Overcome

Capítulo 22 - I need to cry, babe


Bangtan Boys - Park Jimin

Overcome

Capítulo 22 - I need to cry, babe

“Eu sei que eu vou me apaixonar por você,

E isso não é o que eu quero fazer

Eu espero que você nunca minta para mim

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E se você mentir, eu sei que não vou ser o seu bebê chorão.”

the Neighbourhood, Cry Baby.

Olhei para Jimin curiosa por conta de sua expressão.

— Eunji, — disse seco vindo em minha direção, ele fuzilava Yoongi com o olhar — precisamos conversar.

— Hm, pode falar. — disse confusa.

Ele franziu a testa.

— Me siga.

Me despedi de Yoongi, quase que suspirei aliviada, o surto de Jimin tinha me ajudado a não ter que se explicar para ele sobre o porquê de eu estar procurando sobre os Kinoshita. Comecei a seguir o garoto que andava incrivelmente rápido.

— Jimin, ande mais devagar, aish — bufei tentando alcançar seu passo enquanto ele simplesmente continuava andando, quando percebi já estávamos do lado de fora do nosso prédio, em uma região que nenhum aluno costumava passar naquele horário. — O quê aconteceu? — tentei soar calma.

Ele se virou para mim com uma carranca.

— Por quê você estava sozinha na biblioteca com Min Yoongi?

Eu franzi a minha testa e cruzei os braços o encarando incrédula, então ele tinha feito todo aquele drama simplesmente por me ver perto de um garoto?

— Por que você está se incomodando com isso? — tá, eu ainda estava bem confusa com as atitudes dele.

Jimin me encarou por alguns momentos como se pensasse no que ele tinha acabado de falar.

— Já parou pra pensar em como seu irmão se sentiria ao ver você sozinha com um dos amigos dele?!

Eu respirei fundo.

— Jimin, olhe ao redor — disse com um tom de voz calmo — não tem ninguém aqui, e você é um amigo do meu irmão. Então o mesmo não vale pra você?

Nunca tinha visto Jimin tão irritado como daquela vez, ele me fuzilou com o olhar como se ainda estivesse procurando as palavras certas para dar continuidade a discussão. Acabou que ele ficou um bom tempo parado só me encarando.

— Por quê ao invés de discutir nós não vamos para a sala e começamos a fazer o nosso trabalho de biologia? — perguntei com uma expressão séria, a professora quase que zerou a nossa nota quando nos expulsou da sala. Eu não podia mais ficar matando tantas aulas como antes, e tinha que recuperar nota em algumas matérias por causa de Jimin. — Precisamos de nota para irmos à viagem, lembra?

Percebi que ele se manteve impassível com aquela expressão irritada.

— Yah, — resmunguei — você não podia dar ao menos um sorriso?

Antes mesmo que ele me respondesse eu o ataquei com cócegas, fazendo com que ele finalmente deixasse aquela pose irritada de lado e desde risada.

— Está vendo? — disse ficando, sem querer, mais próxima do rosto dele. — Fica melhor assim.

Jimin tentou se inclinar para me beijar e eu desviei dele rindo enquanto ia para a aula com ele atrás de mim, senti uma garota com uma expressão irritada passar por mim, mas acabei não prestando atenção.

[...]

Passei o resto do dia sem ter muito contato com Jimin, tinha conversado durante todo o intervalo com os meninas e certamente tive de ouvir o discurso sobre Jimin. Algo me dizia que Rose e Sana tinham fé de que eu e Jimin um dia iriamos estar juntos.

— Veja só, vocês foram amigos de infância… — Rose disse com um sorriso bobo no rosto enquanto eu comia meu kimbap em silêncio, tentava evitar demonstrar o quão ruborizada eu estava por estar ouvindo aquilo

— E vocês foram separados abruptamente — Sana continuou, a olhei com certa decepção, não queria que ela defendesse as ideias de Rose — , mas agora vocês podem recuperar todo o tempo perdido, juntos e quem sabe…

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— Algo a mais? — me olharam sugestivas.

Senti o meu rosto esquentar quando pensamentos bem prévios de beijos que eu Jimin tínhamos trocado se passaram na minha mente, obviamente lembrar disso não foi uma boa ideia já que eu comecei a corar mais do que o normal. Tentei desviar o olhar das meninas que tinham sorrisos maliciosos e acabei me deparando com Jimin no canto do refeitório, como se não quisesse ser visto, conversando com uma garota. Era aquela garota. Foi tudo o que eu consegui raciocinar.

— Eu já volto! — disse me levantando apressada me lembrando da promessa que eu tinha feito ao hyung de Jimin. Não sabia como eu iria interromper a conversa dos dois, e sinceramente, eu não poderia fazer isso sempre, mas algo em mim não queria ver os dois conversando. Aquela garota tinha machucado Jimin profundamente, eu não deixaria isso acontecer novamente. — Yah. — disse secamente me aproximando dos dois.

O olhar surpreso de Jimin recaiu sobre mim, os dois pareciam estar tendo uma bela discussão.

— Eunji-ssi. — ele sussurrou.

— Por acaso você esqueceu do trabalho que temos que terminar? — ergui a sobrancelha para ele que me olhou confuso, parecia estar abalado demais com aquela discussão para raciocinar algo — Yah, Park! — exclamei, e sem mesmo olhar no rosto da garota eu o puxei pelo braço para fora do refeitório.

— ...Mas que trabalho temos que fazer? — ele perguntou quando já estavamos longe do refeitório.

Eu suspirei o olhando nos olhos.

— Não me olhe assim. — disse sem pensar.

— Assim como?

— Como se aquela garota ainda estivesse te machucando! — soltei, novamente sem pensar e sem ter ideia de como ele iria interpretar isso.

O garoto piscou me encarando como se se perguntasse se eu realmente tinha falado aquilo, logo um breve sorriso apareceu no rosto dele. Apesar de eu saber o que ele falaria a seguir, eu preferia que ele estivesse assim, sorrindo.

— Aigo, ela está preocupada comigo.

— E eu estou mesmo. — disse séria

Jimin apenas deu um sorriso tímido, meio que surpreso e contente por eu ter admitido que estava me preocupando com ele.

— Jimin, nós temos algo sério para conversar? — sussurrei baixinho, embora estivessemos em um local isolado, não queria literalmente ninguém escutasse. — É sobre a minha tia.

A expressão dele congelou.

— Como você sabia sobre ela?

Ele balançou a cabeça nervoso.

O olhei por alguns instantes como se exigisse que ele falasse a verdade, o garoto suspirou e começou a falar.

— É que eu nunca te falei sobre Oh Minjoo, — disse com certo pesar, como se realmente não gostasse de tocar no assunto, mas estivesse fazendo um esforço por mim. — ela era irmã da minha mãe e melhor amiga da sua mãe durante a época de colegial. Apesar disso ela também era bastante amiga da sua tia, que invejava tudo o que a sua mãe tinha.

“Por isso, ela fez Minjoo escolher. Ou era a sua mãe ou ela, e Minjoo acabou ficando no grupinho da sua tia. Não era a primeira vez que ela manipulava pessoas a seu favor, isto era praticamente um hobby, brincar com os sentimentos dos outros. A partir daí minha mãe, Oh Mintak, resolveu intervir, mas era óbvio que Moonseol não ouviria a ninguém.”

“Ela machucava a sua mãe, mas ela amava a sua dongsaeng a ponto de realmente achar que ela estava certa. Sua mãe foi apenas mais uma vítima dos joguinhos dela, como todas as outras pessoas que Moonseol se relacionava.”

“Mas acima de tudo ela tinha ciúmes de sua mãe, porque ela herdaria um pequena Império, já a outra não…”

Desviei o meu olhar, estava começando a ficar indignada com tudo aquilo. Como Jimin poderia saber mais sobre a minha família do que eu? Por quê ele sempre sabia mais? Eu realmente deveria confiar nele tão cegamente?

“Você foi realmente muito importante para o meu dongsaeng, peço que não o magoe novamente. Jimin é um menino de ouro, mas as vezes seu coração é feito de porcelana.”

As palavras do hyung de Jimin vieram a minha cabeça.

— Eunji? — ele perguntou preocupado quando viu que eu me dispersei. — Você está brava?

— Por quê você não me falou isso antes? — perguntei um tanto magoada.

— Porque eu sabia que isso iria te machucar, porque a sua infância inteira foi um inferno por causa daquela mulher.

Olhei para ele com os olhos lacrimejando, eu já estava tão cansada de chorar. Decidi que dessa vez eu não ficaria brava com ele, então apenas o abracei, sem me importar com quem fosse nos ver, querendo que aquilo acabasse logo.