O dia seguinte é sábado.

Katherine acorda cedo e desperta rapidamente.

– 'Dia - ela cumprimenta Sara, a filha de Mary.

A moça é alta, ainda mais com seus saltos altos, e tem cabelos longos caindo em cascatas escuras sobre os ombros.

Apesar da primeira impressão que tivera, Kath acabou adorando-a. Era meio maluca, na verdade. De um jeito bom.

Porém, ao contrário de Kath, Sara demora muito para se levantar.

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Katherine veste a camiseta que ganhara de Mary, com o logo da lanchonete bem-costurado à mão.

Finalmente decidira que seria crueldade deixar os irmãos sem notícias. Pede emprestado o celular de Sara e manda uma mensagem de texto:

'Oi, Sammy. Eu estou bem. Arranjei um emprego e vou passar uns dias fora. Talvez uma semana.

Se vierem atrás de mim de novo, eu juro que me escondo.

Volto logo. ~Kath'

Parecia ser suficiente para ela.

Satisfeita, ela envia a mensagem e anda volta até a lanchonete.

.

Dean acorda com o barulho do celular de Sam tocando.

Ainda meio dormindo, ele aperta o botão de 'aceitar chamada' e o leva ao ouvido, dizendo um rabugento 'alô'.

Só então percebe que não era esse tipo de toque; era o que avisava que recebera uma mensagem.

Ele afasta o telefone e abre a mensagem, que vinha de um número desconhecido.

'Oi, Sammy. Eu estou bem. Arranjei um emprego e vou passar uns dias fora. Talvez uma semana.

Se vierem atrás de mim de novo, eu juro que me escondo.

Volto logo. ~Kath'

Ele encara a mensagem por vários segundos, surpreso.

Aquela era a primeira notícia que recebiam de Kath em quase dez horas.

A caçula simplesmente correra rua afora, e eles nem sabiam se ela chegara a algum lugar.

E então, eles recebiam uma mensagem, dizendo que ela estava bem e que tinha um emprego. Ela só tinha doze anos!

Um alívio repentino domina o coração do primogênito, mas ele sente também certo aborrecimento.

Por que ela esperara tanto para dar notícias? Por que a mensagem só tinha três linhas? Ela devia a eles uma explicação, no mínimo!

– Sam - chamou, por fim. O irmão estava na cozinha, preparando o café da manhã. - Mensagem da Kath!

Sam aparece na porta, surpreso, mas nem de longe tão chocado quanto Dean.

Ele lê a mensagem curiosamente, mas não exatamente aliviado. Ele não duvidara nem por um segundo de que ela estaria bem, então não tinha o que aliviar.

O que não era o caso de Dean, que imaginara uma catástrofe maior que a outra.

– Nossa - Sam comenta, estufefato. - Um emprego? Parece que ela sumiu faz meses! Você mesmo demora uns dois meses para arranjar um, quando precisa!

Dean lhe lança um olhar aborrecido.

– Sam, você acha que dá para rastrear o torpedo? - pergunta, mudando de assunto.

O moreno o encara com surpresa.

– Como assim?

– Ué - Dean faz um gesto impaciente com as mãos. - Ela deu um sinal de vida! Agora vamos rastreá-la e trazê-la de volta antes que algo pior aconteça!

– Dean, você não pode simplesmente fazer isso. Você leu. Ela vai dar uns dias, logo logo está de volta.

Dean encara Sam, que retribui o olhar.

Por fim, Dean desvia, bufando.

– Está bem - se rende. - Mas se ela não mandar pelo menos uma mensagem por dia nem voltar antes da terça-feira, eu juro que vou lá e puxo ela pelas orelhas. Antes que o papai faça o mesmo comigo.

Sam ergue uma sombracelha e solta um riso discreto.