Os Últimos Passos de Um Homem
Capítulo 7: Conquista
Os dias passam rápido, principalmente quando se corre contra o tempo. Esse tempo é implacável e passa sem parar ou se importar com o que está sendo feito. Mesmo assim Ino estava muito mais confiante e feliz por contar com a ajuda da Temari para o “caso Gaara”. O dia combinado para a visita chegou e elas já estavam a caminho da prisão. Gaara não recebia visitas há cerca de duas semanas e se sentia diferente por isso. Ninguém sabia, mas todas as noites ele escrevia algo parecido com um livro de lembranças, sendo escrito à razão de duas a três páginas por noite. As garotas chegaram e foram até ele, com Ino indo primeiramente sozinha.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Gaara? – Ino falou sorrindo já dentro da cela.
– Ino. – respondeu Gaara que estava distraído – Finalmente voltou. Pensei que tinha esquecido de mim.
– Nada disso. Eu estava ocupada com as provas da universidade e visitando a sua irmã.
– Visitou a Temari?
– Visitei. E já somos grandes amigas.
– Como ela está?
– Pergunte a ela mesma.
Então Ino a chamou e Temari também adentrou à cela. Os irmãos se abraçaram fortemente e quando se soltaram Gaara disse:
– Por essa eu realmente não esperava.
– Gostou mesmo que eu tenha vindo meu irmão?
– Claro que sim. Aliás pode vir aqui quando quiser, contanto que não fale sobre a minha morte.
– Bom... – interrompeu Ino – vou deixar vocês conversarem.
– Mas não vá embora. – retrucou Gaara – Quero falar com você depois.
– Ta bom.
Quando Ino saiu, Gaara e Temari sentaram um de frente para o outro para iniciar a tão esperada conversa.
– Você está séria Temari. – disse Gaara – O que houve?
– Pra falar a verdade o que mais me trouxe aqui foi uma dúvida.
– Dúvida?
– Isso mesmo. Quando a Ino foi lá em casa, ela me disse que você se recusa a dizer o que aconteceu no parque. Por que esconder isso dela?
– Sabia que ela ia te contar isso.
– Não entendo o que pretende.
– Não pretendo nada.
– Então me diga: por que aquela frase “pensei que tinha esquecido de mim?”
– Onde pretende chegar com esse assunto?
– Olha, eu vejo que você está diferente. Só queria saber o motivo.
Gaara saiu de onde estava e se apoiou na grade.
– Tem razão. Tem algo a mais.
– Estou ouvindo.
– É que eu me sinto tão bem quando a Ino me visita. Quando ela não vem eu sinto falta.
– Só isso?
– Não sei.
– Será que você não está gostando dela?
– Tomara que não. Seria loucura demais.
– Isso é verdade.
– Mas parece que mesmo eu sendo um condenado, ela parece que acredita que sou inocente.
– Por isso não quer contar...
– Finalmente entendeu.
Temari se calou depois disso. Como ela sabia o que aconteceu, se ele gostasse mesmo da Ino tudo faria sentido em não contar. Conversaram por mais algum tempo e na hora de ir embora deram mais um abraço e, como prometido, Ino voltou à cela depois que Temari foi embora.
– Conversaram muito hein? – disse Ino.
– Depois de tantos meses tínhamos muitos assuntos pendentes.
– Imagino.
– Eu desconfio que você trouxe a Temari aqui por outro motivo. Estou certo?
– Também.
– Você está doida pra saber o que aconteceu né?
– Pra que negar? Mas você não conta...
– Eu pensei bem... acho que vou contar pra você.
– É sério?!?
– Sim. Mas não hoje.
Ele decidiu jogar com a sorte. Ino o achou muito misterioso com esse assunto, mas o importante é que ele resolveu falar.
– Por que não agora?
– Isso é assunto delicado pra mim. Preciso de algum tempo.
– É por minha causa?
– Também. Mas eu já decidi. Volte aqui amanhã ou depois que eu contarei. – e respirou fundo.
Ino não segurou a felicidade, tanto que o abraçou e lhe deu um beijo no rosto. Ela já era amiga dele o suficiente pra essas coisas e, mesmo que isso extrapolasse os limites do que ela foi ordenada a fazer, não ligava. Com um sorriso se despediu dele e se encontrou com Temari que a esperava para ir embora.
– Pensei que já tinha ido. – disse Ino ao vê-la.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Resolvi te esperar.
– Obrigada.
– Pensei que vocês conversariam mais.
– Ele me disse que vai contar o que aconteceu.
– Sério?
– É. Só que ele pareceu preocupado com isso.
– Eu entendo ele.
– Como assim?
– Ele vai te contar e você vai ver o porquê.
– Não pensei que fosse tão difícil.
– Ah Ino... queria que você tivesse conhecido o Gaara antes, em um lugar melhor, em outras circunstâncias.
– Eu também queria. De verdade.
– O Gaara confia em você e eu também. Você em poucas semanas conseguiu dobrar o coração complicado dele.
– Eu sei. O meu dever é só aconpanhá-lo e entende-lo, mas agora eu quero ser amiga dele.
– Você vai conseguir bem mais do que isso.
Ino não entendeu o que Temari disse ou pelo menos fingiu que não entendeu. Elas se apressaram em ir embora enquanto Gaara pensava no melhor modo de contar a sua história. As horas passavam e ele não conseguia dormir. Agora já estava feito; ele prometeu contar e não iria voltar atrás, mesmo sendo desagradável. Ino também estava ansiosa, mas mais ainda curiosa com tanto mistério. Tudo seria esclarecido. A sorte estava lançada.
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