Noruega

– Parece que ninguém virá salvar você Natasha. – disse Joseph passando a mão pelo cabelo de Natasha a medida que rodeava a cadeira na qual ela permanecia presa.

– Eles não são burros para fazer isso, Stan.

– Admito que eu esperava um pouco mais da SHIELD por uma agente de alto nível como você. Foi fácil demais.

– Você pode fazer o que quiser comigo Joseph. Mas nunca vai conseguir destruir a SHIELD.

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– E quem é que vai me impedir? Você? Oh, não minha querida. Você lutará ao nosso lado quando a verdadeira guerra começar.

O sorriso até então sustentado por Stan se desfez quando o som de um tiroteio foi escutado por eles, vindo do estacionamento logo acima.

– Bom, antes tarde do que nunca, não? – disse sarcástico, antes de ordenar que levassem Natasha que se debatia tentando se soltar dos homens que a seguravam. – Preparem-na, já é hora da Viúva Negra voltar. Enquanto isso, vamos cuidar dos nossos pequenos intrusos.

Eles arrastaram Natasha até outra sala muito pequena e iluminada, revestida com uma pintura branca, que prejudicava sua visão já acostumada com a escuridão, e amarraram seus pulsos a uma maca fria enquanto ela tentava se soltar sem sucesso devido a seus ferimentos. Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, injetaram uma substancia em seu pescoço, causando-lhe dor e depois, apenas escuridão outra vez.

._.

Phill e Melinda, com suas armas em mãos, seguiam em silencio pelos corredores mal iluminados daquela indústria.

May, cinco guardas a frente. Todos armados.

– Entendido Fitz.

– Vá pela direita May. – sussurrou Coulson, ao que ela assentiu já acostumada a lutar lado a lado com ele.

Eles aproximaram-se devagar, e atacaram de surpresa. May quebrou o pescoço do primeiro, seguindo com um chute no rosto do segundo que caiu desacordado, enquanto Coulson socou outro deles, o nocauteando e seguindo para pegar o próximo, que tentou acertá-lo sem sucesso, ao que Phill o agarrou, destroncando seu antebraço.

O último avançou contra ele, que não pôde se defender e acabou sendo jogado na parede. Ele virou-se pronto para se levantar, quando o homem apontou uma arma para seu peito.

Quando ele tentou reagir, uma bala atravessou a cabeça do homem que caiu ao seu lado, morto.

– Você está bem? – perguntou Melinda, estendendo-lhe a mão e o ajudando a se por de pé.

– Estou, obrigado.

– Temos que ir rápido, eles já sabem que estamos aqui.

– Vamos.

Eles voltaram a correr pelos corredores, usando suas ICER’s para atirar em quem se colocava em seu caminho, até encontrarem a porta que dava acesso a sala no último andar onde os controles da bomba estavam.

Depois de derrubar com facilidade os três guardas que ali restavam eles finalmente alcançaram seu objetivo.

– Meu Deus. – disse Coulson boquiaberto.

– Fitz? Nós temos um problema aqui.

Não apenas um controle ou detonador, que poderia ser rapidamente desativado. O que havia ali era mais do que isso. Dezenas de computadores, interligados, todos contendo a imagem de um cronometro, que marcava menos de 5 minutos restantes.

O que é May?

– Fitz, tem um monte computadores antigos conectados aqui. Todos tem um relógio de contagem regressiva. – tentou explicar Phill – O que nós fazemos?

Bom, nós teríamos que verificar qual é o servidor principal, para depois localizá-lo, rastrear o IP e talvez ainda hackear o sistema, e...

– Leo, nós não temos tempo para isso. Simplifique.

Fitz fez uma pausa, pensando um pouco antes de responder:

– Destruam tudo.

May e Coulson entreolharam-se, enquanto a chinesa sorriu vitoriosa.

– Porque não disse isso antes?! Assim fica fácil.

E então, após muitos computadores chutados e atirados no chão, com o sistema completamente danificado, os cronômetros que ainda restavam inteiros apresentaram apenas a mensagem de “falha na detonação” piscando na tela.

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– Deu certo? – perguntou Phil, enquanto ele e Melinda afastavam-se.

Parece que sim, mas... – os relógios pararam de piscar e os computadores explodiram, interrompendo a fala de Fitz, estourando as vidraças das janelas, e lançando May e Coulson longe.

– Ai... – gemeu Coulson, estirado no chão.

– Você está bem? – perguntou May, tossindo com toda a fumaça.

– Estou bem, acho que apenas meu orgulho ficou ferido.

– Se está fazendo piada, então está bem. – disse ela, aceitando a mão oferecida por ele para ficar de pé.

– Tudo bem? – perguntou Phill coberto de poeira e fuligem, com o rosto arranhado.

Em situação não muito melhor do que a de Coulson, ela arrancou um pedaço de vidro que se alojara em seu braço, antes de respondê-lo:

– Tudo.

O que aconteceu?!– perguntou Fitz pelo comunicador.

– As máquinas explodiram Fitz, mas estamos bem.

– Phill, May– chamou a voz de Simmons – Ward e Barton estão com problemas, eles precisam de vocês.

– Estamos indo. – avisou Coulson. – Pronta pra mais uma?

Ela concordou com um movimento de cabeça, e voltaram a correr para encontra-los.

._.

Ward e Clint corriam pelos tuneis úmidos e cada vez mais apertados que os levavam para baixo, sendo guiados por Skye.

– Não sei você, mas nunca fui muito fã de ficar debaixo da terra. – disse Ward, ofegante.

– Claustrofóbico?

– Ainda não. – ele riu, enquanto voltavam a atirar contra os guardas que surgiam em meio à escuridão. – Skye, quanto falta?

Estão perto. Menos de 200 metros agora.

– Vamos lá então.

Eles finalmente saíram do túnel, alcançando o lugar onde haviam visto Natasha nos vídeos. Havia sangue no chão, e uma porta que levava a outra sala, onde se podia ver uma luz forte que oscilava.

Eles permaneceram atentos com as armas preparadas procurando por inimigos, quando, das sombras, a figura de um homem apareceu, em um terno preto muito bem alinhado, enquanto este batia palmas, sorrindo ironicamente para os dois, que apontaram suas armas para ele.

– Muito bem agentes. Conseguiram me encontrar.

– Ponha as mãos para cima. Agora! – ordenou Clint.

– Oh, por que eu faria isso? Assim não poderei apreciar o show. – disse estalando os dedos, ao que seis homens armados apareceram atrás dele, prontos para matar Clint e Ward.

O silencio que se estabeleceu entre os homens que se encaravam aguardando pelo primeiro movimento foi quebrado quando ouviram um grito vindo da sala próxima a eles. Um grito de dor e agonia. Um grito feminino, que Clint reconheceria em quaisquer circunstancias.

– Natasha... – sussurrou voltando sua atenção para aquela porta. – O que você fez com ela, Stan?! – disse Clint, firme, pronto para atravessar uma flecha pelo peito de Joseph.

– Eu? Eu não fiz nada. Apenas peguei de volta o que sempre foi nosso.

– Ela não é uma arma, é uma pessoa! O que você pensa que está fazendo?!

– Preocupa-se tanto assim com ela? – disse ele estreitando os olhos, encarando Clint. – Oh que bonitinho... Ele veio salvar a namorada. Natasha sabe mentir melhor que você, sabia? Ela quis me fazer acreditar que estava relacionada com um civil... Mas aqui está você. Isso não poderia ficar mais interessante.

– Ward, agora!

Clint e Grant atiraram, acertando dois dos homens, rolando para lados opostos em seguida, esquivando-se dos tiros dos demais, que foram atingidos em seguida pelos dois com grande agilidade.

– Agora somos só você e eu, Stan. Acabou. – disse Clint, preparando mais uma flecha em seu arco e mirando no criminoso.

– Não tão rápido, meu caro. Isso é apenas o começo. Ainda há outra peça a ser colocada em jogo. Apresento a vocês, a arma que vai mudar a guerra. Conheçam a verdadeira Viúva Negra.

A porta da pequena sala foi aberta com um rangido, e depois puderam escutar passos se aproximando. Do escuro, a figura de Natasha, com os cabelos ruivos sujos, o rosto machucado e ensanguentado apareceu, segurando sua arma. Clint a encarou, e não pode deixar de sorrir ao vê-la ali, antes de perceber seu olhar assassino que ela detinha sedento por sangue.

– Natasha, não...

– Quais as minhas ordens senhor? – perguntou ela, com a voz controlada.

– Mate-os.

– Não!

Ela acertou Ward tão rapidamente que o agente não conseguiu se desviar, e Clint se lançou para o lado, esquivando-se por pouco da segunda bala que ela atirara.

– Espere! Esse aí não, Natasha. Quero que você o faça sofrer. – Natasha ouviu as palavras do homem encarando Clint, e então soltou sua arma e avançou contra ele.

Ele não queria machuca-la, não queria lutar contra ela em uma luta que ele sabia que perderia, porque ele nunca teria a força necessária para mata-la, como ela também jamais teria. Mas agora, ele fazia de tudo para poder se defender, pois Natasha não iria pensar duas vezes antes de tomar uma decisão.

Ela distribuiu alguns socos em sua direção, e ele conseguiu se defender com certa dificuldade, sendo atingindo pela maioria dos golpes, revidando sem nenhum sucesso em seguida, antes que ela acertasse seu peito com um chute potente que o arremessou na parede oposta a eles. Suas costelas ainda não totalmente recuperadas de sua última missão impediram-no de se levantar, fazendo-o gemer de dor.

Ainda no chão, ele olhou para Ward, caído também enquanto o ferimento em sua cocha continuava a sangrar, e sussurrou em seu comunicador.

– Skye, Ward foi baleado. Natasha foi reiniciada. Precisamos de reforço aqui, rápido.

Foi a voz de Simmons que o respondeu.

– May e Phill já estão...

Antes que ela pudesse terminar, Natasha o alcançou, agarrando-o pelo pescoço, e batendo suas costas na parede.

– Você. Vai. Morrer.

– Natasha, não deixe que controlem você...

– Cala a boca. – ela respondeu ríspida, apertando ainda mais sua traqueia, deixando-o sem ar.

– Não... Eu conheço você. Você é mais forte que isso, e sei que ainda está ai. Não deixe... Não deixe que te façam ser alguém que sei que você não é Natalia.

A voz de Clint pareceu surtir algum efeito, e os olhos de Natasha voltaram à razão, por poucos segundos, antes dela aproximar seu rosto do dele, e sussurrar:

– Eu sou, o que sempre fui. Uma assassina. Eu tenho minhas ordens, e vou cumpri-las.

Ela socou suas costelas, e o jogou do outro lado da sala, a dor paralisando-o por um momento enquanto ele tentava voltar a respirar.

– Ainda não minha cara. Lidaremos com essa peça um pouco mais tarde. Por hora, o deixaremos vivo. Vamos embora logo daqui, ainda há muito a ser feito. – disse Stan com um sorriso sínico, quando Natasha voltava a se aproximar de Clint.

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Apressado, Stan a conduziu enquanto subiam pelos túneis, deixando Ward e Barton para trás.

– Não... Eu tenho que impedir... – disse Clint, para si mesmo, enquanto fazia força para voltar a se por de pé, indo até Ward em seguida. – Ward?

– Eu vou ficar bem, não se preocupe. Vai, não deixe que eles fujam.

Clint assentiu, e voltou ao caminho íngreme que os levara até ali, correndo para alcançar Natasha. Sem ar, ele chegou ao estacionamento coberto por onde haviam se infiltrado, continuou a correr até chegar a superfície, e ainda pode vê-la entrando em um helicóptero com Stan, alguns metros de distância de onde se encontrava.

– Não! – disse ele correndo novamente até eles, e sacando sua arma. Ele atirou aproximando-se, inconscientemente se tornando um alvo fácil, e com isso, conseguiu chamar a atenção de Natasha, que acabara de embarcar. – Natasha!

Com um único movimento de mão do contrabandista, ela pegou sua arma e atingiu Clint no abdômen.

Quando ele caiu, o helicóptero já decolava.

– Natasha... – sussurrou, antes de sua visão escurecer.