Hathor ficou olhando para a construção monumental a sua frente. Ele chegou ao templo de Atena com o sagitariano. A deusa pediu para que o menino fosse levado até ela, pois percebeu que as intenções dele eram boas.

Seiya olhou para o rosto do garoto e percebeu que ele estava com a cara triste. O homem perguntou o que ele sentia no momento, entretanto não obteve a resposta. Enfim não demoraram muito ali, portanto entraram. O egípcio viu os guardas na entrada da mansão. Eram alguns cavaleiros de bronze e prata. Com certeza a deusa estava bem protegida. Além dos 12 cavaleiros dourados ainda tinham os de bronze e prata.

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— É grande mesmo — disse baixinho impressionando-se com a grandiosidade do lugar. O cavaleiro olhou para ele escutando essas palavras — Quem é aquele vindo?

— Não se preocupe com ele. Aquele é o mestre do Santuário, ou seja, é o representante humano da própria deusa. Além de ser uma pessoa maravilhosa ele é o meu amigo — disse referindo-se ao Shun de Andrômeda por debaixo das vestimentas.

— Você deve ser Hathor — Shun abaixou-se um pouco para ver melhor o menino — Seiya a Atena está esperando na sala dela logo ali em cima. Outra coisa que preciso te dizer. O seu aprendiz chegou e está vindo para cá tentar vestir a armadura de ouro.

— Danyel é muito especial. Tive o prazer de treiná-lo por alguns meses. Vamos então garoto — ele andou sendo seguido pelo jovem.

Atena estava sentada num tipo de poltrona vermelha. A sala dela era parecida com um quarto. Algumas mobílias de madeira enfeitavam o ambiente. Existia alguns jarros de flores e uma cortina vermelha um pouco aberta. Dava para ver a escadaria que dava acesso a parte inferior. Viu quando as pessoas se aproximavam.

— Seiya que bom que voltou — disse ela segurando em suas mãos — por um acaso não consigo sentir o cosmo maligno daquela região, por isso era impossível de saber os planos ardilosos dos nossos inimigos.

— Foi um prazer trabalhar como uma falso pesquisador. Este aqui é o jovem Hathor que veio conosco, mesmo clandestinamente. Ele disse que precisa da sua ajuda. Disse isso a viagem toda não é Hathor? — o menino permaneceu calado deixando o sagitariano no vácuo.

— Olá garotinho como vai? Você é bonito sabia. Olha só eu sou Atena e se alguém precisa de ajuda minha eu dou sem contestar. Diga-me o que você quer? — ela sentou na poltrona vermelha. Depois pediu para o rapaz sentar ao lado dela numa outra poltrona. Os dois saíram e ficaram somente eles.

— Atena... por favor ajuda a minha irmã — disse ele um pouco envergonhado e olhando para o chão tentando não olhar diretamente nos olhos dela — Eu nem sei como... começar a dizer.

— Não fique envergonhado. Pode falar tudo pra mim aí eu te ajudo — disse ela calmamente passando confiança para ele.

— Há mais ou menos dois anos atrás algo de ruim aconteceu conosco. Minha irmã e eu somos de uma família nobre do Egito. Um dia nós saímos para um passeio em família nas ruínas da cidade dos mortos. A minha irmã encontrou um mausoléu numa dessa ruínas. O pior foi que ela abriu um túmulo apenas proferindo os hieróglifos da parede. Alguma entidade saiu de lá. Não sei bem o que houve, mas nossos pais morreram com uma doença incurável no dia seguinte. Não sei por que não morri também. Daí ela colocava um colar estranho no pescoço. Foi quando ela me repreendeu quando a chamei de Akmer, seu nome verdadeiro. Ela disse que se chamava Nefertiti e que era uma rainha. As ruínas viraram uma fortaleza fortificada com templos iguais as casas do zodíaco. De um ano pra cá ela recrutou guardiões para cuidar do templo do deus Anúbis.

— Algo deve tê-la atraido até o mausoléu. Anúbis está descansando no túmulo há milênios. Como de repente um ser humano consegue retirar o espírito de um deus maligno num piscar de olhos. E por que ele não encarna logo?

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— Dizem que o corpo dele está no templo no último andar do templo depois dos jardins suspensos da mansão da minha irmã. Mas nunca soube o que ele realmente quer com a minha irmã. Por isso estou te pedindo ajuda. Myhara é um cretino e vai acabar com Akmer assim que puder.

— Eu sei querido, calma — ela passou a mão sobre os cabelos dele — amanhã mesmo invadiremos aquele templo e acabaremos com os planos malvados de Anúbis. Não se preocupe.

...

Mikenos chegou em casa muito tempo depois que Dan foi embora. Não queria dar de cara com o "filho idiota da mulher". Deitou-se no sofá da sala e retirou os sapatos. Colocou um travesseiro no braço da mobília e descansou por alguns minutos. Ficou rindo de alguma coisa que ele lembrava no momento.

— Grande Mikenos você é demais. Ou podemos dizer Grande Eros. Quando tudo isso acabar eu vou provar a minha mãe que sou um ótimo filho e candidato a herdeiro do monte Olimpo — colocou o antebraço sobre os olhos.

Flashback on

Egito, Há 2 anos

Uma excursão acontecia nas ruínas de Hamunaptra ou cidade dos mortos. Quatro pessoas desceram de um jipe e foram até as ruínas com outras pessoas e um guia. O tal guia era alto, forte, possuía cabelos castanhos e vestia uma roupa parecida com uma túnica preta. Além disso havia um pano preto que tapava-lhe o rosto revelando apenas os olhos verdes.

Akmer fotografava a região em escombros devido ao tempo. Olhou para uma ruína que, de longe, dava para perceber que havia uma escada que levava para o subsolo. O homem a observava e seus olhos começavam a ficar vermelhos encarando a garota sem parar. Akmer não resistiu a tentação e foi.

Desceu aos poucos. O ambiente era precário, empoeirado, com algumas teias, mas que era iluminado com a luz do sol. Fotografou os hieróglifos na parede e percebeu uma tumba bem no centro do mausoléu. Leu as inscrições na parede e no exato momento a tumba se abriu revelando uma ventania sobrenatural. O céu ficou escuro como se estivesse para chover. Ela ficou assustada, entretanto viu um colar dentro da tumba, retirou e o colocou no pescoço. No mesmo instante sua expressão mudou e o cenário ficou distorcido.

A mulher foi levada para uma outra dimensão até chegar num jardim florido com muitas flores, borboletas e um lago cristalino. Duas entidades surgiram na sua frente. Um homem e uma mulher. O homem era loiro, olhos azuis, forte, usava uma túnica branca com uma coroa de folhas na cabeça. A mulher tinha cabelos pretos com uma trança que ia até abaixo do joelho, olhos negros, roupas de guerreira amazona e uma espada nas costas.

— Onde estou? — perguntou Akmer assustada com tudo.

— Você libertou o espírito do Deus Anúbis, entretanto ele servirá de propósito para o nosso grande mestre — falou a mulher.

— Estávamos a sua procura, portanto quando você abriu a tumba retirou o selo de Atena. Agora será uma serva servindo ao deus da morte, mas sempre em mente de que o seu objetivo principal é atrair a deusa Atena para que nosso mestre ataque — disse o loiro.

— E se eu não quiser?

— Você não tem querer minha querida — Nemesis fez um movimento com as mão e apareceu no reflexo da água as pessoas mortas inclusive seus pais menos o irmão caçula — se não fizer o que te pedimos mataremos o jovem Hathor. Não quer que isso aconteça quer?

— Por favor não façam mal a ele, é só uma criança. Eu farei tudo o que vocês quiserem — disse ela ficando de joelhos.

— Tudo bem, nós pouparemos a vida do jovem. Entretanto um deslize sequer nós lhe tiramos a vida. Agora você não poderá revelar nada sobre nós e mentirá dizendo que é a rainha Nefertiti. Seu nome não será Akmer nunca mais, quem te chama assim nunca mais poderá te chamar. Acumulará riquezas e mais riquezas. Rainha Nefertiti. Fique atenta, pois nós entraremos em contato contigo a qualquer momento — disse o homem.

Flashback off

Mikenos sorriu.

"Pobre Danyel mal sabe que assim que eu completar a missão eu vou matar a sua pobre mãezinha e te matar. Afinal um reles cavaleiro não é páreo para um deus como eu" — pensou ainda deitado.

Nêmesis ficou ajoelhada em frente a uma estátua. O objeto era gigantesco. Mais duas estátuas menores ficavam ao lado da maior. Ela estava num templo abandonado com muitos pilares destruídos.

— Ó grandes mestres eu estou aqui como vocês me pediram — ela ficou prostrada com a face em direção ao chão. Dois caixões de pedras surgiram. Duas forças malignas saíram dos caixões, uma de coloração vinho e outra azul escura.

— Nós te chamamos aqui para informar que o selo de Atena está se abrindo. Precisamos da espada de Hades o quanto antes para que possamos sair desse lugar. Sua missão está no caminho certo. Portanto traga o rapaz até nós — disse as duas forças.

— Sim mestres eu o farei isso.

— Se fizer isso nós a promoveremos com a coroa imperial do Grande Mestre e seus poderes serão aumentados consideravelmente — disseram — agora traga o rapaz imediatamente.

— Sim mestres!

Ela saiu de perto dos dois e foi embora. O local onde ela estava ainda era desconhecido.

...

Para Danyel a sensação de voltar ao santuário era sem palavras. Tinha tanto para dizer, para fazer, para ver. Helena olhou os olhos do rapaz e viu que ele não parava de olhar para as escadas a sua frente.

— Vamos em frente — disse ela subindo os primeiros degraus.

O adolescente passou pela primeira casa zodiacal sendo bem recebido por Kiki, o cavaleiro responsável. Os dois conversaram rapidamente, mas infelizmente Dan não podia demorar muito.

Na casa de Alnath as coisas foram bem mais rápidas. O taurino não gostava muito de conversar nem mesmo com algum outro cavaleiro de ouro. Somente mesmo com os amigos, que eram poucos. Apenas um Olá bastou para o touro.

Helena não ficou na sua casa, portanto passou direto passando pela casa de Câncer. Filipe olhou para Danyel com ar de reprovação. O canceriano não gostava do rapaz, eles não se davam bem essa é a verdade.

Assim que passou a casa de Câncer o jovem olhou para a escadaria e viu um enorme leão a sua frente. Era o bichinho de estimação de Leônidas. O leonino recebeu Dan com braços abertos. Apesar de não se falarem muito foi a primeira vez que realmente conversaram.

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Shiva não moveu um milímetro sequer. Ficou estático, parado na mesma posição de meditação. O ser horrendo parecia menos ameaçador do que antes. Talvez o tempo deu um jeito no monstrengo.

Victor, o jovem inglês, também recebeu com muita alegria o amigo. Ambos eram amigos desde quando Dan era um jovem aprendiz de cavaleiro. O libriano deu todo o apoio.

Casa de Escorpião. Mas cadê a armadura? O filho de Nice se perguntou a mesma coisa. Ele passou direto para a casa de Sagitário que também estava vazia.

O menino Zenon socava uma parede de tijolos destruindo-a instantaneamente. Helena decidiu ficar na casa de capricórnio continuar cm o treinamento do menino. Afinal o cavaleiro dessa casa ainda era uma criança. A próxima casa guardava muita expectativa.

Jasmine ficou na entrada da sua mansão quando observa a chegada daquele em que sempre se mantinha fria. Ao ver o rapaz ela deu alguns passos para trás. O escorpiano olhou para a donzela por de trás daquela máscara. Mexeu algo dentro da bolsa e retirou algo parecido com uma flor de tamanho pequeno.

— Uma flor para uma flor — disse ele ajoelhado e entregando na mão dela. Ela por sua vez decidiu receber, mas desta vez agradeceu assustando até o jovem.

— O-obrigada... — era impossível ver o que se passava naquele belo rosto por conta da máscara. No entanto não era difícil imaginar.

Ela ficou parada feito boba olhando a flor em suas mão. O homem ia embora atravessando toda a mansão congelada.

Sereia não perdeu a pose. A gata ficou sentada num degrau da sua casa com as pernas cruzadas vendo o garoto passar. Assim que recebeu uma flor dele ela riu baixinho percebendo que aquela espécie era encontrada na mansão de Helena.

— Boa sorte lindo — ela piscou e ele ficou vermelho. Nunca recebeu uma cantada de garota.

Agora sim depois de tanto tempo subindo finalmente o templo de Atena estava tão próximo.

Myhara e seu exército chegou minutos depois na frente do coliseu. Alguns guardas foram mortos pelos guerreiros amaldiçoados de Anúbis. Pessoas que passavam por ali também foram mortas, saqueadas ou feitas reféns. O cavaleiro de Ramsés teve uma ideia melhor do que atacar o santuário. Era atacar a instituição Graad que ficava há poucos quilômetros.

Um guarda tomava conta da instituição quando escuta um som indescritível vindo do lado de fora. Ele abre os portões e leva uma flechada bem no peito e cai morto. Alguns inimigos entram na escola. Alguns professores caminhavam pelos corredores largos do lugar e são pegos de surpresa por uma fumaça. Eles caem desmaiados.

Alguns alunos correram para avisar os outros e começava assim uma confusão generalizada. Os outros guardas ficaram bem armados para acabar com os inimigos. Myhara usou seu poder para matar mais de cinco guardas que defendiam a entrada da instituição.

— Invadir o santuário pode até ser impossível com aqueles cavaleiros entocados. Entretanto atacar este lugar poderá atraí-los e obrigá-los a devolver aquele pirralho do Hathor — disse enquanto acabava de quebrar o pescoço de um soldado.

...

Danyel, o jovem aprendiz que virou cavaleiro, esperou mais de um ano para que esse dia finalmente chegasse. Desde a primeira vez que viu a armadura de escorpião pela primeira vez sempre soube que ela seria sua em algum dia. Esse dia chegou.

Seiya, ao ver seu ex-aprendiz, ficou orgulhoso em ver que o jovem amadurecera com o rigoroso treinamento. Agora poderia vestir a armadura que estava no salão do mestre.

— Você está muito bem Danyel. Vejo que amadureceu depois de meses de treinamento — disse o cavaleiro pondo sua mão direita no ombro do mais novo.

— Já faz um bom tempo hein mestre — disse ele rindo de satisfação — Agora eu aprendi a controlar o sétimo sentido graças ao meu aprendizado na ilha de Milos... e aqui também.

— Venha. Atena quer falar contigo.

Eles ficaram face a face com Saori. A deusa olhou o jovem rapaz ajoelhado diante dela. A mulher pegou o seu báculo e colocou sobre o ombro esquerdo do jovem.

— Danyel você se tornou um excelente cavaleiro. Foi um dos que mais teve progresso. Agora rapaz a prova é conquistar a própria armadura. Ela está no salão do mestre. Vá e vista sua armadura, depois jure que protegerá Atena com toda a sua vida.

— Sim Atena eu juro — ele saiu com Seiya e com Shun até o salão principal. A caixa onde guardava a armadura estava bem no meio do salão.

Danyel se aproximou da caixa e começou a emitir uma aura dourada, liberou o cosmo. A armadura também liberou seu cosmo como se estivesse se comunicando com o rapaz. De imediato ela saiu da caixa e ficou no formato de um escorpião no ar.

— Armadura se eu estiver apto para vesti-la então estou pronto — com essas palavras o objeto dourado começou a vestir o jovem. Dos sapatos até o elmo. Uma luz forte incandesceu o ambiente.

Seiya olhou e viu um novo cavaleiro de ouro. Viu Danyel de Escorpião.