Para Sempre Com Sesshoumaru-sama

Os Espelhos de Minha Alma


Naquela noite Rin tivera um sonho um tanto estranho. Estava numa rua escura e deserta, somente um fraco vestígio de iluminação que vinha de um poste distante a permitia enxergar ao seu redor. De longe via uma silhueta bastante conhecida que aos poucos vinha se aproximando.

Não era necessário tentar desvendar aquela silhueta para saber de quem se tratava. Num piscar de olhos Sesshoumaru já estava bem a sua frente. A menina pôs-se a falar, porém sua voz não saia, não conseguia emitir som algum. A medida que se aproximava de Rin, ela sentia um mal estar constante. Seu youki, ela presumiu. Tentou se afastar mas percebera que além de não conseguir falar também não conseguia se mexer. A princípio a menina não se importou muito, era Sesshoumaru, que mal lhe faria? Aquilo a confortou por alguns instantes.

E lá estava ele bem a sua frente, poucos eram os centímetros de distância. Rin o olhava intensamente, fazia tanto tempo que não o via, que não aparecia em seus sonhos.. Mesmo que seu subconsciente soubesse de que se tratava de um sonho a emoção era grande.

Sesshoumaru correspondia ao seu olhar, mas não com a mesma intensidade. Seus olhos estavam vermelhos e a media que se permitia notar os detalhes, Rin percebeu as cicatrizes em seu corpo. Mas o que mais lhe chamou a antenção fora seu olhar. Podia sentir a repulsa e o ódio emanando bem do fundo de seus olhos.

Sesshoumaru por sua vez a pegou pelos braços cravando suas garras em Rin. O grito de dor ficou engasgado em sua garganta. A menina fechou os olhos com força para suportar a dor que sentia no momento, mas tudo que queria naquele momento era observá-lo mais uma vez.. Aos poucos a menina ia abrindo os olhos e ficou em choque. Viu um Sesshoumaru completamente macabro e com um sorriso assustador no rosto, como se estivesse gostando de machucá-la.

Na mesma hora a menina despertou. Estava suada com alguns fios de cabelo grudando em seu rosto. Com o estranho sonho em mente a menina foi até a janela. Ainda estava escuro, cinco da manhã quando viu o relógio de relance.

Tentava entender o porque daquele sonho. E rejeitava completamente a ideia de que Sesshoumaru a odiasse a ponto de machucá-la. De certa forta se sentiu um pouco aliviada por pensar daquele jeito. Rin não sabia como explicar, mas aquele sonho fez a menina crer que Sesshoumaru estava vivo. Naquele mesmo instante a imagem de Seya veio a sua mente.. Aquele seria um longo dia.

Como tinha tempo de sobra, Rin resolveu ocupar um pouco sua mente. Foi até a cozinha e decidiu surpreender a todos fazendo o café da manhã. A verdade era que a menina não aprendera absolutamente nada relacionado a cozinhar na Era atual. Mas se lembrava perfeitamente das coisas que aprendera com Kaede na Sengoku Jidai.

- Caiu da cama, Rin? - disse Souta.

- Bom dia pra você também! - brincou. - Tive um sonho estranho e perdi o sono.

- Hum. Isso é péssimo. O que temos pro café da manhã?

A menina sorriu.

Com a aprovação de todos a respeito de seu café da manhã, a menina pôs-se a se arrumar para o colégio. Ainda era muito cedo, mas era bom ir pelo menos um dia com calma para os estudos. Ao descer as escadas do templo Higurashi Rin teve uma surpresa.

- Como veio parar aqui? Ei, você me seguiu?!

Seiya estava sentado no penúltimo degrau do templo. Ao vê-la logo levantou-se com um grande sorriso iluminando seu rosto.

- Ah Rin, não reclame ok? Eu estava preocupado com você. Só queria me certificar de que chegaria bem em casa. Olhando por esse eu te fiz um favor! - brincou.

- Rá rá. - exclamou revirando os olhos. - Como conseguiu me seguir sem que eu percebesse?

- Você é uma pessoa naturalmente distraída, Rin. Quer dizer bastante distraída.

- Porque todo mundo fica dizendo isso? - disse para si mesma.

Seiya deu uma gargalhada fazendo-a sorrir também.

- Não está meio cedo para ir para escola?

- E não está meio cedo para você estar na porta da casa dos outros?

- Ei, primeiro de tudo isso é um templo. E eu não estou na porta da sua casa. Dã, isso é bem óbvio.

Rin bem que tentou mas não conseguiu conter o riso.

- Vai me acompanhar até a escola?

- Eu só queria fazer uma visita ao templo mas já que você insiste e ter minha companhia não vou contrariá-la.

A menina deu um meio sorriso revirando os olhos.

- Na verdade eu realmente queria me certificar de que você chegaria bem e de que você era real. Por isso vim até aqui.

- Pensei as dúvidas haviam acabado depois do beliscão que lhe dei.

- E você chama aquilo de beliscão?! Não me faça rir, Rin.

- Não me provoque, Seya.

A conversa entre os dois fluia tão naturalmente que o longo caminho até a escola tornou-se curto.

- É, consegui trazê-la até o colégio em segurança.

- Enquanto a você? Duvido que chegue a tempo para as primeiras aulas.

- Bem, eu vou ter culpá-la por meu atraso.

- Seu bobo.

Seya deu um meio sorriso. E ao virar-se para se despedir de Rin algo aconteceu.

- Droga.. de novo não.. - disse ofegante.

- Está tudo bem?

Seya cambaleou um apoiando-se com a mão esquerda ao muro a seu lado. Com a cabeça baixa tentava controlar sua respiração.

- Seya! O que houve?!

Como Seiya não levantava a cabeça, a menina o pegou pelos ombros fazendo-o olhar para ela. A surpresa veio de imediato. Haviam grandes olhos dourados, os verdadeiros olhos de Sesshoumaru, no lugar dos olhos castanhos-escuros de Seiya que a fitavam intesamente.

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