Os Marotos

Fazendo Amigos


Sentiu uma dor lancinante quando o punho de Lílian Evans tocou seus lábios. A dor era tanta que Tiago precisou se apoiar no batente da porta de entrada da cabine para não cair. Era a segunda vez em menos de meia-hora que se envolvia em uma briga com aquela menina.

A primeira... Bem, a primeira vez não fora exatamente uma briga, estava mais para uma discussãozinha. Foi logo quando embarcaram no trem. A tal da Lílian se irritou porque ele falou alguma coisa sobre a Grifinória e a Sonserina, e saiu abruptamente da cabine, seguida por um menino chamado Severo. Na hora, pensou que fosse só irritação da parte dela, e até a achou interessante, contudo não deu maior atenção ao incidente.

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Ele e Sirius continuaram falando da Grifinória e de Hogwarts, é claro. Sirius estava animado por poder passar quase um ano inteiro longe da maior parte da família – maior parte porque a prima Narcissa estaria em Hogwarts também -, enquanto Tiago estava ansioso por poder fazer magia. Conversaram sobre assuntos como estes por volta de dez minutos, até ficarem entediados e decidirem circular pela locomotiva.

A maior parte das cabines estava lotada e a primeira parcialmente vazia que encontraram fora aquela. Justo aquela! A que Lílian e severo estavam! Tiago não aguentou e tratou de fazer uma piada. Sabia que estava sendo mau, mas aquele Severo o tirava do sério, aflorava o que de pior possuía.

E, então, Lílian partiu como um furacão para cima dele, acertando sua boca com um belo de um soco. E ela falava alguma coisa também, mas ele não conseguiu distinguir o que era, pegou apenas o final:

– Eu e Sev não ficaremos aqui. O ar está... Poluído demais – olhou de Pedro e Remo à Sirius e Tiago, fazendo uma cara de desprezo para este último.

– Sai da frente – sussurrou Severo Snape, tentando passar pelos dois que estavam à porta.

– Uuuh, e quem vai nos tirar daqui hein? – caçoou Tiago – Você e que exército?

– Acho que um olho roxo iria combinar perfeitamente com sua boca inchada – Lílian levantou o punho fechado, na direção do olho de Tiago, ameaçando-o.

– Acho melhor a gente sair do caminho - anunciou Sirius, baixinho, só para seu amigo ouvir.

E os dois garotos deram passagem aos colegas, sentando nos assentos vagos.

– Ela é maluca

Tiago concordou mentalmente com Sirius, passando a mão pela boca, verificando se realmente estava inchada.

– Vocês já se conhecem? – indagou Remo

– Ela implicou com o Tiago no momento no momento em que ele caçoou com o ranhoso

– O Severo – explicou Potter ao ver a expressão confusa no rosto de Pedro.

– Desculpe, mas me referi a vocês dois – tornou Lupin, explicando que fizeram confusão.

– Ah, desde muito pequenos.

Sirius achou melhor não tentar explicar o fato da Sra. Potter ser prima ou sei-lá-o-quê de seu tio-avô Pollux Black, fazendo de seu melhor amigo um parente distante.

– O que ele tem? – Potter interrompeu o silêncio constrangedor que havia pairado sobre eles, com uma indagação a Remo sobre o estado de Pedro.

– Não sei – Lupin deu de ombros

– Tem medo da gente? – Sirius se dirigiu a Pedro, ele sempre fora mais direto que Tiago – Ah, a propósito, sou Sirius Black.

Ao ouvir esse sobrenome, Pettigrew encontrou um assunto que poderia falar sem que rissem dele:

– Ei, li o que seu pai disse no Profeta outro dia, sobre sangues-puros. Ele parece ser uma cara legal. – sorriu, tentando parecer simpático.

Sirius pareceu desconfortável e todos perceberam. Tiago veio em seu socorro:

– Vocês dois, se quiserem ser nossos amigos, é bom que saibam logo, eu e Sirius não gostamos de coisas do tipo “sangue-puro” ou “sangue-ruim”.

– Mas... Foi o pai dele quem disse...

– Não interessa o que minha família diz – rosnou Sirius, os punhos cerrados e os dentes trincados.

– Ei! – Lupin se interpôs entre eles, calmo como sempre fora – vocês nem sabem nossos nomes.

Tiago pareceu constrangido pela primeira vez durante toda a conversa.

– Sou Remo Lupin, e este é Pedro Pettigrew – disse o garoto apontando para o outro, iniciando as apresentações.

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– Sou Tiago. Tiago Potter.

– D-desculpe pelo que disse Sirius – interrompeu o gorducho

– Tudo bem.

– Espere, querem mesmo ser amigos da gente?

– Claro Remo. Você é legal. Os dois são. – respondeu Tiago, dando de ombros.

Sorriram. Os quatro. Pedro Pettigrew já não se achava tão fracassado. Remo Lupin não conseguia acreditar que agora tinha amigos. Quanto a Tiago e Sirius... Bom, eles haviam achado parceiros para as confusões que aprontariam.