Partidas do Destino

Capítulo 38


POV Edward

A Bella é louca, como ela sai só com a Alice e ainda por cima não avisam ninguém. A casa estava em polvorosa, não sabíamos se havíamos de ficar em casa ou ir já à procura delas. Eu era adepto da segunda hipótese e o Damon também. Mas então elas chegaram trazendo uma rapariga em processo de transformação. Eu não achei piada nenhuma aquilo, um recém-nascido é muito perigoso, e os meus filhos tem uma parte humana. Mas tanto a Alice como a Bella deixaram bem claro que ela era importante para elas. A Bella tentava a todo o custo evitar que ela sofresse, mesmo isso enfraquecendo-a.

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Ela acabou por ter descansar. Nessa altura eu fiquei no quarto da rapariga. Ela estava em pleno processo de transformação, ela tentava aguentar, mas a face dela contorcia-se de dor, além dos gritos que ela não consegui evitar. Eu tentava dar-lhe força, mesmo que isso não ajudasse. A Bella chegou mais tarde, nessa altura eu saí. Nós fomos revezando-nos durante os três dias da transformação. Quando ela estava prestes a acordar, a Bella tentou garantir a segurança dos nossos filhos, da Bonnie e do Jeremy.

Quando ela acordou e me olhou parece que fiquei meio perdido, mas não sei explicar bem. Acho que a Bella evitava que eu lesse a mente de todos, o que era bom, mas ao mesmo tempo estranho, no fim de contas eu habituei-me a usar o meu dom para me ajudar em todas as ocasiões, excepto com a Bella, agora era com quase todos.

Eu acabei indo com a Anna e a Alice caçar, para ela era tudo estranho, mas nós explicamos-lhe e ela rapidamente aprendeu que tudo se resumia a instinto. Agora a alguns quilómetros da Bella podia ler os pensamentos da Anna, mas ela estava muito concentrada na caçada, apesar de uma ou outra vez ter ouvido em seus pensamentos que eu lhe transmitia confiança. Isso deixava-me… contente? Isto é muito estranho. Voltamos para casa e a Bella e a Alice levaram-na para conhecer o seu closet. Elas desceram mais tarde, e posso dizer que o resultado final era maravilhoso, a Anna estava linda naquele vestido.

Ficamos muito tempo a conversar, descobri que ela tinha dezanove anos, o seu pai tinha morrido quando ela ainda era criança e a mãe no ano passado. Ela trabalhava num bar, faziam já alguns meses, e quando foi atacada dirigia-se para casa.

Ela conheceu as crianças e adorou-as, e elas também gostaram muito dela. A Bella como medida de protecção, nesse encontro privou-a do olfacto, apesar de acreditar que ela conseguiria resistir.

Os dias foram passando, a Bella e a Elena já apresentavam uma barriga bastante proeminente. A Bella parecia radiante, até mais bonita, isso fazia-me lamentar ainda mais não ter estado lá quando ela esteve à espera dos nossos filhos. Como nós podíamos ter sido felizes juntos, mas o tempo não volta atrás.

- Edward, posso falar contigo? – perguntou a Bella.

- Claro.

Dirigimo-nos para a floresta, parámos numa clareira, mal o fizemos, ela virou-se para mim. Ela apresentava um semblante sério.

- Edward, quando vais enxergar o que está bem em frente aos teus olhos?

- O que queres dizer?

- Eu sei que estás a gostar dela. – de quem é que ela estava a falar? Eu ainda a amo.

- De quem?

- Edward, vais parar de fazer perguntas idiotas?

- É sério. Eu não estou a entender o que queres dizer.

- Eu estou a falar da Anna. Ficou mais fácil? – disse irónica, acho que o contacto com o Damon não lhe está a fazer bem.

- O que tem a Anna? Somos bons amigos, só isso. – eu não queria que houvessem mal entendidos.

- A quem queres enganar? A mim ou a ti?

- Eu não estou a mentir.

- Aí é que tu te enganas. Tu estás a mentir, e o pior é que o estás a fazer a ti mesmo.

- Bella, tu estás enganada. Eu ainda te amo.

- Claro que me amas, como eu sempre vou-te amar. Mas não é o mesmo amor que partilhamos à anos atrás. Nós sempre vamos partilhar sentimentos fortes, nós nunca vamos conseguir ser indiferentes um ao outro, e eu acredito, que podemos ser grandes amigos, mas mais que isso não vamos ter. E o teu subconsciente já aceitou isso, agora é a vez da tua parte consciente também perceber. Dá uma hipótese ao amor, a ti e a Anna. – o que ela dizia parecia ter algum sentido, mas não consigo.

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- Mas…

- Eu prometi a mim mesma que não ia ter esta conversa contigo, mas eu não aguento ver-te a ti e a Anna tristes, quando vocês podiam estar juntos e felizes. Acredita, eu não estou a armar-me em cupido, eu só quero que sejam felizes.

- Bella, isto é novo para mim – acabei por dizer.

- Eu sei, Edward. Podes acreditar que eu sei, mas para quê chorares se podes sorrir – tive de sorrir com a frase.

- Estás filosófica.

- Deve ser da lua – sorriu ela. Era bom estar com ela num ambiente descontraído. Talvez ela tivesse razão, eu já não a amava como um dia a amei, mas claro que ia sempre haver vestígios disso em mim.

- Obrigado.

- Ouve, a Anna é como se fosse uma irmã para mim, eu sinto isso desde que a vi com a minha visão, eu não quero que ela se magoe, eu só quero que ela seja feliz. E eu acredito que vocês podem ser felizes juntos, mas se verem que o caminho não é esse, pelo menos não se magoem. – disse ela.

- Eu não quero forçar. Além disso ela pode não me querer, já pensaste nisso?

- Os sentimentos dela estão escritos na sua cara, e os meus dons só confirmam isso. Edward, Edward, tens de deixar de te guiar pelo teu dom e estar mais atento ao que se passa extra-pensamentos. – voltei-me a rir. Esta Bella era sem dúvidas mais solta e divertida.

- Bella, finalmente consigo enxergar o quanto ele te fez bem, talvez eu já soubesse, mas não queria admitir para mim. Acho que é esse o meu problema, tenho dificuldade de admitir as coisas.

- Podes contar sempre comigo para te chamar à razão. Se quiseres posso ser a voz da tua consciência. – eu não consegui não rir, ela sempre foi o melhor de mim, e fazia-me um bem que ninguém conseguia imaginar.

- Seria bom.

- Agora vai à luta. Ambos sabemos o quanto podes ser romântico.

- Obrigado por me abrires os olhos.

- Vai.

Eu corri novamente para a casa, mal lá cheguei a primeira coisa que vi foi a Anna a brincar com os meus filhos. Aquela cena era enternecedora.

- Ao menos ela pode ser uma boa madrasta para os nossos filhos.

- O Damon também é muito bom para eles.

- Eu sei.

Fomos os dois em direcção das crianças e da Anna, juntos passamos uma tarde muito animada, quem sabe uma das muitas que podemos passar juntos.