Já estava escuro quando Arya observava Gendry enquanto ele trabalhava na forja. Ele não havia falado com a menina durante todo o caminho para Winterfell e ela não teve coragem de ir ter com ele.

– O que você está fazendo? – o homem tinha se aproximado com passos suaves, mas ela tinha aprendido a ouvir. – Ele procurou por você por quase um mês quando você sumiu.

O sacerdote rosa agora usava uma roupa vermelha de verdade. Ele olhava Arya com um olhar de encorajamento.

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– Acho que ele está com raiva de mim agora. – ele martelava a espada com mais força que o necessário.

– E como você vai saber se não falar com ele?

– Tem coisas mais importantes acontecendo. Jon foi pra Muralha lutar contra as Criaturas, Sansa e Rickon logo estariam de volta. – ela viu que Thoros à olhava com tristeza. – E quando isso acontecer eu irei para a muralha junto com Jon.

– O que você disse? – ela ouviu a voz de Gendry.

Ela virou para encarar seus olhos azuis que a olhavam com espanto, raiva e algo que ela não entendeu muito bem.

– Que Rickon e Sansa...

– Não isso. – ele a interrompeu. – Como assim você vai para a Muralha? Você está louca se acha que eu vou deixar.

Thoros havia saído e deixado eles sozinhos no pátio. Winterfell estava vazia, somente as crianças e velhos haviam ficado para trás, e os mesmos ficavam dentro de suas casas se protegendo do inverno, menos de 15 guardas protegiam as muralhas. Nos tempos de hoje ninguém quer lutar contra o norte.

– Você não manda em mim. – foi tudo o que Arya conseguiu fazer sair de sua boca semi-congelada. Fúria passou pelo rosto de Gendry e ele agarrou a menina e a levou até a forja apesar dos protestos dela.

– Eu não mando em você, mas tenho certeza que sua mãe e seu irmão não deixará que você vá. – ele disse com seu jeito turrão.

– Ele não é meu irmão, é meu primo agora. – ela odiava essa ideia.

Quando Jon chegou montado em um dos dragões naquela manhã, surpreendeu a todos, ele vinha ao lado de uma Targaryen e lhe disse que era filho de Lyanna e Rhaegar.

O exército de mais de 30 mil selvagens dos senhores dos cavalos, 9 mil imaculados e outros milhares de mercenários teriam acabado com a comida em um dia, mas as palavras de Jon acabaram com a alegria da garota em meio segundo. Mas não importava a qual Stark Jon pertencia, ele sempre seria seu irmão mais velho que bagunça seus cabelos.

– Mesmo assim, você não pode ir. – Gendry falou tirando Arya de seus pensamentos, a forja estava quente, mas não tão quente como era de costume. Parecia que o inverno a tinha esfriado da mesma maneira que Gendry fazia com as espadas. – Eu procurei por você.

– Eu sei. – ela percebeu que ele tinha lágrimas nos olhos e sentiu uma enorme vontade de abraçá-lo. E foi o que fez, estava cansada de fingir ser ninguém, estava cansada de controlar seu rosto, estava com saudades de falar com Gendry, com saudades dele. – Desculpe.

– Pelo o quê? – ele à abraçou forte, ela agora era uma mulher e não mais uma garotinha que se escondia atrás de um nome, era uma guerreira de muitas faces, e mesmo assim ela não sabia pelo o que estava se desculpando. Eles ficaram abraçados por um longo tempo em silêncio até ele voltar a falar. – Senti sua falta.

O beijo foi inesperado, ninguém havia lhe treinado para aquilo. Os lábios dele eram quentes com a forja, macios e tinham um gosto de menta. Ela se viu retribuindo com vontade de mais, não era ela falando, era seu corpo, seu coração e seu desejo.

Ele a guiou pela forja sem interromper o beijo e ela se viu em um pequeno quarto. Tudo em que ela conseguia pensar era em Gendry e em tudo aquilo que ela reprimiu durante tanto tempo.

Ela puxou a blusa pela a cabeça dele e admirou seu abdome bem definido. Ele estava tentando tirar as peles da menina quando eles ouviram. Foi tão alto que parecia estar na forja.

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– O que foi isso? – ele perguntou parando e olhando para a porta como se alguém fosse entrar a qualquer momento. Ninguém entrou, mas ele começou a se vestir e ela arrumou as peles e saiu do quarto. Agora ela conseguia ver com clareza o que quase tinha acontecido e a vergonha a consumiu. Arya saiu correndo para o castelo.

Quando chegou no pátio de treinamento todos estavam lá, ela se perguntou se alguém saberia o que quase fizera, mas ninguém parecia saber nem o que fizera, nem o que era o barulho. O som veio novamente e dessa vez se aproximava de Winterfell, Arya sentia todos prenderem a respiração.

O grande dragão voava muito perto do chão, suas formas contornadas pelo luar, ela conseguia ver que ele carregava algo.

– Aquele é o dragão da rainha? – ela ouviu alguém perguntar. – O que ele está levando?

A única coisa que ela ouviu além disso foi o dragão verde voando pela manhã. Arya ficou preocupada, mas ninguém teve noticias até meio dia, quando um corvo chegou da Muralha.

"A Patrulha teve menos perdas graças aos dragões. O dragão creme caiu e foi pego pelos outros, a Rainha o levou. Jon Stark foi a sua procura pela manhã."

Sem mais noticias até o dia seguinte, quando Jon retornou junto com a rainha. Arya evitara Gendry durante todo o tempo.

*

Daenerys estava deitada na cama que um dia fora de Ned Stark, estava se sentindo cansada da viajem.

Drogon estava caçando e Rhaegal fora com Jon para a muralha.

Ela via alguém no pé da cama, uma mulher de vermelho, mas não era Melisandre.

– Quem é você? – Dany perguntou um pouco assustada. – Como entrou aqui.

Ela andou até Dany, ela sorria como se já conhecesse Dany a vida toda. Sentou ao seu lado e segurou sua mão. Ela não era uma mulher, era uma garota ainda, com não mais de 13 anos.

– Desculpe se te assustei, minha rainha. – sua voz parecia de alguém mais velha, era suave e dava confiança a Dany. – Sinto muito por Viserion. E parabéns são gêmeos.

– Do que você está falando? – Dany ficou confusa, mas a menina não respondeu. Ela levantou e andou até lareira, quando ela colocou a mão nas chamas as cinzas dançaram até a sua mão formando uma rosa, ela levou até a pequena mesa e soprou a rosa. As cinzas se foram, deixando apenas uma rosa do inverno do mais lindo azul.

– Cuidado quando ela cair. Vocês tem oito meses. Alguém pequeno e esperto seria útil. – ela caminhou até Dany e depositou um beijo em sua testa. – Acorde.

O quarto ainda estava escuro quando Dany acordou. Irri, Jhiqui e Missandei estava na cama com ela, Fantasma estava no tapete, ela não via ninguém mais. Jon ainda não havia voltado da Muralha. Ela não conseguia voltar a dormir e levantou indo em direção da janela fechada, quando um brilho azul chamou sua atenção. Era a rosa do inverno. Dany pegou a rosa e percebeu que ainda estava quente.

*

Ele esteve lutando pelo sul com sua irmã e Mace Tyrell, tentando dá-lo de presente para Daenerys. Claro que como Mão da Rainha ele tinha deveres com ela. Muitos pequenos senhores do Sul levantaram seus estandartes pela Rainha dos Dragões, que tinha três dragões. Nas terras fluviais muitos vassalos ainda se lembravam do Casamento Vermelho e Mindinho havia desaparecido no Vale. Os Vassalos dos Tyrell também se rebelavam quando viram alguns dragões voando por suas terras, as Terras da Tempestade fora tomada e Dorne lutava por vingança. A cada dia Tyrion ganhava mais aliados e batalhas, e logo poderia mostrar para Cersei como se atira com uma Besta.

Mas a Rainha chamava por ele no norte, e Tyrion Lannister tinha de ir.

Foi um longo tempo de viagem, muitas tempestades, um mar inquieto e sem ventos. Merreca havia ficado em Dorne, não era bom viajar no seu estado, ela estava muito enjoada e os marinheiros dissera que "Pior que uma mulher anã em um navio é uma mulher anã gravida."

Quando passaram por Pedra do Dragão Tyrion viu que a castelo estava em ruínas e a montanha estava soltando fumaça.

Depois de 2 meses no mar chegaram ao norte e mais dois dias de caminhada na neve e estavam em Winterfell, onde veio a descobrir que Daenerys estava com uma barriga enorme e que teve um rápido casamento com Jon que agora era um Targaryen. Tyrion estava realmente confuso.

– Onde estão os corvos desse castelo, Vossa Graça? – ele brincou com Daenerys. – Esse pobre anão fica meio ano sem vê-la e Vossa Iluminada fica gravida e Jon ex-Snow-ex-Stark, e ele vira um Targaryen?

– Ele não queria tomar o Norte dos filhos de Ned Stark. – ela explicou calmamente enquanto tomava uma taça de água quente com limão. – Mas não foi pra isso que lhe chamei aqui. Tive um sonho.

Daenerys contou seu sonho com uma Menina de Vermelho e a rosa do inverno, quando ela lhe mostrou a rosa e ele sentiu que ela estava quente viu que algo estava errado.

– Ela não disse nada sobre o que cairá? – Tyrion se lembrou da fumaça em Pedra do Dragão e das ruínas do castelo que agora era dragões de pedra voando com Jon na Muralha. – Como estão as coisas na Muralha? Era de se esperar que com os dragões já tivesse ganho.

– Eles são muitos. – lagrimas chegaram aos olhos da rainha, mas sua voz continuou calma. – Eles mataram meu Viserion. Não importa quantos queimamos, na noite seguinte eles se multiplicam aos pés da Muralha. Jon acha que eles vem se acumulando desde a última vez. Foram milhares de anos, Tyrion.

– Espero que acabe logo. – o anão falou pensando em Merreca. – Bom, se Vossa Graça me permite, foi uma longa viajem para um homem tão pequeno.

– Antes disso, posso lhe perguntar algo? – sem esperar resposta ela continuou. – Você acha que Aegon era o filho de meu irmão?

– Não. – ele respondeu com sinceridade. Ela fora a única pessoa que o perguntara isso, até mesmo Jon Connington morrerá sem saber que o Jovem Grifo não era filho de seu amigo de infância. – Ele era filho de Illyrio Mopatis com uma filha de um Targaryen bastado.

Daenerys deixou Tyrion ir. Ela não parecia surpresa, mas sim aliviada.

Enquanto ia para seus aposentos foi surpreendido por Sansa Stark, a bela, ele ainda esperava que sim, donzela ruiva andava em sua direção com determinação.

– Senhor, tem tempo para um assunto urgente? – O casamento. Como pude me esquecer disso?, o anão pensou furioso com consigo mesmo.

– Senhora. Se é sobre a anulação do casamento... – mas a menina o puxou pela mão.

– Eu tenho um Septão e testemunhas. Só preciso do Senhor. – ela o puxou até o Septo, onde 15 pessoas, um Septão, uma jovem que parecia ser Arya Stark, uma mulher com capuz e...

– Mindinho? O que faz aqui? – Petyr Baelish sorria para o anão.

– Esperando você meu querido anão. – dois garotinho estava ao lado de de Baelish, um deles Tyrion ficou surpreso ao ver que era Lorde Robert. O garoto sorriu para ele e sussurrou para outro, que deveria ser o pequeno Stark.

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Sansa não quis ouvir mais nada e logo começou a suspensão de seu casamento e em menos de dez minutos eles estavam separados aos olhos dos Deuses. E começou o casamento. Tyrion ficou de boca aberta ao perceber que Sansa Stark estava feliz ao se casar com Petyr Baelish. Mais surpreso ainda ficou quando descobriu que a mulher de capuz era Catelyn Tully, ou costumava ser. Ele estava cada vez menos a vontade em Winterfell.

...

Foram 6 meses difíceis no norte para Tyrion, ele preferia ter ficado em Dorne lutando contra sua irmã. Lady StoneHeart vivia em silêncio, mas isso era o pior, junto com sua aparência. Sansa Stark agora esperava um filho do Senhor Protetor do Vale. Robert Arryn ainda queria ver o anão voar. O novo Senhor da Tempestade, Gendry Baratheon, casara com Arya Stark.

Todos estavam felizes no meio do inferno, menos o anão. Em um mês seu filho nasceria e ele não estaria lá para ver.

E o pior, ele estava prestes a saber o verdadeiro motivo de estar ali.

Daenerys o chamou naquela noite. Jon havia ido para a Muralha, mas o lobo branco estava no quarto. Fantasma havia ficado perto de Daenerys durante toda a gravides.

– Vossa Graça. – Tyrion se curvou para a rainha.

– Tyrion, eu estou preocupada. – ela andava pelo quarto com sua enorme barriga enquanto o lobo gigante branco a olhava. Fantasma estava enorme como um alce, mas ninguém conseguia mante-lo longe de Daenerys. O Dragão da Rainha também não ficava muito longe de Winterfell. – Sonhei novamente com a menina, ela disse que acontecerá hoje. Quando a noite cair. O dia não irá voltar até acabarmos com isso. Temos que por um fim ou... Ai. – havia uma poça de água nos pés de Daenerys, ela estava em trabalho de parto. Ele a ajudou na cama.

– O meistre, rápido. – Tyrion gritou para o guarda na porta. Fantasma começara à uivar.

Quando o meistre chegou com a parteira Tyrion percebeu que à noite caia, todas as mulheres do castelo estavam no quarto e Tyrion ficou do lado de fora. Quando o último raio de sol deixou o horizonte ele ouviu o choro, eram dois bebes. Ele se sentia feliz pela menina.

Mas a felicidade foi soprada para longe quando o som ocou pelas paredes do castelo.

Não era um berrante de guerra, ele sabia, era um berrante de destruição, e ele apostava que poderia ser ouvido até em Dorne. Tyrion temia está certo.

Ela caiu., o silencio sussurrou.