Seu rosto se aproximou do meu, e sua mão pousou em minha cintura. Evitei olhar em seus olhos, e quando ele iria me beijar, coloquei minha mão no seu rosto empurrando ele pra trás, mas ele não me soltava.

– Me solta! –Murmurei.

– ASKFHDK ! akfdjreça!! TIRkjfdk! –Ele tentou falar, mas a minha mão encobria todo o seu rosto.

– Calado! Não tem direito de falar assim comigo! Muito menos tentar me beijar! Você ficou doido? Somos irmãos!

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– Tudo bem, eu sei que exagerei! Não precisa ficar com raiva não! Esse é um problema nosso, que será esquecido. Certo?

– Certíssimo.

Enquanto caminhava para a minha sala, senti um braço me puxar de volta, me prendendo junto ao seu corpo. Não deu tempo de ver quem era, mas ele me arrastou até um corredor vazio do colégio.

– Frandy?

– Isso! Você está diferente hoje. Não está mais usando suas roupas desafiadoras. Fiquei sabendo que acertou uma faca no caderno da minha ex-namorada.

– Sua ex-namorada? Ah, então era por isso que ela estava me intimidando, falando coisas ruins sobre o meu respeito.

– Isso é ciúme dela, só por que você é mais bonita, mais madura, e uma ótima atiradora de facas. Aonde aprendeu isso?

– Cresci na floresta, caçando e matando animais para me alimentar. Acerto qualquer coisa que você me pedir com uma faca. Não importa o quê. Anos de prática.

– Isso é maravilhoso! Eu te admiro cada vez mais, sabia?

– Ahh. Sério? –Gaguejei. Ele cheirou o meu cangote, me deixando arrepiada.

Ele olhou mais uma vez no fundo dos meus olhos, e se aproximou para um beijo. Eu não tive como, e resisti. Seu beijo era maravilhoso, ele tinha uma certa pegava que me encantava, com toda certeza.

Continuei a beija-lo loucamente. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo, eu não era assim. Estar agarrada com justamente ele no corredor do colégio é demais.

Eu já estou mudando? Mas não quero mudar, eu não sou assim. Empurro com força com as suas mãos seus ombros, afastando seu corpo do meu, virando-o contra o armário, e batendo seu corpo contra ele.

– Ficou doido? –Murmurei.

– Não. Qual o problema? –Ele falou achando tudo normal.

– Não, nada. Eu vou pra sala. –Falei caminhando, quando ele me puxou pelo braço.

– Vamos ficar aqui mais um pouco. –Ele disse sorrindo.

– NÃO. Me larga! –Falei grossa, balançando o braço para que ele pudesse me soltar. Saí pelo corredor para sala. Entrei atrasada.

– Me desculpa professora!

– Tudo bem, apenas sente-se e abra seu caderno.

– Sim senhora.

Justin me encarou, e eu não dei nem ouvidos. Abri meu caderno, e reparei que estava chovendo muito forte lá fora.

Pronto, agora fudeu! A múmia do Justin me obrigou a vir com essa roupa, e eu vou morrer de frio quando voltar da escola. Mas que merda! Odeio essa vidinha.

Quando o sinal bateu para o recreio, juntei tudo que era meu, peguei minha faca especial e saí da sala tranquilamente, quando fui surpreendida por justin que me puxou pelo braço me levando a um lugar deserto.

– Ai ai ai, que foi?

– Aonde você tava?

– Na sala!

– NÃO! Antes de você entrar.

– No corredor.

– Para de fugir do assunto.

– Mas eu estava no corredor!

– Com quem?

– Com o... com ninguém.

– Fala logo. –Ele me prencionou contra o armário.

– JUSTIN SMITH. –Gritei e coloquei a faca em seu pescoço. Eu não faria nada, mas ele me soltaria. –Não te devo satisfações á você.

– Olha, você é uma garota perigosa. –Ele riu, tentando disfarçar o nervosismo.

– Sou mesmo. É melhor tomar cuidadinho. Eu sei o que é certo e o que é errado, mas não me importo de fazer o que é errado.

– Você não seria capaz de fazer isso com o seu irmão, seria? –Ele olhou para mim, tentando respirar, por que prendi seu pescoço com um de meus braços enquanto segurava a faca perto de seu pescoço.

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– Posso até não fazer, mas você não irá me obrigar á te contar com quem eu estava no corredor hoje mais cedo.

– Se não quiser me contar, não me conte. Não me importo mesmo, agora me solta.

– Não se importa? Se não se importasse você não teria vindo atrás de mim, e nem perguntaria sobre isso.

– Não vem ao caso. Eu conheço quem é o Frandy. Só estou tentando te dar um alerta, as vezes assim você acorda pra vida real.

– O que quer dizer com isso?

– Que você não é nada. Nada, ok? Nem chega a ser tão bonita assim. O Frandy está te usando para fazer ciúmes na ex namorada dele. Abre o olho. –Engoli seco o que ele disse e o soltei.

Não falei nada, apenas observei. Ele me olhou, e parecia estar arrependido do que disse. Mas no fundo, sabia que era verdade. Eu nem era bonita.

E quem disse que eu ligo pra beleza? Sempre fui mal cuidada, nunca liguei pra nada. Eu tenho que parar com isso! Isto está me corroendo por dentro.

Como sempre, com toda a raiva no corpo, lancei minha faca em um dos armários e ela grudou. Nem liguei, e voltei para a sala.

Sentei-me na cadeira, e peguei o “iPhone” que Pattie havia me dado. Não sabia muito o que fazer com aquilo. A única tecnologia por lá era a televisão.

Eu olhei dentro da caixa e tinha fones de ouvido. Comecei a escutar música calmamente, quando fui surpreendida por uma porção de policiais.

– Você é Anabelle Collins?

– Sim senhor, sou eu mesmo.

– Você está presa.

– Quê? POR QUE?

– Você colocou fogo nessa casa : -ele me mostrou uma foto- E acabou pegando fogo nas casas vizinhas. A senhorita tem que vir comigo.

– E quem disse que fui eu?

– Segundo a vizinhança, você morava lá, e no dia anterior você voltou a casa, e quando você deixou, eles afirmaram que a casa começou a pegar fogo.

– E?

– Não importa! Temos testemunhas do que fez. Venha!

Eles me prenderam com algemas e me colocaram no carro da polícia. Quem diria, eu estaria sendo presa. A minha vida começa aí então. Mas não devo ficar por muito tempo, a Pattie trataria de me tirar de lá.

Eles me tiraram as algemas e me lançaram a uma sela. Fiquei encarando aquelas pessoas, mas nem liguei. O lugar era bem sujo, mas eu estava acostumada.

Fiquei olhando pro nada, imaginando o que todos estavam pensando de mim quando viram os policiais na sala. Quando fui surpreendida por alguém.

– O que você fez?