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Os gêmeos reconheceram alguns, mas a maioria não conheciam. Voldemort os chamou para a mesa, e eles sentaram juntos.


– Para quem não conhece, essa é Kathelyn Lestrange Riddle e Thomas Lestrange Riddle, meus herdeiros - Voldemort disse, em pé. Ele tinha um enorme sorriso no rosto, o que era estranho de se ver.


Kathelyn POV:


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Era óbvio que Voldemort estava orgulhoso de Thomas, isso não podia se negar. Voldemort continha um raro sorriso aberto no rosto. Ele falava alguma coisa para seus servos, enquanto meu pensamento estava vago. Não estava nem prestando atenção no que dizia.


– E agora, quero falar um pouco de Kathelyn, já que falei sobre Thomas. Bom, Kathelyn é exatamente o contrário do que pensei que seria. Pensei que seria uma fraca, tola e sensível, como a maioria das mulheres são - Voldemort disse, olhando rapidamente para todas as comensais femininas - Sem ofender, claro! Mas não. Ela é cruel, malvada e sarcástica. E adivinhem só: É amiguinha do Potter!


Ele estendeu um envelope de trouxas, era amarelado e parecia ser um pouco velho. Me entregou o envelope, e pediu para eu lê-lo em voz alta.


“ Cara Kathelyn O. L. Riddle,

Espero que esteja tudo bem aí, soube que você e Thomas iriam ficar na mansão dos Malfoy, certo?

Eu estava querendo te ver, se fosse possível. Sabe, antes das aulas começarem. Ahn.. Deu pra perceber que não sei o que escrever, não é? Então, espero sua coruja.


Beijos,


Harry P. “


Quando terminei de ler, sorri automaticamente. Harry e seu jeito esquisito de demonstrar seus sentimentos. Era óbvio que ele já estava apaixonado por mim, e não havíamos nem passado tanto tempo juntos direito. Os comensais da morte falavam alto, e batiam palmas à mim, como se eu tivesse feito algo impressionante. Voldemort pegou um pergaminho e uma pena, e me entregou. Ele começou a dizer o que eu tinha de escrever, e não pude fazer nada além de obedecê-lo.


* * *

O jantar havia sido uma desgraça, sinceramente. Os comensais eram estranhos, e assustadores. Até para mim. Eles conversavam alto demais, e pareciam bêbados. Alguns me lançavam uns olhares maliciosos, que pareciam que estavam me comendo somente pelos olhos. Thomas não desgrudou do meu lado nenhum momento, e parece que eu não fui a única que notei os olhares. Acho que todos notaram! Tanto que nesse exato momento, estou deitada em minha cama, ouvindo gritos do porão. Olhei para Thomas, ele dormia profundamente. Peguei um roupão roxo, e desci para o porão. A porta de madeira estava trancada, mas foi fácil abri-la. Usei magia, sim. E não recebi nenhuma carta do Ministério da Magia, como Harry havia dito que recebia. Estava tudo escuro, só havia uma luz iluminando três homens, e a luz ainda era fraca. Me escondi atrás de umas caixas, e pude ver Voldemort, Lucius Malfoy e Bellatrix Lestrange perto dos homens.


– Então quer dizer que vocês, seus inúteis, decidiram olhar para a MINHA FILHA daquele jeito? O que vocês preferem, Bella e Lucius? Uma morte rápida e indolor, ou uma sessão de três horas de tortura sem pausas? - Voldemort disse ríspido.

– O senhor sabe que a minha preferência sempre foi a tortura, Milorde - Bellatrix falou

– Sim, eu sei. - Voldemort falou frio - Que tal deixarmos Kathelyn mesma decidir? Venha aqui, Milady


Na hora que ele disse aquilo, eu realmente gelei. Pensei que estaria encrencada, ou algo assim, mas não. Bellatrix me puxou para o seu lado, o que deixava cara a cara com os três imprestáveis. Eles me olhavam com uma expressão pidona, como se implorassem para matá-los de uma vez, sem dor nenhuma.


– E então, Kathelyn... O que a senhorita prefere? - Voldemort perguntou, passando o braço desajeitadamente pelos meus ombros. Eu batia mais ou menos na sua cintura, então, sim, ele era bem alto!

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– Ahn... Eu acho que um pouco de tortura não mata ninguém, não é? - Falei sarcástica. Bellatrix gargalhou do meu lado. Ela estava mais entusiasmada do que eu.


Lucius cuidou de um, Bellatrix do outro e Voldemort do que estava no meio. O que estava no meio, era o que mais havia olhado para mim, e havia me chamado de belezinha uma vez, quando havia ido levar os pratos sujos para a cozinha. Eu não achava aquilo uma coisa inacreditável, na verdade, estava bem acostumada com isso, mas algo dizia que Voldemort não. Ele não devia estar acostumado em ouvir chamarem sua filha de belezinha. Ele continuava me olhando, mas não maliciosamente. Aqueles olhos profundamente azuis implorava, em silêncio, e percebi uma lágrima escorrer pelo seu rosto com algumas rugas. A tortura durou, exatamente, duas horas. Só durou isso porque eu estava quase desmaiando de sono, e Voldemort parecia precisar de mim para alguma coisa.

Lucius e Bellatrix já haviam matado aqueles de quem cuidavam, restando apenas aquele que Voldemort cuidava.


– Kathelyn, venha fazer este prazer à mim. - Voldemort disse, apontando para um espaço ao seu lado. Parei lá, e olhei para ele como se pedisse explicações - Quero que mate-o. Sei que não será uma coisa difícil para você, afinal, já deve ter matado várias pessoas

– Na verdade, Voldemort, nunca matei ninguém. Mas para quem já torturou diversas pessoas, não deve ser algo difícil, não é? - Falei hesitante.


Ele apenas assentiu com a cabeça, incentivando. Peguei minha varinha e apontei para o homem.


– Avada Kedavra! - Exclamei.


Tudo aconteceu muito rápido. Um luminoso flash verde saiu da minha varinha, e acertou o peito do homem em cheio. Em menos de um segundo, ele já estava caído no chão, sem vida.

E não me arrependi. Usei aquilo como um aprendizado. Estava aprendendo a se tornar uma pessoa má, e sendo uma verdadeira Riddle.


– Muito bem, Kathelyn. Muito bem! - Voldemort disse, me abraçando rapidamente.


Quando ele percebeu o que estava fazendo, me soltou na mesma hora. Foi estranho, sim. Mas mesmo assim era um abraço, certo?! Me despedi de todos, e voltei ao meu quarto. Nunca pensei que uma ida ao porão poderia fazer Voldemort me abraçar. Quando cheguei ao meu quarto, havia uma carta em cima da minha cama. Era a resposta de Harry.