Our Fire Tail

Irritante - Karov


- Pai?! – perguntou Karov sem acreditar no que vira.

Mas não... Não era seu pai. Era outro alguém. Essa pessoa o lembrava de seu pai, mas não eram muito parecidos. Na verdade, Karov se perguntou como poderia ter cometido um erro tão grande como aquele. Era um estranho, alto com uma barba negra e cabelos curtos da mesma cor. Usava uma capa preta e não parecia uma boa pessoa. Sorria como se esperasse o encontro entre os dois à vida toda. E o loiro sentiu como se devesse evitar aquele momento.

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- Quase garoto. – disse o homem. – Sou o pai dele. – Então o estranho senhor sentou-se em uma cadeira que se tornou visível assim que a porta se abrira. – Ah! Então... Eu sou seu avô. Meu nome é Iwan.

Karov olhou o estranho velho confuso. Avô? Não parecia, seriamente.

- Prove.

- Não preciso. É questão de você acreditar em mim ou não. Responda-me garoto, você costuma respeitar os mais velhos?

Karov se sentiu confuso com aquela pergunta. A verdade era que o loiro nunca fora amigo de um idoso ou jogado xadrez com algum deles... Uma velhinha, um dia, até o acusara de agarrar seus peitos... Um terrível mal-entendido. Mas o garoto também sabia que um dia iria se tornar um deles, então fazia o possível quando fosse necessário. E aquele homem... Bem, ele era velho. Mas Karov sabia que havia outros velhos mais velhos precisando de ajuda. E sempre que podia, fazia, assim, a sua parte. Mas isso graças à sua mãe. Que sempre dizia para o garoto jamais recusar o pedido de um idoso quando este se mostrasse necessitado... Mas também jamais entrar em uma vã de algum deles.

Uma vez, o loiro lembrava-se de estar caminhando com a mãe, indo fazer compras, quando uma velhinha o pedira para comprar uma rosa que vendia. Wendy estava conversando com um peixeiro e não notara a mulher. Karov até pensou em ajuda-la, mas teve medo. Tinha apenas quatro anos na época e não se sentia muito feliz com a cena.

- Mãe. – chamou, puxando sua saia.

- O que? – então ela percebeu a senhora. – Ah, tudo bem, vou levar uma.

- Duas. – disse a idosa.

No final do dia, Wendy havia levado todas as rosas para casa. Karov se perguntou se um dia, caso ficasse velho, poderia ficar rico vendendo coisas. Mas anos depois, isso se mostrou apenas um pensamento infantil. E o loiro já havia se esquecido de toda a aquela.

Também teve a vez quando Karov tinha 10 anos e estava vindo para casa depois de passar na guilda. Um senhor o parara para lhe pedir para limpar o seu quintal em trocas de algumas moedas. Karov o fizera, mas recebera bem menos do que realmente achava que merecia.

- De vez em quando. – respondeu de má vontade. – Mas o que isso tem a ver?

- Poderia fazer um favor para esse senhor à sua frente?

Karov estreitou os olhos. Era ele quem precisava de um favor há alguns minutos atrás. Aquilo estava se tornando cada vez mais estranho. Mas tinha que admitir que aquele o velho realmente o ajudara então, abrindo a porta e lhe mostrando a luz.

- Depende... Vai me deixar ir para casa?

- A porta da rua estará aberta... Também pode dizer “não” para o meu pedido, mas posso te dar uma boa recompensa. E te garanto que irá gostar muito dela.

- Fale. – disse o loiro querendo acabar logo com aquilo. Ainda tinha planos para resolver e cumprir antes de ter a guilda toda para si.

- Me ajude a destruir a Fairy Tail.

Silêncio.

- Não. – disse com toda a convicção. – Nem pensar. A guilda ainda será minha.

- Bem... Se desistir dessa ideia... Não quer nem ouvir a recompensa? Ouvi que não está muito satisfeito com as ideias de seu pai ultimamente. Laxus não é um mestre ideal. Você sabe disso. Ajude-me a livrar esse mundo dessas guilda. Não se arrependerá.

- Me deixe ir embora! – gritou o loiro, já indo em direção à porta, indo procurar a saída. O assunto entre ele e seu pai não era da conta de um cara como aquele.

Quando de repente, O seu suposto “avô” disse às palavras que o fariam ficar parado .

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- Posso trazer Grace de volta a vida.

Karov congelou na hora. Como assim? Como aquele cara poderia saber de Grace ou até mesmo ressuscitar alguém? Isso era... Ou deveria ser... Impossível.

- Sei que se sente culpado pela morte da garota. Também sei que se sente horrível por não poder ajuda-la. Ela era uma amiga, não? Eu entendo... Também já perdi muitos amigos na minha vida... E por motivos, realmente, desnecessários... Apesar de que a morte dessa garota com os exceeds foi bastante idiota, não e mesmo?

- Você não sabe nada sobre a Grace. Ela morreu com honra. Assim como eu farei, um dia. Mas se trair minha guilda... Não ligo a mínima para o meu pai. Mas a guilda... Não! Se trai-la jamais terei algo parecido com honra!

Mas não se movera um passo desde então.

- Tem certeza? Bem, posso dizer-lhe então que se não me ajudar, a sua outra amiga... Layla, não era? Bem, a garota pode ficar em apuros ainda maiores... Você não gostaria disso, não é? Afinal, do que adianta honra se não tiver amigos para usufrui-la com você?

- Layla é forte! – ele gritou. – Jamais seria pega por alguém como você! E minha honra não tem nada a ver com ninguém! Todos os meus amigos estarão ao meu lado quando receber meu prêmio. Mortos ou vivos.

- E o que seria esse prêmio, garotinho? – perguntou se levantando da cadeira. – Você é apenas uma criança. Jamais conseguirá a Fairy Tail sem derrotar Laxus. E não o derrotará sem ajuda.

- Farei isso sozinho... E sem derrotar meu pai. Farei por quem eu sou.

- Um garotinho como você realmente não entende o que a morte significa, não é? Não vejo porque entenderia.

- Posso entender mais de morte do que você. Que abandonou meu pai quando era criança com uma magia daquelas dentro dele. A única pessoa que entender de morte e ódio é aquela que entende de amor.

- Tem certeza? Bom, se tem... Então acho que não poderei deixar você ir... Não posso perder um refém tão bom. Odeio quebrar promessas, mas não vejo outra opção.

- Não se preocupe. Deixa que eu veja para você. – disse o loiro sorrindo de uma forma... Que nunca fizera antes. – Pode ter certeza disso.

- O que quer dizer com... – mas antes que terminasse, Karov avançou em sua direção e atingiu um soco no peito de seu avô, o enchendo de eletricidade por dentro e o fazendo escorrer sangue por todos os lados da sala.

Quando retirou sua mão se sentiu sem forças e fraco, mas ainda assim, com vontade de atingir aquele peito quantas vezes fossem necessárias. Não houve ultimas palavras para seu avô, o loiro sentiu-se feliz por isso.

O garoto deu uma olhada no então, cadáver. E então olhou para as mãos vermelhas. E sorriu. Era a primeira vez que matara alguém. Mas não se sentira mal como as histórias diziam que iria acontecer. Na verdade, se sentira aliviado, como se agora finalmente pudesse sentir como se tudo estivesse finalmente dando certo. Era verdade que Karov já havia ajudado muitos velhos antes... Mas ele tinha que admitir que ás vezes... Eles poderiam ser muito... Irritantes.