Opposit Love

Capítulo 3


Narração por Edward Cullen

– E então, cara, como foi com a nerd ontem? - Emmett perguntou.

Eu tentei evitar esse assunto a manhã inteira, mas não dava mais. Eu poderia simplesmente dizer para ele que eu nem toquei nela direito? Que ela me ignorou o dia todo? Não! Eu sou um Cullen, e ia tentar manter isso em segredo.

– Foi ótimo. Isso é que éfísica. - Não menti. Eu estava falando da matéria, mas com a mente pervertida desse cara, quem perceberia?

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– Ui, olha lá pra ele, se rebaixando para comer nerds. Quem diria... - Ele me reverenciou. Idiota. Momentos como esse me fazem pensar o por que de eu andar com ele.Vácuo. Sem resposta.

– Olha cara, não espalha não, tá? Isso é particular... E você sabe, eu tenho uma imagem a zelar, e ela é muitoCDF, não quero deixá-la queimada. - Saí andando e falando, sendo seguido por ele.

– E você se importa? - Repreendeu, mas vendo-me recuar, explodiu. Começou a gargalhar. - Ah, cara, você está afim da nerdzinha, é? Fala sério, cara! Até o Mike Newton consegue melhores. - Não respondi. Acelerei o passo para ir até a sala de aula.

Minha cabeça parecia que ia explodir. Eu pensava em infinitas coisas ao mesmo tempo, mas nenhuma delas parava em meus pensamentos. Tudo se voltava a ela. Isabella. Aquela garota extremamente irritante, atraente, impetuosa e, principalmente, perfeita.

Narração por Isabella Swan

Quando cheguei na escola a primeira coisa que eu pensei foi: O que será que esse pilantra deve ter espalhado por aí? Mas agora eu percebi que ninguém me olhava estranho, ninguém ria e apontava ninguém me encarava. Todos agiam normalmente, como se eu estivesse invisível, para variar.

Não acho que Edward tenha sido legal o suficiente para poupar-me de humilhação. Ele deve estar armando alguma coisa para mim. Sim, deve ser isso.

Eu estava viajando em minha imaginação quando me bati de cara com alguém. No momento não vi quem era. Vi apenas a minha queda de bunda no chão. Minha bunda formigava por causa do impacto. As calças jeans não ajudaram em nada me apertando.

– Cara, desculpa, se machucou? - Ele tentou me ajudar a levantar, e só então eu vi quem era. - Bella? - É ele também não havia reparado que era eu. Argh.

– Olha por onde anda, Cullen! - Larguei sua mão, e me levantei bem raivosa. Nem quis olhar para a cara dele, apenas segui andando, mas ele segurou meu braço bem forte.

– Espera.

– O que foi dessa vez?

– Olha, desculpa se eu fiz alguma coisa errada ontem, ta legal? Eu sou assim, vivo fazendo besteiras... Não quero que você fique com raiva de mim, sabe-se lá por quê... Não quero esse clima estranho entre nós.

Revirei os olhos. Sou muito orgulhosa, e não deixaria ele se sentir superior a mim nem por um segundo sequer.

– Já terminou? - Falei, olhando para meu braço, que ele ainda apertava. Ao reparar a minha desaprovação, ele soltou-me. - Ótimo. Nos vemos às três, então.Saí, batendo os pés no chão.

Estava quase estrangulando esse garoto. Nem sei o motivo, na verdade, mas só de conhecer a fama dele já bastava. Era um conquistador idiota. Não tem nem amor próprio, quanto mais amor à alguém. Ele não presta.

– Bella! - Ouvi a voz de Jessica me chamando, e procurei-a com os olhos. A vi correndo feito louca, se batendo em todo mundo, até chegar em mim. - Que gosto ele tem? Todo mundo anda dizendo que é baunilha, e outros dizem que é framboesa, mas quero ouvir de você!

– Que gosto tem o quê, sua louca? - Falei rindo.

– Os lábios carnudos, gostosos e rosados do senhorito Cullen, óbvio! - Falou, como se saboreando um chocolate. Ela era obcecada pelo Edward desde os sete anos de idade, quando dizia que ele erabeijável.

– Como eu vou saber o gosto doslábios carnudos, gostosos e rosados do senhorito Cullen?– Dei de ombros, e continuei andando. Ela me seguia.

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– Vai dizer que não reparou quando vocês fizeram sexo loucamente na sala, quarto, cozinha, banheiro, ou sei lá onde...?

– Deus que me livre! Eu praticamente não toquei nele. Não dessa forma. Você está cansada de saber o quanto eu o detesto, Jesse! Coloca uma coisa na sua cabeça: Eu sou a professora dele! Não sou qualquer prostituta que visita sua casa, ta bem?

Apressei o passo, pois o sinal da aula havia tocado, deixando ela sozinha. Eu estava estressada com a Jessica por insistir nessa bobagem. Estressada com a diretora Sue, por me meter nessa roubada. E principalmente estressada com Edward, por ele mexer comigo dessa maneira.

Narrado por Edward Cullen

14hrs e 47 minutos. Droga, eu estava maluco, só pode. Contando os segundos para ver a nerdzinha que me despreza.

Impressionante, com mulheres fazendo fila atrás de mim eu fui gostar de verdade logo da única que não me suporta.

– Eddie! - Alguém havia me chamado. No começo não havia reparado quem era, mas quando virei era a deusa da escola. Rosalie Hale. - Tudo bem, baby? - Ela me deu um selinho, se sentando no capô de meu carro.

– Tudo sim, Rose... - Revirei os olhos, mas por sorte ela não reparou. A Rosalie pode ser muito gostosa, mas o que tem de peito tem de chata.

– Olhe aqui, eu estava pensando em nós dois nos vermos hoje, pode ser? - Ela pegou da bolsa um batom rosa, e passou, olhando pelo retrovisor do carro. Certamente ela esperava um sim bastante ansioso.

– Não. - Falei duramente, e ela me olhou, perplexa.

– Como não?

– Tenho que estudar hoje.Física, sabe como é. Tenho planos. Mas... Fala com o Emm, ele vai de boa mesmo... Agora licença que a minha gata está chegando.

Avistei Bella se aproximar, receosa. Quando chegou eu já havia aberto a porta para ela entrar.

– Obrigada. - Agradeceu. Essa garota consegue me arrepiar até falando essa merda, imagina nua no meu quarto? Aí eu fico louco!

Acenti para ela, e entrei no banco do motorista. Ao perceber que perdeu, Rose saiu da frente do carro, boquiaberta, cuspindo fogo pelos olhos.

Eu ri da cena. Desde que éramos crianças era engraçado ver ela irritada e perdedora.

Praticamente todo mundo do colégio se conhece desde que era criança, isso porque Forks é bem pequeno, mas Bella chegou um pouco depois, aos nove ou dez anos.

Sim, eu me lembro dela. Lembro-me de uma vez tê-la mandado para o hospital depois de chutar uma bola em sua cabeça. Eu lembro de rir muito disso.

– Está quieto hoje. - Ela falou, quebrando o silêncio. Eu nem havia reparado. Estava me lembrando da infância.

Não respondi. Continuei dirigindo.

Eu queria que ela percebesse que me magoou. Ta, ela não magoou, mas um pouco de pena é sempre bem vinda.

– O que está pensando?

Suspirei.

– Em você. Em quando eu te vi pela primeira vez. Em quando te joguei uma bola na cabeça. Lembro também da vez em que você, por vingança, furou minha bola com um garfo, bem na minha frente.

Eu ri. Sim, ela era, ou quem sabe é, muito perversa. Mas eu acho que era por isso que eu prestava atenção nela. Para mim ela era um garoto, naquela época. Brincava de bola - exceto quando eu estava perto -, ela andava com garotos, gritava, e o melhor, não era fresca. Ela era... Única.

Eu nunca mais havia notado ela depois do ensino médio. Ela focou nos estudos, e até aonde sei, parou de jogar bola.

De repente ela riu. Não, na verdade ela gargalhou.

– Você se lembra mesmo dessas coisas? Droga achei que tinha apagado meu passado humilhante. Eu não era nem um pouco feminina naquela época... Claro, não estou dizendo que sou agora, mas aí...

Ela percebeu que havia se soltado comigo, então parou.

– Continua, por favor. Deixou-me curioso. - Sorri de canto, e pude ver, pelo canto do olho, que ela ficou cabisbaixa. - Mas... Não é obrigada.

– Eu sei. - Depois disso foi silêncio absoluto, pelo menos até chegarmos em minha casa. Ela estava mesmo deprimida por causa de antigamente? Pois eu adoro aquela Bella. Extrovertida, louca, esportiva, e... Bem a minha cara.

Entramos em casa. Fui, ao contrário do outro dia, abrindo meu material e colocando-o na mesa. Ela fez o mesmo, porém um pouco surpresa com a minha atitude.

– Paramos em... Ah, sim, eu estava te ensinando a usar a tabela periódica. Assunto de oitava série então vai lá. - Ela falou, começando a me explicar. Eu, desta vez, queria realmente prestar atenção. Ou mais ou menos isso.

Eu estava entendendo boa parte do assunto, até que ouvi a campainha tocar.

– Um segundo, vou abrir. Deve ser a Alice. - Falei me levantando.

Assim que abri a porta Alice pulou em meus braços, gargalhando. Eu gargalhei também, abraçando-a mais forte.

– Eddie! Boas notícias consegui o emprego! - Berrou, em seguida soltando um grito agudo. Acho que o meu sangue é meio problemático assim mesmo...

– Conseguiu?! Yeah! - Segurei-a pela cintura, levantando-a e girando-a no ar. Estava muito empolgado por minha irmã. Passou noites em claro estudando para o teste de estilista, meses costurando, e finalmente ela conseguiu.

Só depois de um tempo lembrei que Bella ainda estava ali, nos olhando, tímida.

– Alice, você se lembra da Bella Swan, não lembra? - Alice sorriu, assentindo, e logo Bella fez o mesmo.

– Claro que lembro! Você deu três pontos na cabeça dessa menina quando era guria! Deixa-me adivinhar, é ela que está te dando aulas? - Alice riu. - Boa sorte então, Bella. Todos tentam, mas ele não passa de um D.

Brincou, e eu joguei-a sobre meus ombros, gargalhando, e joguei-a no sofá.

– E você que não passa de um metro e cinquenta, sua guria? - Gargalhamos, e então pude ouvir a doce risada de Bella. Isso me fez sentir bem. Será que ela já me perdoou por sabe-se lá o que eu fiz?

– Chega, chega, agora vou deixá-los estudar e preparar minha festa. Ah é, Bella, amanhã oito e meia da noite eu vou fazer uma festinha para comemorar que ganhei um emprego, e te espero aqui! - Ela gritou, correndo para o próprio quarto.

Revirei os olhos, sorridente. Alice será sempre Alice... Por isso eu a amo.

Narrado por Isabella Swan

Eu fiquei perplexa. É difícil de imaginar esse outro lado de Edward Cullen. Um lado carinhoso, amoroso, preocupado, brincalhão...

Ele brincando com a irmã quase me fez chorar.

Eu olho para ele e vejo um bad boy sem coração, mas ele é tão diferente em casa... É como se a irmã dele fosse a pessoa que ele mais ama no mundo, e ela o mudasse. Realmente, Alice tem esse efeito nas pessoas.

Ela é incrível. Bom, incrivelmente louca. Não como, mas eu não senti ódio por Edward hoje a tarde toda. Ele parecia tão humano que nem parecia ser ele mesmo.

Estava simplimente... Perfeito.

As pessoas poderiam mesmo mudar?

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