Os fantasmas do passado
Sabidinha e seu convite
POV Nico
Assim que Percy fechou a porta vi o desespero estampado nos olhos de minha irmã:
– O que foi?
– Ela disse que Percy bateu com a cabeça, certo?
– Aham. O que tem?
– E depois disso ele foi exposto à muitas situações emocionais.
– Bianca, chaga logo ao ponto.
– Eu acho que algo pode ter acontecido com ele. Tudo relacionado ao cérebro é extremamente perigoso.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Meu coração disparou. Subi o mais rápido possível as escadas. Abri bruscamente a porta de Thalia. Encontrei uma pessoa que não conhecia. Uma garota encolhida no canto de seu quarto com lágrimas correndo por seu rosto, o desespero e tristeza em seus olhos, sem a armadura de sempre.
– Thalia?- sussurrei tentando me aproximar.
Ao me ver, ela rapidamente se levantou e secou as lágrimas em seus olhos:
– O que você está fazendo aqui, Di Ângelo?
– Calma, eu vim em paz.
Ela riu cinicamente e repetiu:
– O que você quer, Di Ângelo?
– Acho que tem uma pequena chance de Percy estar indo para o hospital nesse momento.
Sua expressão de cinismo foi trocada rapidamente por uma de desespero mas foi logo voltou a falsidade novamente.
– O que eu tenho com isso?- eu podia ver o desespero em seu olhar apesar do seu fingimento.
– Para com isso, Thalia. Eu mal te conheço e consigo perceber que está fingindo. Você ama seu irmão, está preocupada com ele e mal espera para saber como ele está. Eu não estou pedindo pra que perdoe seja lá o que ele tenha feito. Só pare de fingir que não se importa e desce logo comigo antes que...
– Tá bom, Di Ângelo. Me espera no elevador.
POV Annabeth
O rosto de Percy ficava cada vez mais pálido enquanto os médicos faziam os primeiros socorros na ambulância.
– Annabeth, eu preciso falar com você...- era a sétima vez que Luke falava a mesma coisa.
– Por favor, Luke. Isso pode ser algo sério, fica quieto ou te jogo dessa ambulância!- o riso abafado dos paramédicos preencheu meus ouvidos.
Ele ficou quieto apenas olhando para o chão com vergonha:
– Ele está bem?- perguntei nervosa.
– Precisamos chegar rapidamente ao hospital. Ele precisa de algumas injeções e de alguns exames.
Meu coração batia cada vez mais rápido. Se eu não tivesse feito um escândalo com Thalia. Se eu não tivesse beijado Luke. Se... A ambulância parou. Jackson foi posto em uma maca e levado para a ala de emergência do hospital.
– Vocês são parentes do paciente?- uma enfermeira perguntou enquanto entreguei a ficha que havia preenchido anteriormente.
– Ele não é nada, eu sou... amiga.
– Certo.- ela me deu um crachá e eu corri em direção à maca de Percy. Cheguei perto dele.
– Vai ficar tudo bem, Percy.- fechei os olhos enquanto o levavam até um quarto.
– ANNABETH!- ouvi a voz de Nico. Junto dele estavam Thalia e seus pais.
– Como ele está?- Sally perguntou com lágrimas em seus olhos.
– Ele acabou de entrar em um quarto para realizar alguns exames.
– Ele vai ficar bem?- Nico perguntou.
– Eu acho que sim.
O telefone de Poseidon tocou. Pude ouvir a voz do outro lado com raiva.
– Poseidon, onde você está? A festa precisa ser preparada!
– Orítia...
– Já falei para não me chamar assim! Meu nome é Lívia agora!
– Está bem, Lívia. É que Percy sofreu uma acidente e...
– Esse garoto precisa estar na festa!!! Você e Sally precisam vir pra cá AGORA! SEM DESCULPAS!
– Eu não posso ir, Poseidon.- Sally, que assim como eu estava ouvindo a conversa, respondeu.
– Você sabe que precisamos, querida.
Ela revirou os olhos:
– Por favor, fale ao Percy que nós os amamos.
Thalia assentiu e nós observamos o caminho deles até o fim do corredor.
....
Um homem de olhos verdes e cabelos ruivos com um jaleco branco veio até nós.
– Sr. Jackson acabou de acordar. Se quiserem podem entrar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Thalia foi a primeira, tentando evitar meu olhar. Assim como eu mesma fazia. Os olhos de Jackson estavam fechados porém estava mais " vivo" que antes.
– Annabeth.- o ouvi sussurrar.
Engoli em seco e me aproximei com o olhar de Thalia me queimando.
– Estou aqui, seu maluco.
Ele sorriu:
– Você que estava fugindo de casa e eu que sou o maluco?
– Não sou eu que estou deitada em uma cama de hospital.
– Você tem razão. Obrigado de qualquer jeito.- ele abriu seus olhos esmeralda e sorriu torto.
– Obrigado?- Thalia perguntou olhando diretamente para o irmão.
– Thalia... você veio.
– Sim, eu estou aqui, Peixinho. Assim como papai e mamãe estavam. Agora explica o que aconteceu.
– Eu fui chamar Annabeth só que acabei desmaiando. Ela me trouxe até o hospital e aqui estou. Bem simples.
– Você é um idiota, cara. - Nico disse sorrindo.
– Você também, se serve de consolo. - Percy retrucou.
– Eu vou falar com seu médico. Volto em um instante.- Thalia disse.
– Vou com ela. Não quero que ela fuja.- Nico piscou enquanto eu revirava os olhos.
Depois de alguns minutos de silêncio, ele se manisfestou:
– Você pode me ajudar a levantar?
– Claro. Se eu consegui te arrastar do elevador até um sofá por que não conseguiria te levar até o banheiro?- disse me aproximando.
– Me desculpe por tudo.
Enquanto colocava meu braço em volta de sua cintura falei:
– Você só estava tentando ajudar Thalia.
– Como se isso fosse fácil...
Assim que consegui o levantar, ele tropeçou e caiu por cima de mim na cama. Seus olhos são lindos. Parece que estou no meio do oceano nítido. Sua boca estava a um centímetro da minha. Seus olhos encaravam meu rosto. Meu coração? Suspeitava que ele o podia ouvir.
Pisquei para sair da minha transe.
– Parece que você não está tão bem.- disse, sentindo minhas bochechas avermelharem.
Ele levantou enquanto eu o ajudava.
– Parece que você não é tão forte quanto diz.
– Parece que você quer um olho roxo.
Ele riu e pediu:
– Me deixe na porta do banheiro, por favor.- eu o levei até lá olhando para meus pés esperando que meu coração voltasse ao normal- Isso eu posso fazer sozinho.
– Se você diz.- eu sorri e fechei a porta.
O que aconteceu foi apenas algo momentâneo. Meu coração só estava assim pelo nervosismo do problema com a Thalia. Assim que consegui me acalmar, ouvi uma batida na porta. Antes que eu pudesse abri-la, um loiro de olhos azuis fez o meu coração descompassar novamente:
– O que você quer, Luke?
– Como eu disse antes, eu quero falar com você.
– Eu não quero falar com você.- disse tentando parecer firme, porém minha voz falhou ao mirar em seus olhos.
Ele chegou mais perto até me imprensar na parede.
– Eu sei que você não quer falar, loira.
Nesse momento, Jackson saiu do banheiro.
– Me solta, Luke.
– Você a ouviu.- Percy encarou Luke.
– Percy Jackson. Quanto tempo!
– Vocês se conhecem?- perguntei
– Vai embora, Luke.
– Pela primeira vez, eu concordo com Percy. - ouvi a voz de Thalia na porta- Eu te avisei, Castellan. Se não sair daqui AGORA, você vai perder uma de suas bolas!
Nico que havia acabado de chegar, explodiu em uma gargalhada. O loiro, praticamente, se borrou de medo e saiu correndo do quarto.
– Obrigado.- eu disse com as mão tremendo.
– Esse cara é um babaca. Mal podia esperar pra dar um soco nele.- Percy disse com raiva no olhar.
Eu dei um risinho histérico enquanto Thalia ia embora.
– Você não vai ficar?- Percy perguntou. A raiva deixou seus olhos por alguns minutos.
– Só porque vim até aqui, não quer dizer que o perdoei. Só significa que Di Ângelo me arrastou com uma falsa esperança de que eu iria conversar com você. E como ele me trouxe, ele vai me levar em casa.
Di Ângelo se virou para nós e murmurou: "Desculpe'. Antes de desaparecer pelo corredor.
– Eu sinto muito que ela é assim. Apenas o jeito dela.
– Eu queria saber como...
– Eu sei. Lidar com ela é a parte mais difícil. Apesar de se fazer de forte, ela precisa de alguém que esteja com ela. Diga: eu estou aqui. O outro problema é que ela não acredita facilmente nas pessoas. Você precisar ganhar a sua confiança lentamente. E eu acho que é isso que você deve fazer.
– Então, quer dizer que você vai me ajudar.
– O que?
– Meus pais me mandaram uma mensagem dizendo da festa de hoje à noite. Eles disseram que Thalia sempre convida seus amigos e eu estou convidando você. Na festa, a senhorita Sabidinha pode me ajudar.
– Sabidinha? Sério isso?
– Sério. Você realmente não tem muita escolha.
Batidas na porta.
– Hora do remédio. Com licença. O senhor será liberado no final da tarde. E senhorita, o horário de visita acabou.
– É claro.
– Te pego às 20:00.
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