Only My Little Clove (Jogos Vorazes)
I hate you but unlike - Cap. 4
I hate you but unlike. – Cap. 4
Pov’s Cato.
#FlashBackOn#
─Mãe, eu tenho que protegê-la. – eu disse com calma, abraçando-a.
─Eu sei filho... Mas... – minha mãe desabou a chorar, com as mãos no rosto. ─Por quê você?
─Filho, - meu pai começou a dizer pondo a mão em meu ombro. ─Não importa o que acontecer, eu sempre irei ter orgulho de te ter tê-lo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!─Obrigado, amo vocês.
#FlashBackOff#
Sentado nas poltronas acolchoadas ao lado de Clove, fito meus pés enquanto ela evita olhar-me, observando a janela ao seu lado.
─Olha Clove, eu...
─Você o quê, Cato?! Você simplesmente se voluntariou para morrer, é isso?!
─Quem disse que eu vou morrer? – as palavras saem de minha boca. Mas é claro que vou morrer se quero salvá-la, bocó. Mas, Argh! Que mal agradecida! Eu me voluntario para protegê-la, com esperanças de levá-la para casa sã e salva e ela diz que eu vou morrer fácil? É isso? Ela sabe quem eu sou?
─Quer saber, garota? – menciono a palavra garota com certo ódio. —Espero que morra no banho de sangue, ou melhor! Antes de o gongo soar.
Clove olha para mim como se estivesse surpresa e levanta-se da cadeira, e anda até chegar em minha frente. Ela se vira, olhando em meus olhos e diz:
─Está bem, Cato. – sua voz falha, e percebo que ela contém as lágrimas. ─Está bem. – não, não está nada bem. Eu perdi o controle, não deveria ter dito isso. Antes que eu a impeça, ela sai correndo pelos corredores, deixando as lágrimas rolarem pelo seu rosto.
Ouço uma batida de porta e suspiro. Passo a mão nos cabelos, penteando-os involuntariamente.
Levanto-me e ando sobre os carpetes azuis, observando cada detalhe do trem.
Quase caio em algo em que piso e xingo antes de ver o que é. Olho na direção e vejo a coroa de flores de Clove jogada no chão. Deve ter caído enquanto corria. Miro a porta em frente de mim, que há uma plaquinha escrita “Tributa feminina do 2”.
─Clove... – digo, batendo lentamente na porta, sem parar.
Apenas ouço alguns soluços.
─Garotas grandes não choram. – ouço-a murmurar para si mesma. ─Mas eu não sou grande.
Mas você tem um coração que vale por mais, quero dizer para ela, mas acabo desistindo. Melhor deixá-la só, depois eu converso olhando em seus olhos. Seus lindos olhos ^^
─Cato!Clove! Venham comerrrr, seus mentores estão esperando! –aquela mulher que nunca saberei o nome chama.
Deixo a coroa de rosas de Clove no banheiro do corredor e vou até o vagão restaurante, sentando-me na cadeira feita de mogno.
Olho um homem alto e forte, bem branco, quase pálido. Tem olhos azuis parecidos com os meus e é careca. Lembro de seu nome, Brutus.
A mulher que está ao seu lado tem cabelos negros e ondulados, e é bem... anh... muito bonita. Demais.
─Bom, cadê a Clove? – pergunto olhando a cadeira vazia.
─Ela avisou que não está com fome. – a mulher de cabelos roxos que apelidei de Coruva (cor de uva rçrçrç) disse.
─Ô rapaz, a gente está aqui, sabia? – a mulher rola os olhos. ─Sou Enobaria e este é Brutus.
─Oi. – digo com um pouco de animação. ─ Sou Cato.
─Eu sei. Bom Cato, esperaremos uma reunião com você e Clove juntos para podermos conversar melhor, então conversaremos sobre técnicas. ─Brutus diz, comendo de boca aberta.
Acento com a cabeça e observo toda a comida exposta. Mas não sinto a mínima vontade de comer. Já aconteceu tantas coisas hoje. Mas um acontecimento vêm em minha lembrança.
─Asma. – penso em voz alta e começo a me desesperar um pouco. ─Vocês tem bombinha de asma? – eles negam com a cabeça.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!─Calma, podemos providenciar quando chegarmos na Capital. – Coruva fala com calma.
─Não. Tem que ser agora. – eles me observam. Devem achar que estou louco. ─Clove tem ataques de asma frequentes.
─Vish. – Enobaria diz.
─Calma, rapaz, antes da janta já chegamos na Capital, não acontecerá nada. – Brutus tenta me acalmar.
Suspiro. Não quero que Clove morra nem antes e nem depois e nem durante os Jogos.
─Eu também não estou com fome, comi em casa. – levanto-me da cadeira.
Peço para um avox deixar uma roupa limpa para mim no banheiro e me dirijo para lá, trancando a porta logo em seguida e retirando minha roupa. Abro o chuveiro do box e deixo a água gelada cair sobre meu corpo.
#FlashBackOn#
─Pai, eu já disse, eu quero treinar e ir para os Jogos! – eu dizia aos sete anos, cutucando um boneco de espuma com uma espadinha de brinquedo.
─Você só quer ir para os Jogos até estar neles, Cato. – meu pai disse certa vez. Ele ganhou a 31° edição dos Jogos aos 14 anos, há 33 anos atrás. Agora vejo que ele teve razão.
#FlashBackOff#
Fecho os olhos e ergo meu rosto, deixando a água derramar-se sobre ele. Mais lembranças surgem em meus pensamentos. Não consigo evitá-las.
#FlashBackOn#
Entro pelo portão da escola, com um sorriso ao ver meus amigos em um canto. Aparento ter uns 13 anos, mas já era um pouco mais alto que o normal.
Joguei a mochila num banco e começo a ouvir umas ameaças ditas em um tom alto.
─Vai, baixinha! Quem é o mais corajoso agora? aê! – um cara gritava com uma garota que não pude reconhecer na hora, que estava cercada por 4 caras monstruosamente fortes, mais que eu na época.
Um dos garotos levantava a garota pela gola da camiseta e logo a reconheci: uma garota de cabelos negros lisos caídos pelos rostos, olhos que te atormentam nos sonhos e uma beleza linda. Clove.
─Ta com medinho? Ouviu o que a gente falou? Fracote não é? Então acho melhor você ficar longe se não...
─Se não o quê? – aproximava deles, com uma mão no bolso. Eu sempre levava uma faca comigo, que é pequena, mas me dou melhor com armas grandes. Mas esta servia.
─Que é, moleque? A gente ta falando com a garota. – um deles falou.
─Ou seja, ele também! – o que está com Clove erguida ria da própria piada.
─Larga ela. – na época eu já era apaixonado por ela.
─Se não? – me desafiaram.
Retirei a faca do bolso, girando-a em meu dedo.
O mais alto larga Clove no chão e murmura uma desculpa e foi-se embora.
─Não precisava. – Clove sussurrou.
─Eu vou estar sempre ao seu lado, pequena. É só me chamar. – beijei sua testa.
#FlashBackOff#
Fecho o chuveiro e seco-me, passando a toalha em meus cabelos, arrepiando-os. Visto a roupa limpa que o avox deixou, uma blusa de manga curta azul com duas listras brancas abaixo da gola e uma calça preta, por cima de uma estande e ao olhar-me no espalho, deparo-me com a coroa de rosas de Clove em cima da pia. Passo meus dedos sobre as flores e vejo que são naturais.
Pego-a e abro a porta do banheiro, destrancando-a.
Saio dela com um único passo e sinto algo batendo em mim, fazendo-me cair no chão.
─Ai! – Clove cai por cima de mim, fazendo-me dar um sorriso de leve. ─Que que é, idiota?
─Otário. – digo lembrando-me dos tempos em que ela me chamava assim.
─Otário. – ela afirma.
Ela olha em meus olhos durante desconfortáveis segundos.
─Me desculpa. – as palavras fogem de minha boca. Vejo sua expressão mudar, partindo de raiva para... não sei, felicidade, talvez?
─Não quer mais que eu morra? – ela ergue a sobrancelha.
─Nunca quis isso. – afirmo.
Ela continua olhando em meus olhos. Sinto como se apenas houvesse nós dois no mundo, no corredor.
─Cato. – ela chama. ─Ainda lembro-me do beijo.
Quase engasgo.
─Lembro-me todo dia. – digo tentando aproximar meu rosto do seu. ─Minha rainha. – quando digo isso coloco a coroa de flores em seu rosto.
Sinto nossos lábios se encostarem o logo a puxo para um beijo. Não é certo, mas apenas quero que, dure o que durar, estarei junto a ela.
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