WALLY

Corro para meu apartamento, sendo tomado por uma certa nostalgia. Jurei para mim mesmo que nunca mais faria essa merda, o importante agora é manter minha cabeça fria e não fazer nada comprometedor. Volto meu uniforme para o anel, e pego jeans, um moletom com capuz, boné e um óculos, o que costuma ser o disfarce padrão em filmes de heróis, deve funcionar para mim, se não, perdi muitas horas assistindo a todas aquelas coisas com Luna.

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A igreja estava lotada, me misturo no fundo, vendo os meus amigos dando risadas ao ouvir meus votos. Deveria ter me preparado melhor para isso, é constrangedor assistir. E M’egann não era uma Sara tão convincente, posso ver o desconforto dela pela forma que a olho, Isis parece a ponto de interromper a cerimonia, em outros tempos isso seria preocupante, agora é apenas remotamente engraçado.

“Por isso o meu voto hoje e por toda a nossa vida, será apenas um...” blá, como eu falo! Meu outro eu parece perdido no momento, enquanto esse meu eu, quer muito a ação.

Deveria estar tenso, mas saber o final do filme sempre nos faz relaxar ao decorrer dele. Certo, vou ter que cortar relações com a Luna, agora é oficial. Por falar em Luna, ela me olhava com tanto carinho e apreensão, que me faz perceber que nem mesmo tirei um segundo para saber como ela está depois de tudo o que aconteceu, não sou o melhor dos amigos e preciso mudar isso quando voltar.

É agora, eu o vejo com clareza, o velocista. Ele entra sem olhar para os lados, deixando apenas o rastro de um raio azul, pega Sara e sai em disparada. Dou a ele um milésimo de dianteira, meu pai e Clark estavam prontos a segui-lo, mas haviam civis em nosso meio, mas ninguém me veria.

Ele à solta no alto de um prédio, paro no prédio ao lado, vibrando meu corpo para permanecer intangível. M’egann estava bem mais convincente agora, ela se contorcia nos braços do velocista sem nunca desanimar, exatamente como Sara faria, tirando o fato de que minha Sara miraria nas pernas e ombros, para o desequilibrar, mas M’egann estava indo bem.

‘O que diabos, você quer?’ ela pergunta com esforço, nesse momento preciso me conter de verdade para não tirar M’egann dali, aquilo é doloroso até mesmo para uma marciana.

‘Ah Sara, eu sempre gostei de você...’

—O que? –sussurro em choque, a voz do velocista não está reconhecível, mas a forma como ele diz, ele nos conhece, mas não pode ser...

ISIS

Não posso dizer que invadir o prédio de Hunt foi difícil, esperamos o porteiro ter vontade de ir ao banheiro e pronto, estávamos dentro. Alterar o sistema de vigilância muito menos, por que né, tendo uma mãe como a minha, esse tipo de coisa aprendemos entre o café da manhã e o lanchinho das dez, ou posso dizer que foi difícil decodificar a chave criptografada que Hunt usa como fechadura da porta do seu apartamento, Damian fez isso antes mesmo que eu tivesse saído do elevador. Sabe qual estava sendo a parte difícil? Não deixar marcas no carpete marfim de Hunt.

—Como alguém consegue deixar isso. – aponto para o chão do apartamento. – Limpo desse jeito?

—Tendo algumas ideias para a vida de universitária? – Damian dá o seu melhor sorriso canto de boca, enquanto procurava alguma pista entre os livros da estante, e eu tenho que me concentrar em respirar, e claro, não deixar tão na cara que aquilo me afetava como uma bigorna caindo em minha cabeça.

—Sim, chão cor de sujeira. Acho que isso deveria ser uma regra para qualquer um. – coloco as luvas de látex para não deixar nenhuma digital que pudesse me ligar a uma invasão, com certeza uma ficha policial poderia eliminar algumas possíveis escolhas acadêmicas. Por cima da mesa de Hunt haviam muitos documentos referentes a casos policiais, todos muito bem organizados, mas não havia nem mesmo uma menção ao caso de assassinato de Sara, nem mesmo um artigo de jornal que se destacasse.

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—Já falou para os Queen’s que vai se mudar para costa leste? – Damian para ao meu lado, me viro para ele tentando entender do que ele estava falando, eu tenho algumas ideias, universidades que me interessam, uma favorita com certeza, mas nunca falei para ninguém.

—Qual é Isis? Havard é a sua melhor opção, meio engravatado demais para o meu gosto, mas para Isis Queen. – me enquadra com os dedos, como se visualizasse a cena, falou o garoto que usa gravada desde os oito anos. – Acho que vai se dar bem por lá. – dá de ombros como se fosse obvio.

—E o que sabe sobre meus gostos, Sr. Wayne? – faço desdém enquanto procuro entre as gavetas da mesa do escritório, e Damian começa a procurar algum lugar oculto atrás do relógio e dos quadros.

— Sei que sua cabeça não funciona como as outras. – fala baixo, quase que um desabafo, me viro para ele pensando se me insultava com o comentário ou não. – Não me olha dessa maneira. Com todos os caras do planeta, eu fui o escolhido? Algo de anormal você deve ter. – estava entre rir da cara dele ou causar um galo naquela cabeça linda com algum material contundente que estivesse sobre a mesa, talvez um grampeador.

—Fala como se fosse fácil. É a decisão mais importante da minha vida. – resolvo apenas me focar na parte universitária, para não fazer barulhos excessivos que poderiam denunciar a nossa presença.

—Não, a velocidade e força correta utilizadas para saltar entre dois prédios, essa é a decisão mais importante da sua vida. Faculdade não é a algo que pode ser feito e desfeito conforme o seu gosto momentâneo. – diz fazendo pouco caso do assunto.

—Sabe o que mais me choca é que realmente acredita nisso. -eu não percebo, mas Damian está parado ao meu lado agora, encostado na mesa, e me puxa para perto dele.

—Sair de casa é o que te preocupa?

—Esse não é o momento certo. – tento, me afastar, mas Damian me prende.

—Dick e Luna nos avisaram quando Hunt sair da delegacia. – me olha esperando uma resposta.

—Não é a minha casa, não são as paredes da mansão. É o meu lar, Star City sempre foi o meu lar, e desde tempos imemoriáveis ela precisou de pessoas que lutassem por ela, e sinto como se tivesse a abandonando. Eu sei que é besteira, mas é o que eu sinto. – pela primeira vez coloco para fora o que vinha me impedindo de seguir a diante com a minha escolha, mesmo dizendo para o meu pai que estaria a um teletransporte de distância, eu sei que não seria igual, não estaria lá para lutar pelas coisas banais do dia a dia, e faz a diferença no final.

—Eu sei como se sente. –sorri, deslizando seus dedos por meu rosto. Quem diria que Damian é realmente um romântico? Nuca deixa de me surpreender. – Esse é o verdadeiro motivo de ter permanecido em Gotham. Mas isso não me atrasou em fazer qualquer escolha, não me prejudicou, afinal, faculdade não era uma meta para mim, estava mais para uma obrigação. – tão animador. – E Star City vai sempre precisar de você, mesmo daqui cinco anos, e melhor, pensa como você vai poder botar banca com o diploma. -não consigo me segurar e começo a rir da cara dele.

—Então, senhor sabe tudo. – me solto dos seus braços e lhe dou um selinho rápido, voltando a procurar por alguma coisa que eu tenha deixado escapar. – O que você acha que eu vou fazer?

— A aposta está em cinema. – o olho sem entender. – Bom essa é a aposta de Wally e Sara, Connor está com uma ideia de monastério, como se isso fosse considerável, acho que nem mesmo ele acredita na possibilidade. Luna colocou as fichas em uma viagem pelo mundo, sua mãe está acreditando que vai fazer TI como ela, sua avó quer que faça moda...

—Espera. – o interrompo. – Há uma aposta?

—Sim, e está alta. Mas não apostei, seria injusto com eles. – dá de ombros. – Eu disse, que você tem uma cabeça que não funciona da maneira normal. E como disse, Harvard é a melhor Universidade, tem o melhor curso de psicologia. Acredite, eu pesquisei.

Sei que deveria estar assustada, mas ele vem aprendendo com o Morcego ao longo de toda a vida, bom, Damian sabe de alguns truques no fim do dia. Ia perguntar se os Waynes teriam um apartamento em Boston para alugar, quando meus dedos sentem um pequeno buraco na parte inferior da mesa, me abaixo par olhar melhor.

—Um alfinete seria o ideal, agora a faculdade de moda não me parece tão absurda. – reclamo. – Talvez... – tiro o meu brinco e com a haste de metal consigo que entre pelo buraquinho causando uma leve pressão, abrindo um fundo falso na mesa.

—Isso é esquisito até para meus padrões. –Damian observa os arquivos, se eu não o conhecesse acharia que aquela gota de suor em sua testa era temor.

LUNA

Será que ainda dá tempo de trocar com o Connor, ficariam muito mais à vontade em falar para o meu amigo, que um dos melhores amigos dele é na verdade um filho da puta, do que ficar aqui com Dick. Gosto do Dick ele me lembra o antigo Connor, até me divirto com ele, sempre foi assim, desde a primeira vez que o vi, mas esse cara tem o dom de envergonhar todo mundo com suas frases de duplo sentindo e seus olhares constrangedores. Sei que faz tudo parte do grande personagem que Grayson criou para ele mesmo, mas Deus, ele é um bom ator.

—Como anda o treino? –pergunta quando nos sentamos na cafeteria em frente à delegacia, depois de uma garçonete anotar nossos pedidos e babar sobre a folha olhando para minha companhia.

—Não tenho treinado, você sabe, meu mentor não anda em seu melhor momento.

—Posso te ajudar, se quiser. –oferece com um sorriso de lado, que me faz soltar uma risada divertida enquanto acesso as câmeras de segurança da delegacia e ruas ao redor. –Tenta esse aqui. –me passa um dispositivo, parecido com um mini notebook. –Não vai conseguir ver com total clareza a super velocidade, mas é melhor do que os que você usa.

—Por que? –semicerro os olhos, com uma curiosidade genuína.

—Por que, o que? –repete charmoso.

—Vocês da Batfamilia estão sempre dizendo que seus brinquedos são melhores do que os nossos. –ele sorri abertamente e pega o meu tablet.

—O que temos aqui? –diz observando meu aparelho.

—A maior tecnologia de ponta dos últimos dias, isso mesmo Richard, dias. É o modelo novo da QC. Claro que não o colocamos a venda, mas isso aí é um projeto da Felicity com Curtis, e bom, eu. Filma em Mach 2.

—Isso é quase a velocidade do... –começa a dizer impressionado, o que me faz sorri sentindo minha alma lavada, só quem trabalha com Damian a tantos anos sabe como é aguentar a prepotência da Batfamilia, e olha que Dick é o mais legal.

—Quase a velocidade do Flash. –completo tentando não ser orgulhosa e falhando miseravelmente no processo.

—Uau! –exclama pegando o dispositivo dele de volta. –Eu não fico trocando seus dispositivos. –fala para ele mesmo me fazendo rir mais uma vez. -Fico?

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—Não, não você. –respondo piscando para ele.

—Damian sabe ser um pentelho quando quer, na verdade ele só sabe ser pentelho. –desabafa.

—Ele melhorou muito, no começo era difícil trocar mais do que duas palavras sem desejar uma fita adesiva para passar na boca dele. –brinco.

—E nos olhos! –Dick completa e nós damos risada. –Ele tem aquele olhar do Bruce, sabe?

—O “julgamento mudo”, é como a Felicity chama.

—Exato!

—Mas ele é um bom garoto. –digo, e Dick me olha por um segundo, antes de voltar sua atenção à delegacia. –Faz bem a Isis, o que faz dele família também.

—Obrigado. –sussurra para mim. –Ela também faz parte da nossa.

Um cara chama a nossa atenção ao entrar correndo na delegacia, mas era apenas vontade de usar o banheiro. A garçonete volta com nossos pedidos e fica um tanto decepcionada ao ouvir a forma amorosa como Dick falava com a esposa no telefone. Pobre moça, conheço essas garotas elas se iludem com a possibilidade da vida virar um remake de “Um Encontro Perfeito”, mas os milionários que conheço costumam usar couro e se atraírem por garotas bem mais complicadas.

—Por que você deu risada antes?

—Antes quando? –devolvo a pergunta vendo Hunt entrar nos arquivos, ele parece um policial normal, não usou super velocidade em momento algum.

—Quando me ofereci para te treinar. Eu sou muito bom, e não me ofereço para treinar qualquer um! –finge estar ofendido.

—Só estava imaginando a cara do Wally. –dou se ombros. –E do Connor, provavelmente a da Felicity e do Oliver.

—São todos tão territorialistas. –comenta com o ar de zombaria costumeiro. –Babs gostaria de te treinar, ela comentou na despedida de solteiro dos West. –ergo os olhos do tablet, surpresa. –Disse que não sabe como Sara ainda não assumiu, e que adoraria fazer. Ela gosta de disciplinar pessoas... –a forma como indica que com certeza tem sacanagem no meio daquilo, sinto meu rosto queimar.

—Não quero saber da sua vida conjugal. –murmuro baixinho o fazendo gargalhar, mas é interrompido quando vemos Hunt a caminho da porta nas filmagens.

—É vamos lá! –fala deixando muito mais do que o necessário para pagar nossos cafés sobre a mesa. Digito uma mensagem rápida para Isis e saímos da cafeteria. -Quando ele passar, solte a sua bolsa. –Dick instrui me passando para o lado de dentro da calçada. Deixo a bolsa cair no momento em que sinto meu corpo esbarrar no de Hunt.

—Me desculpe. – solto baixinho enquanto abaixo para pegar os objetos que tinham caído no chão, nada de mais, uma agenda, duas canetas e um batom, Hunt abaixa para auxiliar tomando um susto ao me reconhecer.

—Luna? – me entrega a caneta voltando a sua postura, seu olhar mostra que desconfia de algo, nada promissor.

—Oi Hunt. –Dick toma a frente, lhe oferecendo a mão, Hunt aceita o cumprimento mas rapidamente volta com a mão para dentro do bolso da jaqueta. – Falei que nós o encontraríamos! –ele se vira em minha direção com um sorriso falso de alívio, muito convincente. – Na verdade viemos conversar com você, sobre o Wally.

—E pedir desculpas por mais cedo. Aquele apartamento... – começo, e minha voz vai sumindo, não é difícil fingir a dor de perder a Sara quando sentimento ainda está tão recente em todo mundo.

—Eu sei. – Hunt dá de ombros, e Dick indica o outro lado da rua, voltamos a sentar na mesma mesa que o garçom havia acabado de limpar.

Parados ali por um momento não sabíamos o que dizer, Dick e eu nos entreolhamos a procura de alguma boa ideia, mas é Hunt que, para nossa surpresa, começa a falar.

—Sara sempre foi a pessoa do Wally, aquele tipo de amor que só acontece nos filmes. Na faculdade lembro como foi difícil quando ela serviu ao exército, em dias ele mal existiu, não consigo imaginar como ele se sente nesse momento. –parece realmente triste ao falar.

“Achei algo, o segure por mais cinco minutos. I.” leio a mensagem de forma discreta.

—Por isso precisamos de sua ajuda. –Dick fala para que Hunt não prestasse atenção em mim. –Não nos sentimos confortáveis em cidades diferentes da dele, apesar de nossos recursos, é bom saber que ele tem amigos por perto.

—Podem contar comigo. –sorri de lado. –Só quero ver Wally bem. -ele checa algo no celular. –Galera, eu preciso ir. –fala se levantando. –Obrigado por me procurarem. –tira uma nota da carteira e coloca sobre a mesa. –Por minha conta. Vou só passar no banheiro antes. –sorrimos para ele com educação e o vejo entrar para o banheiro masculino. –Dick coloca o dedo sobre os lábios me pedindo silêncio e checa a mesa a procura de escutas, depois me guia para fora da cafeteria.

—Acho melhor avisar Damian e Isis. – Dick continua olhando para o banheiro, mas eu já estou com o meu celular na mão. “Acabou o tempo”, mando rapidamente a mensagem.

—Espero que Connor tenha convencido Wally. – Dick começa a andar em direção ao carro.

—Nós conhecemos o Wally, ele perde um braço, mas não trai um amigo. –rebato entrando no carro com ele. –Só temos a história da Lindsay agora, mas no momento em que ele perceber que é falso, seremos todos entregues.

—Programou a mensagem?

—Sim, mas não vai segurá-lo por mais do que dois minutos. –respondo. –Assim que ele chegar ao parque e não a ver, vai fazer as contas e saberá que fomos nós.

—Bom, qualquer caminho que pegarmos é arriscado, Luna. Precisamos que Wally volte, rápido.

WALLY

Na primeira vez em que voltei no tempo, por dezenas de vezes quis arrancar meus próprios olhos, ou espancar um dos meus mentores e heróis, quando eles faziam algo estupido demais, ou agiam como se não fossem eles mesmos, mas agora o único tapado da história sou eu. Vejo o desgraçado filho de uma puta, falar de meu relacionamento com Sara, olhando nos olhos de M’egann com empatia de um amigo. É quando vejo a sua máscara cair, e não sei de onde arranjei forças para não destruí-lo ali mesmo.

‘Sofrimento molda o caráter, Wally vai crescer depois disso, se tornar um Flash melhor...’

—Filho da puta! –exclamo quando ele sai em disparada com M’egann para fazer o teatro público, nem mesmo disfarçou a voz.

Sinto o sangue ferver em minhas veias quando volto a correr, não preciso mais ver nada, foi o suficiente. Não sei o que é pior, estar errado desde sempre, ou pensar que o cara que acolhi como um irmão tentou tirar o que mais amo no mundo de mim, quero colocar minhas mãos nele, só uma vez... Não preciso de muito esforço e sinto a barreira da Speed Force se quebrar, me vejo novamente em meio a todas as imagens temporais.

DAMIAN

—Seja o que for que Hunt está planejando, não terminou com Sara. – Isis começa a tirar fotos dos arquivos. – Tem de todos nós. –já havia percebido isso, e meu sangue ferve quando vejo uma pasta com as inicias dela. Boston não seria longe o bastante, talvez ela quisesse fazer um curso fora, era longe o suficiente desse psicopata, Universidade Tropa dos Lanternas, tentaria essa ideia com Isis mais tarde. -Forças, fraquezas, habilidades. Ele tem um dossiê completo de todos nós. Quer nos eliminar?

—Alguns, outros são para saber qual será a nosso poder de contra-ataque. Ele está se preparando para uma guerra, e nós nem sabíamos disso. – havia pasta com o nome da Iris, Barry, Dan e Dow, Oliver, Felicity, mas também uma pasta com o nome de Chloe e Alfred. – Está nos cercando. – era a primeira vez desde, não sei, sempre, que eu sentia o que era temor, e foi um sentimento que não gostei.

—Precisamos sair, agora. – Isis arruma cada coisa em seu devido lugar.

—Precisamos mostrar isso para todos. – Wally não seria o único afetado, M’gann não seria capaz de imitar a todos, precisávamos de um plano, um bom plano para deter Hunt.

—Ele está aqui! –Isis exclama com a Katoptris brilhando em sua mão, essa é nova.

A puxo para trás de uma mesa, e tudo começa a ficar bizarro. Hunt aparece e é como uma tempestade de vento invadindo o apartamento, em menos de um segundo ele está parado em nossa frente com um brilho azul elétrico nos olhos, assumo postura de combate, mesmo sabendo que seria em vão.

—Não deveria mexer no que não é da conta de vocês. –fala pausadamente com a voz de psicopata. –Agora vou ter que te matar, o que é ruim, por que todo mundo gosta da irmãzinha de Connor. –diz a Isis que o olha com desprezo em resposta. –Já você, será um prazer. Como pode ir de Wally a isso? –sorrio com escárnio.

—Acho que você é quem quer namorar o Wally. –deixo todo o deboche sair por minha voz, tentando pensar em uma forma de tirar Isis dali em segurança, quando uma flecha verde pousa na mesa que estávamos escondidos e vemos o brilho do explosivo na ponta.

—Sai. De. Perto. Da. Minha. Irmã. –Connor em seu traje de Arqueiro Verde, diz de forma ameaçadora com Hunt na mira de seu arco, o que me dá tempo de puxar Isis em direção a janela.

—Não podemos o deixar aqui! –protesta, quando vemos Connor tentando lutar com um raio azul, ele consegue o desequilibrar duas vezes, acertando o arco na base de seu ombro seguido por uma rasteira que joga Hunt no chão, mas apesar da técnica impecável do Arqueiro Verde, o desgraçado do Hunt tem super velocidade.

—Não, não vamos ficar. –a puxo contra sua vontade, Isis é bem forte, mas sou maior e mais forte ainda.

—Damian, ele é meu irmão! –grita irada, e assistimos ao Hunt levantar o Arqueiro pelo pescoço. –Me solta! –Isis golpeia meu braço se livrando e corre em direção aos dois, mas antes que os alcance, um raio amarelo e vermelho passa pela porta e arranca Hunt de perto do Connor com violência o atirando do outro lado da sala. -Wally? –Isis murmura vendo toda aquela confusão, então ela desaparece, depois Connor e por fim sou arrastado em alta velocidade, quando dou por mim, estou no apartamento de Wally, vendo todos com expressões perdidas e sentindo meu estomago se revirar.

—Foi ele. –é só o que o Flash nos diz com a voz quase irreconhecível de fúria, e desaparece novamente.

—Nunca o vi assim antes. –Connor diz com as mãos em volta do abdômen, deve ter fraturado uma das costelas. –Alguém liga para o Barry, achem Luna e Dick, nós precisamos sair do fogo cruzado. –ele abre os olhos com esforço ao perceber que não nos movemos. –Agora! –grita nos despertando do transe.

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