Para Sempre. Ou Não...

O grande dia - visita.


PDV Carlisle

Tinha acabado de chegar em casa. As garotas subiam e desciam fervilhando. E eu estava nervoso. Pelo casamento, pelo plano e pela chance de não dar certo. Estávamos confiantes em relação a Melissa, mas o plano podia estragar tudo era arriscado. Respirei fundo. Quantas vezes eu não já me arrisquei? Se eu fosse um gato provavelmente estaria em minha sétima vida.

Eu estava em um dos quartos e já estava pronto. Me olhei no espelho, para ter certeza de que estava bom para receber minha esposa. Eu não queria apenas estar bonito e arrumado. Eu também queria estar confiante. Eu não podia deixa que meu olhar deixasse escapar que eu sabia de alguma coisa que Esme não sabia.

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As mulheres odeiam isso. Minha mulher estava no quarto ao lado e eu podia imagina-la colocando um vestido que a deixaria torturantemente linda. Ouvia muito bem a voz dela. Ela ria, comemorava e em certo momento até a ouvi dizer:

– Você acha mesmo que ele vai gostar?

Saí do quarto e desci as escadas. Rosalie estava na sala já arrumada.

– O que faz longe de sua mãe? – perguntei. Ela se virou e sorriu. Estava muito bonita.

– Vou entrar com você, sou a filha mais bonita e a que mais se parece. – rimos.

– E sua mãe? Como ela está?

– Ah, aí eu não posso falar, pai! Você terá que esperar.

– É eu sei. Essa espera me mata.

Saímos de casa e fomos para o espaçoso quintal. Muitos convidados haviam chegado. Eram todos vampiros. O que era bom, porque nosso plano iria por água a baixo na presença de humanos. Avistei Edward conversando com Seth. Fui até eles. Rosalie foi falar com as Denali.

– E aí? Pronto para receber sua Sra. Cullen? – Seth perguntou.

– Tenho que estar.

– O plano está de pé até que aconteça alguma coisa. – disse Edward. – os Quileutes vão nos ajudar a verificar tudo e dar o sinal.

– Ótimo. – disse Sam se aproximando. – estaremos alerta. Hoje nenhuma vampira vai estragar seu casamento de novo.

(...)

Rosalie e eu chegamos no altar. E fiquei esperando Esme entrar com Emmet. Até que eu vi alguma coisa branca se movimentando. Sorri. Ela apareceu. Estava com um vestido tomara que caia. Do bojo até a cintura formava uma espécie de corpete. Da cintura para baixo, a saia rendada e volumosa caia e cobria seus pés e tinha alguns cristais nela. Falando assim, o vestido parecia simples e normal, mas em Esme, estava algo tão surreal.

Parecia que ela era apenas uma projeção minha em toda sua beleza e seu porte. Mas ela era real, consistente. Finalmente, Emmet chegou até nós e colocou a mão dela sobre a minha.

– Cuidem-se. – ele disse e Esme subiu no altar sorrindo.

Só quando ela estava ao meu lado, notei no juiz. Era o Leon. Um antigo amigo da família que não víamos havia muito tempo. Eu estava me lembrando de tudo aos poucos.

Leon sorriu e tomou ar, mas quando abriu a boca. Eu lembrei que Melissa chegaria. Mas tudo bem. Todos os homens estavam atentos a qualquer aproximação. Me virei mesmo assim. Esme pareceu confusa e um pouco irritada. Me senti um idiota, mas isso desapareceu quando ela, de vestido preto e longo apareceu. Todos olharam e pareciam confusos. Sam me olhou confuso e temeroso.

Se o plano tivesse dado certo ela nem sequer teria entrado lá. Eu tinha que me virar agora.

– O que é isso Carlisle? – Esme perguntou.

– Eu sinto muito. – respondi sem olha-la. Desci do altar e fui caminhando em direção a Melissa.

– Olá – ela disse sorrindo.

– Então você veio mesmo?

– Eu te avisei. E aí?

– Não.

– O quê? – Melissa realmente não estava acostumada a perder.

– Não. – Respondi me virando e me senti muito mal ao ver Esme. Ela estava com os ombros caídos, como se seu sonho tivesse sido despedaçado. Seu olhar, aquele que só eu decifrava, indicava que ela choraria a qualquer momento. – Não quero você. Eu quero minha esposa.

– Quantas vezes eu tenho que explicar que...

– Você me ama?

– Claro que sim!

– Então você não me ama o suficiente para me deixar respirar. Você precisa me deixar livre. Me deixa ser feliz. E não adianta falar que eu serei feliz com você por que eu sei que não. Eu amo aquela mulher. – apontei para Esme. – eu vou me casar com ela. Você acha que se a gente tivesse mesmo que ficar juntos, não seria você vestida de noiva naquele altar?

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– Isso mesmo! Não estamos juntos, eu não estou de noiva nem naquele altar por que ela está!

– E porque é ela com quem eu quero casar. Por favor Melissa. Se me ama de verdade, me deixa ir. Me deixa respirar. – ela absorveu as palavras. Imaginei que ela ficaria com raiva, mas não foi só isso. Ela começou a chorar.

– Que droga! Eu cansei Carlisle! Eu tentei, eu juro que eu tentei. Tentei me aproximar, te consolar, mas você só me pisa. Você só liga para essa monga! Eu deixei tanto de pensar em mim por você, desde que erámos humanos e o que você faz? Sempre me deixa de lado! Eu juro que tentei, mas me cansei. Eu vou agora e vou sabendo que você um dia ainda vai sentir minha falta só que eu não vou voltar! - ela saiu correndo e chorando.

Apesar de ter me livrado dela, e dessa vez que sabia que era definitiva, eu me sentia estranho. Melissa era o que fosse, mas ainda era minha prima. Continuei ali. Senti uma mão pousar sob meu ombro e me virei. Era minha esposa.

– Ela se foi. Mas eu ainda estou aqui, se isso ajudar. – ela disse.

– Eu amo você. – foi tudo o que respondi.

– Eu amo você. Vamos. – ela me puxou pela mão até o altar.

– Apesar de tudo, estamos aqui reunidos para a união entre Carlisle e Esme. – disse Leon.

(...)

PDV Esme

A festa estava andando bem alegre. Carlisle e eu sentamos abraçados na hora dos discursos. Eu até queria ouvi-los, mas aninhada nele, no meu marido, tudo era apenas distração. Mas então Carlisle se levantou. Foi até o palco e pegou o microfone.

– Antes de qualquer coisa, quero agradecer por estarem aqui depois de tudo o que aconteceu. Mas o verdadeiro motivo de eu estar aqui é por que eu quero dizer e quero que todos ouçam: Eu amo você Esme. Eu sei que passamos por muitas coisas e que muitas delas tinham tudo para nos separar. Mas não conseguiram. – sorri. Pisquei para ele e lhe soltei um beijinho no ar. – por que nosso amor é real. Eu não quero uma pessoa perfeita. Eu quero alguém que mesmo tendo defeitos, eu amo por inteiro. E essa pessoa é você, Esme. Eu sei que a gente briga, você fica chateada, eu me irrito, mas no final um do dois cedem. Eu nunca seria feliz se fosse não estivesse comigo. Eu me apaixonei por cada detalhe seu. Você é perfeita para mim. E espero que nunca duvide quando eu disser que te amo, por que é a maior verdade da minha vida. – ele respirou fundo.

Toda a festa bateu palmas e eu, anestesiada pelas palavras, levantei-me e quando cheguei no palco, pulei nele. Ele me segurou e meus pés saíram do chão. Eu queria colocar minhas pernas na cintura dele, mas nem vestido nem os convidados permitiriam. Beijei ele. Mas foi diferente. Dessa vez foi realmente O Beijo.

– Eu não sei como chegar aos pés da sua declaração. – falei e peguei o microfone da mão dele. – Mas, posso tentar. Todos aqui viram o que aconteceu mais cedo. E quando você saiu do altar meu coração pareceu sair do peito. Mas então você me olhou e eu senti um fio de esperança. A mesma esperança que não me fez desistir quando você foi embora ou quando brigamos. Já deve ser até repetitivo dizer que te amo. – olhei nos olhos. – mas o que eu posso fazer se é verdade? Eu não preciso de atenção 24 horas. Eu não preciso de alguém que concorde com tudo o que eu resolva fazer. Eu não preciso de alguém que diga que me ame de 5 em 5 minutos, embora eu ame essa frase na sua voz. Eu preciso de você. Que me ama e não me muda que mesmo tendo milhões de opções, me escolheu. – dei um passo, deixando nossos rostos ainda mais próximos. – eu quero passar minha eternidade com você. Te amo muito, tá?

Ele sorriu. Um sorriso tão perfeito, fiquei parada, de olhos fechados e senti sua boca tomar a minha e mexi meus lábios lentamente, massageando-o. Ouvi as palmas fortes e alegres. Quando nos separamos, colei nossas testas e rocei nossos lábios. Ele segurou meu rosto e beijou minha testa.

A festa seguiu alegre e divertida. Logo, a noite foi acabando e o sol já estava saindo, e os convidados foram embora aos poucos. Cada um nos cumprimentava rindo, a festa havia sido maravilhosa. Então não demorou muito para todos terem ido.

– Cara, essa vai ficar na história. – disse Emmet.

– Somos os Cullen, isso tinha que ser épico. – rebateu Alice. – mas agora que já até amanheceu, acho que Carlisle e Esme tem que viajar.

– Vamos nos trocar. – falei puxando Carlisle pela mão. Subimos e quando chegamos no quarto, me virei de costas para ele. – abri o zíper por favor?

– Ah claro. – ele acariciou meu ombro e foi abrindo o zíper. Senti seus dedos em contato com a minha pele. – pronto. – ele beijou meu pescoço.

Peguei uma saia de cintura alta e uma blusinha roxa. Fui para o banheiro segurando a parte da frente do vestido. Eu queria ter tirado o vestido ali, na frente dele mesmo, mas se eu esperei até agora, eu também esperaria para a lua de mel. Me troquei rápido. Quando saí ele estava com uma blusa de manga azul.

– Está perfeita. Vamos? – assenti e descemos.

Nossas malas estavam pronta e na porta a nossa espera.

– Vamos levar as malas para vocês. – disse Edward. Ele, Jasper e Emmet pegaram as malas e foram para fora.

(...)

Carlisle estacionou no aeroporto e saímos.

– Agora eu vou saber para onde vamos? – ele perguntou.

– Rio de Janeiro. – respondi e ele sorriu.

– Você comprou uma ilha para mim lá.

– Por você eu compraria o mundo e te daria em uma caixinha de presente. – o abracei.

– Eu quero o seu mundo.

– Você já tem. – o beijei. – vamos pro voo.