POV Remo:

– Poliana! Poliana! – Eu, Sirius e James saímos procurando ela pelos grandes cômodos da mansão Evans. Acho que o salão de festas deles é o tamanho do meu apartamento com o do James.

Fomos achar a bendita em um quarto no final do corredor.

– Poliana! – James ralhou com ela, mas logo percebemos que não estávamos sozinhos. Havia um garotinho que parecia ter a idade da minha irmã, e uma mulher, uma mulher muito bonita.

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E o nome dessa mulher era Dorcas Meadowes.

– Desculpa, Jay! – Ela correu para o irmão.

– Já acabaram de arrumar a festa? – Dorcas perguntou.

– Ainda não, ficamos preocupados com ela. – Sirius falou.

– Não se preocupe. Ela está em boas mãos com o Theo.

– Poliana poder ficar aqui brincando comigo? – O menino que descobri que se chamava Theo perguntou para James.

– Claro, mas você tem que se trocar depois. – James avisou e ela fez uma cara de espanto.

– Eu lembrei de uma coisa... Eu não tenho nada para vestir! – Ela se desesperou.

Ela não poderia ir á festa com a roupa que estava usando, isso até eu que não sei nada sobre essas coisas sei.

– Não se preocupe. As primas da Lilian vieram para a festa e elas podem te emprestar um vestido. Afinal, acho que elas trouxeram o guarda roupa inteiro naquela mala rosa... – Dorcas disse sorridente. – Acho que ela está no quarto da frente, vá lá conversar com ela. – Dorcas apontou para uma porta branca do outro lado do corredor e Poliana, James e Sirius foram atrás dela. Quando fui atrás deles, Dorcas me chamou.

– Pode me ajudar? – Ela perguntou.

– Claro.

– Me ajuda a achar um casaco da minha madrasta que está por aqui? Já procurei e não consigo achar...

– Onde posso começar?

– No closet tem umas prateleiras muito altas, pode ver se ele está lá? – Ela abriu uma porta no canto do quarto.

O quarto era cheio de prateleiras e armários, mas apenas metade dele estava sendo usado.

– Já tentou procurar das prateleiras de cima? – Perguntei e ela negou.

– Se quiser, pode pegar uma cadeira que está perto da cama, pode ajudar. – Ela falou não tirando os olhos do armário que estava procurando.

Peguei a cadeira e voltei ao closet, onde encontrei Dorcas mexendo em um pequeno armário um pouco mais alto que ela. Coloquei a cadeira embaixo das prateleiras e fui tentar subir.

A cadeira se inclinou, mas eu fui mais rápido e me apoiei antes que eu caísse junto com a cadeira.

– Cuidado! – Meadowes falou rindo, mas depois ficou séria ao ver minha cara.

– Essa cadeira só aguenta pesos leves. – pensei alto e meu olhar foi de encontro com o corpo de Dorcas. Não, não sou pervertido a esse ponto, é que é bem visível que ela é bem mais magra que eu. Ela percebeu minha linha de pensamento e me olhou assustada.

– Essa cadeira vai cair comigo. – Ela se preveniu dando um passo para trás.

– Eu te seguro daqui debaixo. – Eu a garanti e ela sorriu para mim.

Ela subiu meio receosa e eu segurei o assento, ela se esticou o máximo e pegou uma caixa. Eu soltei o assento para ajuda-la e ela acabou se desequilibrando e caindo em cima de mim.

Digamos que eu fiquei em uma posição muito desconfortável. Nós caímos deitados e ela... Bem, ela estava em cima de mim.

– Me desculpe. – Ela falou se levantando e me ajudando a levantar. Logo percebemos que dentro da caixa estava o que procuramos. – brigada por me ajudar. – Ela falou sorridente.

– De nada. Vou lá embaixo terminar de arrumar a festa, se me der licença. – Eu falei sorridente e ela assentiu. Sai do quarto e dei de cara com uma mulher loira platinada e trajava um vestido com alguma coisa felpuda enrolada no pescoço. Ela parou de frente para mim e me analisou.

– Quem é você? – Ela perguntou rispidamente.

– Sou Remo Lupin, senhora. – Eu falei educadamente, mas não que eu queria.

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– O garçom? – Ela perguntou com desdém na voz e eu tive que me controlar.

– Úrsula? Como vai? – Dorcas se intromete na conversa e eu agradeci mentalmente.

– Vou bem, mas estaria melhor se eu não tivesse de te arrumar, mas tudo bem. – Acho que as duas não se gostam.

– Ok. – Ela se virou para mim e me deu um beijo tímido na bochecha. – Obrigada. – E entrou no quarto.

Já deu para imaginar a acara de bobo que eu fiz.

POV James:

Batemos na porta que a Dorcas nos indicou e encontrei uma ruiva sorridente na porta.

– Olá. Posso ajudar? – Ela perguntou.

– Poly não tem um vestido e sua amiga se você poderia... Quero dizer... Suas primas... Bem... Poderiam... – Por que tenho de ser tão enrolado?

– Será que alguém poderia me emprestar um vestido? – Poly perguntou. – É que o Jay fica meio nervoso com mulheres bonitas, sabe... – Ela falou naturalmente e... Como é que é?

Olhei para ela, que estava rindo de canto, mas com as bochechas vermelhas, e eu devia estar desse jeito também.

– Bom... Por sorte, minha prima está aqui, pode te emprestar um. Ela trouxe o guarda roupa dela inteiro então vestido é o que não falta. – Lilian deu espaço para entrarmos.

O quarto dela era grande, mas era composto apenas por duas cores: Branco e tons de cobre.

Tem um pequeno sofá branco com almofadas cor bege, ou cobre, ou os dois, não sabia diferenciar muito bem. A cama era de casal, e era toda branca, assim como as paredes do quarto. Atrás da cama, na parede, havia um belo quadro de um castelo medieval.

Em um canto do quarto havia duas portas de madeira branca, em que imaginei ser o closet e o banheiro. As cortinas eram de seda e tinham a cor acobreada. Fora as mobílias, que eram todas de madeira branca e com detalhes em cobre.

– Aqui está a mala. – Ela trouxe uma mala cor de rosa. – Pode escolher a que você quiser.

Poliana abriu a mala e deu de cara com os vestidos mais chiques que ela, provavelmente, já viu.

– Experimente um vestido cor de rosa que tem ai, ele é lindo. – Lilian sugeriu.

Ela achou o vestido e devo admitir... A ruiva tem bom gosto.

– Onde posso experimentar? – Poly perguntou.

– Aquela porta é o closet. Minha prima está lá, ela vai te ajudar a coloca-lo. – Ela apontou para a porta e Poliana entrou. Ficamos apenas eu, Sirius e Lilian no quarto.

– Você trabalha no haras, não é? – Lilian perguntou olhando para Sirius e ele assentiu calado. – Nunca vimos você lá? Você tira férias em dezembro?

– Sim... – Ele falou meio acanhado.

– A gente sempre volta para passar o Natal aqui e quase todo o tempo estamos no haras. – Lilian falou se sentando na sua cama.

Se passou uns três minutos e Poliana me aparece parecendo uma princesa.

– Hey, majestade. – Sirius brincou com ela e bagunçou seus cabelos.

– Sirius. Vem, vamos mostrar pra mamãe. – Ela puxou o Sirius para fora do quarto. Depois, saiu do closet uma menina ruiva da altura da Poly, só que ela era ruiva, mas não tinha os olhos verdes como os de Lilian.

– Lil’s. Vou lá ver onde minha irmã está. Até a festa! – Ela falou meio desanimada e saiu do quarto. Claro que se passaram três minutos de silêncio total. Até que ela me pergunta:

– Vai ficar calado o tempo todo? – E se deitou na imensa cama que tinha.

– A decoração está quase acabando. – É duro não ter o que falar.

– Que saco! – Ela colocou o travesseiro na cara.

– Não gosta de festas?

– Não gosto de gente falsa.

– Não gosta de ter atenção? – Eu perguntei e ela se levantou e foi caminhando até mim.

– Não é isso. É que, eu queria ser um pouquinho normal, como você. – Lilian Evans querendo ser igual á mim? Isso sim é uma coisa que a gente não ouve todo dia.

– Vai por mim, não queira ser igual a mim.

– Por quê? – Ela perguntou se aproximando mais.

– Moro no Hackney, faço das tripas coração para colocar comida na minha casa, e fora que não sou o que digamos... Um bom cidadão.

– Me conte mais. – Ela pareceu interessada.

– Digamos que eu não sou do tipo “bonzinho” com as pessoas. E que confiei na pessoa errada. – Dessa vez fui eu que me aproximei.

– Hum... Mas você está sendo bonzinho comigo agora. Arrumando a festa e tal... – Ela me encarou com aqueles olhos verdes e pude sentir minhas pernas bambearem. Parece que ela quer ler a minha vida só pelos meus olhos, e parece que está conseguindo.

– Talvez eu tenha colocado bombas embaixo das mesas... – Eu me aproximei mais ainda e ela sorriu de canto.

– Eu iria agradecer se tivesse feito isso. Assim a festa iria acabar mais rápido. – Ela piscou para mim e abriu a porta. – mas se me der licença, tenho que me arrumar.

– Claro. – Eu sai e dei de cara com Daisy Evans. Ela me cumprimentou e entrou no quarto da filha.

(...)

– JAMES! – Minha mãe me chamou para colocar o uniforme. Era uma calça social preta, uma camisa social branca onde eu a dobrei até o cotovelo, um colete vinho e sapatos sociais pretos.

– Depois de se vestir me encontre na cozinha, ok? – Minha mãe avisou. Seu uniforme era igual o meu, só que, ao invés de sapatos pretos, ela estava usando um sapato social de bico fino e um pouco de salto.

Faltando quinze minutos para a festa começar e os convidados já começaram a aparecer. No meio da multidão pude ver a Sra. Potter usando um vestido branco bem discreto e um coque malfeito, muito simples (porém elegante) comparado aos vestidos das outras convidadas.

Tinha muito brilho, glitter, muitas fitas... Alguns eram muito justos e muito apertados, já outros você tinha que pular uma cauda de quatro metros.

Meu pai me entregou uma bandeja de champanhe e pude ver que Sirius e Remo receberam a mesma tarefa.

Rodopiando pelo salão fui parar ao lado de Sirius, meu melhor amigo.

– Será que as razões dessa festas já estão prontas? – Ele perguntou depois de receber um suspiro da filha do primeiro ministro.

– Já devem estar vindo... – Eu falei e Dona Daisy pareceu que adivinhou nossos pensamentos.

– Boa noite á todos! – Ela falou no microfone. – Espero que gostem da festa, agora quero uma salva de palmas para nossas joias! – Ela apontou para a escada central, onde três mulheres muito lindas a desciam.

Uma era uma morena usando um vestido verde escuro com um decote bem... Provocante. Nem parecia que estava usando maquiagem exceto por uma fraca marcação no olho estava usando um coque frouxo.

Já a loira estava com os cabelos soltos e rebeldes, o olho bem marcado realçando o belo par de olhos azuis que ela tem. Estava usando um vestido rosa com um decote atrás do vestido, mas não muito profundo.

Já a ruiva... Bem... Sinceramente, ela era a coisa mais bonita que eu já tinha visto. Ela estava vestindo um vestido bege com pedras da cor de seus olhos e a deixou tão... Sexy. Com uma maquiagem nem tão pesada, e com os cabelos soltos ela veio até mim pegar uma taça de champanhe.

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– E aí? –Ela perguntou descontraída. – Quando a bomba vai explodir mesmo?

E eu decidi entrar na brincadeira.

– Daqui a duas horas. – Eu cochichei e ela riu.

– Obrigada por me avisar. Vou pegar minhas coisas e sair daqui. – Ela saiu rindo e indo conversar com umas velhas com a cara nada boa.

– James... James... – Remo chegou com um sorriso maroto nos lábios.

POV Marlene:

– Marlene, você está bem? – Dorcas perguntou vendo minha cara.

– Estou... – Me limitei a dizer. Aquele espartilho estava me apertando demais. – Vou tomar um ar e já volto, ok? – Eu me levantei e nem esperei a resposta dela.

O jardim estava pouco iluminado, já que todas as luzes estavam voltadas para a porta de entrada, onde várias personalidades da mídia entravam e saiam.

Ao longe pude ver algumas crianças brincando de amarelinha, e me lembrei de quando era criança. De quando não tinha nada com que me preocupar...

Quando fui voltar para a festa, senti uma falta de ar tremenda, e a ultima coisa que vi foram dois caras se aproximando de mim.