No dia seguinte, eu acordei com uma enorme dor nas costas, quase não consegui levantar. Me direcionei até o banheiro, me despi e tomei um relaxado banho quente.

Mas logo memórias da noite anterior entrou na minha mente. Foi incrível,mas eu fui um cretino. Traí minha namorada em menos de dois dias de namoro,que tipo de garoto faz isso?

Bom, como a minha querida professora disse ontem, não posso mais me arrepender. Agora eu tenho que falar pra Fran,mesmo que ela não queira mais nada comigo,eu tenho que ser sincero.

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Desci as escadas e não encontrei a Mari na cozinha. Com certeza ela deve estar dormindo com o Jorge, então é melhor eu não acorda-la, já que eles podem estar nus ou... Deixa pra lá, é melhor eu afastar esses pensamentos impróprios.

Peguei meu celular e minha carteira e saí de casa. Para a minha sorte, ou azar, a Fran estava saindo naquele exato segundo e caminhou na minha direção.

–Oi meu amor. -ela me deu um selinho e sorriu. -Eu estava com saudades.

–Oi pequena.-sorri. -Eu também estava.

–Eu te mandei várias mensagens ontem, porque você não às respondeu? -ela perguntou preocupada.

–É que eu estava dormindo, desculpa. -menti com receio. -Bom, é melhor irmos para o colégio,a gente não pode se atrasar.

–Verdade, a primeira aula de hoje é da senhorita Castillo e ela está pegando no seu pé demais, né? -ela falou enquanto começava a caminhar ao meu lado.

–É, nós dois tivemos algumas diferenças , mas já nos resolvemos. -sorri levemente e entrelacei nossas mãos. -Fran, eu preciso falar com você depois da aula.

–Ihhh,aconteceu alguma coisa? -peeguntou preocupada.

–Aconteceu. -suspirei pesado.-Mas não vamos falar disso agora.

–Tudo bem. -ela sorriu. -Só quero que saiba que independente do que você vai me falar, sempre se lembre que eu te amo, tà? -ela abriu um lindo sorriso e foi impossível não sorrir junto.

–Eu também te amo.-sorri e beijei sua mão. -Muito.

(...)

Já havia tocado o sinal há uns cinco minutos.Eu estava com um pouco de medo de encarar minha professora, mas eu não podia fugir pra sempre, né?

Respirei fundo e a passos lentos eu entrei na sala. Por sorte ela não havia chegado na sala.

Escolhi algum lugar no fundo, para poder ficar mais longe dela o possível.

Em seguida o panaca do Diego ficou me encarando.

–Que é Diego? Perdeu alguma coisa?-perguntei irritado e ele bufou.

–Não sei como você conseguiu pegar a gostosa da Francesca, você só é um nerd.

–Aceita que dói menos Diego.-o encarei rindo. -A Francesca só tem um ótimo gosto em arranjar namorados.

Ele não respondeu, parecia um pouco transtornado e bem triste. E notei que a Fran o olhava com pena...

Será que ele já conhecia a Fran? Irei descobrir isso depois...

–Bom dia pessoal. -a professora entrou com um sorriso radiante nos lábios e quando me viu, sorriu ainda mais.

–Bom dia senhorita Castillo.-respondemos em uníssono e ela riu.

–Bom, vamos começar a aula. Abram seus livros na página 52 ...

(...)

A aula foi até que legal. A professora não me olhou muito e a eu e a Fran namoramos um pouco, já que a Violetta deixou.

Só o que me intrigou um pouco foi o olhar do Diego. Parecia que ele era apaixonado pela Fran,o que era bem estranho, já que ele não gostava de nenhuma garota.

–Fran, você já conhecia o Diego? -perguntei enquanto íamos para o jardim, já que a diretora nos liberou.

–Já, eu e ele já namoramos. -ela sorriu levemente e desviou seu olhar do meu.

–Como assim? -perguntei estranhando.

–Bem, eu e o Diego éramos melhores amigos desde pequenos. -ela sentou num banco e eu sentei ao seu lado. -A gente nunca se desgrudava, naquela época éramos muito apegados um ao outro. Bom, o tempo passou e com 15 anos ele me pediu em namoro. Eu aceitei porque eu gostava muito dele,mas nosso namoro não durou muito.

–Porque? Vocês pareciam perfeitos um para o outro.

–O Diego era um cafajeste,mas eu não sabia isso até no dia do meu aniversário.Eu estava na festa dançando até notar que ele sumiu, então eu fui procura-lo. Fui até o quarto dos meus pais e o vi transando com uma vadia qualquer. -sua voz ficou embargada e eu a abracei. -Eu não fiz nada, só sai e fui para meu quarto e chorei. Desde então eu não namorei ninguém, até conhecer você.

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–O Diego foi um canalha.

"Eu também fui... Eu não deveria ter feito isso com você. "

–Lê, me promete uma coisa? -ela me olhou com os olhos marejados.

–O que?

–Que você nunca vai me trair.-ela me olhou serena. -Eu não suportaria ser traída novamente.

Minha conciência ficou mais pesada ainda. Ela não merece sofer novamente.

–Eu prometo meu amor. -forcei um sorriso e a apertei ainda mais entre meus braços.

Ela chorou por alguns minutos, mas logo se recuperou e me fitou com um sorriso leve.

Me aproximei dela e a consolei com um beijo doce, sereno e apaixonado. Sei que não mereço o amor dela, mas eu a amo tanto.

Notei alguns olhares sobre nós dois, abri rapidamente os olhos e vi o Diego e a senhorita Castillo nos olhando com a cara fechada,mas não dei muita importância.

–Quer fugir comigo?-ela abriu um sorriso alegre. -Quero te levar a um lugar muito especial.

–Eu vou pra onde você quiser. -ela sorriu com minha resposta é corremos para a saída da escola. Não me importei com as aulas, eu só queria ficar um pouco mais com a minha namorada.

Depois de sair da escola, nós voltamos para a minha casa.
A Mari ainda estava dormindo, então deu para pegar a chave do seu carro tranquilamente.

(...)

Fran pegou um violão e saímos do carro.

Olhei em volta do lugar e sorri. Era um bosque abandonado, mas era muito lindo. Tinha várias flores lindas e vários passarinhos cantando.

Peguei alguns alimentos que compramos no meio do caminho e escolhemos um bom local pra sentar.

–Cadê minha poesia que você me prometeu Leonard? -ela me encarou séria e depois caiu na gargalhada. -Você já está me enrolando há duas semanas.

–Tudo bem.-ri. Amanhã eu te recito um poema.

–Hum, tudo bem. Agora vem cá. -ela apontou para o seu colo e eu deitei minha cabeça lá. Ela começou a fazer um delicioso cafuné no meu cabelo.

–Então meu amor, o que você queria me dizer ?-ela perguntou carinhosamente.

–Ah, não é nada. Esquece. -falei sereno.

–Tem certeza? -eu assenti e ela me beijou.

–Que tal irmos comer uma pizza mais tarde? -eu sugeri.

–É uma boa idéia. -sorri.

–Quer dormir lá em casa hoje?

Ela ficou calada por alguns minutos... Acho que ela estava insegura.

–Tudo bem, esquece. -me levantei do seu colo e a olhei.

–É que está muito cedo.Ainda não é hora de dormirmos um na casa só outro.

–Tudo bem, eu compreendo. -dei um sorriso sincero e ela me abraçou.

–Agora eu quero que você componha uma música pra mim.

–Agora? -falei num tom preguiçoso e ela riu.

–É, eu trouxe até meu violão.

–Tudo bem. -sorri e peguei o violão de suas mãos.

Dedilhei alguns acordes e logo algumas palavras saíram da minha boca .

–Você vira o meu mundo,de ponta a cabeça, vou dizer antes que eu esqueça, você foi o melhor que me aconteceu e nada importa no mundo, quando você me beija...

Depois de terminar o refrão,ela me aplaudiu e me beijou.

A Fran tinha um beijo viciante perfeito, delicioso e eu amava isso. Na verdade, eu amo cada detalhe do corpo dela.

–Você quer comer o que? -ela perguntou depois do beijo, enquanto vasculhava alguma coisa na sacola que trouxemos.

–Pode ser você? -brinquei e ela me deu um tapa, mas logo caímos na risada.

Finalmente eu estava em paz e longe da minha professora, mas uma parte de mim queria estar com ela agora...

Oh meu pai, o que essa mulher está fazendo comigo?