Eu não sabia o que pensar sobre a garota nova. Apesar de achar Marie a garota mais bonita do mundo, eu tinha que admitir que a tal de Emily era bonita. No entanto, ela era estranha. Não era como se ela fosse fechada ou mal educada. Pelo contrário ela era simpática e falava com todos. Mas eu tinha aquele sentimento de algo ser estranho nela.

Besteira. Eu estava apenas muito nervoso com todo esse papo que Patch tinha nos dito. Eu andava preocupado porque não tinha recebido notícias dele nem de Nora.

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Eu tinha noção de que eles sabiam se virar sozinhos mas ainda assim não deixava de sentir medo. Eu queria poder ir atrás deles e ajudar no que quer que eles estivessem fazendo. Até porque tudo que acontecia se resumia ao fato de Mason e eu existirmos, então, em partes, eu me sentia muito culpado por essa história toda.

Voltando a história da garota nova. Ela havia nos contado que havia deixado Vancouver porque seus pais foram promovidos no emprego que tinham e que o lugar mais perto de onde eles iriam trabalhar era ColdWater.

Não tinha nada de suspeito. Era uma garota normal. Ou deveria ser. Não gostava de pensar nesse assunto. Então o deixei de lado.

Tinha que me focar nas minhas obrigações com Mason , nós treinávamos dia após dia e apesar de ser uma coisa que nós dois adorávamos fazer, até a gente se sentia cansado daquela história toda.

– Não acredito que eles não querem nossa ajuda. Não acredito que tudo que temos que fazer é treinar e treinar. – Todo dia era a mesma coisa. Mason se queixava de querer mais adrenalina e, dessa vez, eu concordava com ele.

Parecia que Patch e Nora achavam que éramos ruins para o trabalho ou que não tínhamos a capacidade suficiente de lutar junto com eles, caso fosse necessário.

Eu não me importava mais com a escola, não me importava de deixar Marie sozinha, apesar de que era eu quem trazia o perigo para ela, eu só queria poder ir atrás de meus pais e ajudar no que fosse preciso.

– Não acham que todos estranhariam se vocês dois saíssem da escola de repente. – Era sempre o que Patch dizia. – Isso pode chamar atenção dos arcanjos para vocês.

Sabia que era verdade. Mas não me importava mas com a porcaria dos arcanjos. Eu só queria ter uma vida normal e ser feliz.

Parece que sendo normal ou não a felicidade que eu procurava estava mais longe do que eu podia conseguir.

Havia escrito minha última carta, nela além da mensagem bonita que eu queria transmitir, tinha o local e o horário de quando eu e Marie nos encontraríamos para finalmente nos conhecer. Seria a biblioteca às 15: 30 .

Contudo, eu havia que esperar aquele maldito dia acabar. As próximas três aulas seriam de sociologia, Marie e a tal de Emily sentavam lá na frente. Mason e seus amigos idiotas no meio e eu me escondia no fundo da sala.

Sociologia era uma das piores matérias existentes no mundo, não era nem pela matéria, gostava de aprender um pouco da evolução da sociedade, o problema mesmo era a professora.

A senhora Cooper, ou como Patch chamava Trudy, era insuportável. Não sei se ela tinha algum parentesco com o personagem da televisão mas era tão insuportável quanto ele, carregava as mesmas características e se achava melhor que os alunos.

Porém, naquele dia, ela se atrasou. E a senhora Cooper nunca se atrasava. Depois da segunda aula, a diretora Smith entrou acompanhada de outra mulher que, definitivamente, não era a senhora Cooper.

A mulher parecia ter, no máximo, uns 25 anos. Tinha uma aparência jovial e era bem bonita. Tinha cabelos castanho escuro, pele amendoada e belos olhos verdes.

Segundo o que a diretora dizia, ela seria a nossa nova professora de sociologia. A diretora também explicou que a senhora Cooper tinha se demitido de repente e sem motivos . Estranho. Muito estranho.

Isso não soava algo que a senhora Cooper faria mas estávamos falando da Trudy e aquela mulher era mais maluca do que imaginávamos .

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A nova professora disse se chamar Caroline Schneider e que nessa aula ela iria apenas nos conhecer e saber o que a senhora Cooper estava passando de matéria.

Ela começou com aquilo de perguntar o nome e a idade. Como Mason sentava mais na frente do que eu logo chegou sua vez. Ele não mediu esforços para manter sua pose de machão e dar em cima da nova professora. Patético.

No final das contas, eu fui o último a me apresentar. Percebi que a professora ficou confusa e logo se tocou que éramos gêmeos. Foi uma reação diferente das que geralmente ocorrem. Não sei se isso a torna mais estranha ou diferente.

– E você, querido, qual seu nome e sua idade? – Ela perguntou se referindo a mim. Sentia os olhos de toda a turma voltados para mim e odiava aquela atenção toda.

– Sou Harry Cipriano e tenho 17 anos. – Vi ela dar um sorriso e continuar a aula.

Ela nos disse que a senhora Cooper estava preparando uma surpresa para nós e que ela pretendia seguir o que a antiga professora pretendia.

Tampouco nos disse o que era. O que fez os ânimos da turma se elevarem e todos começarem a especular o que seria.

À noite, não consegui dormir direito, nem parar de pensar no dia seguinte. Me perguntava se Marie reagiria bem ao descobrir que eu era seu admirador secreto ou se ela me daria um belo chute na bunda.

Seja qual fosse a reação dela, eu teria que me arriscar.


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O dia seguinte passou como um cometa, parecia que as horas estavam ao meu favor. Infelizmente, um contratempo ocorreu, a professora de inglês queria saber se eu havia entrado em algum grupo para o trabalho que deveríamos fazer.

Expliquei à ela que ninguém queria me aceitar no grupo e que eu preferia fazer sozinho e, depois de um longo tempo, consegui sair da sala.

Estava atrasado cinco minutos e não achava que isso seria um problema, poderia explicar a Marie o que tinha acontecido.

Porém quando cheguei a biblioteca já era tarde demais...