Ops! Paixão Errada

Divertimento


"Me diziam que não existiam pessoas perfeitas, que todos nós éramos cheios de problemas e defeitos, mas aí eu te conheci. (VG)"

Spencer sentou-se no sofá, eu fiquei em pé a sua frente, ele olhou em volta e perguntou:

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–O que faremos o dia inteiro?

–Há muitas coisas para fazermos. –sorri maliciosamente e ele riu.

–Vamos estudar hoje? –ele perguntou.

–Hum... Só se for à noite.

–Eu ficarei aqui até anoitecer? –ele perguntou surpreso ou ao menos fingindo estar.

–Sim.

–Aé? Você é muito mandona, sabia? Vem cá! –ele disse enquanto me puxava para o sofá e me fazia cócegas.

–Pa- para Spencer... Aiai para-ra por-por-fa-vor...

Ele finalmente parou, eu respirei fundo e dei-lhe um tapa no braço.

–Você até que é forte... para uma garota. -ele provocou, sarcástico.

Mostrei-lhe a língua.

–Sua educação inspira-me, mocinha.

Ri sarcasticamente, levantei-me do sofá, arrumei minha roupa e falei:

–Vai ou não me ajudar com o almoço?

–Sim, claro! O que temos para o almoço?

–Hum... Frango assado? Omelete? Ovos fritos? Você quem sabe, meu bem...

–Que tal frango assado com molho branco, alguns legumes cozidos, arroz e suco? -ele perguntou.

Cozinheiro medito.

–Parece bom, mas não sei se aqui tem arroz.

–Já comeu arroz alguma vez?

–Sim.

–Gosta?

–Até que sim...

–Ótimo. Posso abrir os armários da sua cozinha ou... –ele disse apontando para os velhos armários brancos de madeira.

–Claro que pode! –eu respondi sorrindo.

Enquanto eu abria a geladeira para pegar os legumes e o frango ele remexia nos armários.

–A-há! Achei... –ele disse levantando o pequeno pacote de arroz semi-pronto. -Os supermercados facilitam nossa vida torrando o arroz, pelo menos eu acho...-

Bem, cada um estava concentrado eu seus afazeres, eu com o cozinho dos legumes e ele com o arroz e o frango.

–Você cozinha bem. –eu comentei enquanto colocava os legumes na bancada. –Percebi isso da primeira vez que jantamos...

–É... Primeiro, lave as mãos antes de colocá-las nos legumes e lave-os antes de fatia-lós. E eu posso até ter um certo “talento” na cozinha.

–Já pensou em abrir um restaurante?

–Sim! Claro, mas preciso de grana antes... Para investir no meu restaurante. Então dou aula a vocês. Por enquanto, ou pelo menos assim espero. -e então, deu de ombros.

–Ser professor não deve ser muito legal. –eu disse lavando minhas mãos como o Spencer “pediu”.

–Eu sinceramente gosto, entretanto queria mesmo é abrir um restaurante, mas não sei se algo daria certo nessa cidade pequena.

–Claro que sim! Qualquer um que prove sua comida se apaixona.

Ele sorriu e continuamos a fazer o almoço em silêncio.

Depois de tudo pronto -diga-se de passagem, que demorou-, nos sentamos na velha mesa da cozinha e comemos enquanto conversarmos sobre a escola, estado de saúde do meu pai, os planos para o sonho dele de ter um restaurante e afins.

Conversa de adultos, aparentemente.

Depois de alimentados, lavamos a louça, juntos. Fora divertido, até.

–E agora faremos o que? –eu perguntei com uma mão na cintura.

–Hum... Que tal um filme?

–Tudo bem então. DVD ou TV?

–TV. - eu respondi.

–Ok.

Fomos em direção ao sofá, eu liguei a TV e fiquei passando de canal em canal.

–Olha- eu disse. –Vai começar um filme daqui uns dez minutos. Dá tempo de fazer pipoca né?

Ele riu.

Saí dos braços de Spencer e fui em direção a cozinha, peguei o saco de pipoca, coloquei no microondas e esperei até que aquele barulho insuportável -aquilo me irrita profundamente até os dias de hoje- informou que a pipoca já estava pronta. Peguei dois copos de refrigerante, derramei a pipoca em uma bacia e fui em direção a sala. Coloquei a pipoca e os dois copos de refrigerante na mesa de centro que ficava em frente ao sofá, Spencer me puxou para seu colo e começou a me beijar. Um beijo delicioso, cheio de paixão e carinhos, mas quando eu achei que daquela vez iria conseguir algo a mais ele parou o beijo e me encarou:

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–Está na hora do filme. –ele disse rindo da situação e informo á vocês que não vi graça nenhuma.

Sentei-me ao seu lado e vi o tal filme. Era um romance, óbvio. Infelizmente, eu quase chorei. Na frente do Spencer. Seria vergonhoso, sinceramente, ficar com a cara vermelha e volumosa igual um ET, na frente de alguém que você gosta.

–Está chorando? –ele perguntou incrédulo.

–Não, quase.

–Você não precisa de se fazer de forte o tempo todo, Taylor.

–Alguém precisa ser o forte da casa, o que aguenta tudo, o que levanta mesmo depois de cair. Toda família precisa de uma pessoa assim...

–Pode até ser. Mas você ainda está muito jovem para ter tantas preocupações... Olha, você pode até se fazer de forte, portanto que não seja comigo. Estou aqui para te ajudar Tay, posso até não ser o melhor conselheiro, posso até não conseguir ajudar, posso não ser o suficiente para você se desabafar. Mas por favor, quando tiver algo de errado, me conte, porque eu quero saber o que se passa nessa sua cabecinha de menina teimosa e no seu coração difícil de se entrar.

–Tudo bem, Spencer, não esconderei mais.

–Então, tudo bem. Pode chorar, achar fofo o que o protagonista diz pra mocinha, pode ver uma criança e imaginar como seria seu primeiro filho ou filha. Não se importe com o fato de eu estar aqui, seja você.

–Ok... –eu disse e suspirei logo em seguida.

Continuamos a ver o filme. Eu na mesma posição anterior e ele acariciando de leve meu braço. Até que perdi o interesse no filme. Sentei-me ao lado dele e comecei a dar leves selinhos em seus lábios. Ele se endireitou no sofá e eu achei que ele iria me censurar, mas simplesmente sorriu e repetiu meu ato, até que estávamos em um beijo profundo.

Não pude perceber quando ele me empurrou, mas logo eu estava encostada no braço do sofá, seu corpo quase completamente sobre o meu, e assim continuamos o beijo, parando às vezes para pegar mais fôlego. Minhas mãos brincaram com a barra de sua camiseta, mas ele segurou meus punhos.

– Aqui não. - sussurrou, levantando-se e me puxando até o quarto, que ele sabia o caminho.

Lá sentamos na cama, e eu me apressei em retirar sua camiseta. Minhas mãos automaticamente deslizaram por seu peito e abdômen, e ele sorriu. Pegou as barras da minha camiseta, e parou aí. Olhei-o como se dissesse "o que foi?"

– Você tem certeza, Tay? - ele perguntou e eu revirei os olhos.

Empurrei suas mãos de onde estavam e tirei eu mesma a camiseta, olhando com satisfação o brilho nos olhos dele.

Ele me puxou para mais perto e me deu mais um beijo para nos deixar sem fôlego. Comecei a me deitar, e ele fez o mesmo, e começou a beijar meu pescoço, clavícula e ombros, antes de tocar com as pontas dos dedos o fecho do meu sutiã.

Dessa vez com um pouco mais de atitude, ele desabotoou-o e tirou, colocando em algum lugar que não pude ver. E depois sorriu, encarando-me de tal forma que me deixou quase constrangida. Quase.

Não fiquei sem fazer nada, e logo me sentei novamente e toquei o botão de seus jeans. Ele sorriu e inclinou-se para trás, deixando caminho livre para que eu retirasse-os. E assim o fiz, mas mal pude observar o que se revelava ali antes que ele me empurrasse e retirasse minha calça de uma vez só.

Terminamos de nos despir e logo estávamos unidos.

E era tudo completamente diferente do que eu já havia experimentado. Spencer era gentil e carinhoso. Seu corpo junto ao meu trazia-me uma sensação de proteção que eu talvez nunca houvesse sentido antes.

– Eu te amo, Taylor. - Ele falou, depois de beijar meus cabelos.

Sorri.

– Eu também. Isso foi melhor que qualquer coisa que eu já vivi. - Comentei, sentindo-me envergonhada e sem entender o motivo.

Ele riu.

– O amor faz isso, Tay. Não fora apenas "sexo". Sexo sem amor não tem lá tanta graça. - Ele respondeu e acariciou meus cabelos.

– Sabe Spencer, então é a primeira vez que não faço apenas "sexo".

Isso quase poderia ser uma declaração de amor.

– Bom, tudo tem uma primeira vez. - ele sorriu e passou dois dedos em minha bochecha.

– Eu nunca pensei que tanta coisa podia acontecer em tão pouco tempo. - comentei, momentos depois.

Ele olhou para mim.

– Eu, uma rebelde, revoltada, com tantos problemas, agora completamente apaixonada, tirando notas boas e sendo parabenizada pela diretora. Com minha única família no hospital fazendo quimioterapia.

– As pessoas mudam Taylor. Elas evoluem. - Spencer falou simplesmente.

Não resisti a dar um selinho delicado em seus lábios.

– Nós temos que estudar. - ele falou.

– Ah, não! Eu estou com sono! - Respondi.

– Tudo bem, meu amor. Durma. Eu lhe acordo mais tarde. - Ele beijou minha testa e eu continuei ali, deitada em seu peito, até sentir o sono vir pouco a pouco.