O chamado o tirou do sono naquela manhã.

— Luke, me ligue quando acordar. É urgente. – Emily fez uma pausa. – É Penelope, ela está sendo mantida como refém.

Ele estava de pé já no nome de Penelope. Quando o restante das palavras afundou, Luke correu em busca de camisa, calça e sapatos. Seu distintivo, arma e carteira e a chave do SUV, ele ligou e saiu correndo, antes de a Sra. Thompson lhe perguntar qual era o problema.

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No começo ele ainda achou que estava sonhando, mas ligando o rádio, ele ouviu a notícia.

"Vários funcionários do FBI estão sendo feitos reféns em uma cafeteria no centro de Washington. Foram confirmadas duas mortes. Albert Cassilhas e Madeleine Genova. As autoridades pedem que o público geral evite a cena e deixe os oficiais da polícia e FBI trabalharem."

Quando ele ligou as sirenes tudo pareceu dar outro toque de realidade. Isso não deveria acontecer. Não com Penelope.

Dentro da cafeteria, Penelope estava amarrada no centro do estabelecimento enquanto o restante estava preso na cozinha. Por mais que tenha tido imagens desse dia em sua mente, ela nunca quis que isso realmente acontecesse com ela.

— Eu finalmente te encontrei. – O bandido começou a passar as mãos pelo corpo de Penelope. – Eu nunca consegui te esquecer depois do primeiro encontro.

— Eu sinto muito por não lembrar de você. – Penelope tentou ao máximo não gritar e não ofender. – Eu não tenho boa memória e a máscara está dificultando.

— Tudo bem. – Ele pegou um punhado de cabelos dela e cheirou. – Sempre quis sentir o cheiro desses fios. Eles são exatamente iguais ao de Portia, mas você é mais deliciosa que ela.

— Wick? – Penelope tentou adivinhar.

— Oi Penelope. – Wick tirou a máscara. – Bem-vinda a seu inferno pessoal.

Do lado de fora, Rossi estava sem palavras. Ver Penelope no centro da cafeteria, amarrada e dois bandidos ao redor dela chutou um ponto sensível.

Ela era mais vulnerável que os outros. Ela não tinha uma arma.

Suas suspeitas de que conhecia o sequestrador foram confirmadas quando Wick tirou a máscara.

— Dave! – Luke gritou da entrada. – Diga a ele que eu posso passar.

— Oficial, ele está liberado. – Rossi viu Luke resmungar e passar por baixo da fita. – Ela está amarrada no centro da cafeteria. O resto está presa na cozinha.

— Onde Matt e JJ estão? – Luke os procurou. – E Emily e Reid?

— Matt e JJ estão coordenando com a equipe da Swat. – Rossi suspirou. – O novo capitão parece ser contra executar um arrombamento porque pode arriscar Penelope no processo.

— Bem eu concordo com ele. – Luke olhou. – Quem é ele?

— Wick Rollins. – Dave suspirou. – Penelope e eu o impedimos de casar com Portia porque ele bateu em outras de suas noivas. E agora ele parece estar em uma cruzada para sequestrar Garcia.

— Você não pode se culpar, Dave. – Luke tentava convencer o perfilador. – A culpa é dele que era um mau caráter.

— Eu vou negociar com esse cara. – Dave discou os números do telefone da lanchonete. – Nem sonhando vou deixar Penelope nas mãos desse psicopatinha de merda.

Ele ouviu o telefone tocar e esperou para finalmente falar com Wick, antecipando cada uma das respostas.

Wick sabia quem estava ligando, então ele atendeu o telefone, deixando Penelope com um colega.

— Agente Rossi, quanta consideração sua telefonar. – Wick disse praticamente em tom zombeteiro. – Acho que nossa linda técnica no meio da sala vai ficar bem feliz em saber que não a esqueceu.

— Deixe Penelope ir, Wick. – Rossi quase ameaçou. – Eu não quero ter que cumprir minha promessa.

— Eu poderia estar casado com Portia agora. – Wick praticamente gritou. – Eu poderia ser feliz com ela, mas você não queria nos deixar.

— Você abusou de mulheres, Wick. – Rossi estava quase perdendo a cabeça dessa vez. – E ao invés de contar a verdade, preferiu ser um calhorda e seguir com seu plano.

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— Eu ainda tenho Penelope sob a mira da minha arma. – Wick bateu o telefone. – Libere a vadia.

O capanga fez o que foi pedido e Luke sentiu o sangue escorrer de seu corpo.

Wick passou o braço pelo pescoço e colocou a arma na cabeça dela. Isso não iria acabar bem.

Reid veio por trás, neutralizando um dos capangas em silencio, mas foi traído pelo som da arma e Wick apertou ainda mais o pescoço de Garcia.

Agora ela tinha dificuldades de respirar e tentou a todo custo se libertar. Rossi a acalmou com os olhos, enquanto Luke falava para ela manter a calma com sussurros, garantindo que ela iria ficar bem.

Penelope levantou o pé, grata pelo salto agulha que ela usava. Se desse certo, ela sairia viva, mas se desse errado, ele quebraria o pescoço dela sem piscar.

Ela olhou para os pés, esperando Luke pegar seu movimento. Matt se posicionou na frente de Wick, mantendo uma mira junto com Rossi, Luke e Spencer.

Emily mantinha mira atrás com JJ e Tara.

Então no segundo seguinte, Garcia pisou com o salto no pé de Wick que a soltou e nesse segundo, Luke correu, a derrubou para baixo e a cobriu com seu corpo enquanto o tiroteio corria solto.

— Eu juro que vou te manter segura. – Luke beijou os lábios dela para provar seu ponto.

Eles ficaram ali, se beijando por muitos minutos e só se soltaram quando Reid limpou a garganta. Luke se levantou e viu o corpo de Wick, caído no chão, sem vida nele.

Ele parecia uma peneira e Rossi havia levado um também, mas estava bem. Nada de que uma boa dose de cachaça não ajudasse a curar.

— Penelope, você está sangrando. – Luke tocou a cabeça dela. – Venha, vamos te dar um check up.

Todos se reuniram protetoramente ao redor de Penelope como se a estivessem protegendo do mundo. O restante das pessoas feitas reféns foram liberados e a imprensa havia registrado todo o drama ao vivo.

Penelope estava sob o jato de água quente de Rossi. O agente fez ela e Luke ficarem com ele essa noite. Krystall chegou correndo com Portia, ambas assustadas com o que viram.

— Eu estou bem. – Dave garantiu. – Penelope não está bem.

— Eu nunca vou ser grata o suficiente por me livrar desse cara. – Portia o abraçou. – Onde está Penelope? Eu preciso falar com ela.

— Lá em cima com Luke. – Rossi falou. – Portia, seja gentil com ela.

— Eu serei. – A garota subiu as escadas.

Ela se aproximou de um quarto e pode ouvir Penelope chorando. Luke saiu para fora, sem saber o que realmente fazer.

— Ela está com febre. – Luke falou e foi para baixo.

Portia entrou e se sentou com Penelope. A moça estava deitada, de olhos fechados, mas não dormindo realmente.

— Eu trouxe sorvete. – Portia sabia como animar alguém. – E sei que você poderia querer conversar com alguém.

— Ele quase me matou. – Penelope pronunciou as palavras. – E o meu único arrependimento seria não dizer a Luke que eu o amo. E agora que eu fiz, ele fugiu de mim.

— Oh, Penelope. – Portia suspirou. – Ele estava confuso e tem medo que você esteja brincando.

— Eu o amo, de verdade. – Penelope não notou o homem em questão parado de fora do quarto. – Mas ele parece ter nojo de mim.

— Eu não tenho nojo de você. – Luke a viu congelar. – Eu só precisava de vergonha na cara.

Portia se levantou, mas deixou o pote de sorvete.

— Então... – Penelope olhou para frente. – E agora?

— Primeiro você me diz se aceita namorar comigo e depois você deveria tirar uma soneca. – Luke sorriu. – E quando acordar eu pego o sorvete no congelador e podemos ter uma sessão de amassos congelada.

— Eu aceito namorar com você. - Ela deu meio sorrisos. – Guarde o sorvete porque quando eu acordar, eu vou te usar.

E ele não tinha dúvidas disso.