Our Secret

Quase sem querer


POV JAMES

Eu tenho andado distraído, impaciente e indeciso. Ainda estou confuso, só que gora é diferente. Abri a minha janela como todo dia durante aquela semana. Tentei ver se Lily estava ali, mas a janela continuava trancada, como foi todo dia desde o seu ataque.

Eu não sabia o que tinha feito ao certo. Só sabia que vê-la chorar, vê-la correr de mim foi horrível. Eu estava negando, como todas as minhas forças, qualquer sentimento. Não a via na escola, toda aula estava longe, na primeira carteira e não arriscava nenhum olhar. Era como se fôssemos invisíveis um para o outro. Parei Marlene no corredor e ela me disse que era pra eu a deixar, que ela esteve chorando. E eu percebi... O quanto eu a quero.

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Fui tomar um banho gelado, tirar todos os pensamentos da cabeça e todas as falas de Sirius e Remus: “James, você está apaixonado!” ; “Admite de uma vez por todas que não é uma quedinha e nunca foi, que inferno!” . Nada disso ajudava e eu respirei fundo embaixo da água. Demorei longos 20 minutos e saí enrolado na toalha. Arrisquei mais uma olhada, o quarto estava com a janela aberta agora, mas estava com a cortina fechada e sem nenhuma sombra à vista.

Vesti uma bermuda jeans e uma regata folgada, com preguiça demais pra qualquer coisa se não ir falar com ela. Coloquei meus chinelos e deixei meus cabelos encharcados, sem mesmo passar a toalha. Apenas o sacudi com as mãos. Coloquei o celular no bolso, apenas pelo costume de nunca sair sem ele.

Corri escadas abaixo e ouvi algo sobre minha mãe perguntar aonde eu ia no domingo de manhã e gritei que ia falar com a Lily. Eu quase podia ver sua expressão confusa, mas não fiquei pra conferir.

-James?! – sua mãe abriu a porta e eu estava sem conseguir parar de me mexer, estralando as juntas dos dedos e contendo um sorriso que eu queria revelar. “Ei, vim dizer pra sua filha que ela faz falta! Que ela é uma parte muito grande da minha vida! Eu gosto da sua filha, tudo bem pela senhora?”.

-Bom dia, Sra.Evans... Eu a acordei?

-Não, querido, não se preocupe. – ela sorriu cordial e eu retribuí o sorriso, um pouco eufórico demais.

-Posso falar com a Lily, por favor? – sem essa que ela está dormindo! Ela abriu a janela!

-Ah, lamento, James... Ela saiu com Marlene, Dorcas e Alice há uns 15 minutos.

Bufei de raiva de mim mesmo, não acredito!

-Pra onde elas foram? Eu preciso falar com ela agora! – juro que pude ver o olho dela brilhar e sua boca conter um sorriso.

-Elas foram ao shopping, James. Mas, por favor, não a faça chegar chorando de novo. – dito isso, ela me lançou uma piscada e fechou a porta.

Corri pra dentro de casa, peguei a chave do carro e saí em direção ao shopping. Lily Evans, eu preciso encontrar você.

POV DORCAS

-Gente, ainda é de manhã... De um domingo! – reclamei, mas nenhuma delas levou em consideração, até mesmo Lily estava animada, e seus últimos dias foram péssimos.

-Doe, vamos lá! – Alice falou – Larguei a confortável cama do meu namorado bem-dotado pra sairmos juntas! – eu comecei a gargalhar e Lily bateu com a bolsa nela no banco de trás.

-Doe, nós precisávamos disso, certo? Todas estamos meio abaladas! Lily com... Bom, o que aconteceu; eu que dormi com Sirius e agora ele está me deixando louca; Alice, que sofre danos físicos toda noite... – dessa vez Lily gargalhou comigo, e Ali chutou o banco do motorista.

E eu, né? Mas não, ninguém falou uma palavra sobre a maldita viagem, sobre o imbecil do Remus ir ficar longe de mim por um mês e não se dar nem ao trabalho de me falar se eu o espero ou não. Claro, vamos fingir que ele não percebe nada!

Chegamos ao shopping e saímos do carro. Todas levando dinheiro, dispostas a gastar em sapatos e roupas tudo o que tinham e que os cartões tinham. Eu principalmente. Chorei tanto que minha mãe ficou com dó do meu estado emocional e me deu o cartão de crédito, seguido da frase “Alivie as mágoas em sapatos, meu docinho”. Vou renovar o closet, obrigada, mãe!

O lugar era imenso, mas nós já conhecíamos as lojas favoritas de cor e salteado, inclusive o chamado “corredor da falência”, o que era a nossa perdição consumista. Mas como hoje era o pé na jaca, o porre feminino, eu fui logo em direção a ele.

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-Doe, não! – Lily disse – Nós vamos antes comprar um café na Starbucks, aí vemos vitrines tomando alguma coisa!

-Claro! – falei e fomos seguindo pela esquerda.

Chegamos, pedimos e estávamos esperando pelos cafés. Os nomes das meninas já tinham sido chamados, mas o meu ainda não. Elas se levantaram e me pediram para olhar as bolsas. Só não esperava que viessem acompanhadas.

-Bom dia – ouvi a voz oscilante de Remus e me virei, de cara fechada e inda magoada por ele não ter tentado mais nada depois da interrupção de Marlene, no começo da semana.

-Meu café, por favor. – ele me entregou e eu peguei.

-Nós... Vamos deixá-los a sós – Ali falou e elas saíram, sorrindo e piscando, deixando a certeza que era uma armação muito bem feita!

Bebi um gole do café e ele só me olhava, ainda sem falar nenhuma palavra.

-Por que isso? – eu disse, tentando ser fria, mas não dava.

-Porque você não quer me ouvir, talvez.

-Eu não quero te ouvir? Foi você que... Ficou distante.

-Doe, eu te mandei 10 mensagens ontem à noite. E você não retornou nenhuma!

-Meu celular estava sem bateria!

-Não estava não, porque eu estava conversando com a Lily pelo Skype e ela disse duas ou três vezes que estava demorando pra responder porque vocês estavam trocando sms.

Suspirei e apoiei meu cotovelo na bancada, pendendo minha cabeça a se recostar na minha mão fechada.

-Isso é por causa da viagem? Eu já disse que vamos continuar nos falando e...

-Não é só por isso, Remus – falei baixo – E você sabe que não.

-Eu lamento, Dorcas... – ótimo, vou levar um fora! – Ter te feito esperar por tanto tempo.

E ele me beijou.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.