Opposit Love

Capítulo 12


Narração por Isabella Swan

Está certo que ontem eu decidi que tinha de admitir o que sentia por Edward, mas agora, vendo-o tão perto e tão frio comigo fica difícil. Estou entrando pelo portão do colégio, sem tirar os olhos dele, que está sentado no capô do seu carro.

É sexta-feira, por isso eu ouço murmúrios de festas, saídas e encontros rolando. Eu, ao contrário, só tenho um compromisso – estudos. Alguns deles com o Edward, que sequer se digna a me olhar ou perceber minha presença.

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Logo eu vi Rosalie chegar perto dele, com a pose oferecida de sempre. Ela sussurrou algo em seu ouvido, e logo ele negou com a cabeça. Ele parecia negar algum convite, e ela sentiu-se ofendida, pelo visto.

Virou-se e encarou as pessoas que a fitavam, irritada. Ela ia embora, mas então voltou-se para ele, fazendo uma pergunta, e ele nem assentiu e nem negou, pareceu dizer “talvez”, ou “isso não é de sua conta”, ou então “quando eu souber te aviso”. Senti um arrepio quando ela voltou-se de novo para cá, faiscando.

Ela saiu batendo os pés e com a expressão maléfica. Vinha em minha direção, e então parou em minha frente.

- Está feliz agora, sua nerd idiota?! Está feliz? Olha o que fez com ele! – Apontou para Edward, que parou para nos encarar imediatamente. – Veja isso, ele não deve comer uma mulher faz semanas!

Gritou, e simplesmente saiu. Minha boca formou um exato “O”, e eu tentei entender o que aconteceu de verdade. Do que ela estava falando? O assunto era eu? Eles estavam falando de mim?

Edward, então, fechou o carro e caminhou em minha direção. Senti o frio me percorrer a espinha, e meus membros tremiam de medo e excitação. Ele causava esse efeito em mim – efeito anestésico.

- Bella... O que a Rose falou com você? Eu tive a impressão de que falou de mim... – Arqueou a sobrancelha, perguntando-me.

- Por... Por que pensa isso? – Embolei-me ao perguntar.

- Ah, não sei não. – Cruzou os braços. – Talvez porque eu estava falando com ela e de repente ela saiu, veio falar com você, e ainda por cima apontou para mim. Sabia que vocês formaram plateia?

Olhei em volta. Era verdade, muitas pessoas nos encaravam. Eu não estava acostumada com atenção, mas essa me parecia bastante comum. Imagino até o que estavam pensando – que era a primeira vez, desde que começamos as aulas, que parávamos para conversar em público.

- Não fui só eu. Todo mundo olhava o escândaloda Rosalie bem ali no carro. – Rimos, atraindo muita atenção. – Mas tudo bem, ela só veio aqui gritar comigo.

- O que ela disse?

- Disse que eu tinha feito alguma coisa com você e que, pelo que entendi, pelas melhores palavras, eu havia afastado vocês dois. Foi o que eu entendi. – Falei erguendo as mãos, em forma de rendição. Ele riu, olhando pra o céu.

- Uma vez Rosalie, sempre Rosalie. – Lamentou-se, levando o olhar novamente para mim.

De repente o sol bateu em meu rosto, e eu senti minha pele corar. Agora eu devo estar pálida e com os olhos bem estreitos e claros. Ele sorriu, e então eu achei prudente puxar um novo assunto.

- Olha, eu... Tenho que te falar uma coisa... – Comecei, mas logo pensei assunto errado. Ele olhava-me com esperança, esperando-me continuar. – É que eu estou sentindo que tem alguma coisa errada. Eu fiz alguma coisa?

Ele olhou para os lados, confuso. – Eu não sei, por que não pergunta para o Jacob Black? Estão bastante próximos ultimamente, não é?

Eu ri, e logo reparei que tínhamos de abaixar o tom, já que a escola havia parado para nos observar.

- Edward! O Jacob e eu somos amigos, sabe? Eu e ele saímos apenas uma vez, e nada mais. Está com ciúmes, Sr. Cullen? É sério? – Falei, segurando-me para não rir. Se sua resposta fosse sim, eu corria o risco de puxar, gritar e parecer uma tola apaixonada.

Ele olhou em volta, e sussurrou para mim. – Podemos falar disso em outra hora, em outro lugar?

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- Por quê? Está com vergonha de falar comigo em público? Está com vergonha de mim, é isso? – Ele não disse nada, e em resposta olhou em volta. – Tudo bem, eu imaginei. Com licença.

Falei, e sai em disparada para fora da escola. Não estava com a mínima vontade de assistir aula agora. Senti meus olhos queimarem, e uma vontade extrema de chorar. Eu fiquei esperançosa por um segundo, mas logo ela acabou. Edward nunca retribuiria nada do que eu penso sentir por ele. Afinal, é ele. Edward Cullen. Um romance entre nós só aconteceria em filmes, e mais nada.

Logo, quando já estava correndo, em direção à praça da cidade – que no momento estava vazia, sem ninguém – senti um alguém me puxando pelo braço.

Edward puxou-me, juntando nossos corpos. Eu senti sua respiração rápida, e nossos narizes roçarem um no outro.

- A resposta é não. Eu não tenho vergonha de você. – Ele falou, puxando-me para um beijo. Senti um arrepio ao sentir seus lábios quentes juntarem-se aos meus, até o momento, gélido. Nosso beijo estava sincronizado, porém nossas bocas estavam fechadas.

Logo nossos lábios, aos poucos, foram se abrindo, e eu dei espaço para sua língua invadir minha boca, e massagear todo o meu interior. Logo nossas línguas dançavam em um ótimo ritmo.

Logo percebi o que estava fazendo, aonde e com quem. Isso não fazia sentido. Logo me afastei dele.

- Então, se é mesmo verdade, por que você esperou não ter ninguém em volta para me beijar?

Narração por Edward Cullen

Eu, por um instante, não consegui responder a sua pergunta. Eu sequer havia conseguido ouvir direito. O beijo que dei, por impulso, na Bella havia me deixado meio tonto. Se eu tentasse me lembrar de quanto tempo faz que tinha desejo de beijá-la...

- Hein, Edward? – Ela perguntou, cobrando-me uma resposta. – Ah, esquece. – Ela ia sair, mas eu segurei-a novamente.

- Não, me desculpe. Eu... Não fiz por mal. De verdade, você saiu do colégio e eu tive que sair correndo atrás de você pela rua até te alcançar.

- Então por que não quis falar comigo na escola sobre... Aquilo, Edward? Por quê? Deixe-me adivinhar, você estava com vergonha de alguém te ver comigo, não é? Afinal é de matar um saber que você anda com a Swan, e ainda pior que a beijou!

Gritou. Eu não a entendia, em um momento estávamos frios um com o outro, e no outro nós estávamos mandando indiretas. Ela parecia... Parecia gostar de mim quando conversamos na escola. Eu não a entendo.

- Bella, você não pode dizer que eu...! Argh é sério Bella, eu nunca te beijaria só por beijar, eu... – Travei, não sabia o que dizer sobre isso.

- Se não me beijaria apenas por beijar... Então por que seria? – Perguntou em tom de sussurro. Vi seus olhos brilharem a respeito disso, mas eu permanecia travado. Não sabia como responder isso, então apenas fechei os olhos e decidi que falaria a primeira coisa que chegasse à mente.

- Te beijei, Bella, porque te amo.