuava a dormir despreocupado. Sonhando. Sua expressão serena e tranquila, demonstrava que o sonho estava bom demais para acabar agora. Na verdade, era um daqueles sonhos, do qual nunca se quer acordar, pois o mesmo é tão mais divertido do que a realidade, que prefere-se viver naquele simples devaneio para sempre. Os cabelos ruivos caíam delicados sobre seu rosto, e seu corpo, agora envolvido em um cobertor, repousava sobre a cama de mogno, feita sob encomenda. Hans amava a paz e a tranquilidade da manhã. Onde tudo era calmo, e pouca gente estava desperta. Porém, hoje, a calma e a tranquilidade fora embora, dando lugar a muito barulho…

— Acorde Hans! Acorde, acorde! – Berrava seu irmão, Henry, o décimo, enquanto chacoalhava o corpo pequeno e frágil do menino, que gemeu preguiçoso.

— Isso mesmo Hans! É hora de acordar! – Desta vez, Hans ouviu a voz de Harry, o décimo primeiro. Harry e Henry eram gêmeos e tinham treze anos. Ambos tinha cabelos ruivos, porém, muito mais escuros que o de Hans, os rostos levemente sardentos, e olhos castanhos, semelhantes a chocolate.

— O que houve? – Hans perguntou bocejando enquanto coçava os olhos, logo depois piscando algumas vezes, até seus olhos verde esmeralda se fixarem no rosto dos meninos a sua frente.

— Papai está furioso com você! – Harry falou, fazendo uma cara de medo.

— É! ele quer que você o encontre no salão, onde todos já estão fazendo o dejejum.. – Concluiu Henry

— Está furioso?– Hans perguntou confuso. Franziu o cenho, tentando processar o porque daquilo. Até seus olhos se arregalarem brevemente, e uma lembrança invadir-lhe a cabeça. – S-será que foi porque eu faltei a semana inteira a aula de decoro pra ficar desenhando aqui no quarto?

— Puxa eu acho que é isso mesmo! – Harry falou, logo olhando para Henry que assentiu. – Você deve ir logo! Ele está furioso, vai ficar ainda mais nervoso se você não ir logo!

— Mas, de pijama?– Hans perguntou logo levantando da cama e olhando para seu traje de dormir.

— É claro! Se demorar demais, ele irá se estressar! Vamos logo! – Disse Henry, enquanto puxava o ruivo pelo braço, juntamente com Harry. Hans apenas foi guiado por eles, assim como uma marionete até descer as escadas do salão principal, e os meninos o levarem para ao escritório de seu pai. O garoto sem perder tempo, empurrou as portas com tudo, finalmente chegando ao local, Ofegante pela correria, ele curvado, respirava, procurando o ar que lhe faltava. Quando finalmente ergueu a cabeça, deparou-se com uma cena curiosa e totalmente diferente do que seus irmão haviam falado. Seu pai, o rei Alexander II, conversava sobre uma negociação com outros reinos, até serem interrompidos pelo filho mais novo e o olharem surpresos. Todos os olhos fixos no menino. Incluindo os empregados que serviam sanduíches de atum para o rei, e o pior… Visitas. Reconheceria aqueles homens em qualquer lugar. O rei Thomas, de Corona, Rei Agdar, de Arendelle, e rei Klaus de Nássit. “ Droga! Harry e Henry, vocês me pagam” pensou logo em seguida olhando para os dois travessos, que na porta do local, se encontravam com as mãos sobre a boca, na tentativa de fazer com que o riso não escoasse por todo o local.

— Então, Hans… Será que pode me explicar o porquê de nos interrompem em um momento crucial, de negociação com meus convidados? – Perguntou, Alexander, pronto para dar um imenso sermão no mais novo, que agora cabisbaixo pensava em como foi idiota culpava-se mentalmente por ter acreditado nos meninos.

— Err… – Ele falou nervoso, já podia sentir pequenas gotas de suor escorrerem sobre seu rosto, sabia que isso não iria dar certo. – Talvez para.. Dar as boas vindas aos convidados?– O resultado daquela trapalhada toda ? Simples! Ficar trancado no quarto o dia inteiro, sem sair para nada, nem mesmo para fazer suas refeições. Que provavelmente seriam levadas para lá, por Lúcia. A empregada responsável pelos treze meninos. Odiava esse castigo, era pior que ficar sem sobremesa. Sentia-se um bicho trancado em uma jaula. Um dos reis, Agdar, até tentou argumentar com Alexander, alegando que o menino não havia incomodado, e que por experiência própria, sabia que trancar uma criança em um quarto sozinha, não era a melhor solução. Mas, digamos que as palavras do homem entraram por um ouvido e sairam pelo outro. Agora, restava-lhe apenas ficar no quarto, sem ter o que fazer…

***

Horas depois o menino, agora deitado em sua cama novamente, porém não mais sonolento e sim entediado, folheava sem interesse algum um livro qualquer. Uma leve brisa de verão adentrava seu quarto e balançava as cortinas de veludo vermelhas, vez ou outra tornando-se forte a ponto de bagunçar-lhe os cabelos. Ele, particularmente amava, sentia uma sensação de liberdade extraordinária em dias como aquele… Mesmo que estivesse trancado como um prisioneiro. Era engraçado como todos o tratavam alí. Hans sempre quis ser tratado de forma justa por todos, conseguir o respeito e a admiração de todos ao se redor, porém essa tarefa parecia ficar mais impossível a cada dia. Desde que o ruivo se entendia por gente tentara impressionar seus irmãos de alguma forma, ser o mais amável possível, se esforçar para ser o irmão perfeito.. Mas parece que nada era suficiente. O garoto não podia culpa-los, eles com certeza deveriam ter algo mais importante para fazer do que dar atenção a um palito de fósforo ambulante. “A vida é assim, os que nasceram pra serem líderes já nascem com o poder. O resto, tem que se contentar com as migalhas” Ouviu Danilo resmungar invejoso, olhando para Augustus. o primogênito, o incrível, o melhor. O que todos amam. Talvez Danillo estivesse certo. Talvez Hans devesse deixar de querer tanto, e começar a se contentar com o que tinha.. Mas não parecia justo ter que se contentar com a falta de atenção que recebia ou com o desprezo.

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Um longo suspiro de tédio escoou por todo o quarto. O menino fechou o livro preguiçoso e foi em direção a janela. Sem dúvidas ficar parado não era algo divertido. Observou o lindo dia de verão que estava lá fora. O sol iluminava a propriedade onde a única sombra que poderia ser encontrada lá era a das árvores, que, nesta estação, costumavam dar frutinhas deliciosas. O azul clarinho do céu se chocava com o do mar um pouco mais distante. As ondas que pareciam ter saído de uma pintura, tão azuis, tão vivas.. Hans as vezes sonhava em comandar uma frota de navios. Deveria ser legal explorar os setes mares, como Louis fazia.( O jovem príncipe prodígio do castelo, e nono filho também) pelo menos ele era bem respeitado quando voltava de suas viagens marítimas… Resolveu por fim, que ficaria alí, parado admirando o dia lindo lá fora, sonhando com o impossível, e com uma vida melhor…

***

O lápis de carvão riscava ágil na folha amarelada do pergaminho novo. Curvas, retas, tudo se completava no lindo desenho que estava sendo feito. Desenhar para Hans era uma paixão. O jovem sempre gostou de ver o que um lápis podia fazer em um espaço em branco. E, sem favor, o próprio desenhava muito bem. Com cuidado para não amassar a folha, ele terminou de cobrir finalmente o rosto da mulher que desenhara. Aquele sem dúvidas havia sido o seu melhor desenho. Também, imaginara a cena enquanto dormia, não podia ser diferente. A imagem consistia em uma mulher abraçando o filho, no caso a Rainha Katharina e ele. É claro que ela nunca havia dado um abraço como aquele no menino. Tão cheio de amor, tão maternal.. Com o desenho finalmente pronto, ele passou o antebraço sobre a testa na intenção de limpar algumas gotículas de suor que insistiam em cair sobre seu rosto. Um sorriso de orgulho se formou no rosto do rapaz, como quem diz “ Consegui! Eu sou incrível” E sem perder tempo abandonou os materiais de pintura e desenho na escrivaninha, agora toda suja, apanhou o desenho e saiu correndo pelos corredores do castelo. Sem dúvidas os corredores eram seu lar. De tanto vagar e vagar por aí em busca do que fazer, acabou conhecendo quase todos que existiam no palácio. Por onde passava, as pessoas paravam curiosas as suas tarefas para ver o por que de tanta afobação, e com um sorriso no rosto, ao ver um rastro ruivo veloz partir aparentemente sem rumo, voltavam as suas atividades diárias. “A alegria é contagiante”. Mas ao contrário do que pensavam, ele tinha sim um rumo. Ao avistar a figura esguia de lindos cachos castanhos e grandes olhos igualmente castanhos, abriu-se um lindo sorriso, quase que angelical no rosto vermelho pela correria. Ofegante, ele aproximou-se com passos lentos enquanto jogava o cabelo insistente para trás. A mulher de voz e postura autoritária porém, mal parecia ter percebido sua presença, parecendo ocupada demais guiando os empregados que arrumavam tudo para o baile de Natal que aconteceria no castelo. Ramos de azevinho decoravam aqui e alí, o salão principal. Estava decorado com velas, e uma tapeçaria vermelha encomendada especialmente para a ocasião, e haviam nada menos do que sete belíssimas árvores de natal enfeitando todo o local

— Mamãe! – O menino falou puxando levemente o vestido da mulher, que ainda não notara sua presença. – Mamãe!! – Falou num tom mais alto e insistente.

—Ahn? Oh, só um minuto Henrique.–

— Mãe.. eu sou o Hans!– Se a mãe trocar o seu próprio nome é estranho? Bom, para Hans não. Já estava acostumado. Não é que sua mãe não soubesse seu nome. Ela apenas não dava atenção para o menino, muito menos o olhava no rosto.

— Ah claro que você é o Hans meu querido. – Ela falou enquanto guiava um empregado para colocar o arranjo de flores sobre a mesa.

— Er.. mamãe..

— AH! – Sua mãe exclamou já estressada. Revirou os olhos e por fim, virou-se para o garoto.– O que você quer Hans?

— Eu vim te mostrar o desenho que eu fiz. – Ele falou todo orgulhoso estendendo o papel para mãe vê-lo melhor.

— Esta sou eu? – Ela perguntou incrédula, e o menino alargou seu sorriso. Tinha conseguido. Impressionara ela!

— Sim! – Ele respondeu assentindo positivamente, achando que receberia o abraço que sonhara ou um mínimo sorriso.

— Céus, como estou gorda! Bem se vê que você não desenha direito não é? Agora.. Vá brincar vai!– Falou por mim virando-se para indicar onde era para ser colocado o bolo de vinte camadas. O sorriso do garoto foi morrendo pouco a pouco. Como um desenho feito com tanto esforço havia ficado feito? Parece que não era verdade o que aquela frase dizia: " tudo que é feito com amor, é bem feito"

" Humpf! Pura mentira.."

***

" Hoje é Natal" Havia sido a frase que mais ouvira o dia inteiro. Para Hans Natal não era nada mais nada menos que um dia como qualquer outro. Claro, haviam os banquetes, o baile, os presentes( Será que esse ano ganharia enfim o cavalo que pedira desde que tinha quatro anos?). Mas aquela coisa de"Verdadeiro espírito do Natal"e de"Família reunida" que lera nos livros da biblioteca parecia cada vez mais irreal. O natal para os monarcas das Ilhas do Sul era apenas um pretexto para chamar reis e rainhas de outros reinos e após embebeda-los o suficiente para confundirem a própria esposa com um urso, tratar de assuntos políticos e principalmente parecerias comerciais.. A um bom tempo que o Rei vem tentando fazer parceria com Arendelle, por exemplo, mas o rei sempre afirma que não poderá comparecer pois está com alguns problemas familiares...

Muito bem, vamos repassar o programa mais uma vez.-Disse o rei- Precisamos estar prontos as oito em ponto. Catharina, você vai estar...

No salão de visitas - Catharina disse como se estivesse decorando aquilo a dias, e sinceramente, estava.- Esperando para dar as boas-vindas!

Excelente, e vocês.-O poderoso e imponente imperador apontou para seus cinco primeiros filhos. Augustus, Thomas, James, Edward e Charles.

— Vamos todos ser gentis e agradáveis durante o jantar inteiro. - O rapazes falaram em coro, Charles em revirou os olhos cansado.-

—Ótimo. - Disse o rei. Em seguida dirigiu-se zangado a Hans, Harry e Henry.- E vocês

— Vamos ficar em nossos quartos, sem fazer barulho, fingindo que não estamos em casa. -

— Isso. - O rei continuou, Sarcástico. - eu levo os convidados para a sala de jantar, apresento a vocês meninos, e após alguns minutos, vamos todos dançar, Augustus, você vai..

— Vou chamar a filha do Rei de Navarra para dançar.- O garoto falou, fazendo uma reverência para uma dama invisível.-

— Exatamente! E você Hans

— Vou estar no meu quarto, sem fazer barulho, fingindo que não estou em casa- respondeu monótono e sem emoção.

— Precisamente. Agora, meninos procurem principalmente chamara atenção do rei de Arendelle, Agdar. Finalmente consegui convencê-lo a vir a festa, e, se a filha mais velha dele estiver aqui, não percam tempo. Tentem ser gentis ao máximo e cortejá-la.Especialmente você Charles..

— E-eu - O garoto disse incrédulo.

— Ora é lógico! Ela deve ter uns oito ou nove anos e você é o meu filho mais novo que irá para a festa.

— Mas pai, tenho dezoito.. Quero dizer.. Mande o Hans ele tem 10 e..

— HANS NÃO IRÁ PARA A FESTA!- O rei disse severo e no mesmo instante Charles se calou e ficou cabisbaixo- Ele só faria nos envergonhar como de costume, não serve para aquela princesa!

— Cl-Claro. Sim senhor! -

Bom.- Disse o homem se recompondo. - Você, Thomas, tente não "brincar" com os cães do rei de Flinningan, como da última vez.

— Ah eu lembro disso! - Disse Henry

— Demorou quatro horas pra pegar os cães de volta e..

— SILÊNCIO!- Alexander berrou zangado novamente. - E vocês.

— Vamos estar em nossos quartos, sem fazer barulho, fingindo que não estamos em casa..- Responderam os garotos meio deprimidos, e depois disso o rei os mandou cada um para o próprio quarto e alertou que se fizessem bagunça, sofreriam as consequências. Hans foi na direção de seu quarto deprimido, e quando estava passando pelo corredor chegou a ouvir o barulho da enorme porta do salão de entrada sendo aberta. Os convidados já haviam chegado. Ele pôde ouvir Henry e Harry resmungando em direção ao quarto deles também, falando algo sobre ser muito injusto tudo aquilo. Hans concordava. De treze filhos só cinco poderem participar de um baile de Natal. Sendo que três ficariam trancados em seus quartos sem fazer barulho. Os outros cinco estavam pelas ruas das Ilhas do Sul, ou em Navarra em uma missão diplomática. Eles gostavam de comemorar o Natal na aldeia, onde havia uma festa feita pelos camponeses, com muita música em volta de uma fogueira, e danças típicas. Se Hans tivesse idade ele iria... Como ele queria ir. A esta hora George e Danillo deveriam estar rodeados de garotas bonitas, provavelmente bebendo e dançando feito loucos, "curtindo a vida" Como costumavam dizer. Já Willian e Louis estariam comandando a frota de navios em direção a Navarra, juntamente com Henrique que insistiu muito para ir. Hans perguntou se podia ir também, mas seu pai não deixou por causa do "Incidente"de alguns dias atrás, daquele dia que Henry e Harry haviam pregado aquela maldita peça nele, que o rendeu um castigo longo e chato, e seis dias sem sobremesa...

Por fim sua noite de natal foi resumida a ficar desenhando até a bendita festa acabar, depois ouvir Charles dar graças aos céus pela princesa ter ficado em casa ( Hans bem que gostaria de saber como ela é.. Dizem que a mesma está optando por um isolamento do mundo, ou coisa do tipo) escutar Augustus reclamar pela princesa com que ele dançou ter pisado em seu pé inúmeras vezes, e ouvir também James recitar um poema cinquenta e três vezes, dizendo que estava apaixonado por uma moça que o serviu hoje, e que queria mostrar-lhe os versos que compôs pra ela...

Ele recebeu trinta e dois presentes, muitos presentes mesmo, que consistiam em livros, brinquedos como; Um quebra nozes, uma bicicleta, e até um cavalo! ( em miniatura, mais ainda sim, um cavalo) um tabuleiro de xadrez, um navio inspirado nos usados nas guerras contra napoleão, uma pipa com o símbolo das Ilhas do Sul e milhares de outros presentes... É.. Trinta e dois presentes, mas não recebeu o que mais queria.. E era algo que não custava nada.. Algo que se resumia apenas a três palavras. Afinal, o que custava receber um " Eu te amo?"

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