Capítulo 9

Clara correu pra tocar a campainha e eu apenas fiquei quieta na minha. Niall abriu a porta e logo abraçou Clara. A cena era engraçada demais, ainda mais porque os dois choravam. Sim, choravam!

- O amor é lindo, aw! – falei rindo e entrei na casa dele.

Os dois ficaram lá fora na varanda conversando, se amando, sei lá.

Passei pela sala, ninguém. Cozinha, ninguém. Banheiro, sala de jantar, sala de jogos, nada.

Fui lá pra trás onde ficava a piscina e estava sem ninguém também, me sentei no chão perto da piscina e fiquei olhando o céu que estava todo estrelado.

(flashback on)

– Ana, preciso falar uma coisa séria pra você.

– O que foi Harry?.

– Eu sei que nunca te disse de forma clara e direta o quanto te amo, e não foi o medo ou a vergonha que me impediram de o fazer mas sim o medo da tua resposta, ou pior ainda, do teu silêncio. Você é a única pessoa que consegue me roubar um sorriso nas horas mais difíceis, a única que me atura sem reclamar, que gosta de mim do jeito que eu sou e me faz feliz, com isso eu te amo cada vez mais Ana. Você quer ser minha? A partir de hoje e pra sempre?

– É... é claro Harry! - falei o abraçando. E dali em diante eu saberia que era o Harry, e que seria ele. Pra sempre.

(flashback off)

- Ei estrelinha, me ajuda? O que eu faço ein? Eu ainda o amo tanto... – falei olhando pras estrelas.

- Eu acho que você tinha que dar outra oportunidade a ele – alguém falou atrás de mim.

- H-h-harry? – o olhei morrendo de vergonha.

Ele estendeu as mãos e me ajudou a levantar.

- Eu ainda te amo tanto Ana. Todos erram! Por favor Ana, eu preciso de você, eu não sou ninguém sem você. Volta pra mim?

Nesse momento eu lembrei do que Niall me falou:

“– Você não pode reclamar. Eu vi você e Zayn se pegando, na mesma noite, lá na boate.

– Mas eu estava bêbada.

– Ele também estava, e bem pior que você! Ai agora você esta brincando com os sentimentos do Zayn e do Harry.”

- Harry, eu...

- Ana, por favor. Pensa bem? Eu sei que você ainda me ama, sentimentos como o nosso não some da noite pro dia!

- Eu ainda o amo, demais, demais. Mas ainda tem o Zayn, ele...

- Ele não vai mais atrapalhar a vida de vocês, pode deixar – Zayn apareceu do nada na porta dizendo isso e foi embora.

Tentei sair pra alcança-lo mas Harry me puxou para ele e me beijou.

- Eu queria muito, mas muito mesmo acreditar no que você disse.

- Então acredita!

- E se você fizer isso de novo? Não, não dá!

- Dá sim Ana, dá porque eu não vou fazer isso de novo. Eu juro! Eu juro!

- Tudo bem mas, eu preciso me acertar agora é com o Zayn.

- Ele gosta mesmo de você... – ele falou um pouco baixo.

- Eu sei, não piora as coisas!

Ele me beijou. E que saudade daquele beijo...

- Promete?

- O que?

- Nunca mais me deixar?

- Se você prometer nunca mais me magoar, tudo bem.

- Eu prometo. Você promete?

- Prometo.

Ele me beijou mais uma vez.

- Ana? – era o Lou.

- Aqui! – sorri.

- Pode ir lá conversar com o Zayn? Ele ta muito mal e você sabe que a única pessoa que acalma ele é você.

- To indo... – dei uma corridinha e o encontrei sentado nas escadas da frente da casa do Niall.

- O que foi?

- Zayn, qual é...

- Qual é digo eu! – ele levantou e saiu.

- Ei, volta aqui – o segui.

- Fica ai com seu novo namorado. Boa sorte entre vocês ai – ele pegou o carro dele e saiu.

Entrei de novo na casa de N. e todos estavam na sala. Cheguei ao lado de Clara e sussurrei em seu ouvido:

- Acho que vou embora. To me sentindo muito mal por Zayn.

- Ok amiga mas pede pra alguém te levar, tá tarde já...

- Levar quem aonde? – Harry perguntou em pé na nossa frente.

- Eu em casa...

- Porque?

- Não to muito bem.

- Tudo bem, eu te levo.

Ele pegou as chaves e me levou pra casa.

- Entregue querida!

- Obrig...

Eu ia agradecer mais ele foi mais rápido e me roubou um beijo.

- Harry, sério, eu to me sentindo muito culpada pelas coisas que estão acontecendo. Por favor.

- Tudo bem, amanhã eu te ligo. Pode ser?

- Pode, até mais... – sai do carro e entrei em casa.

- Ei, a senhorita estava aonde posso saber? E cadê a Clara? – minha mãe perguntou.

- Estava na casa dos meninos, eu vim embora mas ela ainda esta lá.

- Você tem que... – ai ela foi e começou a me dar um sermão que resumindo era “quando sair de casa, me avise, ou você esta morta”.

- Ta bom mãe, ta bom! To subindo... – falei já na metade da escada.

Passei no banheiro para lavar o rosto porque o dia foi muito mais longo do que eu pensava. Abri a porta do meu quarto e vi a figura acabada de Zayn sentado em minha cama.

- Zayn? – perguntei perplexa.